"— Vamos naquele da torre de batatas fritas.— Diz ela passando a língua entre os lábios. Se ela soubesse o quão sexy é esse gesto..."

P.O.V. AUTORA.

Enquanto um russo está para ser degolado em um canto da cidade, tanto por seu chefe quanto por sua mãe que ele ainda não sabe da chegada. Olena Belikova criou todos os seus filhos sozinha, tendo em conta que Dimitri, mesmo sendo o único homem, ainda leva puxões de orelha da mãe. Dimitri e sua mãe tem uma grande semelhança, os olhos, os cabelos e alguns traços. Mas de qualquer forma, o russo está indo em direção ao caminho do inferno, seu chefe quer tirar a possibilidade de ter filhos e sua mãe vai fazer algo constrangedor ao filho.

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No outro lado da cidade se encontra uma outra pessoa de origem russa, por essa pessoa é uma mulher, para ser mais exata uma garota, e, por mera coincidência do destino, ambas as pessoas de russas são da mesma família. Viktória teve a oportunidade de rever seu irmão no local onde trabalha, porém estava com o considerável amor da sua vida, Roland. Eles passavam noites juntos, com promessas de amor silenciosas após aquela união de corpos. Ela se sentia diferente de suas colegas, dizia que pelo menos alguém a amava de verdade neste mundo que achamos pequeno, mas que na verdade é maior que o imaginado. Palavras dela. Pobre Viktória, mal ela sabe que o suposto amor de sua vida tem mais de uma identidade, que não sente um fio de amor pela pobre garota. Então, no tempo que as outras meninas trabalham se sentindo usadas e abusadas por homens estúpidos que não conseguem se satisfazerem com as esposas em casa, Viktória se sente no paraíso com Roland, pensa estar sento retribuída amorosamente na mesma intensidade com a qua ela ama. Mal sabe ela que quando souber as coisas sobre Roland, irá se sentir da mesma forma que as outras garotas se sentem.

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Então ele andava pelas ruas da cidade com um casaco moletom cinza, as mãos nos bolsos e outras roupas de inverno. Estava nevando, porém o moreno não sentia frio, já que a parte mais importante do seu corpo já havia virado pedra a muito tempo. Então começa a nevar e o rapaz aperta o paço para não ficar com frio, já que, apesar de ter o coração em pedra, não significa que o seu corpo deva gelar junto do mesmo. Enquanto andava pela cidade, divagava sobre as memórias com o amor da sua vida e em como ela o destroçou do dia para a noite. Numa forma simples, tranquila e preocupante quando se ama alguém. Mas o moreno logo afastou essas singelas memórias do seu passado de sua cabeça.

Depois de tanto andar por ruas, divagando em becos e cantinhos da cidade, ele chega e já vai a procurar a garota que aposta no romance deles. A mesma dos cabelos morenos e dos olhos em um tom de chocolate. Ela simplesmente lhe manda um olhar apaixonado, enquanto o moreno simplesmente lhe manda um olhar de luxúria. Para ela, ele é seu tudo. Para ele, ela é somente um brinquedo de distração. Como gato e rato, a garota o rato e o rapaz o gato.

Na visão da garota, eles teriam mais uma noite inesquecível de amor. Para ele seria mais uma noite pensando no amor da sua vida enquanto fode outra. Ninguém conseguiria ser igual a ela para ele. Na opinião dele, a morena, o grande amor de sua vida é simplesmente único, que deveria ser dele e de mais ninguém. Mal sabe ele que o irmão da garota apaixonada por ele está com o grande amor de sua vida.

Então o moreno penetra a garota com uma força descomunalmente desnecessária, mas tanta força, que a pobre menina chora de dor tenta falar com ele. Tenta mais uma vez, e outra, que no fim acaba por desistir. Mesmo chorando acaba por tentar satisfazer o moreno, que cada vez estoca mais forte do que ela gostaria. Seu choro é cada vez mais forte e seu soluçar já se tornou audível a tempos. Mas o moreno não escuta, não quer escutar, ele não se importa. Ele só quer ter prazer com a garota pensando em sua amada, acreditando fielmente que um dia ela voltará para os seus braços.

O rapaz já não vê mais barreiras para reencontrar seu amor, já sabe onde ela está, sabe como cerca-la, sabe como torná-la sua. Então o moreno chega ao seu clímax e joga a garota na cama, e a mesma continua soluçando fortemente. Ele ajeita sua roupa e se senta perto dela. Ela olha para as orbes esverdeadas dele que agora se encontram negras pelo feito. Ele aproxima a mão para o rosto e ela simplesmente vira a cara.

— Não fique assim meu anjo, você sabe que eu te amo. Não quero que fiquemos brigados antes da minha viajem.— Ele passa o polegar pela bochecha dela secando algumas lágrimas de seu rosto delicado.

— Você vai realmente viajar?— Diz ela com a voz esganiçada por causa do choro. Ele simplesmente acena com a cabeça e ela desata a chorar novamente. "Nossa que garota tosca, chorando por nada" pensa o moreno. Viktória olha para o rapaz que deposita um beijo em sua testa e vai embora e depois entende oque suas amigas dizem, ninguém que vai ali ama realmente, é tudo uma farsa, ela só precisou ser estuprada para perceber que sempre foi abusada.

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Depois de terminar a corrida matinal, resolveu encontrar seu amigo, Adriam Ivashkov, um homem influente no mundo artístico e no mundo negro também. Chegando no café, olha para dentro e logo enxerga a cabeleira castanha escura do homem. Entra no estabelecimento e pede um café com leite para se esquentar. Apesar de ter corrido a pouco estava com frio por causa da neve. A loira pega seu café e se senta com seu amigo.

— A ponto de você ter me chamado a essa hora e estar com o cabelo surpreendentemente bem arrumado significa que é realmente urgente.— Diz a ela bebericando seu café.

— Bem, é realmente importante.— Diz ele abaixando o seu jornal e tomando um pouco do seu café preto.— Lembra do seu irmão?— "Como poderia esquecer? Mesmo com as merdas que ele fez, ainda é meu irmão" pensa a loira, e então assente com a cabeça.— Ele voltou do manicômio, na verdade fugiu. Você tem de avisar Rose antes que ela descubra sozinha. E se ela descobrir por conta, as coisas vão ser bem piores.— Diz ele olhando seriamente com seus olhos claros para a loira esperando uma reação dela.

— Sinto te desapontar Ivashkov, mas eu já esperava por isso. Da mesma forma que seu casamento.— O rapaz cora violentamente com a menção do casamento.— Mas, tudo bem então. Vou avisar ela agora mesmo.— Os dois se despedem e ela sai em direção a nova residência de sua antiga amiga.

Correndo novamente pelas ruas da cidade movimentada, reconhece um par de olhos verdes. "É ele" diz ela para si mesma, porém não acredita. Olha mais um pouco e reconhece os olhos calculistas do moreno. A loira volta a correr para chegar antes dele.

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Rose está somente assistindo a cena que se estende na sala de estar do apartamento. Hans xingando Dimitri, Ellen sentada em um sofá tricotando, Mia e Eddie no sofá conversando sobre banalidades, tudo pacato, até que a campainha toca e Rose vai atender, encontrando uma loira ofegante já conhecida.

— Angeline. Quanto tempo.— Diz Rose feliz pela amiga, porém ela está com uma expressão assombrosa no rosto.

— Rose. Não temos tempo. Ele voltou. Ele sabe onde você está.— Rose gela, seu mundo começa a desmoronar, memórias começam a voltar, tudo escurece e nos braços de alguém está a desabar.