I wish escrita por liice, Isa Poke Shugo


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo! É o começo do treinamento!!!



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PoV - May:

A festa de abertura acabou aproximadamente às 2 horas da madrugada, na mesma hora em que eu e Leo fomos embora dali. Pode-se dizer que aproveitamos cada minuto da festa e por consequência, ao fim dela eu estava exausta. Dormi muito.

As áreas de treinamento seriam abertas depois do almoço, às 13 e meia, portanto pude dormir até o horário ideal para mim, no caso, 11 e meia.

Almocei com Solidad e Leo, e dessa vez, Solidad não ficou excluída em nossa conversa. Ontem na festa eu falei com Leo sobre não podermos deixar Solidad sozinha. Ele disse que também tinha percebido que a garota estava desanimada por causa de Robert com Stella.

Falando neles, vi que os dois almoçaram junto com Melody e Drew. Só de pensar em Drew me vem a memória de ontem quando ele insistia em dançar comigo e dizia coisas sobre o Leo, que me fez dar uma forte pisada em seu pé. Ele merecia coisa pior. Ainda não consigo entender o porquê de ele querer tanto dançar comigo e muito menos o porquê de ele ser uma pessoa tão arrogante.

Tenho que parar de me preocupar tanto com Drew. Afastei os meus pensamentos sobre ele e voltei toda atenção ao meu prato do almoço, que estava divino.

Ao terminarmos de almoçar, Leo e Solidad foram procurar a área de treinamento de Sinnoh. Os dois são bastante fãs da Cynthia e por isso aquela área é a que mais os atraem.

Já eu vou começar o treino pela área de Hoenn. Acho melhor iniciar por um treinamento que já conheço, o da minha região.

Antes de ir continuei sentada perto da mesa onde almocei, descansando por um tempo. Uns minutinhos depois eu estava pronta a ir à área de Hoenn, mas algo inesperado me impediu.

Melody sentou-se em uma das cadeiras perto de mim. Eu a olhava confusa e ela sorria animada. Devo dizer que mesmo sendo amiga da Stella e do Drew a Melody não parecia ser metida e insuportável como eles. Fui gentil com ela e a cumprimentei.

– Você não se incomoda de eu sentar aqui com você, se incomoda? – Perguntou Melody.

Neguei balançando a cabeça e ela fez joinha com uma das mãos. Dava pra ver que ela queria conversar comigo, mas infelizmente não consegui pensar em uma maneira de iniciar uma conversa. Ficamos em silêncio por um instante, mas Melody começou a falar, para alívio meu.

– Por qual área de treinamento você vai começar hoje? – Perguntou a garota.

– Hoenn – Eu disse animada – E você? Ah, quase me esqueci, você não está aqui para participar do evento.

Talvez por esse caminho eu pudesse descobrir o motivo de Melody ter vindo. Ela não foi convidada para o evento, mas mesmo assim, foi para a festa de abertura ontem. É estranho, porque os seguranças perguntavam o nome de cada pessoa que chegava na festa e checava uma lista com os nomes das pessoas convidadas.

– Estou a passeio – Melody contou – Eu consegui um dinheiro pra gastar e decidi vir para esse resort – Ela deu de ombros, como se fosse algo comum. Pensando bem, para pessoas como o Drew, era super comum – Descobri que Drew e Stella estavam aqui – Continuou ela – Então eu vim para cá e fiz uma surpresinha pros dois.

– E como você entrou na festa ontem? – Fiz a pergunta que não queria calar.

Melody deu uma risadinha e ficou com uma expressão divertida no rosto.

– Eu dei um jeito – Respondeu ela.

Eu até a pressionaria para saber o que havia feito, mas ia parecer intrometida de mais. Tive que me conter e já que ela provavelmente não ia me contar, mudei de assunto.

– Pelo jeito você é muito amiga do Drew e da Stella – Disse.

– Eu conheço os dois desde pequena. Assim como conheço o irmão dele – Melody acrescentou a última parte com um sorriso digamos que “diferente” – Por incrível que pareça, os meus pais, pessoas simples e rígidas com tradições da ilha em que moramos, são muito amigos da família rica e poderosa da Stella e do Drew.

Pelo o jeito que Drew e Stella são e pelo o que ouvi falar da família deles, realmente era difícil de acreditar naquilo.

– Eu nasci em Hoenn, porque os meus pais e a minha irmã vieram morar aqui por um tempo – Ela continuou – Depois de uns anos fomos pra ilha e meus pais sempre dão um jeito de virmos visitar a família deles.

– Entendo – Eu disse – Pelo jeito vocês são mesmo inseparáveis. Desculpa pelo o que eu vou dizer, mas eles são tão diferentes de você! – Acabei dando ênfase demais em minha fala – Eu sei que acabei de te conhecer, mas já posso dizer isso. A Stella e o Drew não são o tipo de pessoa que aparece do nada pra conversar com alguém.

Melody deu mais uma risada.

– Eu sei muito bem disso – Disse ela – Já até me acostumei com as pessoas falando essas coisas – Ela não estava incomodada com isso – Agora vou te dizer uma coisa: o Drew e a Stella são pessoas legais, sério. Apesar de terem aquele jeitinho deles, no fundo são pessoas boas. Conheço os dois por muito tempo, sei do que estou dizendo. Eu estive com eles em todos os momentos, quando eles namoraram, quando...

– O que? – Gritei.

As pessoas que estavam no restaurante chegaram a olhar para mim. Melody percebeu o que tinha acabado de dizer e levou a mão até a boca.

– Acho que não devia ter te contado isso – Disse a garota – Ops... – Ela sorriu divertida.

Não consegui dizer nada, não consegui acreditar, a ficha simplesmente não caía. Drew e Stella já namoraram! Se eles não fossem primos acho que teria sido mais fácil de acreditar. Mas não é nem por isso que fiquei surpresa, Stella e Drew não combinam nem um pouco, pelo menos ao meu ver. Eles são parecidos em alguns aspectos sim, mas não consigo imaginar os dois namorando. Seria estranho.

Em seguida Melody mudou de assunto, como se nada tivesse acontecido. Começou a perguntar sobre o ginásio do meu pai e coisas do tipo. A conversa rendeu, pois ficamos conversando por muito tempo e eu nem tinha percebido que estava perto das áreas de treinamento abrirem. Quando me dei conta comecei a pensar em um jeito de me despedir de Melody e sair dali, mas a chegada de certa pessoa de que estávamos falando antes fez o trabalho por mim.

– O que está fazendo com “essazinha”? – Perguntou Stella, indignada.

– Stella – Repreendeu Melody – Só estou conversando. E o nome dela é May.

A loira deu de ombros mostrando indiferença.

– Essa garota que não sabe escolher roupa? Para mim é essazinha mesmo...

– Não começa Stella! – Melody repreendeu novamente e por mais estranho que fosse ela estava bem calma.

Decidi interferir.

– Ela pode me chamar como quiser – Dessa vez quem deu de ombros fui eu – Até parece que eu ligo para o que gente estúpida diz.

Sorri vitoriosa enquanto observava Stella abrir a boca como se não estivesse acreditando no que eu tinha dito.

– Escuta aqui, queridinha...

– Melody eu tenho que ir – Ignorei a outra – A gente se vê mais tarde.

Não esperei Melody se despedir e me afastei dali. Aproveitei meu momento e joguei meu cabelo pro lado, torcendo para que Stella visse e quem sabe até comentasse algo com a Melody. Imagine isso: a Stella falando sobre a tão odiada “essazinha”.


*****


As áreas de treinamento se encontravam dentro de uma espécie de prédio muito alto. Ouvi dizer que ali era onde o hotel do resort ficava, há muitos anos atrás. Todas as janelas do edifício estavam escuras, provavelmente eram cortinas as cobrindo, impedindo que alguém de fora pudesse ver o que tinha lá dentro.

Havia quatro portas de entrada no prédio, uma pra cada região. Quadros acima de cada porta indicavam qual era a região de cada área. A porta de Hoenn era a segunda da esquerda para direita e corri para entrar lá.

Lá dentro estava com pouca iluminação e as paredes eram cinzentas. Era um pequeno quarto, onde havia na parede a frente de onde entrei um imenso quadro de giz com algumas coisas escritas e uma porta preta ao lado. Algumas pessoas estavam ali lendo o quadro e olharam em minha direção quando eu cheguei.

– O passo a passo está aqui no quadro – Disse um dos garotos presentes.

Atravessei o quarto para ler o quadro de giz. O tal passo a passo estava escrito ali, com uma letra bonita e legível, totalmente ao contrário da minha:

“ Passo a passo:

1-Entre pela porta ao lado;

2-Só é permitido entrar quatro pessoas por vez;

3-Quando entrar, cada um deve escolher o número que quiser;

4-Cada sala representa uma característica geográfica de Hoenn;

5-Seu treinamento será visto pelos integrantes do Comitê;

6-Você será avaliado(a);

7-Boa sorte;”

*****

Eu e mais três garotos entramos na porta ao lado do quadro. Quando a porta se fechou atrás de nós, as luzes do quartinho ascenderam e pude reconhecer que aquilo era um elevador. Devo admitir que ele era bem sinistro.

Havia um painel com quatro botões. Eu escolhi o 3, outros dois meninos escolheram 1 e o outro garoto escolheu o 2. O elevador começou a se mover.

Meu andar chegou e a porta abriu, revelando um corredor escuro assim como o dos outros andares. Atravessei o corredor até o fim, onde vi uma entrada pela direita. A entrada era iluminada com uma luz vermelha e a medida que eu chegava mais perto o clima parecia ficar quente.

Virei pela direita e acabava de entrar na área de treinamento que representava os vulcões de Hoenn. Dezenas de esculturas de vulcões, até com fumaça saindo de dentro, se espalhavam pelo local. Não sabia mais o que fazer, até que fui surpreendida por um vulto vindo em minha direção.

Quando ele parou o reconheci. Era um Camerupt. Minha mão direita parou na bolsa que só agora lembrei que havia trago. De lá, retirei uma pokébola:

– Wartortle, eu escolho você! – Gritei enquanto jogava a pokébola no ar.

Obviamente, por ser um Pokémon tipo water o Wartortle teria vantagem. Camerupt tem fraqueza a water por ser Pokémon fire e ground. Camerupt usou ember e Wartortle não saiu prejudicado, desviou com facilidade.

– Use bubble! – Ordenei.

Wartortle o fez, mas o Camerupt desviou. Logo atrás dele vi uma espécie de palco/vulcão. Talvez fosse o lugar em que eu deveria estar, mas não podia ir até ali com o Camerupt obstruindo a passagem.

Olhei para os lado e em cada lado havia um vulcão com fumaça saindo de dentro. Não poderia dar a volta por eles. E se outro Pokémon aparecer? Não se sabe quantos estão nesse lugar.

Fiz o Wartortle usar water gun e Camerupt conseguiu desviar, apenas foi atingido de raspão. Nunca vi um Camerupt tão rápido assim!

Tentei de tudo, mas ele não ia sair da minha frente de jeito nenhum. Suspirei. Aquele Camerupt era mais difícil de derrotar do que parecia.

– Absol, eu escolho você!

Olhei para trás e me deparei com Drew e seu Absol. Ele fez seu Pokémon usar bite, mas foi uma péssima ideia, pois Camerupt investiu contra ele. Quando estava prestes a ser atingido, Absol conseguiu desviar e ao comando de Drew atingiu o Camerupt com um night slash.

Camerupt se recompôs rapidamente e eu suspirei. Drew se aproximou de mim.

– Você tem um Pokémon tipo water e ainda não conseguiu derrotar um tipo fire? – Disse ele impaciente.

– Está difícil! – Eu disse – Esse Camerupt é rápido demais!

Drew não disse mais nada e começou a analisar o local. Aproveitei e fiz o mesmo. A fumaça dos vulcões era o que deixava o clima quente no local, e eu estava começando a ficar com muito calor. Tinha que dar um jeito de atravessar o palco atrás do Camerupt logo, para seguir em frente e me afastar dos mini vulcões.

Observei a fumaça que saía do vulcão a minha direita, assoprando fumaça para os lados. Mais um tempo analisando e percebi que na verdade ele assoprava para apenas um lado e tive uma ideia. Acho que dessa vez vai dar certo!

– Wartortle, use bubble nessa vulcão! – Gritei – Use o máximo que puder e tente não parar!

Wartortle me encarou confuso, seguido por Drew e seu Absol. “Apenas faça isso!”, pedi e meu Pokémon assentiu, indo em minha direção para se posicionar perto do vulcão esquerdo dali.

– Drew, quando eu fizer o sinal, peça para o seu Absol atacar – Eu disse para o garoto.

– Qual a finalidade disso? – Perguntou Drew.

– Apenas observe! – Pedi.

E em seguida, Wartortle fez o que mandei. Ele usou bubble sem ter a intenção de parar na direção do vulcão e logo aconteceu o que eu queria: as bolhas foram levadas pela fumaça, indo na direção de onde Camerupt estava.

O Camerupt não conseguiu desviar das milhares de bolhas que vinham em sua direção sem parar. Nesse momento, fiz um sinal para Drew, que fez seu Absol usar night slash mais uma vez.

E em pouco tempo, Camerupt estava desmaiado. Eu e Wartortle saltitamos de felicidade, enquanto Drew estava parado observando o Pokémon desmaiado. Me aproximei deles.

– Obrigada pela ajuda, Drew – Eu disse.

– Devo admitir que você teve uma boa ideia – Disse ele meio sem jeito – Acho melhor continuarmos seguindo, preparados para o próximo ataque.

“Continuarmos”, sim, ele usou no plural. Estava me incluindo, para a minha surpresa. Eu ia comentar isso mas achei melhor ficar quieta e seguir Drew, onde mais vulcões iam aparecendo a cada ponto.

*****

PoV-Normal:

– Nós só estávamos conversando. Não tem nada de errado nisso! - Disse Melody.

Ela e Stella andavam pelo resort, já que não podiam entrar em nenhuma das áreas de treinamento para verem os outros. Melody tentava fazer a outra se acalmar após a ter visto com May e as duas terem "discutido". Stella era de se importar de mais com pequenos atos dos outros que julgava desinteressantes.

– Claro que tem - Protestou a loira - Você viu o que jeito que ela falou comigo? E ainda por cima foi embora se achando a superior...

– Stella, quem começou foi você! - Melody exclamou - Então não reclame do que você causou para si mesma. E pare de se importar tanto com isso!

Stella revirou os olhos e soltou um suspiro.

– Pelo jeito você arranjou uma nova amiguinha - Disse ela com desdém.

Melody a observou mais atentamente e viu que a outra tentava desviar de seu olhar e estava nervosa, incomodada, de braços cruzados e quase corando. Melody deu uma risada.

– Por acaso a senhorita está com ciúmes? - Melody a provocou - Para ficar assim depois de me ver com a May.

– De jeito nenhum - Stella disse rapidamente - Eu só não gosto daquele tipo de gente. Pra que ficar andando com eles?

Stella descruzou os braços e se endireitou. Viu que Melody ainda a encarava desconfiada, então foi se afastando aos poucos.

– Vou para o meu quarto - A loira disse já indo embora.

Quando se fora completamente, Melody riu mais uma vez, mesmo sabendo que estava sozinha.


*****



PoV-May:


Enquanto tomava o meu café da manhã com Solidad e Leo, os acontecimentos do dia anterior não paravam de surgir em minha mente. Primeiro Melody começou a falar comigo, descobri algo surpreendente, calei a Stella, e para completar, eu e Drew nos ajudamos durante todo o nosso treino.

Assim que terminei de beber o meu suco, o celular de Leo tocou e o garoto se afastou para ir atender. Ontem a noite aconteceu a mesma coisa duas vezes, o que me faz querer saber quem é que liga tanto para Leo. Parece ser uma pessoa importante, pois pela atitude de Leo isso fica bem na cara, além das ligações que ele recebe demorarem bastante para acabar. Talvez seja alguém da sua família.

– Posso me sentar aqui? – Perguntou uma voz feminina.

De algum modo eu já estava prevendo que ela ia aparecer, portanto permiti que Melody se juntasse a nós. Eu falei com Solidad ontem que a Melody é gente boa e diferente do Drew e da Stella, mas mesmo assim, vi que ela estava um pouco incomodada com a presença da outra.

Melody e eu iniciamos uma conversa em instantes, diferente de ontem agora não me sinto mais perdida na hora de conversar com ela. Parece até que nos conhecemos a muito tempo.

Paramos o diálogo assim que Robert e Stella apareceram no restaurante. Eles estavam de mãos dadas como sempre, e a loira olhou em nossa direção com raiva. Tanto eu como Melody nos segurávamos para não rir.

Solidad soltou um suspiro que foi muito bem percebido por mim e por Melody. Ela tentou disfarçar, bebendo um longo gole de seu suco logo depois. Ignorei o ato para não ter que entrar em certo assunto com Melody ali. E foi nesse momento em que eu percebei que Drew não havia chegado junto com Stella e Robert. Tive uma imensa vontade de perguntar onde ele estava, mas decidi permanecer calada, apenas olhando em volta.

– O Drew já tomou café há muito tempo – Disse Melody como se soubesse a pergunta que eu fiz a mim mesma – Agora ele deve estar treinando sozinho, como um aquecimento para o treino de mais tarde.

– Bem típico da parte dele – Comentei.

Colocando os cotovelos em cima da mesa e a cabeça em cima das mãos, Melody me encarou com desconfiança.

– Então você sabe o que é ser “típico da parte dele”?

Aquela pergunta soou mais como uma afirmação. Dei uma rápida olhada em Solidad e para minha surpresa ela sorria, o que entendi como se estivesse “concordando” com a Melody.

– Eu e ele somos rivais faz muito tempo – Eu disse – É por isso que sei o que é típico dele.

– E você e o Robert? – Melody perguntou a Solidad.

E de uma hora para outra, Melody estava voltando toda sua atenção a Solidad. Isso foi inesperado, ainda mais com o assunto “Robert” no meio. Solidad estava espantada demais para poder dizer alguma coisa.

– Por que isso de repente? – Acabei falando por ela.

Melody deu de ombros.

– Eu ando analisando o jeito que Solidad observa Robert com Stella – Disse a garota – Vocês dois já tiveram um caso?

Solidad continuava sem dizer nada. Lancei um olhar de advertência para Melody, mas ela não notou. Ao invés disso, começou a falar sobre o que achava de Stella e Robert, que eles não iam durar muito.

Alguma coisa naquela conversa parecia fora do lugar, parecia forçado. A insistência de Melody não só nesse assunto, mas também em outras vezes que ela falava sobre eu e Drew. De repente, tudo começou a ficar interligado para mim.

Posso parecer idiota pensando nisso, mas, já que Melody está tão fissurado em mim e Solidad e sobre o Drew e o Robert, e se ela estiver se aproximando da gente apenas para saber sobre eles? Não que ela já não saiba, mas para saber o nosso ponto de vista sobre isso. É como se ela fosse uma... Espiã? Minha mente é fértil demais, não posso evitar.

Foi estranho a Melody começar a ter interesse em conversar comigo e agora querer conversar com a Solidad também. Botei a ideia dela estar tentando descobrir algo na cabeça e pelo jeito não vou conseguir mais tirar.


*****

Melody tinha acabado de ir embora com Stella, Robert e Drew. Harley e Enrico sentaram conosco para conversar sobre o treino de ontem, já que ontem depois do treino não nos vimos. Ele e Enrico também tinham ido à área de Hoenn e foram para o mesmo andar que eu, o dos vulcões.

Depois de um tempo, Leo voltou, bastante feliz. Cumprimentou os recém-chegados e voltou a sentar na mesa, ao meu lado.

– A May ta querendo saber com quem você estava falando – Disse Harley.

Quase peguei um talher e joguei em Harley, mas tive que me conter. Não acredito que ele disse aquilo para Leo! Eu queria que ele mesmo me contasse assim que aparecesse uma oportunidade, se eu perguntasse com quem Leo estava conversando iria parecer intrometida. Devo estar parecendo agora.

– Harley! – Repreendi. Olhei desesperada para Leo, pensando em algo a dizer em minha defesa – Ele entendeu errado o que eu realmente tinha dito.

– Fica tranquila – Disse Leo – Não tem problema você querer saber sobre isso.

Aquelas palavras me deixaram bastante aliviadas.

– Então diga, quem é a pessoa tão especial? – Harley perguntou.

Eu e Harley encaramos Leo, ansiosos. Percebi que Solidad e Enrico também estavam curiosos sobre o assunto e deve ser por isso que Leo demorou a responder, para fazer um pouco de suspense.

– Quem me liga é uma amiga – Respondeu ele.

– Amiga? – Perguntei confusa.

Eu não esperava por aquela resposta. Sempre imaginei que fosse um parente, ou um amigo, mas não uma amiga. E se Leo sempre ficava tão feliz depois que conversava com ela, então isso só significa uma coisa. De algum modo, não queria que fosse verdade.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar o que acharam e o que acham que deve ser melhorado! Sua opinião é muito importante para nós ♥