Meu Príncipe Paulista escrita por Sabrina Azzar


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, essa é a minha nova one shot, espero que gostem. É curtinha e também não é a minha melhor, mas estava com essa ideia e quis escrever. Estou com mais duas em andamento e assim que puder eu posto. Beijos e Boa Leitura!



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POV – Katniss

São exatamente duas da manhã eu não estou com um pingo de sono, já revirei o facebook atrás de uma alma viva pra eu conversar, mas parece que todos resolveram dormir cedo hoje – pra minha falta de sorte. Qual é gente! Amanhã é sábado! (hoje na verdade, mas tudo bem). Peguei meus fones de ouvido na gaveta do criado mudo e espetei no celular, comecei a ouvir as músicas calmas da Taylor Swift pra ver se o sono vinha me fazer uma visita, mas isso não aconteceu. Meu notebook estava do meu lado na cama, ligado na tela do facebook esperando alguém entrar, mas nada. Até que quando perdi as esperanças a telinha do chat aparece juntamente com um incrível Oooooooi ;), desconheço a pessoa mas resolvo responder porque o meu tédio está realmente me matando.

Oooooooi ;)

Quem é você?

Prazer, meu nome é Peeta Mellark.

Isso eu vi kkkk, quero saber de onde me conhece.

Não te conheço.

=S

Kkkkkkkk mas to muito a fim de conhecer.

O que quer que eu diga?

Começa falando de você...

Como vou saber que você não é um serial killer que quer minhas informações pra me matar? =/

Kkkkkkkkk, isso é sério? Você acha que eu tenho cara de serial killer?

Sei lá, você deve ser o Dexter disfarçado! Kkkkkk

Dexter? =S

Série de TV... Ah, quer saber! Esquece! kkkk

Kkkkkkkkkk Então tá, eu começo...

Meu nome é Peeta Mellark, tenho 21 anos, moro em São Paulo e estou fazendo faculdade de Arquitetura.

Hum... Interessante! Acho que é a minha vez.

Meu nome é Katniss Everdeen, tenho 20 anos, moro no Rio de Janeiro e estou fazendo faculdade de Direito.

Hum... Temos aqui uma futura advogada carioca...

Sim =D

Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios até as cinco da manhã, Peeta era legal, divertido, engraçado e digamos assim que muito lindo. Pelas fotos que vi, ele tem cabelos loiros escuros, olhos de um azul intenso, nariz retinho levemente arrebitado, lábios finos e rosados e um corpo de um deus grego. Esse cara era muito lindo, típico paulista que freqüenta academias e mantém uma alimentação saudável. Suas bandas nacionais preferidas são Legião Urbana, Capital Inicial, Charlie Brown Jr. E Skank, já as internacionais são Nirvana, Gun’s Roses, e outras que agora não me vêm á cabeça. As nacionais eu também curto, mas as internacionais não, gosto de músicas mais como POP ROCK, a única coisa que posso dizer é que esse cara tem estilo. Já eu estou mais pra paulista do que carioca, você só me identificaria como uma através do sotaque, por que se fosse pelas minhas roupas e gostos musicais eu seria uma completa paulista. Minhas amigas sempre falam que eu sou uma paulista disfarçada, elas gostam de FUNK e usam essas roupas típicas de uma carioca enraizada, não vejo graça nenhuma nisso.

— Fala Jojo!

— E ai Kat, o que vai fazer de bom hoje?

— Não sei, estou morrendo de sono. – Falei bocejando. – Fiquei a madrugada inteira conversando com um estranho no face.

— Como assim um completo estranho? – Ela pergunta rindo do outro lado da linda.

— Ah, eu estava sem sono e não tinha ninguém online pra eu conversar, mas aí um cara veio falar comigo e nós acabamos conversando até as cinco da manhã.

— E como ele é?

— Ahh, ele é bonito... – Fiz uma pausa e suspirei. – Tá ele é muito lindo, é loiro, tem olhos azuis, um sorriso perfeito e também é forte, tipo aqueles caras que fazem academia sabe?

— Hum... E ele é daqui do Rio?

— Não. – Falei desanimada. – É paulista.

— Puxa vida hein amiga, que falta de sorte.

— Nem me fale!

— Você vai falar com ele de novo?

— Não sei, acho que sim...

— Quem sabe esse é o cara que vai te fazer esquecer seu desastre amoroso de dois anos atrás com Cato.

— Tá louca Jojo? O cara mora mó longe daqui... Não quero um relacionamento á distância... E outra, eu não sei nada sobre ele, só o básico.

— Mas não há mal nenhum em saber mais coisas, quem sabe...

— Cala a boca Johanna Mason! Eu estou ótima solteira.

— Claro que está, beijando um cara diferente em toda a balada que a gente vai... Daqui a pouco vai pegar um troço na boca!

— Vira essa boca pra lá garota! Não estou a fim de me envolver com ninguém no momento.

— Nem num futuro próximo?

— Não, nem em um futuro próximo!

— Ok, você decide. Tô a fim de ir pra praia hoje, vamos?

— Ah, pode ser, mas só vou depois do almoço, agora eu voltar a dormir, estou um caco.

— Beleza dorminhoca, vou ligar pra Annie e Madge e a gente se encontra na sua casa ás 14:00 horas pode ser?

— Perfeito! Agora me deixa dormir! Beijo, tchau! – Falei mandando um beijinho e desliguei em seguida. Coloquei o celular pra despertar ás 13:00 horas e depois o guardei em baixo do meu travesseiro, virei pro lado e em questão de segundos eu já estava dormindo.

Acordei com o meu celular despertando com aquela música do Fifth Harmony - BO$$. A cada segundo a música ia aumentando e preenchendo os meus tímpanos, tratei logo de desligar e então me levantei da cama e fui parecendo um zumbi até o banheiro, girei o registro e a água fria começou a cair, tirei minhas roupas e entrei no Box, a água fria caía nos meus cabelos e ia escorrendo pelo meu corpo até o chão lavando todo o meu sono e a minha preguiça. Fiquei curtindo a água por uns vinte minutos afinal estava um calor infernal, acho que hoje era um dos dias mais quentes do ano (na minha opinião). Fechei o registro fazendo com que água parasse de cair nos meu cabelos e então peguei a toalha de banho que estava pendurada no Box, sequei meus cabelos e corpo e em seguida enrolei a toalha acima do seios. Sai do banheiro e fui direto ao closet, peguei um dos meus mil biquínis e um short jeans, me vesti e depois coloquei uma blusa branca transparente, penteei meus cabelos e os deixei soltos, peguei uma bolsa e coloquei alguns itens necessários dentro, peguei meu celular e fui até a cozinha, preparei um sanduiche com presunto, queijo e tomate e comi antes de as meninas chegarem. Ainda faltavam vinte minutos até as 14:00 horas então me joguei no sofá e entrei no face, no mesmo instante em que eu fiquei online Peeta veio falar comigo.

Ooooi! =)

E ai! Tudo bem?

Tudo, acordei agora e você?

Estou bem =) Acordei faz uns 40 min.

=D

Estou esperando minhas amigas pra irmos á praia! 8)

Que delícia, aqui tá um calor do cão! Mas não tem praia perto de onde eu moro, a mais próxima fica á uma hora, mas estou com preguiça de dirigir até lá! =P

Preguiçoso! Kkkk O que vai ficar fazendo o dia todo?

Sei lá, talvez ficar pensando em você! ♥

Tá, isso está ficando constrangedor, o cara mal acorda e já está me flertando!

Hum...

Só isso que tem a me dizer? Somente um “Hum...”? kkkkk

O que quer que eu diga?

Que também estará pensando em mim? ;)

Aff... Você sempre usa essa cantada pra ganhar as meninas?

Está me chamando de galinha? =O

Kkkkkkkk, não leve pro lado pessoal, mas você tem pinta de ser!

Você acabou de ferir meus sentimentos =(

Kkkkkkkkkkk foi mal, mas eu disse o que eu vi. Posso estar errada, mas essa foi a impressão que as suas fotos me passaram. Sempre cheias de garotas e bebidas!

Ah! Isso... =/

Kkkkkkkkkkkk

E então ouço a campainha tocar, provavelmente é as meninas.

Minhas amigas chegaram, tenho que ir! Beijo :*

Curta a praia por mim! Beijo :*

Os meses foram passando e eu e Peeta estávamos cada vez mais próximos, ele vivia mandando aquelas cantadas pra mim, mas eu sempre levava na esportiva. Conversávamos todos os dias, ele me contava como foi o seu dia e eu contava como havia sido o meu, era bom conversar com ele, ele me fazia sentir bem de um jeito diferente sei lá, até que as nossas conversaram passaram além do chat do face, começamos a conversar pela webcam e eu sempre ria muito das piadas que ele fazia, nos finais de semana nós ficávamos a madrugada toda conversando. Estava deitada na cama terminando um trabalho da faculdade quando aquele barulhinho de conversa começou a apitar, era Peeta. Antes de atender dei uma ajeitada no cabelo fazendo um coque frouxo deixando alguns fios soltos e arrumei minha blusa.

— Oieeee!!! – Falei assim que atendi, ele estava tão bonito, uma camisa pólo azul clara – da cor de seus olhos – e com o cabelo molhado.

— Oi! E ai? Que tá fazendo de bom?

— Terminando um trabalho da faculdade. – Falei fazendo biquinho e ele riu. – E você? O que faz de bom?

— Acabei de tomar banho e pedir uma pizza. – Ele falou lambendo os lábios e eu ri.

— O que aconteceu com as comidas saudáveis?

— Ah! Hoje é sexta-feira! Dia de ganhar peso! – ele falou me fazendo rir.

— Então você passa a semana toda malhando e perdendo peso pra chegar no fim de semana e ganhar tudo de novo?

— Mais ou menos isso! – Ele riu.

— Pizza de que?

— Meia portuguesa meia quatro queijos.

— Isso é maldade! Você vai comer na minha frente?

— Vou! – Ele riu e eu mostrei a língua.

—Você é cruel!

— Se a gente morasse perto podíamos dividir...

— É... – Falei meio triste. – Você podia vir morar aqui...

— VOCÊ podia vir morar aqui. – Ele falou batendo a mão na cama. – Tem lugar pra você aqui. – ele sorriu malicioso me fazendo corar.

— Vai começar de novo Peeta? – Perguntei rindo.

— Eu não comecei nada, você quem falou pra eu ir morar aí! – Ele falou erguendo as mãos e negando com a cabeça.

— Você não muda né? – Falei semicerrando os olhos e fazendo um biquinho.

— Quem sabe um dia dá certo!

— Não custa nada tentar né? – Falei entrando na brincadeira e então a campainha tocou. Não a minha, a dele.

— Espera, a pizza chegou. Eu já venho.

— Ok. – Disse e ele saiu correndo, fiquei esperando alguns minutos e depois ele voltou com a pizza, dois pratos, dois copos e uma garrafa de coca cola. – Está esperando visita? – Perguntei meio enciumada. Meu Deus! Porque eu estou com ciúmes?

— Estou. – Ele disse sorrindo. – Trouxe um copo e um prato pra você, qual sabor você quer?

— Awntttt! Você é um fofo sabia? – Respondi feliz, com certeza meus olhos estavam brilhando.

— É o que dizem. – Ele falou de modo sapeca e riu.

— Peeta Mellark você não presta! – Gritei e ele riu. “Comemos” a pizza e depois eu fui até a cozinha, peguei um pote de sorvete na geladeira e duas colheres, voltei pro quarto e ele sorriu. – Trouxe a sobremesa! Gosta de sorvete de flocos?

— Amo. – Ele falou.

— Ótimo, vamos comer no pote mesmo tá? – Ele assentiu rindo e eu “entreguei” uma colher pra ele.

Nossa, esse é o melhor sorvete que eu já provei! – Ele falou de forma irônica e eu ri. “Terminamos” o sorvete e depois Peeta sugeriu para assistirmos um filme, ele levou o notebook até a sala e eu deitei na cama me ajeitando, ele ajeitou para que a tela ficasse virada pra TV e se sentou no sofá com o notebook ao seu lado, eu apenas ouvia sua voz. – Tem preferência de gênero?

— Só não gosto de terror. – falei e ele começou a olhar os canais da TV á cabo. Ele ia falando os nomes dos filmes e eu ia dizendo se sim ou não. Paramos pra assistir “Jogo de Amor em Las Vegas”. Ficamos assistindo até o final e então eu comecei a ficar com sono. – Peeta! – Chamei manhosa.

— Oi. – Ele disse aparecendo na minha tela.

— Estou com sono. – Falei bocejando.

— Ok então, vá dormir e amanhã a gente se fala.

— Tá bom. Boa noite.

— Boa noite princesa. Queria estar aí pra dormir do seu lado. – No mesmo instante um sorriso se abriu em meu rosto, pensando bem, até eu queria que ele estivesse aqui.

— Eu também queria. – Falei e ele arregalou os olhos assustado, como se eu tivesse falado algo errado. – O que foi? Falei algo errado?

— Não, muito pelo contrário... Falou exatamente o que eu precisava ouvir. – Ele sorriu de uma forma tão gentil que senti meu coração dar uma falhada, meu estômago revirar e meu corpo todo estremecer. – Sabe Kat, tem um tempo que ando querendo te dizer uma coisa...

— Fala Peeta.

Eu sei que vai parecer estranho, afinal a gente nem se conhece pessoalmente, mas o que eu sinto aqui. – ele colocou a mão no coração. – É tão forte que eu não posso mais esconder... Katniss eu te amo. – Ai meu Pai! Acho que vou ter um treco, Peeta me ama. Peeta me ama... Peeta me ama!

— Peeta isso é... Isso é tão... Isso é lindo. – Falei com lágrimas nos olhos.

— Ô princesa, não chora...

— Peeta, nos últimos meses eu tenho andado tão avoada, toda hora me pego pensando em você, e quando eu te vejo por aqui meu coração dispara, eu consigo ficar feliz apenas em ouvir sua voz. – Sussurrei. – Eu não sei o que está acontecendo comigo... – Ele me olhava de forma gentil e um sorriso brincava em seus lábios.

— Apenas diga que me ama que eu largo tudo aqui e vou onde você estiver. Não agüento mais ficar longe de você, todos os dias sonho com seus beijos, como será o cheiro do seu perfume e tudo o que é relacionado á você. Eu te amo Katniss. Eu só preciso ouvir isso da sua boca pra sair correndo até você. – Respirei fundo umas cinco vezes tentando encontrar essa voz dentro de mim, sim eu o amo.

— Peeta, eu te amo. – Sussurrei e ele sorriu.

— Estou indo pro Rio de Janeiro princesa! – Ele falou se levantando e carregando o notebook pro quarto.

— Agora? – perguntei chocada.

— Sim, agora! Não vou levar mala, não levar nada, eu preciso te ver e tem que ser o mais rápido possível, preciso experimentar seu beijo.

— Mas Peeta, são mais de meia noite. – Falei e ele deu de ombros.

— Eu não ligo, podia ser quatro da manhã e eu não me importaria. Só me diga que estará me esperando quando eu chegar.

— Eu estarei te esperando. – Falei confiante e ele sorriu.

— Eu te amo princesa, eu te amo muito. Vou trocar de roupa e ir até o aeroporto, nos falamos no caminho ok?

— Ok. – respondi ainda sem saber o que fazer, na hora que ele ia desligar eu o chamei. – Peeta!

Oi.

— Eu te amo também. – ele sorriu e então nós desligamos. Corri até o meu closet e coloquei uma roupa, estava meio frio, então coloquei um casaco e me sentei no sofá da sala, apenas esperando ele dizer que estava chegando. Algumas horas se passaram e o meu sono havia ido embora, eu estava ansiosa, eu queria vê-lo, eu queria tocá-lo, queria sentir seu cheiro, passar os dedos em seus cabelos, sentir seu corpo colado ao meu. Eu realmente amo esse cara! Até que meu celular fez um barulho e era ele falando comigo.

Estou chegando princesa.

Estou indo te buscar.

Eu te amo Kat. ♥

Eu também te amo Peeta. ♥

Levantei correndo do sofá e agarrei a chave do carro, tranquei a casa e entrei no meu carro, saí cantando pneu e a toda velocidade pra encontrar o homem da minha vida, o homem que conseguiu me fazer amá-lo através de uma tela de computador. Cheguei ao aeroporto cerca de trinta minutos depois, eu com certeza ultrapassei o sinal vermelho e a velocidade limite, mas não me importo, tudo o que eu quero agora é ele. Entrei no aeroporto correndo e esbarrando em várias pessoas até que eu o vi, ele estava com a sua camisa pólo azul de horas antes, uma jaqueta por cima, calça jeans e um sorriso maravilhoso estampado em seu rosto. Corri em sua direção e antes de qualquer coisa pulei em seu colo passando minhas pernas em volta da sua cintura e ele me abraçou forte, inspirei seu perfume e era tão bom, seus braços quentes e fortes me giravam no ar no meio das pessoas.

— Eu te amo princesa. – ele sussurrou no meu ouvido.

— Eu te amo Peeta. – Falei olhando em seus olhos e ele sorriu, em seguida capturou meus lábios em um beijo urgente, sua língua passou pelos meus lábios pedindo passagem e eu cedi sem hesitar, um suave gosto de menta preencheu minha boca e eu senti as borboletas no estômago, meu coração batia tão forte que chegava a doer no peito. Nossas línguas dançavam em uma sincronia perfeita em nossas bocas, ele explorava cada cantinho, como se tivesse conhecendo o espaço em que moraria pra sempre. Meu corpo todo estava em êxtase, nunca na minha vida senti algo parecido, mas esse garoto paulista fez com que sentimentos desconhecidos se aflorassem em meu ser. Nos separamos apenas quando o ar nos faltou e ele me olhou com ternura, um lindo sorriso brincava em seus lábios e ele me apertou com mais força contra si.

— Não sabe quanto tempo esperei por este momento. – Ele sussurrou no meu ouvido me fazendo arrepiar. – Eu te amo minha princesa carioca.

— Eu te amo meu príncipe paulista. – Sussurrei de volta e ele me olhou sorrindo, o sorriso mais lindo do mundo, e agora estava aqui na minha frente, ao vivo e em cores.


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