Como gelo e fogo. escrita por Adri M


Capítulo 20
Capitulo 20


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse novo cap, foi tão dificil de escreve-lo.



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Acordei sentindo o corpo de Oliver junto ao meu, seus braços envolvidos em minha cintura, me desvencilhei de seus braços com todo o cuidado para não acordá-lo, me sentei na cama e fiquei o observando, nesse momento várias coisas passaram em minha cabeça, e uma dela era, será que eu realmente mereço Oliver? Por que é tão difícil dizer eu te amo? São apenas três palavras que eu não consigo pronunciar, mais eu consigo sentir, e sinto que isso esta mexendo com ele também, e isso só faz meu medo aumentar. Medo de que ele canse de esperar, e me deixe.

Levantei da cama um pouco atordoada, precisava de conselhos, palavras amigas, e sabia exatamente a quem recorrer, fiz minha higiene pessoal, vesti uma roupa peguei minha bolsa, e as chaves do meu carro.

[...]

Quando entrei no café a vi, dona Inês estava sentada em uma das mesas, tomando seu café e lendo um livro, fui até o balcão e pedi um café macchiato, o balconista me deu o copo de café, caminhei até a mesa onde ela estava concentrada lendo seu livro.

– Posso me sentar? – Ela imediatamente olhou para mim, com um sorriso nos lábios.

– Felicity minha querida, sabia que você viria. – Se levantou da cadeira e me deu um abraço apertado. – Senta querida. – Apontou para a cadeira, me sentei, de inicio fiquei calada, Inês ficou parada com os olhos fixos em mim, apenas esperando a hora que eu estivesse pronta.

– Eu vim por que preciso de um conselho. – Falei depois de algum tempo.

– Eu sei... E estou aqui para isso. Qual o seu problema Felicity? – Inês esticou a mão e pegou na minha.

– Eu amo Oliver, mais eu não consigo dizer isso para ele, me sinto bloqueada, e eu tenho tanto medo, que ele desista de mim, eu não posso perder ele, ele se tornou essencial na minha vida, eu não consigo imaginar um amanha sem ele. – Meus olhos encheram de lágrimas, que ameaçavam cair.

– Minha querida... Felicity você já disse eu te amo a algum outro homem? – Lembrei do meu pai, o único com homem que eu já disse que amo, depois que cai de bicicleta e ele cuidou de mim, limpou o ferimento do meu joelho e fez um curativo.

– Sim meu pai. – Murmurei com a voz cheia de dor, com meu coração apertado.

– E o que aconteceu com seu pai?

– Ele abandonou eu e minha mãe, logo depois disso minha mãe entrou em profunda depressão, o único consolo dela era uma garrafa de vodka. – Dessa vez eu sentia raiva, raiva pelo que meu pai fez.

– Menina você tem medo de dizer isso a Oliver e perde-lo? Ser abandonada por ele? Esse é seu medo, e eu entendo... Mais você tem que pensar, e ver que nem todos os homens são iguais o seu pai, inclusive Oliver, ele parece ser um homem bom, e merece seu amor. – Fiquei um tempo olhando para ela, ela sabia tudo, parecia até minha fada madrinha.

– Obrigada, essa conversa me esclareceu tanta coisa... Obrigada mesmo. – Levantei e a abracei. – Obrigada Fada madrinha. – Murmurei em seu ouvido a fazendo rir.

– Sua fada madrinha estará sempre aqui, para o que você precisar. – Dei um beijo nas bochechas dela e sai do café, com a cabeça leve, não pronta para dizer eu te amo, para Oliver, não agora, mais me sentindo pronta.

[...]

Quando cheguei em meu apartamento fui direto para o quarto, ver se Oliver ainda estava ali, senti uma imensa vontade de abraçá-lo, mais não ia ser agora, a cama estava arrumada, e não tinha nenhum vestígio dele ali, peguei o celular para ligar para ele, mais antes de digitar seu numero, escutei batidas na porta, corri rapidamente e abri a porta com um grande sorriso nos lábios, quando abri a porta meu sorriso se desfez de imediato.

– Moira Queen o que faz aqui? – Perguntei vendo o projeto de elegância e arrogância que estava parado na frente da minha porta.

– Moira Queen? – Ela me olhou com um sorriso de canto dos lábios.

– Não vejo problema algum em te chamar assim, já que não estamos na QC. – Falei.

– Claro... Posso entrar? – Abri passagem para ela, Moira entrou no meu apartamento olhando para os lados, analisando cada móvel, cada objeto.

– Aceita água? – Ela voltou seus olhos para mim.

– Não minha querida... O que vim fazer aqui vai ser rápido. – Ela se sentou em uma poltrona e apontou a outra para mim.

– E o que é? – Estava com grande curiosidade para saber o que a tão elegante Moira Queen fazia em meu humilde apartamento.

– Me diga quanto você quer para deixar meu filho, e ir embora dessa cidade? – Moira tinha um enorme sorriso no rosto, eu não estava acreditando do que tinha acabado de escutar.

– Você veio aqui para isso, me oferecer dinheiro? – Levantei cruzando meus braços e olhando diretamente em seus olhos.

– Vamos lá Felicity me diga seu preço, um... Dois... Três milhões de dólares, você não é puritana, todas tem um preço.

– Quatro milhões de dólares, é uma ótima quantia... Você me paga isso e eu sumo da vida do seu filho. – Moira me olhava com satisfação, tirou uma caneta e um talão de cheque da sua bolsa, assinou o cheque com a quantia e entregou para mim.

– Quatro milhões de dólares, sabe o que vou fazer com isso? – Peguei o papel e rasguei na frente dela. – Dinheiro nenhum vai me fazer deixar Oliver, por que você não assina outro cheque e doa para uma instituição dos glades? Agora saia da minha casa. – Moira saiu em silencio do meu apartamento, sem falar nada, esboçar nenhuma reação, respirei fundo varias vezes, tentando me acalmar, o celular tocou em minha mão, olhei no visor e vi a foto de Oliver, respirei mais uma vez e atendi.

– Alo.

– Felicity por onde esteve essa manhã? Acordei e você não estava ao meu lado, aconteceu alguma coisa? – Seu tom de voz era de pura preocupação.

– Só precisava pensar um pouco... Tem planos para hoje a noite, estava pensando em fazer um jantar para nós dois aqui.

– infelizmente vou ter que passar, Ray disse que tem um grande investidor, que quer fechar contrato com a QC, tenho que jantar com eles, e é em um lugar afastado, provavelmente o jantar vai acabar muito tarde. – Falou com a voz decepcionada.

– Ok... Amanhã marcamos então.

– Que tal um café da manhã? Por que duvido que eu consiga ficar sem te ver até de noite. – Sorri.

– Café da manhã, fechado.

– Ótimo... Agora tenho que desligar.

– Ta bom.

Desliguei o celular, como era sábado e não tinha nada para fazer, dei uma organizada na casa ao som de ACDC, e depois peguei meu tablet, ia começar mais uma jornada de caça ao grande safado que esta roubando dinheiro da QC, várias vezes tive que começar tudo do inicio, seja lá quem for que criou esse aplicativo, estava subestimando meus talentos de hacker, já era quatro hora da tarde e eu nem tinha visto o tempo passar, minha barriga já estava roncando, fui até a cozinha e preparei um lanche, depois de um tempo me afundei no trabalho de novo.

[...]

Já passava das dez da noite e meu tablet apitou, depois de um longo trabalho enfim tinha uma pista, apertei no ponto que brilhava, que me deu um numero de ip, rastreei o numero e cheguei a um nome, não podia acreditar que Ray estava envolvido nisso, o certinho Ray Palmer estava desviando dinheiro da empresa. Senti um calafrio e pensei em Oliver, no tal jantar que ele tinha com Ray, peguei meu celular e digitei o numero dele rapidamente com as mãos tremulas, ativei o rastreador para rastrear a localização de Oliver.

– Alo. – Ele falou.

– Oliver onde você esta? – Perguntei sentindo alivio em escutar a voz dele.

– No fim do mundo eu acho, o carro de Ray deu pane no meio de uma estrada escura e sem fim. – Oliver riu.

– Oliver. – Escutei a voz de Ray e em seguida um estouro.

– Oliver... Oliver. – Berrei, fiquei quieta escutando, escutei o ronco do motor de um carro.

Olhei para meu tablet que já mostrava a localização de Oliver, era uma rua deserta dos glades, peguei as chaves do meu carro, dirigi atordoada pensando em Oliver, no que tinha acontecido, no barulho que escutei, estava na rua que o mapa na tela do tablet mostrava, quando vi Oliver caído no chão, sai do carro imediatamente, meu corpo inteiro tremia, meu coração batia muito forte, parei de pé um pouco afastada do corpo, sentindo um imenso medo, medo de Oliver estar morto, juntei minhas forças e me abaixei.

– Oliver. – Murmurei, mas não tive respostas. – Oliver fala comigo. – Juntei seu corpo junto ao meu, minhas mãos estavam sujas de sangue. – Fala comigo meu amor, não me deixa, não agora, Oliver o que eu sinto por você vai alem de amor, eu não consigo dizer eu te amo, o que eu sinto por você vai além dessas palavras, é um sentimento tão grande que essas palavras não conseguem definir, eu não consigo imaginar minha vida sem você, por favor, não morra agora. – As lágrimas escorriam pelo meu rosto, a dor que estava sentindo no momento era pior do que a dor que senti quando meu pai foi embora, era uma dor que eu não desejava para nenhum inimigo.

– Eu não vou a lugar nenhum. – Senti a mão de Oliver na minha face.

– Oliver eu te amo. – Falei entre soluços e lágrimas.

– Eu sei.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar, e pra quem le essa fic, eu fiz outra fic Olicity, com o titulo distancia leiam ela também, bjoos até o proximo :)