I wish escrita por liice, Isa Poke Shugo


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

PoV do Drew escrito por liice
PoV da May escrito por Isa Poke Shugo
Oi pessoas! Isa aqui!
Finalmente terminamos a fanfic kkk
Foi difícil pensar em um final decente, pois todos os acontecimentos que planejávamos já haviam acontecido na história. Do mesmo jeito, espero que gostem do final, mesmo não sendo lá grandes coisas e um pouco clichê kkk. Boa leitura!



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PoV: Drew

— O que? — O segurança perguntou.

— Além de imprestável você é surdo? — eu já estava cheio de ter que lidar com esses empregados ridículos. Quando eu tomar posse dessa casa vou fazer uma “limpeza”.

— N-não, senhor. — ele abriu o portão mais que depressa, deixando May entrar. — Fique à vontade, senhorita.

Estendi minha mão em sua direção, sorrindo, e ela a segurou, sorrindo de volta. Nos afastamos um pouco do portão principal até chegar a um caminho que ficava do lado da mansão e levava ao jardim, atrás da mesma. Decidi parar ali e começar a falar com May, algo que eu ainda não tinha feito.

— Estou feliz que tenha vindo. — fiquei de frente para ela, segurando também sua outra mão.

— E eu estou feliz por ter vindo. — ela olhava fixamente para mim, sorrindo, mesmo com o intenso rubor em seu rosto.

A aproximação dos nossos rostos foi lenta e eu pude sentir seu calor aumentando a cada segundo. Quando toquei seus lábios e envolvi-a em um abraço acolhedor e forte, tive a impressão de que fazia anos em que a havia beijado pela última vez. Controlei minha vontade de beijá-la violentamente; eu poderia fazer isso mais tarde, no meu quarto.

Em pouco tempo perdi a noção do tempo, do espaço, da vida, do universo e de tudo o mais e demorei um pouco para perceber que meu nome fora pronunciado por uma voz masculina que parecia estar a uns 5 metros de onde eu e May estávamos. A voz do meu tio Edward.

Apesar de ter demorado um pouco para me tocar que ele estava me chamando, quando isso aconteceu eu imediatamente me afastei de May e olhei para o meu lado direito onde meu tio estava olhando fixamente para ela e com uma cara não muito amigável; ou melhor, nada amigável.

Pude ver May abaixando e desviando o olhar, claramente desconfortável com aquilo. Agora iria começar a parte difícil. Dei um passo à frente, em direção a ele.

— Oi, tio. — abri a boca e a fechei segundos depois, não sabendo o que dizer. Teria que apresenta-la, mas não sabia como fazer aquilo do melhor modo possível. — Quero que conheça a May. — apontei para ela, que ainda estava com o olhar em outra direção e parecia estar muito nervosa. — Eu não vi você chegar. — tentei dar um motivo para a cena que ele acabara de presenciar.

A falta de resposta dele fez May ficar ainda mais inquieta. Devia estar suando frio pelo jeito como esfregava uma mão na outra e engolia em seco a cada instante. Nunca parei para pensar na impressão que meu tio passava nas pessoas com quem ele não convivia. Tio Ed andou até nós antes de finalmente começar a falar.

— A garota de quem falou? — a pergunta era dirigida a mim, mas ele mantinha o olhar nela.

— Sim. — dei um sorriso, o qual ele não notou.

— Daqui a 15 minutos nos meus aposentos, Andrew.

Foi a última coisa que ele disse antes de virar as costas e ir embora dali, de volta à mansão.

Tentei rir um pouco do que acabara de acontecer para aliviar a tensão. É claro que não funcionou, mas May parecia estar bem mais à vontade quando ele se afastou o suficiente.

— Não deixe que ele te assuste desse jeito. — falei, finalmente. — Ele quer que você tenha medo. Está agindo da maneira que minha mãe teria agido. Ele faz isso bastante, sabe. Age como os meus pais.

— Sobre eles... — ela falou em seguida, com a voz um pouco baixa. — Hã... Me desculpe.

— Não, não. — sorri. — Tudo bem. Pode perguntar. Não me importo. É, eles estão mortos. Não cheguei a conhecer meu pai. Ele morreu antes de eu completar 1 ano de idade. Já a minha mãe morreu quando eu tinha 6 anos então a conheci bem. Acredite em mim quando eu disser que meu tio não foi tão assustador quanto ela teria sido.

Eu estava pensando desde o começo em levar May para dar uma volta pelo jardim, mas evidentemente meus planos foram destruídos pelo meu tio. Olhei no meu relógio de pulso e vi que haviam se passado 5 minutos desde quando meu tio foi embora. Achei melhor começar a ir até o quarto dele daqui a, no máximo, outros 5 minutos.

— Bom — comecei — Como você deve ter percebido, eu vou ter que te deixar sozinha por uns momentos. — estendi minha mão para ela de novo.

Ela a segurou e voltamos a andar até chegarmos a frente ao portão de ferro do jardim. Já pude ouvir o barulho das águas dos grandes chafarizes que existiam lá. Passamos pelo portão e nos sentamos no primeiro banco que encontramos.

— Se importa em ficar aqui? — perguntei. — Não se preocupe, a Stella está viajando e as únicas pessoas que podem te importunar, embora não seja provável, são as minhas tias Marian e Cheryl e meu tio Alex. E não precisa ficar com medo. Eles são gente boa.

Ela apenas me fitou, tentando se acalmar o máximo possível. Eu não queria deixa-la sozinha. Ela estava me visitando e eu, como anfitrião, não poderia simplesmente largá-la por aí, mas meu tio não me deixou escolha.

— Ah! — retomei minha fala, pois havia me lembrado de mais uma coisa. — Também tem os irmãos da Stella... Um deles é um menininho da idade do seu irmão e o outro... Bom, só tenha cuidado se vir um garoto mais ou menos da nossa idade andando por aí e não dê muito assunto a ele se ele tentar conversar com você.

Beijei seu rosto delicadamente antes de sair do jardim às pressas, deixando-a sozinha por lá. Entrei na mansão quase correndo e subi as escadas do mesmo jeito. Faltava menos de um minuto para meu tempo acabar quando cheguei em frente à porta do quarto do meu tio. Como se tivesse percebido minha presença; o que não era muito improvável já que eu havia feito um barulho estrondoso subindo as escadas e transitando pelos corredores quase correndo; meu tio disse “Entre.” antes mesmo de eu ter tempo para bater na porta.

Ele estava sentado de costas para uma escrivaninha ao fundo do enorme quarto. Fechei a porta suavemente atrás de mim e me sentei em uma cadeira em frente à escrivaninha. Ele virou a cadeira lentamente e me olhou por um momento antes de começar a falar.

— Ela é bonita, sem dúvida. — sua voz, como sempre, estava sem emoção. — Mas eu não quero que você se envolva com esse tipo de gente, Andrew. Mantenha seu nível.

— Então é isso. — comecei. — Eu sabia que você iria falar algo desse tipo para mim e cheguei à conclusão de que isso é uma coisa com a qual que você nunca vai concordar. A única coisa que eu te peço, tio, é que tente conhecê-la. Sei que nunca vai gostar dela e nem aprovar tudo isso, mas quero que você pelo menos tente achar um lado bom. Existem infinitas razões pelas quais eu me apaixonei por ela e todo dia eu descubro mais uma, e agora eu só quero que você descubra a pessoa maravilhosa que ela é. Não se preocupe, não vai precisar fazer muito esforço.

— Que bom que você já sabe que eu nunca vou conseguir gostar dela. Você é a última pessoa dessa casa que eu imaginaria fazendo uma coisa dessas. Até o seu irmão teve a decência de escolher uma moça de classe. — ele fez uma pequena pausa. — Seu pai não teria gostado nada disso a princípio. Ele era muito imprevisível então só Arceus pode dizer qual seria sua segunda reação. Sua mãe, como bem sabe, odiaria, faria de tudo para você mudar de ideia e no final, independente do resultado, odiaria essa garota com todas as forças. Já eu, bom, deixei minha opinião bem clara aqui. Na verdade, talvez nem tanto. Eu sou totalmente contra isso, Andrew. — outra pausa; depois mudou de assunto. — Só lembrando que amanhã receberá a posse dessa propriedade. Ah e tem mais uma coisa.

Fiquei calado por um momento, só esperado ele começar a falar.

— Chegou um convite para você hoje. — ele abriu uma gaveta e tirou algo de lá, o convite, e me entregou.

O envelope era branco e estava lacrado com cera dourada com o selo da família Covington. Já até sabia o que era. Deslacrei o convite e tirei um papel meio amarelado e folheado de ouro nas bordas. Já sabia do que se tratava, mas por enquanto não tive a curiosidade de ver o convite e o guardei de volta. Voltei a encarar tio Ed.

Pensei em dizer alguma coisa a mais, mas logo desisti. Não valia a pena discutir com ele; não mudaria de ideia de jeito nenhum.

Saí a passos largos e fechei a porta do quarto atrás de mim. Fechei os olhos e dei um longo suspiro. Não fazia a mínima ideia do que meu tio faria sobre isso daqui para frente, mas ele com certeza não deixaria isso de lado.

Decidi não me preocupar com aquilo naquele instante. Desci a escadaria o mais rápido que pude. Queria logo encontrar May e sair dali com ela. A princípio eu estava pensando em almoçar aqui mesmo, mas pelo jeito não iria ser uma boa ideia com meu tio por perto. Seria um inferno para May. Decidi convidá-la para ir a algum restaurante. Parecia uma ótima ideia e era isso que eu iria fazer.

Quando já estava no vestíbulo, pronto para sair da mansão, topei com alguém no meio do caminho.

— Oi, Drew. Chegou aqui hoje?

Josh estava parado no meio da porta. Me assustei com a pergunta súbita.

— Te pergunto o mesmo.

— Sim. — ele sorriu. — Vim ter uma conversinha com nosso querido Edinho. Resolver algumas coisas sabe. Também tenho que lembrar de dizer à ela que acabei de ver uma sujeita muito estranha rondando pelo jardim. Deve ter pulado o muro.

— Ou talvez seja apenas uma convidada.

Ele olhou para mim por longos segundos, tentando descobrir algo implícito no que eu tinha falado. Eu realmente não fui muito claro, então decidi ir logo ao ponto.

— Por acaso não posso trazer minha namorada pra cá?

Mais silêncio. Dessa vez foi bem mais longo que o primeiro. Josh estava claramente confuso com tudo aquilo e eu não o culpava por isso. Tinha todo o direito de estar. Depois de mais intermináveis segundos, ele finalmente se pronunciou.

— Ou o tio Ed é a criatura mais azarada do mundo por ter um sobrinho que desistiu da herança e outro que quer sujar o nome da família ou eu nunca te conheci de verdade.

Saiu dali para o segundo andar depois dessas palavras. Fiquei parado por pouco tempo perto da porta antes de finalmente sair, de volta ao jardim.

May estava como Josh havia dito, andando a esmo pelo local. Não demorou muito para eu me aproximar o suficiente para ela me notar.

— Que tal a gente sair para almoçar em outro lugar? — comecei. — Temo que mais pessoas da minha família possam vir para cá. Você viu o meu irmão chegando aqui, né?

— Um cara alto de cabelo castanho?

— Sim, esse mesmo. Pelo jeito viu. Então? Vamos?

— Claro. — ela respondeu sorrindo.

Saímos da mansão poucos minutos depois e começamos a andar pela cidade, que estava apinhada de gente como sempre. Passamos quase 15 minutos caminhando até chegarmos a um restaurante que era o meu favorito do centro da cidade. Um restaurante 6 estrelas super luxuoso. Tinha uns dois clientes lá dentro, pois nem todos podem pagar por uma coisa tão diva e cintilante como essa.

*****

PoV – May:

Pedimos um prato de entrada assim que o garçom veio nos atender. Sobre esse acho uma ideia ótima, pois é mais uma oportunidade para comer.

Deixando essa minha observação de lado, logo depois que fizemos o pedido, Glaceon e Flareon saíram de suas pokebolas, que estavam na minha bolsa. Flareon matou um pouco a saudade que estava de Drew e em seguida ele e Glaceon saíram por uma das janelas do local. Pelo jeito, Flareon queria mostrar a cidade para sua namorada.

Drew em seguida me perguntou se seu Pokémon estava dando trabalho e coisas do tipo, e logo começou o assunto sobre daqui a dois meses, quando eu devolver o Flareon e ir para Sinnoh. Drew pareceu ter se lembrado de algo de repente.

– Eu quase esqueci de te falar – Disse ele – Quando fui conversar com o meu tio, ele me entregou um convite.

– Convite? – Perguntei curiosa.

Drew balançou a cabeça em afirmação.

– Do casamento da Lindsay e do Leo – Disse ele – Vai ser daqui a um mês. Vieram dois convites individuais, suponho que um deles seja para você. Já que você ainda vai estar em Hoenn, o que acha de irmos?

No Encontro de Coordenadores e Top Coordenadores, o Leo estava interessado em mim e havia me escondido o noivado com a Lindsay. Parece que isso aconteceu faz um ano, mas é bem recente se eu parar para pensar.

Eu havia ficado com muita raiva dele por ter me escondido aquilo, mas agora já está tudo bem entre a gente. Leo me disse na última festa do Encontro que ele queria mostrar para a Lindsay que já sabia que realmente gostava dela.

Pelo jeito, tudo deu certo.

O dia, em geral foi tranquilo. No começo quando fui tratada mal na casa de Drew, fiquei bastante insegura sobre os dias que eu passaria aqui em LaRousse.

Porém, naquele dia, e nos outros dois dias em que eu estava ali, evitamos ao máximo ir na casa do Drew. Antes de eu ir embora, Drew me pediu em namoro (finalmente!). Eu, obviamente aceitei.

Queria só ver a cara do tio do Drew quando descobrir o namoro. Aquele recalcado ficou olhando de cara feia para mim hoje. Sinto muito, querido, mas pelo o que estou vendo, você vai ter que me aguentar.

***** 1 mês depois *****

Lindsay fez questão de fazer com que eu e os outros ficássemos hospedados no resort de sua família. Foi bem nostálgico voltar para Sootopolis e ficar justo naquele hotel, onde da última vez fiquei por tão pouco tempo e várias coisas aconteceram.

Foi ali onde minha carreira como Coordenadora se aprimorou. Eu aprendi muito com os desafios do Encontro, e após ter sido considerada a melhor Coordenadora de tal evento, minha reputação ficou bem alta. Durante esse um mês que acabou de passar eu fui chamada para fazer entrevistas, para festas de outros Coordenadores...

Porém, o meu avanço de nível no ramo dos festivais por conta do Encontro não é o único motivo por eu me sentir tão nostálgica aqui. Foi nesse mesmo lugar em que eu e o Drew deixamos de ser rivais mortais e passamos a nos conhecer melhor. Esse é um fato importante , e muito!

Mesmo sendo um namoro a distância, eu e Drew sempre conseguimos nos encontrar e nos falamos todos os dias, mesmo que não seja pessoalmente. Ele e sua “turminha” chegaram ontem no resort, eu, Harley, Enrico, Solidad e Robert chegamos hoje. Não fazia muito tempo que eu não o via, mas sempre que nos encontramos nós dois ficamos muito felizes, como se estivéssemos nos encontrado depois de anos.

O casamento é amanhã e eu estou ansiosa. Sempre me emociono em eventos do tipo, eu simplesmente acho lindo. E ouvi falar que a família Covington gastou um dinheirão com a festa, o vestido da noiva, com tudo! O casamento será incrível, um “escândalo”, como Melody disse uma vez.

Falando nela, a garota está namorando com Elliot, o primo do Drew e da Stella e um dos únicos daquela família que gosta de mim. Melody e Stella não ficaram brigadas por muito tempo. As duas estão “BFFs” novamente, e para isso acontecer foi questão de menos de uma semana. Bem que o Drew falou que a briga delas não ia durar quase nada!

Já que cheguei a tarde tive bastante tempo para aproveitar com Drew. Entretanto, de noite nós não saímos, jantamos em um salão especial do resort com Robert, Solidad, Melody e Elliot.

Antes de dormir, dei uma olhada no vestido que irei usar amanhã no casamento. Era laranja claro, batia até um pouco acima de meus joelhos. A saia era um pouco rodada, mas da cintura pra cima era diferente, tinha uma estampa verde com branco e preto. O vestido era um presente de Drew e eu mal esperava para usá-lo!

*****

A catedral de Sootopolis ficava bem no centro da cidade. Drew contratou um motorista e fomos para lá em um conversível (sabia que o Drew ia fazer isso). Ao chegarmos lá, vimos muitos paparazzis na porta da imensa catedral tirando fotos dos convidados. Eu e Drew saímos do carro e alguns dos paparazzis vieram tirar fotos nossas também. Me senti como quando vim para Sootopolis pela primeira vez.

Dentro da catedral era ainda mais bonito que fora. Havia vitrais com imagens de Pokémons lendários e Arceus no topo, flores vermelhas e brancas enfeitando o local, vários candelabros, um tapete vermelho estendido no caminho para o altar... Leo já estava ali, conversando com um casal que com certeza deviam ser seus pais.

Solidad acenou de um assento lá na frente, quatro fileiras depois do altar. Ela estava ao lado de Robert, Melody e Elliot. De braços dados com o Drew, nós dois fomos até lá onde guardavam lugares para a gente.

Cumprimentei o pessoal. Melody usava um vestido justo amarelo, Solidad um bege com preto. Robert estava com um terno normal, já o de Elliot era estilo ao de Drew, mas trabalhado.

Acomodamos-nos em nossos respectivos lugares.

– Está tão lindo aqui – Disse Melody – Mal posso esperar pra ver a noiva chegando! Aposto que o vestido dela não vai nos decepcionar!

– Não mesmo – Concordou Solidad.

Um tempinho se passou e Harley e Enrico já haviam chegado. Olhei em volta da catedral e vi que não só eles, mas a maioria dos convidados estava ali. Havia poucos lugares vazios no local.

Mais um tempo se passou e Stella chegou. Muitas pessoas a observavam passar e ela andava como se estivesse desfilando em uma passarela. Não posso negar que ela estava linda. E seu vestido então, maravilhoso! Era de cor nude com alguns detalhes brilhantes.

Ela nos cumprimentou, para a minha surpresa. Pensei que excluiria eu e Solidad disso, mas foi educada com todos. Em seguida, sentou-se ao lado de Elliot e começou a conversar com ele e Melody.

*****

A marcha nupcial começou a tocar e todos levantaram-se desesperadamente e se viraram em direção da entrada para ver a noiva.

E ela apareceu, acompanhada de um homem que devia ser seu pai. Arceus! Ela estava deslumbrante! Seu vestido, como Solidad e Melody disseram, não decepcionou nem um pouco! Ele era perfeito! Longo, com uma cauda enorme (duas mulheres, madrinhas do casamento talvez, seguravam a cauda), e detalhes dourados. Não ficaria surpresa se fossem fios de ouro. Além disso, seu cabelo estava preso em um coque, e o véu, preso a uma pequena coroa no topo da cabeça.

Como eu sempre me emociono em casamentos, quase chorei durante toda a cerimônia, mas consegui me conter. Se eu fico assim no casamento dos outros, imagina quando eu me casar!

– Lindsay, receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade.

Nesse momento uma das madrinhas estava perto dos noivos, estendendo uma bela almofada onde em cima estavam as alianças. Leo pegou um dos anéis e colocou delicadamente no dedo anelar da mão direita de Lindsay.

– Leonard, receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade – Disse a noiva colocando a aliança no dedo de Leo.

Ao terminarem a troca de alianças, Leo segurava as duas mãos de Lindsay e ambos sorriam um para o outro. Eram tão lindos juntos! Mais uma vez, quase chorei ao ver os dois daquele jeito.

– Eu vos declaro marido e mulher – Disse o padre, sorrindo.

Leo e Lindsay se beijaram antes do padre dizer que o fizesse. Todos se levantaram e começaram a aplaudir, as madrinhas e padrinhos a jogarem arroz e pétalas de rosa. Foi um casamento lindo!

*****

A festa foi realizada no cerimonial do hotel Covington. Por mais que aquele lugar me fosse familiar, ao chegar lá tudo estava tão diferente! A decoração era mais bem detalhada que as outras festas que eu tinha frequentado ali, por isso o lugar parecia tão diferente.

Além daquele espaço, uma parte de fora do cerimonial também fazia parte da festa. Havia uma área aonde Pokémons de convidados brincavam, até recebiam comida. Flareon e Glaceon ficaram ali, se divertindo.

A boate estava ótima e apenas algumas pessoas mais velhas ficavam nas mesas. Leo e Lindsay tiravam fotos perto da mesa do bolo (que estava muito lindo e chique), mas pareciam estar morrendo de vontade de ir para a área da boate.

Uma música lenta começou a tocar e casais se juntaram para dançá-la: eu e Drew, Solidad e Robert, Melody e Elliot, Enrico e Harley... Stella estava com um cara muito bonito, que pelo jeito estava ficando com ela na festa toda.

Leo e Lindsay foram permitidos pelo fotógrafo a entrarem na pista de dança, e sendo assim, todos abriram espaço para os noivos passarem e dançarem no meio da boate. A maioria das atenções (a minha estava incluída) estavam nos noivos agora.

– Um dia quero estar no lugar deles – Acabei pensando em voz alta.

Ou Drew não ouviu, ou fingiu que não escutou. Afinal, acho que nenhum cara ia querer ouvir falar de casamento logo no começo do namoro, vindo de sua namorada.

Continuei atenta a Leo e Lindsay. A cada momento eu pensava em o quanto os dois estavam felizes, e lindos juntos. Até que...

– Eu também quero – Drew admitiu em voz baixa.

*****

– Ela vai jogar o buquê! – Gritou uma mulher do nada.

Pessoas corriam até a área externa da festa, onde Lindsay provavelmente estava. Vendo que todos iam para lá, puxei Drew para ir comigo. Encontramos Solidad e Robert e nós quatro nos aproximamos em um lugar que dava para ver tudo direitinho.

Lindsay estava ao lado de Leo, segurando o buquê de lindas rosas vermelhas com as duas mãos. Um pouco afastadas dos noivos, várias mulher se encontravam, preparadas para pegar o buquê.

– Eu preciso de um marido! – Alguma mulher gritou.

– Espero que isso me ajude a arranjar um homem! – Gritou outra.

– Meninas! – Disse Melody surgindo em nossa direção junto com Elliot – O que estão esperando? Vamos lá!

Solidad e eu trocamos rápidos olhares. Eu fiquei parada, sem saber se ia ou não, mas acabei não tendo escolha. Melody puxou Solidad, que me puxou, e nós três fomos juntas até a multidão de mulheres desesperadas pelo buquê.

E se eu pegasse o buquê? Seria estranho encarar Drew caso acontecesse porque tenho certeza que morreria de vergonha, mesmo depois do que ele disse quando estávamos dançando. A possibilidade disso acontecer é baixa, pois há muitas pessoas se matando para pegar o bendito buquê antes mesmo da noiva jogar. Se eu conseguir, tenho certeza que virá uma multidão para tirá-lo de mim.

Lindsay virou de costas e ameaçou a jogar, deixando todas ainda mais loucas. Ameaçou mais uma vez, e mais outra. Ainda não tinha jogado.

– Odeio quando as noivas fazem isso – Melody reclamou ao meu lado.

Quando a garota terminou de falar vários gritos começaram. Lindsay finalmente jogou o buquê de rosas e os próximos acontecimentos ocorreram tão rápido que mal pude raciocinar direito.

Nem eu nem as outras conseguimos pegar o buquê. Quando ele estava no alto, certo Pokémon saltou em direção a ele e conseguiu alcançá-lo e pegá-lo com a boca. Era a minha Glaceon!

Flareon se aproximou dela e os dois fizeram carinho um no outro. Ouviram-se vários “awn” e câmeras tirando fotos do lindo casal de Pokémons.

– Puxa, até ela arranjou um macho e eu não – A mesma mulher de antes voltou a reclamar, o que fez todos os presentes rirem.

Drew se aproximou de mim e me abraçou de lado. Sorrimos um para o outro, sem dizer nada. Em seguida, observamos Glaceon (que ainda “segurava” o buquê) e Flareon se aproximando de nós, parecendo bastante felizes pelo que havia acabado de acontecer.


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Notas finais do capítulo

Agradecemos a todos que acompanharam a fic, principalmente aos que comentaram kkk. Sério, gente, ficamos felizes por tudo! Por favor pedimos que digam o que acharam desse final meio sem graça e da fanfic em geral. Bjs, e mais uma vez, obrigada por terem acompanhado tudo até aqui!
Até a próxima, pessoal! ♥