Suddenly is love escrita por Gabrielle kaysee


Capítulo 1
Happened


Notas iniciais do capítulo

essa é a minha primeira fic então sejam gentis comigo.dedico a Nyna Lannister, que foi a responsável por me fazer ser obcecada por esse casal. Espero que gostem!Boa leitura.



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Acordei com o sol no meu rosto, estava confuso como se estivesse dormindo ha dias, minha cabeça latejava, se eu estivesse vivo diria que estava com uma tremenda ressaca, talvez tivesse exagerado ontem no Grill, foi quando me dei conta de que havia alguma coisa errada, eu não estava sozinho no meu quarto, tinha mais alguém em minha cama, virei-me lentamente com medo de descobrir quem era, e não poderia ficar mais surpreso quando vi fios loiros espalhados sobre meu peito, era ela, Caroline, ela dormia tranquilamente abraçada a mim, mas será que tinha acontecido o que achava que tinha acontecido?

Não, claro que não, isso era loucura. Caroline e eu éramos amigos, só amigos, provavelmente ela me encontrou bêbado no Grill e me trouxe pra casa, como ela tem feito nos últimos três meses desde que eu e Elena terminamos, e como a boa amiga que é, dormiu no meu quarto pra ter certeza de que eu não voltaria pra lá assim que ela desse as costas, e por que eu estava tão nervoso? Afinal não era a primeira vez que dividíamos minha cama, na verdade isso era algo bem frequente nos últimos meses. Fiquei alguns minutos observando-a dormir, uma expressão de paz iluminava seu rosto e ela estava tão... linda, sim ela era linda, olhos azuis sempre brilhantes de entusiasmo, a pele clara e impecável, lábios vermelhos, naquele momento vendo-a tão próxima a mim senti um imensa vontade de acordá-la com beijos, mas espera o que e estou pensando? Fechei meus olhos tentando resgatar as memorias da noite anterior, mas só conseguia uma série de borrões.

De repente ela começou a se mexer, meu coração disparou, ela abriu os olhos devagar, quando seus olhos azuis se encontraram com os meus, pude ver a mesma confusão que eu senti minutos atrás, ela tateou a cama e agarrou um lençol se enrolando rapidamente e levantando da cama logo em seguida, foi só nesse instante que me dei conta de que ela estava quase sem roupa assim como eu, engoli em seco, o que eu temia tinha mesmo acontecido.

– Caroline, espera! Gritei já me pondo de pé. –A gente tem que...

– Não! Não vamos falar sobre isso agora, aliás, nunca iremos falar sobre isso. Disse ela juntando suas roupas que estavam espalhadas pelo quarto e saindo sem sequer olhar pra trás, me deixando confuso como nunca antes.

Me joguei novamente em minha cama, e pude sentir o perfume dela que tinha impregnado meus lençóis, aquele aroma doce, surpreendi até a mim mesmo quando peguei um travesseiro e levei ao rosto tentando aspirar ao máximo aquele cheiro bom, tentando entender o que tinha acontecido, mas o que estava acontecendo comigo afinal?

ALGUMAS HORAS ANTES

– Sabia que te encontraria aqui. Disse alguém atrás de mim, não precisei me virar pra saber quem era, aquela voz eu conhecia muito bem.

– Caroline Forbes, minha melhor amiga, senta ai e bebe comigo.

– Stefan, por favor! Vamos pra casa. Ela me olhava com os olhos suplicantes.

– Vamos lá Care, só uma dose e eu vou pra onde você quiser. Ela suspirou e sentou ao meu lado.

– Você não pode continuar assim, já faz três meses, alguma hora você tem que encarar a realidade e seguir em frente. E você não é o único que foi largado pelo amor da sua vida.

– Eu sei. Respondi fitando seus olhos cheios de preocupação, não pude deixar de sorrir. Era tão bom saber que existia alguém que ainda se preocupava comigo, que sempre esta lá por mim.

Eu a envolvi em braços beijando o topo de sua cabeça.

–Obrigado.

Ela me encarou confusa

–Pelo que exatamente?

– Por vir aqui todos os dias durante esses três meses, por ser uma boa amiga mesmo quando eu sou um amigo horrível.

– Tem razão você tem sido o pior amigo do mundo, mas ainda sim você é meu melhor amigo e eu prometi que você poderia contar comigo sempre, lembra?

– Então vamos brindar a isso. Á nossa inabalável amizade. Disse levantando meu copo. Ela sorriu e fez o mesmo.

– A nossa eterna amizade.

Caroline

Acordei com uma sensação maravilhosa, há muito tempo não me sentia tão bem, mas quando abri os olhos e o vi ali me encarando memorias da noite anterior vieram como uma tempestade na minha cabeça.

– Sua idiota. Disse mentalmente enquanto buscava alguma coisa para vestir.

Como eu pude ser tão estúpida? Como eu me deixei levar por algumas doses de whisky? Como eu pude ir pra cama com o meu melhor amigo. Pensava comigo mesma enquanto saia do seu quarto o mais rápido que podia, torcendo para que ninguém me visse, não poderia ficar mais nenhum segundo ali.

–O que eu estava pensando? Perguntava para mim mesma. Mas a verdade é que eu não pensei, quando ele me olhou daquele jeito não consegui me afastar mesmo sabendo que era muito errado, fiquei ali imóvel enquanto ele se aproximava mais e mais... E quando ele finalmente me beijou o pouco de sanidade que havia em mim foi embora e eu não pensei em mais nada, me entreguei a ele, mesmo aquilo tudo sendo errado, naquele momento nada parecia mais certo.

Entrei no meu carro, mas não dei partida fechei os olhos e deixei que aquele turbilhão de pensamentos viessem a tona.

–Já chega Stefan, a gente já bebeu de mais vamos embora. Disse tentando ficar séria.

– Ah não, eu quero jogar sinuca agora. Ele respondeu se levantando

– O que? Você ta brincando né? Disse incrédula;

– Não, eu falo sério, vem vamos jogar, se você me vencer eu vou pra casa com você, eu prometo. Ele falou me desafiando.

– Nem pensar.

– Por que não? Você joga tão ruim assim? Ele sorriu ainda com aquele ar de desafio

– Na verdade eu jogo muito bem, ganharia de você com as mãos amarradas nas costas. Retruquei

– Então isso é um sim.

– Não!

– Mas também não é um não. Mais uma vez seus lábios se curvaram em um sorriso, automaticamente fiz o mesmo, era tão vê-lo sorrir mesmo que fosse por culpa da bebida.

– Tudo bem, mas quando eu vencer você vem comigo, sem mais discussões.

– Ok, mas e se eu vencer, o que vai ser o meu premio?

– Se você vencer, o que não vai acontecer, eu fico aqui a noite inteira bebendo ou jogando, ou... Sei lá, a gente faz o que você quiser.

– O que eu quiser? Ele perguntou me lançando um olhar provocante.

– Sim, o que você quiser. Disse confiante, tentando esconder o quanto tinha ficado nervosa com seu tom de voz sugestivo e a forma com que ele me olhava. Stefan realmente mudava quando bebia de mais.

Seria muito errado gostar disso? Porque mesmo não admitindo nem pra mim mesma, eu adorava vir todos os dias encontra-lo no Grill, leva-lo para casa, só nesses momentos, quando ele estava bêbado demais pra reparar, eu podia me permitir observá-lo atentamente, ou melhor, admirá-lo, só assim podia fitar aqueles olhos verdes, aquela boca, e definitivamente observá-lo dormir tinha se tornado minha atividade favorita.

Caminhamos até a mesa de sinuca e começamos uma partida, vencer Stefan naquele estado não seria uma tarefa difícil, mas digamos que eu não estava muito motivada para isso, no meu intimo, eu queria permanecer lá com ele. Mas eu não podia pensar em mim, tinha que me concentrar em ser uma boa amiga, e leva-lo para casa. Depois de três partidas, as quais eu havia vencido, fomos para a pensão em que Stefan havia se hospedado depois que ele e Elena terminaram.

***

– Caroline, você não precisar me levar até a porta do meu quarto, já disse que vou cumprir minha parte do acordo. Ele dizia enquanto subíamos as escadas nos apoiando um no outro.

– e eu já disse que não confio em você. E além disso você está muito bêbado para encontrar seu quarto sozinho.

–Você fala como se não estive tão ou mais bêbada do que eu.

–Tudo bem, já que você não quer mais minha companhia eu vou embora. Disse virando de costas fingindo estar ofendida.

– Espera, você não vai dirigir nesse estado. Ele me fitou parecendo preocupado, eu apenas sorri em resposta.

– Stefan, caso você tenha esquecido, eu sou uma vampira, não é como se um simples acidente fosse me matar.

– Eu sei, mas eu acho melhor você ficar aqui essa noite, e eu ainda tenho uma garrafa de wisky na geladeira, se você quiser...

– não acho que seja uma boa ideia.

– Care, você tem cuidado de mim, então deixe-me cuidar de você também. Ele me lançou aquele olhar que sempre me convencia a fazer o que ele queria.

– tudo bem, você venceu. Concordei entrando com ele no quarto que apesar de pequeno era bem aconchegante.

Começamos a beber e algumas horas depois, estávamos dançando ao som de Bon Jovi, o que me deixou um pouco surpresa, nunca tinha visto Stefan dançar sem ninguém obriga-lo a fazer isso, a essa altura já estávamos completamente bêbados. Eu não lembro de já ter visto Stefan daquele jeito tão...descolado, e eu me dei conta de que gostava disso, de vê-lo assim, nesse momento eu acabei tropeçando e quase caí, se não fosse pelos braços fortes de Stefan que me seguram a tempo, ele me ajudou a ficar de pé novamente, foi quando percebi o quanto ficamos próximos, próximos de mais. Eu podia sentir sua respiração no meu rosto, quando nossos olhos se cruzaram o tempo parecia ter parado, ele foi se aproximando lentamente, eu deveria ter me afastado, mas não consegui, eu havia perdido completamente o controle do meu corpo.

Ele me beijou suavemente, mas menos de um segundo depois ele se deu conta do que estava fazendo e se afastou.

– Desculpe eu... Eu não sei o que me deu. Ele disse se virando totalmente desconcertado.

Num impulso eu segurei seu braço, fazendo com que ele voltasse a me encarar, e o beijei sem pensar nas consequências.

– bem acho que agora é a minha vez de pedir desculpa. Falei o encarando esperando que ele me mandasse embora, me chamasse de louca ou algo parecido.

Ele me olhou intensamente e ao contrário do que eu pensei, ele não ficou chateado, nem confuso com a minha atitude, um sorriso travesso tomou conta do seu rosto e ele me beijou novamente, me deixando completamente surpresa quando sua mão apertou minha cintura me trazendo pra mais perto de si enquanto sua outra mão mergulhou em meus cabelos. Eu correspondi na mesma hora, era inexplicável a sensação de ter seus lábios unidos aos meus, todo o meu corpo parecia derreter em seus braços com cada toque seu.

O beijo ficou mais intenso, suas mãos subiram até o zíper do meu vestido, nesse momento ele interrompeu o beijo para me encarar como se estivesse me pedindo permissão para avançar. Eu o beijei em resposta, enquanto minhas mãos começavam a arrancar sua camisa.

Stefan

Não conseguia parar de pensar no que havia acontecido na noite anterior, a medida que as lembranças começavam a surgir, eu ficava cada vez mais confuso, e por mais que eu achasse tudo isso errado não conseguia me sentir arrependido, pelo contrário, tudo que eu sentia era uma vontade irresistível de correr até sua casa e toma-la em meus braços novamente, sentir o toque suave de sua pele na minha, o gosto doce de seus lábios, era incrível como apenas em uma noite, ela havia conseguido remover toda a dor que eu sentia, como ela havia levado embora todo o vazio que me atormentava desde que Elena havia me trocado pelo meu irmão. Não, não havia sido apenas em uma noite, esse sentimento estava aqui bem antes, eu só não havia me dado conta disso ate tê-la beijado, até sentir seu corpo junto ao meu, inconscientemente pequei meu celular e disquei seu numero, a cada toque sentia o nervosismo crescer dentro de mim.

Caroline

Estava deitada em minha cama tentando esquecer tudo o que havia acontecido, mas isso parecia impossível, cada vez que eu fechava os olhos, podia ver seu olhar no meu, podia sentir suas mãos acariciando meu corpo, seus lábios explorando minha boca.

Porque eu tinha que ter sido tão fraca, porque eu tinha que ter cedido? Stefan nunca me veria como algo mais que sua melhor amiga. E talvez eu também o visse da mesma forma, talvez todos esses sentimentos que eu achava que sentia por ele fossem apenas uma confusão da minha parte, resultado da carência ou... A quem eu queria enganar a verdade é que eu estava completamente apaixonada por ele, não sei ao certo quando tudo isso começou, mas o fato é que a muito tempo eu havia parado de enxerga-lo apenas como amigo.

Eu ainda buscava uma desculpa para tudo que havia acontecido quando meu celular tocou, e se eu não estivesse deitada provavelmente teria caído quando vi seu nome na tela do celular, fiquei paralisada por alguns instantes, levantei e comecei a andar nervosa por meu quarto ate decidir ignorar, joguei o celular na cama e caminhei em direção a minha janela quem sabe um pouco de ar fresco ajudasse a colocar a cabeça no lugar.

Stefan

Disquei novamente o numero de Caroline, já havia perdido as contas de quantas vezes tinha ligado, eu estava começando a ficar impaciente, foi quando tomei uma decisão, eu iria até ela e diria tudo aquilo que sentia mesmo que ela me rejeitasse, mesmo que ela me quisesse apenas como amigo. E u precisava arriscar.

***

Finalmente meu celular parou de tocar, mas ao contrario do que eu pensava não senti alivio, o que senti foi uma imensa tristeza, no fundo desejava que ele insistisse mais, que ele não estivesse arrependido como eu sabia que ele estava. Talvez eu devesse ter atendido e acabar logo com tudo isso, mas não pude. Não estava preparada para ouvi-lo pedir desculpas e colocar a culpa do que houve na bebida. Desliguei o celular e voltei a deitar em minha cama de olhos fechados não sei ao certo por quanto tempo, mas já era quase noite, eu sabia disso porque já estava escurecendo e o vento que vinha da minha janela, que ainda estava aberta começava a ficar frio.

***

Eu estava parado no portão da casa dela sem ter coragem de atravessar, era ridículo, parecia um adolescente, de onde estava podia ver sua janela aberta, inconscientemente subi até lá e pude vê-la deitada em sua cama, e num impulso maior do que eu fui em direção a ela, me deitando cuidadosamente ao seu lado.

– O que você faz aqui Stefan? – ela perguntou sem abrir olhos.

– Care, eu...

– Shii, não precisa explicar nada Stefan, eu sei exatamente o que você vai dizer.

– Não acho que saiba. Disse me aproximando, sem conseguir controlar o desejo de beijá-la, mas ela se afastou assim que percebeu o que eu estava prestes a fazer.

– Mas o que você esta fazendo?

– O que eu queria fazer hoje de manhã, mas você não deixou. Tentei me aproximar, mas ela se afastou novamente.

– Você não quer isso de verdade, você só esta confuso.

– Não Caroline, eu não estou confuso, no inicio confesso que que estava, mas não agora, eu nunca estive tão certo de algo em toda a minha vida. Disse quebrando a distancia entre nós selando meus lábios aos dela. De inicio ela recusou tentando me afastar, mas logo ela cedeu colocando as mãos no meu pescoço acariciando minha nuca.

– Quer saber, que se dane se isso é um erro, eu não me importo em errar desde que seja com você Stefan.

Suas mãos começaram a desabotoar os botões da minha blusa, e naquele momento eu tive a certeza de que finalmente eu tinha encontrado a pessoa certa, a pessoa que estava procurando durante toda a minha existência.

Eu não sabia ao certo o que sentia, nem o que ela sentia, mas sabia que valia a pena arriscar, tentar descobrir se de repente era amor.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? comentem, please.