The Invisible Wall escrita por loveinice


Capítulo 6
Lose Control


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se ~



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Can we play the game your way?


A escola inteira comentava do acontecimento do Loiro com Byou. Uruha sentia-se incomodado  com alguns comentários indiretos e supostas hipóteses com Yutaka, mas o mesmo já desistira de se irritar com isso.

Após a entrada do professor na classe, reinou o silêncio no ambiente, agora um tanto pesado.

– Bom dia classe – Dizia Miyavi – Essa primeira aula era livre, e para infelicidade de ambos, vim substituir a professora.

Todos os alunos suspiravam pesadamente pelo fato.

– Mas pelo menos é apenas uma atividade, para nota – Jogara o bloco de folhas em cima da mesa – Façam em duplas, sem vuco-vuco.

A classe inteira se ajeitava escolhendo a dupla. Ouvia-se em todos os cantos cochichos, de assuntos diferenciados, desde discussões vindas dos mais esforçados, a ‘fofocas’ das garotas.

– E ai Uru-chan – Myv puxou uma cadeira a frente da dupla de Kouyou – chegou vivo em casa?

– Cheguei – soltava uma risada enquanto respondia – muito obrigado, mesmo!

– Sem problemas! ... Ah ! – olhava com uma cara de epifania súbita – como ambos gostam de tocar música, terá uma promoção na maior loja de instrumentos, que tal irmos? Começa amanhãããã ~  - Pedia-lhes com cara de ‘cachorro sem dono’

– Que ótimo, precisava trocar algumas peças da minha bateria – murmurava Kai

A porta da sala abriu de repente. Uma visita inesperada, ainda mais ao moreno, que olha boquiaberto com quem estava em pé.

– Com licença classe, este é Alex, vindo da Alemanha em intercâmbio. Peço a colaboração de todos, e o ajude no idioma!

– Bem vindo – vinha um som unificado da classe.

“Alex ? É esse infeliz que o Kai comentou ontem? “

– Yutaka .... – dizia ao moreno em voz baixa – esse é o ... ?

Kai estava paralisado. Ainda.

– Kai ... – Uruha começou a ficar desesperado – você está me ouvindo? – começou a sacudi-lo .

– Eh? É esse, esse mesmo – ainda dizia com uma expressão de surpresa estampada no rosto.

Alex era bem recebido. Pelo menos pelas garotas...

– Alex é seu nome, certo?

– Sim, é meu nome – dizia carregado com seu sotaque alemão

– Que nome lindo! De qual cidade veio?

– Tem namorada? – outra  garota perguntava, esperando ansiosamente pela resposta.

Apesar do batalhão de perguntas serem direcionadas a ele, olhava em volta procurando incansavelmente quem queria, e não foi difícil de achar. Não se esqueceria daquelas covas cavadas em sua bochecha.

 Rapidamente localizou a carteira do moreno. Mas uma barreira de um olhar tremendamente amedrontador era direcionado a ele.

– Que loiro estranho, eu conheço esse rosto – Dizia a si mesmo. Enquanto dava passos lentos, procurava em sua memória aquele rosto, tão delicado e tão peculiar.

Chegou dando um belo sorriso, apresentando-se ao professor.

– Olá professor – reverenciou-o formalmente.

– Olá, bem vindo ao Japão! Caso tenha algum problema, é só me chamar – Sorria ao loiro, brincando com o piercing de seu lábio.

                                                     ~

– Yutaka? Yutaka Uke? Lembra-se de mim?

– Eh? – olhou em choque – Claro que me lembro de você, seus olhos são inconfundíveis, apesar de ter mudado tanto!

– Hah, e você continua o mesmo! Essas covas são únicas!

Sorria-lhe com vontade .

A conversa entre ambos fluía como amigos tão velhos. Uruha olhava com desprezo, e Miyavi apenas ria internamente dessa situação.

– Kouyou, você é cômico quando nervoso ! – Miyavi ria alto da cara do loiro

Alex olhou surpreso.

– Kouyou ... Kouyou Takashima ? Modelo mais famoso que faz propaganda pra uma das mais conhecidas marcas do Japão inteiro?

– Etto ... sim, prazer. – Dava um sorriso amarelo

– Que honra! Sorte a sua hein, Yutaka – cutucava com o cotovelo.

Aquele dia nunca passou tão devagar quanto outro. Aquilo era tortura nos olhos do loiro.

Sentia um ciúmes tremendo e incontrolável ao ver aquele alemão andando tão aproximado do moreno. Após o término das aulas, saiu sem dar qualquer explicação. Sumiu como poeira cósmica, da vista de qualquer.




                                              -----------º---------º------------

Ficou incomunicável pelo resto do dia. Nunca se sentiu tão rejeitado e trocado por alguém. Um tremendo mau humor tomou conta de seu ser. Nem mesmo seus pais sabiam o que pensar ou fazer.

Aquele ciúme o fazia louco. Sem pensar em qualquer consequência, jogou todos aqueles presentes vindos daquelas fãs malucas para o outro canto do quarto.Aquilo o irritava demasiadamente naquele momento.

O que adiantava tudo isso? Sentia um vazio enorme no peito. Aqueles presentes eram apenas coisas inúteis. Apenas ocupavam espaço naquela casa, era uma poluição. Poluição em sua mente.

Chorava freneticamente, andava em passos pesados e apressados em volta do mesmo lugar, várias vezes, incansavelmente.Deitou no chão como um feto, encolhendo-se ao máximo no meio daquela bagunça em que se encontrava.

 Já era tarde.Acabado, foi ao banheiro e se olho no espelho. Não era aquele mesmo loiro que todos admiravam. Não mesmo.

Era deprimente.Olhos inchados, maquiagem borradas, lábios roxos, cabelos oleosos e embaraçados.

Preparou sua banheira e entrou. Sem medo mergulhou fundo e ficou ali, até não agaentar mais aquela pressão em seu pulmão.

Passou o tempo que achava necessário. Ligou seu Ipod e colocou a música em uma altura que não ouvia seus próprios pensamentos. Era assim mesmo que apreciava uma música.

Revivia todos aquela raiva, todos aqueles pensamentos ruins que passaram em sua mente naquele dia. Brincava com a água tristemente. Aquelas ondas eram cortadas com gotas salgadas, amargas vindas de cima. Salgadas ao paladar e a alma, que tinha feridas tão fundas.

Derramar aquele sofrimento era doloroso. Mas sentia-se mais limpo e leve por dentro, mais vazio que o normal.

Mal tinha vontade de sair daquele aconchego, aquela água quente que o  protegia contra o frio. Olhava suas mãos enrugadas, aquela espuma se dissipando pela banheira... aquilo o deixava mais entristecido.

Saiu da banheira e se enxugou. Ainda de toalha, verificou se estava totalmente trancado contra o resto da casa  e deitou na cama, jogando seu corpo branco, de curvas leves contra aquele colchão gigantesco, bagunçado com seu uniforme e material.

Pegou novamente seu Ipod e colocou nos ouvidos, cantando amargamente as músicas que representavam aquela situação. Ao colocar no random, a primeira a começar a tocar foi Hollow Man¹. Sentia-se assim.

Quem canta os males espanta. E era o tentava fazer. Espantar todos os males que o circulavam naquele momento.

Enjoado de ouvir musicas, pos-se de pé e pegou a guitarra para lhe aguçar os ânimos. Com alguns papéis aleatórios e uma caneta para anotar, começou tocar livremente as cordas, formando algum ritmo que agradasse. De tons graves a tons finos. Era assim que oscilava seus pensamentos: altos e baixos.

Agradáveis.

Indiferentes.

Irritantes.

Alegres.

Tristes.

Fez algumas anotações naquelas folhas, e largou a guitarra em algum canto. Colocou alguma roupa e deitou novamente na casa. Desta vez, mesmo lutando contra o sono, perdeu a luta com uma força quase inexistente.


Can I really lose control?


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Notas finais do capítulo

¹ - dso Iced Earth.
Título e partes da música - Evanescence
Espero que tenham gostado, e já aviso, não faço a minima ideia se volto a postar e quando. Vai começar minhas bimestrais e nem tenho tempo de pensar em outra coisa. Ano de vestibular é foda.
MAS CARA, TO FELIZ MIL.
Primeiro show que fui e foi foda demais. VERSAILLES RULEZ.
9 horas na fila, mas quem liga? só me arrependo de não ter tentado ir pra frente, mas conseguia ver todos os integrantes ♥333