Intertwined escrita por Rafa


Capítulo 2
Capítulo 2 - Depois que ela partiu


Notas iniciais do capítulo

Olha eu voltando com um capitulo fresquinho para vcs, seus lindos do meu



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/542531/chapter/2

O ambiente estava banhado no mais puro e melancólico breu, tudo o que conseguia enxergar era a escuridão a sua volta.

Queria gritar, mas sua voz não saia. Seu corpo estava pesado, tanto que parecia estar mergulhado no mais profundo oceano, porem sentia o ar adentrarem seus pulmões.

Que lugar poderia ser aquele? Era o que se perguntava.

Ichigo. — Ouviu uma voz chamar ao longe de repente, surpreendendo-o.

Estava atordoado. Aquilo só poderia ser um sonho e daqueles bem reais e confusos.

Oe Ichigo, não faça essa cara. — Disse a voz uma segunda vez.

— Rukia?! — Indagou forçando sua voz a sair.

Olhava ao seu redor ansioso, fazia muito tempo desde que sonhará com ela pela ultima vez e aquele tudo parecia ser bem real.

Tolo! — Exclamou a voz pronunciando-se mais uma vez. — Não foi você que disse que somos ligados? A morte não é o fim. — A voz de Rukia parecia cada vez mais distante e isso o desesperava. Queria vê-la nem que fosse em um sonho. — Nós nos encontraremos novamente, Ichigo... — Completo fazendo-o ouvir aquelas palavras pela segunda vez.

— Rukia! — Exclamou acordando assustado em seu novo quarto no nono esquadrão.

Lembranças do fatídico dia em que a pequena shinigami havia partido tomavam-o. Pensava que depois de todos aqueles anos a dor diminuiria, mas não poderia estar mais errado.

Exatos dezesseis anos haviam se passado e sua vida não poderia ter mudado mais drasticamente do que havia ocorrido, tudo estava diferente, até mesmo ele se achava mais maduro.

Sim, tudo havia mudado, menos o grande desejo de vê-la outra vez.

Hoje já não mais era um simples humano, mas sim um respeitável capitão da Gotei treze, sua família também já não mais habitava o mundo real e sim a Seireitei. Seu pai havia assumido seu antigo posto de líder da família Shiba, surpreendendo a todos.

Suas irmãs haviam aceitado bem, bem até demais e hoje já estudavam para realizarem a mesma função dos homens da família. Desejam poder se defenderem sozinhas como boas Shinigamis.

Suspirando observou seu quarto, a luz do sol já iluminava o comodo anunciando que mais um novo dia se iniciava, e ele não iria se atrasar para cumprir suas tarefas. Vestiu-se rapidamente com suas vestes de capitão e seguiu para seu gabinete onde Hisagi, que ainda era tenente, o esperava.

— Bom dia, Kurosaki-Taichou. — Cumprimentou levantando-se.

— Bom dia, Shūhei-san. — Respondeu amigavelmente. — Podemos começar? — Perguntou sentando-se em frente a mesa repleta de relatórios e documentos a serem assinados e analisados.

— Sim, Taichou! — Exclamou batendo continência para enfim sentar a frente do ruivo para começarem o trabalho.

E sem perceber o tempo passava rapidamente.

Observava os papeis a sua frente sem interesse, já faziam horas que estava ali junto de Hisagi realizando seus deveres como capitão e Ichigo já estava cansado daquilo. Precisava sair para tomar um ar fresco. Sonhar com Rukia sempre mexia com ele.

— Vamos fazer uma pausa. — Declarou levantando-se.

— Sim, Taichou. — Respondeu sem tirar os olhos do pápel que lia concentrado. — Kurosaki-Taichou, pediram para lhe avisar que o Kyōraku-Soutaichou deseja vê-lo mais tarde. — Falou deixando os papeis de lado.

— Tudo bem. — Respondeu deixando a sala.

Caminhava pelos corredores do nono esquadrão recebendo cumprimentos e reverencias por onde passava, todos o respeitavam e admiravam o salvador da Soul Society, mas ele não ligava para isso. Afinal, sabia que não havia sido capaz de proteger a pessoa que mais deseja proteger.

— Por favor, Abarai-Taichou! — Exclamou uma voz suplicante. — O senhor poderia pelo menos avisar quando vai sair, temos muito trabalho a se fazer. — Repreendeu um jovem com as mesma sobrancelhas estranhas que o homem alto a sua frente.

— Tanto faz. — Disse Renji virando-se para Ichigo que os observava calado. — Ichigo. — Cumprimento acenando com a cabeça.

— Yo Renji. — Respondeu. — Recebendo bronca do seu tenente? Que vergonha. — Completou sarcástico.

— Cala boca, seu maldito. — Respondeu olhando em seguida para o jovem rapaz que saiu despedindo-se formalmente. — Dezesseis anos, não é mesmo? — Pergunto suspirando ao caminhar ao lado do outro capitão.

— Sim. — Respondeu Ichigo sem olha-lo.

— Sinto a falta dela. — Declarou tristemente. — Era para eu ter morrido naquele dia. Tudo deu errado. — Continuou suspirando cansado.

— Não diga besteiras. — Falou de maneira repreensiva. — Ela mesma disse que não se arrependia de nada. — Completo.

— Eu sei. — Respondeu Renji cabisbaixo.

O clima agradável havia se convertido em uma atmosfera melancólica. A morte de Rukia havia sido um choque para todos, principalmente para eles e Byakuya, que havia se tornando ainda mais frio.

Tudo o que havia sido destruído na guerra já havia sido construído ou recuperado, menos a vida daqueles que haviam morrido.

Todos acharam extremamente estranho o fato do corpo de Rukia ter desaparecido daquela maneira, mas nada havia sido descoberto a respeito, nem por Urahara ou Mayuri. Ichigo acreditava que ambos havia feito o possível, mas tudo aquilo era realmente muito estranho. Sode No Shirayuki, havia sido entregue a Byakuya após ter sido estudada. Havia ainda muitos mistérios a cerca de tudo aquilo, mas parece quem mais ninguém conseguiria descobrir nada. Afinal, já se tinham passado dezesseis anos e mais nenhuma evidencia ou pista haviam sido encontradas.

— Bom. Vou indo. — Declarou Renji após a longa caminhada ao lado do velho amigo. — Até outro dia, Ichigo. — Despediu-se dando-lhe as costas.

— Até, Renji. — Respondeu seguindo em direção ao primeiro esquadrão para falar com Kyōraku. Chegando rapidamente até lá, afinal ainda teria que voltar para seu próprio posto.

— Kurosaki-san. — Cumprimentou Kyōraku sorrindo. — Estava esperando por você. — Declarou ainda sorrindo de maneira jovial.

— E então? O que queria falar comigo? — Perguntou após fazer uma breve reverencia.

— Sempre direto, hein Kurosaki-san?! — Indagou sorrindo. — Bom. — Começou encarrando o ruivo seriamente. — Tenho uma missão para você. — Declarou sem desviar os olhos do outro, que o olhava atentamente.

— Que tipo de missão? — Perguntou curioso.

— Uma bem simples para um capitão como você. — Disparou sorrindo mais uma vez.

— E o que seria? — Questionou ainda mais curioso.

— Esta ocorrendo um grande numero aniquilação de hollows na cidade de Karakura e a Central quarenta e seis acredita que Ishida Uryuu seja responsável por isso, então chegamos a conclusão de que você deveria coagi-lo a deixar esse trabalho com o shinigami responsável pela cidade. — Declarou.

— Só isso? — Perguntou recebendo um aceno como resposta. — Quando poderei ir? — Questionou Ichigo.

— Agora mesmo. Mayuri-Taichou já preparou tudo para moderarmos seu poder enquanto você permanecer por lá. — Respondeu sorrindo.

— Tudo bem. Estou indo então. — Declarou despedindo-se do capitão do primeiro esquadrão.

E logo após apenas mandar uma mensagem seu tenente, já se encontrava sobrevoando o lindo céu de Karakura, que não via a anos.

Tudo ali parecia extremamente igual, o tempo nem parecia ter passado para a cidade onde Ichigo havia nascido.

Não queria perder muito tempo ali, afinal ele estava em missão e aquele não era momento para nostalgia. Foi em direção a casa onde sentia a Reiatsu de Ishida e Inoue, os dois haviam se casado a mais ou menos oito anos.

A conversa foi curta, Ishida alegava não saber de nada daquilo e isso o preocupou, afinal sabia que o amigo não estava mentindo.

Precisava investigar aquilo para que nenhum mal pode-se nascer novamente.

Caminhava apressado pelo centro da cidade, onde havia sentido uma pequena força espiritual, andava olhando tudo e a todos em busca de algo suspeito quando de repente seu celular espiritual tocou.

— Taichou. Chegou uma mensagem do comandante avisando que a divisão zero solicita sua presença imediatamente no primeiro esquadrão. Parece ser urgente. — Falou rapidamente Hisagi.

— Tudo bem. Estou voltando. — Respondeu desligando. Abrindo instantaneamente um portal seikaimon deixando a cidade onde morou para trás.

Parecia que o ar ficava mais leve sem a pressão esmagadora de uma pequena parte da Reiatsu de Ichigo. Era essa a sensação que se apoderou do jovem rapaz que caminhava por ali acompanhado. Não sabia como, mas tinha a certeza de ter visto algo ali.

— Ei Yosen? — Chamou a pequena garota ao seu lado. — Vai ficar com essa cara de babaca ai até quando? Esta com dor de barriga por acaso? — Questionava de maneira desdenhosa.

— Cala boca, anã de jardim. Eu... — Falava antes de ser interrompido por um potente chute na canela. — Ai idiota. — Resmungou parando zangado devido a dor.

— Isso é o que você merece por me chamar de anã. — Declarou raivosa. — Estou indo. — Falou deixando-o para trás.

— Ei. — Chamou andando atras dela. — Deixa que eu te levo para casa, Rukia. — Declarou sem esperar resposta da mesma, que o olhava cautelosamente, sorrindo logo em seguida.

Talvez o destino pregue peças, mas os que estão destinados a ficar juntos iram um dia se encontrar. Só que esse dia não seria hoje, mesmo que estivem entrelaçados o acaso não iria facilitar para ninguém.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? Comentem, a fic só vai continuar se tiver comentários, então queridos leitores fantasmas nãos e acanhem
Bjos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Intertwined" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.