Intertwined escrita por Rafa


Capítulo 13
Capítulo 13 - Sofrimento


Notas iniciais do capítulo

Olha eu de novo :3
Voltei com tudo...
Amanhã atualizo o restante das minhas fics
Boa leitura



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Escuridão. Tudo a sua volta se resumia a essa palavra.

Seu corpo estava pesado e dolorido, nem respirar conseguia direito, mas sentia que as poucos seus sentidos voltavam.

Parece que finalmente estava acordando, mas não conseguia lembrar nem mesmo seu nome, somente uma coisa lhe vinha a mente.

Rukia....

Só esse nome ecoava por seu subconsciente.

Agora as lembrança voltavam feito um turbilhão de dor e sofrimento.

Ele havia falhando, sabia disso.

Não conseguira proteger a única pessoa que ainda lhe restava no mundo.

Ele nunca conseguia proteger ninguém...

Em um solavanco seu corpo inteiro estremeceu fazendo-o puxar o ar profundamente para logo se sentar. Ele finalmente havia acordado, mas não sabia onde estava.

A ultima coisa de que se lembrava, era de ter o estomago perfurado pelo inimigo que desejava o sangue de Rukia.

— Que bom que acordou, Yosen-san. — Ouviu uma voz cantarolante ecoar pelo ambiente. — Estou aqui para lhe responder todas as suas perguntas, mas, só depois de você responder as minhas. — Declarou o misterioso homem loiro com seu inseparável chapéu listrado que sombreando-lhe a face.

~~~~

Seu peito se apertava dolorido.

Já fazia horas que estava ai em silencio apenas a observar o sono profundo de Rukia, que já não corria mais risco algum graças aos cuidados de Inoue.

Byakuya e Renji vez ou outra entravam ali em silencio apenas para constatar se ela já havia acordado.

Podia ver a ansiedade e o medo nos olhos deles, mesmo que Byakuya lutasse para manter a mesma face indiferente.

Entendia o que eles sentiam, porque ele mesmo se encontrava na mesma situação.

Precisa vê-la de olhos abertos para saber se estava realmente bem.

Estava feliz em tê-la perto de si mais uma vez como nos velhos tempos, mas sabia que aquele não era um bom momento para ficar remoendo o passado. Precisava agir e encontrar uma maneira de faze-la se lembrar de tudo o que já viveram juntos.

Claro que seria difícil, mas essa não seria a primeira vez que ela não tinha memoria algo sobre ele.

— Kurosaki. — Chamou Ishida parado a porta. Ele já parecia estar completamente curado.

— O que houve? — Perguntou sem tirar os olhos de Rukia.

— Quero conversar algo com você. — Respondeu ele simplesmente.

— Agora? — Insistiu chateado, eu não queria sair de perto de Rukia.

— Sim. — Falou serio deixando o cômodo ao receber um aceno positivo do ruivo.

Depois de todas aquelas batalhas, o clima na casa de Urahara, onde todos se alojaram, não era dos melhores.

Orihime parecia mais calada que o normal e Ishida mais serio que o normal, para Ichigo, estava mais que claro que algo de muito grave estava acontcendo entre eles.

— Pode desembuchar de uma vez. — Declarou Ichigo impaciente com tudo aquele mistério feito pelo amigo.

— O rapaz que vocês trouxeram junto com a Rukia-san já acordou. — Disparou ele sem encarrar o amigo no rosto.

— Era esse o assunto importante que você queria tratar comigo? — Questionou o ruivo incrédulo.

— Não. A Orihime estava gravida. — Confessou frustrado.

— E o que tem de errado nisso? O filho é seu não é? — Perguntou tentando soar animado, mas sentia que aquilo não estava certo.

— Eu disse "estava" no passado, ela perdeu o bebê que havíamos acabado de descobrir que existia.

— Ishida, eu...

— Eu quero vingança, Kurosaki. Por minha fraqueza meu filho está morte o minha mulher sofrendo, eu vou me vingar. Era isso que eu queria te contar. — Declarou irredutível, mostrando que não havia uma modo fácil de detê-lo.

Ishida Uryu estava com sede de vingança e Ichigo não sabia como parar o melhor amigo.

~~~~

Respirava calmamente enquanto sua mente clareava aos poucos.

Sentia-se extremamente confortável, mas tudo o que conseguia pensar naquele momentos era nas palavras ditas por aquela que parecia sua protetora.

"Apenas l-lhe peço que confiem em Kurosaki Ichigo, ele lhe dará as respostas n-necessárias... "

Tudo aquilo parecia surreal, mas mesmo assim seu coração acreditava fielmente em todas aquelas palavras.

— Kuchi... Quer dizer... Rukia-chan, que bom que acordou. — Saudou atrapalhadamente a ruiva avantajada entrando no campo de visão da garota que acabara de se sentar. — Kurosaki-kun logo estará de volta. — Afirmou vendo os olhos confusos de Rukia.

— Me desculpe, mas onde eu estou? — Indagou a baixinha tocando levemente os cabelos, que agora estava desiguais e chamuscados.

— Você esta segura. — Declarou Orihime ajoelhando-se ao lado da pequena que a observava admirada. — Seus cabelos são tão bonitos... — Sussurrou tocando-os com as pontas dos dedos.

— O-Obrigada... — Murmurou Rukia sem jeito.

— Posso arruma-lo para você? — Perguntou ela de forma carinhosa.

— Sim. — Sussurrou sorrindo.

Em silencio Orihime caminhou até onde havia deixado as malas de Uryu e de lá tirou uma tesoura prateada de tamanho médio, o marido sempre levava consigo algo que julgasse necessário para continuar com seus hobbies de costureiro.

— Irei começar, Rukia-chan. — Avisou já ajoelhada atrás da garota novamente.

— Claro, obrigada por isso. — Agradeceu tranquilamente.

— Não me agradeça, você já fez muito mais por mim.... — Sussurrou sem perceber.

— O que?

— Desculpe, não ligue para o que eu falo. Estou apenas divagando.... — Respondeu Inoue apressada.

Um silencio constrangedor se instala entre as duas, deixando a ambas desconfortáveis.

— Me desculpe, mas a senhora ainda não me disse seu nome. — Afirma a baixinha a fim de quebrar o silencio.

— Me chamo Orihime. — Disse ela calmamente.

— Certo. Posso lhe perguntar algo, Orihime-san? — Indagou a mais nova ao ver que a ruiva já não mais corta seus cabelos.

— Claro. —Respondeu com as mãos apoiadas nos joelhos.

— Por que você esta chorando? — Perguntou Rukia seria, virando-se para encarrar a mulher que chorava sem perceber.

— Ahh... Eu não estou chorando... Eu só... — Gaguejava ela sem saber o que fazer. Sentia que não conseguiria mais suportar e esses sentimentos só pioraram ao notar que sua melhor amiga, que pensara ter perdido, estava ali e não se lembrava dela. — Eu o perdi, Rukia.... — Declarou ela finalmente sucumbindo a toda a dor que sentia. — Eu o perdi....

— Orihime-san?! — Indagou Rukia surpresa com as palavras da Rukia. — O que houve? — Perguntou abraçando a desconhecida, mas apenas fizera o que seu coração mandara no momento.

— Meu bebezinho... Eu já sentia que ele viria, mas só tive a confirmação disso a poucos minutos ao saber que ele havia morrido dentro de mim... — Orihime desabafava chorando tudo o que seu coração não aguentava mais suportar.

— Seja forte, Orihime. — Falou Rukia serenamente abraçando forte a mulher frágil que derramava todas as suas dores nos braços da pequena. — Fraco não é aquele que não pode lutar, mas sim aquele que não tem determinação. Viva por vocês dois... — Sussurro aquelas paras tão conhecidas para a ruiva que só a abraçou mais forte.

— Eu senti tanto a sua falta. — Declarou Orihime entre soluços, chorando alto.

Rukia mesmo não compreendendo nenhuma daquelas palavras, apenas continuava abraçando-a cada vez mais forte. Sentia seu coração doer pela perda daquela mulher desconhecida.

— Orihime?! — Uma voz exaltada ecoou pelo quarto assustando a ambas. — O que houve? — Diz o moreno caminhando até a esposa, que solta Rukia para abraça-lo.

— Me desculpe, me amor... — Suplica ela chorando.

Com tudo, Rukia já não prestava mais a atenção ao casal. Sua respiração havia parado quando, depois de muitas desventuras, seus olhos violáceos finalmente alcançaram os castanho de Ichigo.

— Ichigo...

A sorte estava selado. Nada mais poderia ser mudado, pois o destino gira, mas mesmo assim não sai de orbita, assim como os corações entrelaçados tendem a se aproximar cada vez mais, Rukia e Ichigo agora compartilhavam do mesmo quarto, sem perceber que ao longe duas almas feridas atravessavam o céu trazendo noticias terríveis a procura de ajuda.


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Notas finais do capítulo

E ai povo?? O que acharam ???
Comentem, please
Até a próxima



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