Seus olhos cinzentos escrita por Polly Lovegood


Capítulo 6
Fancy


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Uhul, o capítulo saiu antes de meia noite hoje o/ (são 23:58, mas ainda são menos que meia noite hehe). Essa música foi... difícil hahaha não tem como escrever um clichê romântico com ela, então aqui está o melhor que pude fazer. Espero que gostem!



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Depois daquela cena que podia muito bem esquecer quase não saí mais de casa, o máximo foi para ir comprar umas frutas no mercado algumas ruas depois da minha. Eu estava mal, não importasse o que minhas primas falassem, não importasse o quanto eu mesma soubesse que não valia a pena.

– Já chega – Dominique gritou entrando no meu quarto no sábado à noite.

– Já chega do que? – perguntei confusa e ela bufou, andando até o banheiro. Lily vinha atrás com uma bolsa enorme, preta com alguns brilhos. Ah não, Dominique queria me tirar de casa.

– Não é porque aquele idiota seguiu sua natureza que você vai ficar enfiada nessa cama – ela disse decidida e tirou meu computador de cima de mim. É, eu, ele e Doctor Who tínhamos estabelecido uma relação bastante intensa nesses últimos dias.

– Me deixa acabar de assistir o episódio antes de me fazer levantar daqui? – fiz meu melhor olhar de cachorro abandonado, mas ela continuou severa. – Ok, ok, já vou levantar.

– Isso, ótimo! – ela ficou toda feliz e começou a bater palmas sozinha. – Lily, isso não é ótimo? – ela se virou para a ruiva, que também estava felizinha.

– E onde vocês querem me levar? – perguntei em dúvida e Dominique sorriu ainda mais, indo até a bolsa preta e tirando de lá um vestido preto com um lado inteiro rendado, bem curto. – Hum, vendo pela roupa, numa festa.

– Exatamente! – Lily se sentou no pé da minha cama. – Um dos amiguinhos sonserinos do Alvo está dando uma festa meio de despedida hoje, já que ele acabou Hogwarts e está indo pro Egito igual o pai da Domi.

– Por que eu iria a esse lugar? – perguntei incomodada e as duas me olharam como se eu fosse retardada.

– Só se veste, Rose – Dominique me tirou da cama e me empurrou para o banheiro. Tomei um banho rápido e assim que saí as duas já estavam prontas, com um livro cheio de feitiços de beleza aberto. Ah, mas que desperdício de papel.

Vesti o vestido (que, realmente, estava bem curto), elas fizeram uns infinitos feitiços no meu cabelo e na minha cara e por fim me vi no espelho. Parecia outra pessoa ali, toda arrumada e maquiada. Ainda estava reconhecível, mas do mesmo jeito, era esquisito.

Eu não costumava me vestir daquele jeito, não costumava me arrumar como parte da elite que tinha tempo e dinheiro o suficiente para só se preocupar com a imagem. Eu não costumava gostar disso.

Os sapatos eram mais altos do que o normal, quase caí ao tentar descer as escadas, mas logo me acostumei.

– Obrigada, tia Mione – Dominique entrou na cozinha para falar com a minha mãe. Uma vez puxa-saco, sempre puxa-saco. – Por deixar a Rose ir com a gente.

– Que isso, meninas – minha mãe retribuiu, vindo até onde eu e Lily esperávamos Dominique. – Obrigada por tirarem a Rose daquele quarto – ela sussurrou para minha prima loira, acreditando que eu não ouvia. – Não sei o que deu nessa menina para se trancar lá.

– Nem eu, tia Mione – minha prima sussurrou mentindo, deveria agradecer ela por isso depois. Minha mãe não podia nem sonhar que eu estava desse jeito por causa do Malfoy. – Relaxa, nenhuma de nós vai voltar grávida – Dominique brincou e eu revirei os olhos.

– Vamos logo antes que eu volte para o meu Doutor – provoquei, me referindo ao querido Doctor Who e Domi logo saiu andando para a porta de casa.

– Até mais, tia – Lily e Domi disseram ao passar pela porta e eu apenas gritei “Tchau, mãe, tchau, pai”.

Atravessamos a rua e desaparatamos, aparatando num beco escuro. Andamos um pouco e logo chegamos numa casa grande com um jardim enorme e várias luzes iluminando a fachada branca. O mínimo que se esperava da casa de uma família sonserina.

Entramos na festa e senti todos os olhares sobre mim. Não via nenhuma daquelas pessoas desde a formatura, onde todos viram bastante claramente os beijos que aconteceram entre mim e Scorpius. Era como se estivessem com pena de mim.

– Por que eu concordei em vir para esse lugar? – perguntei para Lily, que só gargalhou e me puxou para dentro.

A pista de dança estava cheia de adolescentes (ou nem tão adolescentes) bruxos bêbados, alguns cheirando a maconha, a droga trouxa. O que eu estou fazendo aqui?

Um homem com uma bandeja passou bem na minha frente. Domi já tinha desaparecido para ir atrás de James e Lily ficou ali ao meu lado. Ela parecia entediada, querendo ir dançar, mas eu simplesmente não conseguia.

Peguei um copo com uma bebida chamativa laranja e virei de uma vez, sem nem me perguntar o que era. O homem me olhou meio assustado, mas dispensei ele com um aceno de mão.

– Vem, Lily – comecei a andar em direção à pista de dança, puxando ela junto. Comecei a dançar sem me importar com quem estava em volta, observando ou dançando também.

Peguei mais uns dois ou seis copos daquela bebida laranja. Ela tinha gosto de laranja mesmo, eu queria cada vez mais daquilo.

Depois de um tempo ali, já estava cansada e transpirando mais do que achei que iria naquela noite. Estava indo meio cambaleante até um sofá preto no canto da sala do garoto, quando vi Scorpius e a vadia passando pela porta principal, de braços dados. Mas que merda ela estava fazendo ali?

Ah, é óbvio, Rose. Já que o joguinho acabou, ele pode ficar com a biscate dos peitos grandes e siliconados.

Lily tinha ficado lá pelo meio da pista de dança mesmo, tínhamos achado umas amigas dela, que voltariam para o sexto ano em setembro. Ainda bem, ou ela estaria aqui tentando me confortar. Não quero o conforto dela, quero me vingar daquele loiro idiota.

Eles estavam na festa tinha uns dez minutos e ela se afastou dele. Ótimo. Era isso que eu queria. Ele me viu e estava vindo na minha direção, então sorri e sumi no meio das pessoas. Precisava achar alguém que eu conhecia...

Lysander estava parado encostado numa coluna branca de mármore, segurando um copo de uma bebida azul. Isso estava melhor do que eu poderia pensar.

– Lys! – cumprimentei chegando perto dele, Scorpius ainda estava vindo no meio da multidão. Ótimo, ainda dava tempo.

– Rose! – ele parecia feliz em me ver, isso já era um passo. – Não sabia que era amiga do Rich – ele pareceu estranhar e eu dei de ombros.

– Lily e Dominique me trouxeram – respondi rápida e ele fez um olhar de compreensão, indo beber mais um gole daquela bebida azul. Peguei o copo da sua mão e virei em minha boca. Ele me olhou confuso, mas antes que falasse alguma coisa eu o beijei.

Ele mais do que evidentemente estava confuso, mas quando passei as mãos pelo pescoço dele, puxando-o na minha direção, ele passou os braços pela minha cintura, me virando e imprensando contra a coluna.

Eu realmente esperava que ele tivesse já bebido o suficiente para não lembrar disso amanhã de manhã. Ele tinha um jeito... que não era nem um pouco parecido com o do Scorpius.

Scorpius era forte, ele sabia o que fazer, com um toque já me fazia querer tirar as roupas. Lysander era cuidadoso, parecia que tinha medo de que eu fosse quebrar ao meio.

– Rose? – Scorpius gritou ao nosso lado, mais alto do que o volume da música. Agora sim a coisa ia ficar boa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não fiquem com raiva da Rose. Coitada, ela ta com o coração partido. Ok, não é tão coitada assim, ela teve uma vingancinha boa. Bom, até amanhã com Coldplay, outro amorzão hahaha
Beijoooo