Intertwined escrita por Rafa


Capítulo 15
Capítulo 15 - Confraternização entre velhos inimigos


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee
Como eu disse na TW, voltei atualizando minha outra fic, logo passo na WH e na SO.
Por enquanto, boa leitura



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Sentia seu coração bater forte contra o peito. A indecisão o assolava enquanto ouvia a voz alta de Ichigo a discutir com a Rukia.

Sim, era ela. Não tinha duvidas sobre isso, mas ainda podia ouvir as palavras do frio capitão Kuchiki ecoando por sua mente.

Mesmo não querendo admitir, sabia que ele estava certo em algumas partes.

Seria doloroso de mais estar diante da pequena e não encontrar reconhecimento em seu olhar.

Queria acreditar que as memorias não eram tudo, mas ser esquecido pela mulher que sempre admirou não era nada fácil.

O ruivo de belos cabelos avermelhados sabia que ainda não estava preparado para encontrar aqueles belos olhos, então novamente ficaria apenas a contempla-la escondido, assim como sempre fizera´.

Os anos haviam passado, mas Renji ainda era apenas um lobo que ficava a uivar para a bela lua a brilhar esplendorosamente no céu cercada por suas fieis súditas, as estrelas, que como ele, não passavam de outras meras admiradoras de seu brilho.

~~~~

— Apenas responda o que eu perguntei, morango-kun — sibilou a baixinha irritada.

— Você não manda em mim, nanica despeitada — rebateu Ichigo com veias a saltar por sua face.

Não estavam a nenhum minuto juntos e as faiscas se soltavam loucas pelo ar, enquanto Ishida e Orihime os observam com um olhar nostálgico.

— Não me chame de "nanica despeitada", seu morango disléxico — gritou ela aproximando-se raivosa do rapaz, que não recuou.

— Só disse a verdade — disse orgulhoso antes de levar um soco forte no meio do estomago.

— O que disse, morango estragado? — indagou vendo-o se curvar de dor. A garota ainda batia ainda mais forte quanto antes. — Vamos! Diga mais! Você é alto, mas não é dois — disparou encarando-o.

— Rukia-chan! — exclamou a ruiva a fim de acabar com aquela confusão. — Não brigue tanto com Kurosaki-kun, ele só quer o seu bem — declarou tendo a atenção da morena.

— Só quer o meu bem?! Eu nem conheço direito esse garoto esquisito — rebateu se afastando de Ichigo, que a olhava desanimado.

Mais uma vez se encontrava em uma situação onde Rukia nem mesmo se lembrava dele, mas saber que a tinha de volta em sua vida já o reconfortava. Aquela era sua chance de recuperar todos os laços perdidos.

— Não me provoque, nanica — brincou ele a fim de irrita-la novamente, mesmo que fosse através de brigas, ainda podia sentir aquela antiga conexão com a pequena.

— Kurosaki! — ralhou Ishida, que não estava mais a fim de ouvir brigas dos dois.

— Ora, ora. Parece que as crianças estão animadas — uma voz cantarolante ecoou pelo ambiente.

— Urahara-san — disparou Ichigo, encarrando o homem do chapel listrado.

— Vejo que acordou animada, Rukia-san — falou ele ignorando o ruivo, que logo ficou emburrado ao receber um olhar desdenhoso de Rukia.

— Ah sim — respondeu ela ao desviar o olhar de Ichigo.

— Tem uma pessoa que quer muito falar com você — declarou ele, fazendo o Kurosaki apertar os punhos raivoso ao se lembrar de seu rival.

— Yosen?! — indagou a pequena animada, algo que enraiveceu ainda mais o ruivo e isso não se passou despercebido por Orihime.

— Não sei se Rukia-chan esta bem o suficiente para ficar andando por ai — declarou a ruivo em socorro ao amigo.

— Eu estou bem sim — disparou a morena já de pé. Ela se encontrava ansiosa por ver o melhor amigo.

— Não... Eu ainda preciso terminar de cortar seu cabelo — improvisou a ruivo mostrando a tesoura.

— Mas...

— Façamos assim, Rukia-san — começou Urahara tomando a palavra. — Deixe Orihime-chan terminar seu cabelo e eu logo venho busca-la, sim? — falou alegremente.

— Okay — resmungou ela sentando-se no chão a frente da mulher que já cortava seu cabelo com maestria.

— Irei buscar um chá — avisou o loiro, saindo animado.

O clima no pequeno quarto já não era mais o mesmo e Ichigo sentia o ciumes crescer em seu interior.

Queria gritar e xingar, mas não o faria, precisava ser controlado para ter a confiança de Rukia novamente.

Encostado a parede de braços cruzados, ele podia ver a morena já com os cabelos em seu corte curto como o de antigamente.

Não podia negar que vê-la assim o fazia se sentir bem.

— Ficou bem bonita, nanica — elogiou vendo-a a corar intensamente.

— Não brinque comigo, tolo — avisou ela desviando o olhar, ato que o fez sorrir satisfeito assim como Inoue, que podia ver um novo sentimento nascendo aos poucos na pequena.

Não podia dizer que era um sentimento romântico, mas já era algum avanço.

— Trouxe o chá — declarou Urahara invadindo o ambiente mais uma vez. — Já está pronta, Rukia-san? — perguntou ele deixando a bandeja sobre uma pequena mesa que havia ali.

— Sim — respondeu ela ainda corada.

— Então vamos — disse ele levando a morena corredores a fora.

~~~~

Ainda deitado naquele mesmo quarto, o moreno refletia sobre seu passado e sobre seu futuro.

Não entendi muita coisa sobre o que aquele homem falara, mas sabia que precisava de ajuda.

Queria entender tudo o que estava escondido entre suas lembranças e só Urahara parecia poder ajuda-lo.

Estava decidido a obter poder e conhecimento de si mesmo, nem que para isso tivesse que se afastar de Rukia por um tempo.

— Estamos entrando — ouvia a voz enjoativa do loiro soar pelo ambiente.

Seu coração bateu acelerado ao ver o rosto bonito de sua unica amiga.

— Rukia — balbuciou levantando-se rapidamente para abraça-la com força contra seu corpo.

— Yosen... — resmungou ela sufocada. — Não consigo respirar, idiota! — exclamou ela quase sem folego, socando-o na costela.

— Ah! — gemeu ele dolorido, soltando-a. — Forte como um homem — falou em tom baixo, mas que ainda assim foi ouvido pela garota.

— Tá querendo morrer, Yosen? — perguntou ela ameaçadoramente.

— Não se matem crianças — pediu Urahara intervendo na situação. — Não é nada fácil curar duas pessoas — continuou com seu leque a tampar a face. — Bom, irei lhes deixar a vontade — avisou fechando a porta.

— Como você esta, Yosen? — perguntou ela preocupada.

— Bem e pelo que percebi, você também está — falou referendo-se a força da garota.

— Sim, sim. Estou ótima, só com uma leve dor de cabeça — disse sentando-se ao lado dele. — Aqui é estranho, né? — indagou ela.

— Sim.... — disse ele incerto. Precisava contar a ela sobre sua estadia ali, mas não sentia-se seguro para isso.

— Tem pessoas boas, mas é estranho — continuou a garota. — Quero voltar para casa e já que você esta bem, acho que já dá pra gente ir, né? — indagou esperançosa.

— Sobre isso, Rukia — declarou Yosen — Eu... Eu vou ficar — falou em fim.

— O que?! — gritou ela surpresa.

— Eu vou ficar — repetiu.

Tinha feito suas escolhas e agora precisava lidar com as consequências dela, nem que para isso tivesse que enfrentar uma baixinha com um soco bem potente.

~~~~

— Estou de volta! — exclamou Urahara adentrando o quarto, seguido por Bykuya e Renji, onde antes Rukia repousava aos olhos de Ichigo e dos outros. — Não beberem tudo o chá, certo? — indagou sentando-se a mesa ao lado de Ichigo, que o olhava irritado.

— Cadê a Rukia? — perguntou sem rodeios.

— Com o Shintane-san — respondeu sorrindo.

— Sozinha?! — indagou levantando-se enciumado, assim como os outros dois capitães que estavam ali.

— Sim e pareciam ansiosos para ter privacidade — declarou com um sorriso malicioso escondido por seu inseparável leque.

— Mais que merda! — grunhiu caminhando a passos pesados até a porta, que ainda estava aberta.

Não deixaria Rukia sozinha a merce daquele pirralho cheio de hormônios e malicias.

Já passara por essa idade e sabia o quão pervertido um garoto poderia ser e protegeria Rukia de tudo aquilo, mesmo que soubesse que a baixinha tinha uma grande força para se depender sozinha.

— Não tão rápido, Ichigo — um voz conhecida ecoou pelo corredor e logo o ruivo sentiu-se sendo arrastado pela camisa para dentro do quarto do qual acabara de sair.

— O que foi agora, Yoruichi-san?! — gritou irritado ao ser lançado contra a parede pela morena de olhos dourados.

Estava cercado por monstras.

— Sem estresse, moleque — falou ela com seu bonito sorriso felino em face. — Trouxe uma visitinha para você — declarou acenando com a mão porta a fora.

Já mais calmo e curioso, o Kurosaki podia sentir as Reiatsus conhecidas que se aproximavam.

— Grimmjow?! — indagou ele ao ver o espada adentrar o ambiente.

— Yo, Kurosaki — saudou ele sorrindo desdenhoso.

A tensão caia sobre todos e como a dezesseis anos a trás, a confraternização entre velhos inimigos acontecia em tempos de dores e perdas.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem, por favor.
Bjus



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