Nossa Química escrita por Liiah


Capítulo 20
Eu o odeio com todas as minhas forças


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que era para eu ter postado antes, então se quiserem me matar, tem motivos para isso. Mas o importante é que eu voltei, com mais um capitulo quentinho para vocês :3 Erros? me avisem.



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Acordei dessa vez sem despertador, e estava mais disposta. Tomei um banho quente, para me despertar melhor. Optei em colocar uma calça jeans e uma regata preta, meu All Star preto e branco de séculos, e penteei meu cabelo. Olhei-me no espelho e não gostei do resultado, não me refiro a roupa e sim a forma física: Gorda. Eu estou gorda. Resolvi que iria começar a fazer academia a tarde, junto com a Lucy. Desci para tomar café e vi a Malu se deliciando com um bolo de chocolate. Tentei evitar, mas não aguentei aquele recheio não deixava. Quem sabe amanhã eu começo uma dieta, pensei.

A campainha tocou e eu tomei o ultimo gole do suco de laranja que eu estava tomando. Peguei minha mochila e fui recebida com os cumprimentos da Lucy, e fomos para o carro. Chegamos à escola e a primeira aula seria de Filosofia, me lembrei do trabalho. Eu já estava desanimada, pois seria muito difícil eu cair junto com a Lucy, em um sorteio. Entramos na sala e a professora pediu que nos assentássemos, pois ela iria anotar o nome de cada um em um papel e depois iria revelar as duplas. Fiquei esperando as horas e horas em que a professora ia escrevendo e embrulhando os mínimos pedacinhos de papel. Quando ela terminou, a sala já estava fazendo uma baderna, jogando conversa fora. Ela começou a desembrulhar os papeis e falando:

– Kerollyn e Camila.

– Alessandra e Felipe.

A Cada vez que ela falava eu vi a decepção de algum estampado no rosto.

– Luciany e Nayara.

A Lucy fez uma cara de desgosto e se manifestou.

– Não professora! Eu não vou fazer trabalho com ela. – Ela falava demostrando nervosismo. – Me coloca para fazer com a Mayane.

– Não Luciany, ou é isso ou fica sem nota.

– Eu não vou fazer trabalho com essa vad...

– Olhe lá do que você vai me chamar. – A Nayara se manifestou.

– Luciany você vai fazer trabalho com ela sim! Você foi a única a reclamar até agora! Ou é isso ou é sem nota.

– Claro que só eu que reclamei, os outros não tem coragem. – Ela falou revirando os olhos.

– Chega, mais uma palavra e é encaminhar para a coordenação.

Ela sentou na cadeira emburrada, e a professora pediu para que a Nayara se sentasse.

– Ruan e Thamires. – Ela continuou a dizer os nomes.

Confesso que também fiquei nervosa, mas não hesitei como a Lucy.

– Mayane e Pâmela.

Era oque faltava, eu olhei para a Pâmela, que também estava olhando para mim. Ela deu um sorriso de lado, e eu retribui. Talvez não seja tão ruim, pensei. Depois de horas dizendo os nomes, mas acho que não passou de minutos, ela começou a explicar como seria o trabalho.

– Bom, eu estava pensando em fazer algo fora da Filosofia, algo que não tenha nada a ver com a matéria, mas que possamos nos descontrair um pouco. Por isso cheguei a uma conclusão em fazermos um trabalho sobre a Arte Moderna. O trabalho funciona em uma espécie de tela, em que você e sua dupla, precisam pensar em um lugar, pessoa ou coisa que gosta e chegarem a uma conclusão e desenhar na tela.

– Professora, mas é muito trabalho desenhar uma tela em dupla. – A Thamires, lá no fundo da sala se manifestou.

A Professora pareceu pensar e falou:

– Você tem razão, o 2m2 está precisando de nota e eu acho que posso colocar alguns deles no grupo de vocês.

O rosto de cada um mostrava empolgação, tanto o das meninas, quanto o dos meninos. O 2m2 era considerado a sala dos deuses gregos. Então a professora começou com aquela enrola toda, de ficar falando nomes. Um pouco antes de tocar o sinal ela falou:

– E no grupo de vocês Mayane e Pâmela, restou colocar o Alexander.

– Não! – gritei, mas sem querer.

A professora revirou os olhos e perguntou:

– Não, oque Mayane?

– Por favor, o coloca em outro grupo!

– Nem pensar, os grupos são esses e eu não vou mudar! Eu acho que a Luciany está te levando para o mau caminho.

A Lucy revirou os olhos e ficou quieta, e eu fiz o mesmo. Era oque faltava o abusado cair justo no meu grupo. Fiquei com muita raiva, eu queria esganar aquela professora. Que mal teria de muda-lo de grupo? Ela passou os materiais que precisaria para o trabalho e o sinal tocou. As três aulas mais entediantes passaram até chegar ao intervalo.

– Eu não acredito que eu vou ter que fazer trabalho com aquele abusado! – Eu balbuciei enquanto nos direcionávamos para o refeitório.

– Você esta reclamando, mas eu vou ter que fazer o trabalho com aquela perua de esquina da Nayara e o menino mais Nerd e horrível do 2m2.

Nós ficamos questionando até a Pâmela se aproximar para perto de nós.

– Mayane, o trabalho é para entregar quinta feira, e eu já tenho todos esses materiais que a professora falou, por que ela já havia passado um trabalho assim antes e eu resolvi guarda-los, então se não tiver problema, você pode fazer o trabalho hoje? Eu já combinei com o Alex e ele concordou.

– Claro, mas aonde você quer fazer?

– Pode ser na minha casa?

– Eu não sei aonde é sua casa.

– Eu posso te levar - O Lucas surgiu por trás da Pâmela e deu um beijo em sua bochecha.

Ele já havia me contado que tinha voltado com ela, e o ver dando um beijo nela, não me incomodou. Eu já havia confirmado para ele que eu não iria ficar mal por isso e sim feliz, por ele estar feliz.

– Se a Pâmela não se incomodar. – Eu falei olhando para ela.

– Claro que eu não me incomodo, eu até aprovo. – Ela falou e eu vi sinceridade no rosto dela.

Eu combinei com eles o horário em que eu iria e o horário em que o Lucas iria passar em casa. O sinal tocou e tivemos as ultimas aulas cansativas até irmos embora. Quando cheguei em casa, tomei um banho e almocei, pois tinha marcado para o Lucas passar cedo na minha casa. Depois de almoçar, escovei meus dentes e subi para o meu quarto. Sentei na minha cama e sorri ao olhar para cima do meu guarda roupa. Subi em uma cadeira e tirei a capa empoeirada de lá de cima. Abri o zíper com cuidado e tirei o meu violão elétrico de dentro. Eu havia ganhado de presenta da Mari, mas desaprendi a tocar, comecei a arriscar a tocar algumas coisas, e vi que não havia esquecido tudo. Eu só precisava de algumas aulas. Bateram na minha porta e falei para entrar.

– Não sabia que tocava. - O Lucas falou e sentou na beirada da cama, passando a mão no violão.

– Eu tocava, ainda sei algumas coisas, mas preciso de umas aulas, para relembrar tudo.

– Toca para eu ver.

– Quando eu estiver tocando melhor, quem sabe.

– Eu conheço uma pessoa que possa te dar aula.

– Serio? Quem? – Eu perguntei demonstrando empolgação.

– Deixa isso comigo.

– Ah não, fala, por favor!

– A gente precisa ir May, a Pâmela está esperando.

Resolvi ficar quieta para a conversa não prolongar, por que quando ele falava uma coisa ele cumpria. Eu gastaria todo o meu dinheiro possível para ter essas aulas. Eu inventaria algo para o meu pai, e ele mandaria, mais dinheiro. Fomos a pé e vi que ela morava mais perto que eu imaginava, se eu soubesse nem tinha incomodado o Lucas. Chegamos e eu não acreditei ao ver aquela enorme casa.

– É aqui mesmo? – Perguntei.

– Sim. – Ele falou sorrindo.

A casa era como aquelas de famílias bem sucedidas dos filmes. Tocamos a campainha e ela nos recebeu com um sorriso e um beijo no Lucas, quando eu não estava olhando, isso era oque eles achavam. Eu não estava gostando daquilo, eles se escondendo de mim, eu não vejo motivo para se esconderem. O que houve com o Lucas, quer dizer, oque praticamente nem houve, é passado. Sentei no sofá da sala e fiquei reparando cada detalhe, até que a campainha tocou novamente e ela abriu.

– Fala serio, que eu vou ter que fazer trabalho com a invocadinha. – Ele falou olhando para mim.

Revirei os olhos.

– E você deve estar achando que eu estou amando de saber que eu vou fazer com você.

– Vai começar! – O Lucas falou.

– Oque esses dois tem? – A Pâmela perguntou.

– Ódio. – Respondi.

– Digamos que eles não se dão bem. – O Lucas falou.

A Pâmela sorriu e falou que ela e o Lucas eram assim, mas que acabaram gostando um do outro.

– Ela me ama, mas não aceita que eu não gosto dela – O abusado falou.

– Quem te iludiu? – Perguntei.

– Vamos parar se não nunca vamos consegui fazer o trabalho. – A Pâmela falou.

O Lucas foi embora, mas antes pediu para que parássemos de discutir. A Pâmela nos levou para a área de trabalho da casa e pegou os materiais.

– Já pensaram em um lugar, coisa ou pessoa para desenhar? – A Pâmela perguntou.

– Na verdade eu não. – Falei.

– Façam a parte de vocês por enquanto, e depois eu faço a minha. – O abusado falou enquanto digitava no celular.

– Além de abusado é folgado. Você esta pensando que vai ficar no celular enquanto a gente faz tudo? – Perguntei, enquanto tirava o celular dele.

– Poxa, eu estou conversando com uma menina maior gata.

– Argh! – resmunguei.

– Mayane, isso não vai chegar a nada, ele já falou que vai fazer a parte dele depois. – A Pâmela falou.

Concordei e devolvi o celular dele, eu faria a minha parte, e ele se virava com a dele. Eu e a Pâmela começamos a pensar em alguns lugares.

– Eu gosto do parque. – Ela falou.

– E eu da sorveteria. – Falei sorrindo.

– Por isso que está tão gorda. – o abusado falou rindo.

A Pâmela começou a rir junto.

– Eu não estou tão gorda. – Falei olhando para minha barriga, mas já sabendo que era verdade.

Começamos a desenhar e usar os materiais. Depois de fazermos a nossa parte deixamos o abusado fazer a dele, enquanto eu e a Pâmela íamos para a cozinha comer alguma coisa. Resolvi comer o básico, eu não queria ninguém me chamando mais de gorda. Eu e a Pâmela começamos a conversar e vi que ela era simpática assim como eu a imaginava. Depois de comer o necessário voltamos para a área de trabalho, aonde o abusado estava.

– O que é isso? . – Perguntei ao ver o estrago que ele havia desenhado.

– Esse aqui com bíceps e músculos é eu e essa garota que ele esta perseguindo é você.

– Que fofo. – A Pâmela falou.

– Isso não é nada fofo, ele me desenhou baixinha, e ainda por cima gorda.

Ele deu um sorriso debochado, e eu comecei a batê-lo.

– Era para você desenhar oque você gostasse então você deve me amar para ter me desenhado não é mesmo?

– Eu não amo você, e sim amo te provocar.

– Seu estupido, você estragou o desenho.

– Eu também achei que se te desenhasse iria estragar, mas eu não tinha outra opção.

– Calma, ele só desenhou tem como apagar. – A Pâmela falou enquanto fazia isso. – Agora Alex você leva o trabalho e desenha outra coisa.

Depois me despedi da Pâmela e fui emburrada para casa. Eu odeio esse abusado, com todas as minhas forças.


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Notas finais do capítulo

Comentários? Lembrando que comentários, prolongam o capitulo.