Obstacles Of Love- One-Shot escrita por Ana


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, a ideia da fic surgiu do nada, então... kkk.
Boa leitura....



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- WILL, ME LARGA, ME COLOCA NO CHÃO! – Grito, me debatendo no colo de Willian, meu namorado e meu irmão. Eu sei, eu sei, que namorar o seu irmão não é a coisa mais normal do mundo, e que é estranho, mas o que não é estranho na minha vida?

Enfim, pra variar eu perdi em um jogo e o preso era uma sessão de cócegas, mas eu fugi e agora ele veio me pegar.

- Ruivinha, eu não tenho culpa se você sempre perde, quando compete comigo. – Fala me deitando no chão, e ficando por cima de mim.

- Você é um idiota, sabia?

- E você é uma boba, sabia?

- Eu te amo Will... – Falo sussurrando.

- Eu te amo, mais. – Fala em meu ouvido, me fazendo arrepiar, logo em seguida me roubando um beijo.

Vocês devem está curiosos pra saber como começou tudo, enfim, eu vou contar: Tudo começou a 3 anos atrás, quando tínhamos 15 e 16 anos, éramos muito amigos, inseparáveis, mas é claro que achamos que isso era porque éramos irmãos.

Depois de um tempo, comecei a sentir um sentimento novo por Will, e é claro que entrei em desespero, mas depois de descobrir que ele também sentia o mesmo, tudo se suavizou.

Ninguém sabe de nosso namoro, a não ser nossos melhores amigos, que consequentemente também namoram. Lola e Michael.

Eu sei que o que estamos fazendo é errado, e que eu não devia amar meu irmão, mas não controlamos nosso coração não é?

* * *

Hora do jantar. Com certeza não é a melhor hora do dia, é aquela hora que nós dois temos que agir como dois irmãos, a hora que eu sou a irmã mais nova estudiosa, e a hora que ele é o irmão mais velho galinha.

Nossos pais estão prestes a se separarem, minha mãe descobriu que meu pai estava a traindo com sua melhor amiga. Mas estão esperando Will entrar pra faculdade e eu me formar no ensino médio. Eles tentam esconder, mas nós sabemos que irá acabar em divórcio.

Mamãe trata logo de quebrar o silêncio:

- Então, querido. Como estão os planos pra faculdade? – Pergunta olhando diretamente pra Will.

- Você sabe que eu estou dividido entre Cartografia e Música.- Responde concentrado em sua comida. Acabo sorrindo um pouco de lado, Will é um ótimo desenhista, e um músico de primeira. Ele até fez uma música pra mim.

- Willian, você sabe muito bem que desenhar e tocar instrumentos insignificantes não vai te levar a lugar nenhum. Tem que seguir os meus passos, e entrar pra impressa. – Meu pai acaba entrando na conversa, ignorante como sempre. Ele e Will não se dão muito bem, e a coisa piorou depois que descobrimos da traição. Ele quer que Will assuma a empresa, mas não é o que ele quer.

- John! Não fale assim com o garoto, ele não quer entrar para aquela empresa de merda, não é o que ele gosta. Será que não dar pra você entender? – Pergunta minha mãe, irritada, mas nunca perdendo o seu tom doce.

- Não chamamos você na conversa Sarah, e a minha empresa não é uma merda, porque foi o que te sustentou por mais de 20 anos. Já que seus desenhos e quadros não servem para nada. – Responde meu pai alterando o tom de voz, logo em seguida sendo surpreendido por um tapa na cara, vindo de minha mãe.

Troquei um rápido olhar com Will, e levantei da mesa, assim como ele. Sabíamos que a coisa ia ficar feia, então resolvemos nos retirar.

Ele pega minha mão discretamente, e me leva pra seu quarto. Fecha a porta, e me abraça em seguida:

- Por que eles tinham que ser assim? – Pergunto soltando algumas lágrimas, e afundando meu rosto em seu peito.

- Tudo vai acabar bem, você irá terminar o ensino médio, iremos contar pra mamãe, e fugiremos. Viveremos nossas vidas longe de tudo e todos.

- Eu não aguento mais Will, 3 anos namorando as escondidas. Eu não quero mais precisar te beijar escondida, eu não quero fingir ser apenas a sua irmã. – Falo me afastando do abraço e ficando em sua frente.

- E vamos conseguir Emma! O nosso amor é mais forte que todos os obstáculos, vamos conseguir ultrapassar todos, você vai ver. – Fala, me puxando pra um beijo.

Somos surpreendidos pela porta sendo aberta, nos afastamos rapidamente e assustados, e demos de cara com nosso pai, irritado e vermelho de raiva.

- O que. Está. Acontecendo. AQUI? – Pergunta pausadamente, eu estava tremendo e Will tentava me acalmar, afagando meu cabelo.

- John! Calma, deixe eles explicarem, calma John, por favor. – Fala minha mãe adentrando o quarto. Como assim? Ela sabia de tudo?

- Mãe... você... sabia? – Pergunta Will abobado.

- Vocês são meus filhos, acham que eu não ia desconfiar? As suas saídas das mesas? As fugidas nas madrugadas? As trocas de olhares? Queridos, eu sabia de tudo desde o começo. – Responde em tom maternal.

- E não me contou nada Sarah? E ainda aceitou esse absurdo? Que tipo de mãe você é? – Pergunta meu pai, perplexo, minha mãe já estava aos prantos.

- Não fale assim com ela! Você que devia se perguntar, que tipo de pai você é. – Diz Wil, já irritado e se controlando pra não dar um soco na cara do meu pai.

Eu só sabia chorar, e chorar, agora mesmo que o casamento deles não tem chances, e tudo culpa minha. Tudo porque eu resolvi me apaixonar pelo meu irmão.

- Vamos conversar, civilizadamente agora! Vamos para a biblioteca. – Fala minha mãe enxugando as lágrimas, e saindo do quarto. Eu, Will e meu pai fomos logo em seguida.

Assim que chegamos na enorme biblioteca, nos sentamos nas poltronas e mamãe começou a falar:

- Todos os lados da história vão ser ouvidos, e vamos ouvir com atenção. Somos uma família, e não desconhecidos. – Concordamos todos com a cabeça, e Will começa a contar nosso lado.

- Tudo começou a 3 anos atrás, descobrimos que todo o nosso afeto, era mais que fraternal. Tentamos nos separar, e impedir o nosso amor, mas não conseguimos. Então resolvemos namorar escondidos, não sabíamos que mamãe sabia de tudo. Nos amamos, e é isso que importa. O fato de sermos irmãos não muda nada, o amor não escolhe em que porta bate, e em que coração entra.

Meu pai ouvia tudo incrédulo, minha mãe sorria em meio as lágrimas, e eu me apaixonei mais por ele, se é que consigo me apaixonar mais.

- Vocês estão me falando que estão apaixonados? Isso é impossível, irmãos não se apaixonam. – Fala meu pai, novamente irritado.

- John! Você não tem direito nenhum de dar lição de moral. Você me traiu com uma universitária de 19 anos, e depois com minha melhor amiga, vai saber se já não tem outra família. – Fala minha mãe, o calando e nos defendendo.

Depois de muito chorar, resolvo me pronunciar:

- Então.. mãe. Como você encara tudo? – Pergunto cautelosamente.

- Querida, eu sei que vocês se amam. Mas se eu dizer que concordo com tudo, estarei mentindo. Eu sempre fui de famílias tradicionais, e imaginei isso pra minha. Mas é claro que saiu tudo errado, traída e agora com filhos que se amam. Mesmo assim, admiro o amor de vocês, enfrentar isso tudo pra ficarem juntos. Mas, aconselho a vocês a darem um tempo, irem pra faculdade, se formarem, viajarem, ficar um tempo um longe do outro. Eu sei que vai ser difícil, mas será necessário. – Responde me deixando de boca aberta, assim como Will. Como assim nos separarmos?

- Não mãe, você não entende, eu nunca conseguirei ser feliz sem a Emma. – Fala Will nervoso, e eu já estava chorando novamente.

- Sua mãe está certa, pela primeira vez. É o melhor a ser feito.

1 Mês Depois...

Acordo com raios de sol no meu rosto, ótimo... o dia já começou. Estou a algumas semanas na faculdade de Moda, desde aquele dia nunca mais vi Willian. Ele entrou pra faculdade, eu me formei, viajei pra Londres e entrei na faculdade.

Meus pais se separaram, minha mãe está namorando um cara super legal, e meu pai... bom, eu não sei, nunca mais o vi. Só sei que ele foi morar na Alemanha.

Termino de me arrumar, e estava prestes a sair do quarto, quando meu celular toca. O pego, e atendo:

- Alô?

- Vá para o pátio, estou te esperando.- Reconheço a voz de cara, Will! Desligo o celular, e corro pra fora do quarto.

Corro pelos corredores da faculdade, e vou em direção ao pátio. Assim que chego, varro o lugar todo com os olhos, e o encontro. Estava encostado em uma das árvores. Ele não mudou em nada, só ficou mais bonito, é claro.

Vou até ele, rápido até de mais. E paro em sua frente, encarando seus grandes olhos azuis.

- Emma. – Seu tom de voz, era de surpresa. Como se não acreditasse que era eu.

- Will. O que faz aqui? – Pergunto curioso, e sua resposta, é um beijo. Sim, ele me puxa pelo braço, e me envolve em um beijo, um beijo de saudades, como se fosse o nosso primeiro.

Nos soltamos, e colamos nossas testas.

- Eu não aguentei. Precisava de ver, precisava sentir seus lábios nos meus, eu precisava de você. Você não tem ideia do quanto eu te amo Emma, o meu amor por você é infinito. É o tanto de estrelas que tem no céu. – Fala me dando vários selinhos no caminho.

- Eu te amo Will. Mas não podemos... nunca daria certo. Como vamos viver juntos? – Pergunto angustiada.

- Eu tenho um plano. Vamos fugir, pra bem longe. Eu pensei, em... Brasil. Lá vamos poder viver em paz, longe de tudo e todos. – Responde sorrindo esperançoso.

- Mas e a mamãe? – Pergunto novamente angustiada.

- Teremos que deixa-la , ela está feliz, então merecemos ser felizes também. Emma, o que você faria pelo nosso amor? – Pergunta desafiador.

- Tudo, Will. Tudo, eu faria tudo pra ficar com você. Eu aceito, aceito fugir com você. – Respondo sorrindo.

- Ok, eu te busco amanhã, esteja pronta as 10:00, eu te amo. – Fala, me dando um último beijo e saindo de meu campo de visão.

No dia Seguinte....

Estava ansiosa, nervosa, confusa, amedrontada, feliz, animada, mas acima de tudo, apaixonada. Esperava Will na entrada da faculdade, ele estava 10 minutos atrasado, e isso me dava nos nervos.

Estava quase ligando pra ele, quando o mesmo aparece em meu campo de visão, dentro de um carro, que se não me engano foi o que ele ganhou em seu aniversário de 18 anos.

Ele sai do carro, e vem ao meu encontro:

- Você veio! Vem, o nosso voo sai daqui a 5 minutos. – Fala me puxando pra dentro do carro.

Chegamos rapidamente no aeroporto, corremos até a ala de embarque, e estávamos na fila. Mas, somos surpreendidos por nosso pai.

- Pai!? – Pergunto, surpresa, e um pouco amedrontada, já que ele estava com uma ARMA, na mão.

Will percebe o pequeno detalhe assim como eu, e se põem em minha frente.

- Filha, filho, o que pretendiam fazer? – Pergunta sínico.

- Não é da sua conta, você deixou de fazer parte da nossa vida a 1 mês atrás. – Responde Will frio.

- Vocês acharam que eu ia deixar isso acontecer? Eu não fiz vocês pra cometerem incesto. Isso é uma vergonha! – Fala em tom amargo, e levantando levemente a arma.

- Pai.... você não seria capaz de fazer isso né? – Pergunto temendo a resposta.

- Você dúvida, querida? – Pergunta puxando o gatilho, e apontando pra Will.

- Tudo bem, vai lá, faz essa borrada. Acaba com a minha vida. – Provoca Will, e eu entro em desespero.

Só ouço o som do tiro.

O que você seria capaz de fazer por um amor? Bem, eu daria a minha vida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, beijos e até as próximas fics!



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