Sun & Rain escrita por Miss_Miyako


Capítulo 1
Coleção de drabbles.


Notas iniciais do capítulo

O PRESENTE QUE ESTÁ ATRASADO, MAS NÃO ESTÁ ATRASADO (?)

Oh bem, eu já tinha entregado isso para a Blue no dia do seu aniversário, lááááá em junho (só nom falo a data porque eu acho que ela não iria querer khjdslkjflsk mas eu sei oka uwú)
E só não postei mais cedo, pq bem, nom tinha a categoria de soredemo no Nyah! MAS AGORA TEM ENTON YEAAAAH!!!

Ah, como eu amo soredemo, esse animangá é completamente lindo, meu coração esquenta só de lembrar ♥

Enfim, sem mais delongas, fiquem com essa lista de drabbles de livinike!!!

Espero que gostem! (Você também, Blue! ... mesmo que eu já saiba o que tu achou porque eu já te entreguei essa bodega faz tempo aiai jhaslkdhk)

EDIT: MEU DEUS EU ESTREEI OUTRA CATEGORIA QUÉISS MEREÇO PALMAS *APANHA*



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1. Sol

Ele se chamava Rei do Sol, mas nada na aparência dele podia ter alguma ligação com o sol propriamente dito.

Bem, seus cabelos eram azuis quase negros, seus olhos eram azulados e ele não tinha exatamente o que poderia ser chamado de “personalidade radiante.”

Mas para Nike, ele era o Sol.

Levou um tempo para a garota perceber, mas quando finalmente resolveu encarar o assunto com mais seriedade, a resposta pareceu ter lhe dado um tapa na cara.

O sol é uma fonte de luz que está constantemente acesa e ilumina o dia, guiando o caminho das pessoas. Livius tinha um talento nato para ser rei e um senso de liderança absurdamente grande. Enquanto trabalhava, nunca parecia demonstrar fraqueza e sempre fazia tudo tão perfeitamente.

Quer dizer, ele havia se tornado o Rei do Mundo, pelo amor de deus!

Não era só isso, no entanto. Quando estava perto do garoto, ele a aquecia, a confortava, lhe enchia de forças e parecia iluminar seu caminho como o grande astro natural fazia durante um dia calmo sem nuvens no céu.

E era por isso que ele poderia ser comparado ao sol, como pensava Nike. A jovem percebeu, certo dia, a aura brilhante e incandescente que rodeava o corpo do seu pequeno marido enquanto ele trabalhava.

–Nike? O que foi?

–A– Ah! Não é nada não, hehe.

A única diferença com o sol era que ela não conseguia tirar os olhos dele.

2. Canção

A janela aberta permitiu que a doce melodia invadisse o quarto e atingisse os ouvidos do garoto que residia sentado na cadeira de seu escritório, dissipando completamente sua concentração.

Ele achava um pouco chato, mas não importava o que fizesse, aquela voz era tentadora demais para ele. Era um fraco, sim, por deixar que uma coisa tão trivial o impedisse de continuar com seus compromissos.

Mas sinceramente, que se dane.

Livius levantou da cadeira e caminhou até a janela, observando como as finas gotas de água caíam das nuvens recém-formadas no céu. Ao longe, no topo de uma das torres, uma ruiva estava com os braços estendidos, sua boca movendo-se e seus olhos fechados.

Ele encostou sua testa no vidro frio da janela e fechou seus olhos também, deixando que a voz da ruiva o envolvesse completamente, inebriando seus sentidos. Observou como a melodia e o som das gotas de chuva pareciam se completar, dançando suavemente pelo ar.

Estava atento a cada nota e podia até imaginar o movimento dos lábios da jovem para que cada parte da música saísse com a perfeição que ela trabalhara tanto para conseguir.

Não negaria nem se quisesse.

Livius amava a canção de Nike.

3. Altura

Ele a encarou pelo canto do olho, discretamente. Seu queixo estava repousado na palma de sua mão, enquanto os dedos da outra batiam devagar na mesa de seu escritório.

A jovem, centro de sua atenção, estava há alguns passos de distância olhando para alguns papéis que segurava. Como tinha acabado suas tarefas mais cedo, resolveu ir visitá-lo e se ofereceu para ajudá-lo a organizar certos documentos.

Seus olhos azuis escuros percorreram toda a imagem da garota, desde seus sapatos, para sua cintura, depois seus ombros até pararem em seu rosto.

Algo o incomodava.

–Ei, Nike. – Chamou-a, enquanto levantava de sua cadeira e ia até ela. A ruiva piscou e quando direcionou seu olhar para ele, sorriu.

–Hm? O que foi, Livi?

–Abaixa.

...

–.. Perdão?

–Falei para abaixar.

Nike o encarou confusa, mas curvou-se.

–Assim?

–Mais baixo.

Curvou-se mais um pouco.

–Mais!

E mais um pouco.

–Ah, fica de joelhos logo!

–Eh? T- Tá bom. – A jovem estranhou, mas agachou-se e ficou de joelhos no chão, de frente para o garoto, o que diminuiu consideravelmente a diferença de altura entre eles.

Mas ainda não era o bastante.

–Tsc. Mesmo assim? – Ele franziu o cenho, seu rosto ainda levemente levantado. Nike piscou mais um parte de vezes, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, sentiu os braços do seu marido envolverem seu pescoço e seu pequeno corpo encostado ao seu.

Deixou que seu calor a envolvesse primeiro e retribuiu o abraço logo depois, tomando a liberdade de deixá-lo um pouco mais apertado. Surpresa pelo ato, mas de maneira alguma pensando em recusá-lo.

E foi impossível controlar o arrepio que sentiu quando a voz dele soprou em seu ouvido.

–Um dia, eu serei o mais alto e quem precisará ficar na ponta dos pés será você.

A ruiva levantou uma sobrancelha e olhou para baixo. De fato, Livius tinha precisado ficar na ponta dos pés para lhe dar aquele abraço. Nike não conseguiu se controlar e soltou uma risada.

O garoto se afastou dela, mas continuou com os braços em volta do seu pescoço.

–Tá rindo do quê?

–Nada. – Balançou a cabeça, sorrindo.

4. Flores

Nike amava flores e Livius sabia bem disso.

O seu tipo favorito era, bem, todos. Havia algumas que chamavam sua atenção mais do que outras, mas ele tinha certeza que ela amava todas as flores que encontrava.

Ele já se pegou observando como os olhos verdes dela brilhavam quando estava na presença delas, como o sorriso que tomava conta de seus lábios era verdadeiro e de como sempre as tocava com uma delicadeza impossível – E que ele nem sabia de onde ela tirava.

Para ele, flores foram sempre flores. Só estavam lá para decoração e com pouco tempo murchariam. Graças a Nike, sua opinião mudou, ele não tinha a mesma paixão que a ruiva pelas flores, mas elas se tornaram muito mais agradáveis de olhar, cheirar e sentir.

As pétalas eram macias como a pele da sua esposa, algumas tinham colorações esverdeadas que lembravam seus olhos, outras tinham um cheiro parecido com o dela e quando balançavam ao vento o lembravam de como seus cabelos se moviam rapidamente quando ela corria pelo palácio.

–Livi!

O garoto olhou na direção da voz e sentiu algo delicado rondar-lhe a cabeça. Quando usou seus dedos para senti-la, viu que se tratava de uma coroa de flores.

Nike abriu um sorriso largo e sentou-se na frente dele.

–Acabei de fazer. – E apontou para outra coroa que estava em sua cabeça. – Que tal?

–Estão boas, eu acho.

–Acha?! Poxa, elas deram trabalho, sabia?!

Ora, bem...

Talvez o pequeno Rei do Sol gostasse de flores, pois elas o lembravam dela, em todos os sentidos possíveis.

5. Ferimentos

–Idiota.

–Já entendi.

Bandagens, várias bandagens, rondavam os braços da ruiva que estava deitada na cama.

–Estúpida.

–Eu já entendi!

Outra bandagem estava envolta de sua cabeça, parcialmente coberta por seus cabelos.

–Desastrada.

–Livius, eu já entendi! – A jovem exclamou, sentando-se e batendo as mãos no colchão. Logo depois se arrependeu pelo súbito movimento ao sentir seu corpo todo doer. – Gh-!

O garoto suspirou e segurou seus ombros, antes de empurrá-la devagar de volta para a cama.

–Idiota, quer piorar ainda mais sua condição? – Ele respondeu, até que um pouco ríspido demais.

–Lógico que não! – Nike bufou. – Mas não precisa ficar me xingando sem parar.

–É porque você não parece entender!

–Ah, é? Não entendo o quê?!?

–Que te perder seria o mesmo se eu morresse! – Ele berrou, suas bochechas levemente coradas, de raiva ou vergonha.

A ruiva parou, estática. Observou como o garoto de cabelos azuis escuros a sua frente abaixava a cabeça e sentiu um aperto doloroso no peito ao vê-lo começar a tremer.

–Entenda logo de uma vez... Droga... – Ele agarrou os lençóis com força, começando a tremer mais ainda.

Ok, agora ela admitiria. Tinha sido mesmo uma idiota por ter se esquecido de um detalhe tão importante.

–Livi. Vem aqui. – Nike deu leves tapinhas no lugar ao lado do que estava na cama. O garoto a olhou por alguns segundos, mas fez como ela mandou. Quando já estava sentado ao seu lado, a ruiva o abraçou, trazendo-o mais para perto.

–Desculpa. – Murmurou enquanto acariciava a cabeça de Livius, passando a mão devagar pelos seus cabelos escuros e lisos. – Você não vai me perder.

Ele apertou o abraço.

–Estarei tanto com você ao ponto de ser até sufocante.

–... Isso é uma promessa? – Ele perguntou e isso a fez sorrir.

Nike não gostava de ser protegida e gostava menos ainda de preocupar os outros. O único motivo que a fizera mudar de ideia dessa vez era porque ela entendia perfeitamente como ele se sentia. Só a ideia de perdê-lo era o suficiente para fazê-la tremer sem parar e sentir sua garganta se comprimir tanto que chegava a doer.

–Sim. – Ela assentiu. – É uma promessa.

6. Acordar

Sua mão esquerda se levantou para mexer com as franjas escuras, enquanto a outra estava apoiada na cama. Nike sorriu ao vê-lo se mexer levemente, mas sem abrir os olhos.

Ela ainda achava o hábito de Livius de dormir pelado - mesmo que do lado dela - embaraçoso, fazia suas bochechas queimarem e seu coração bater mais rápido. Sinceramente, ele não tinha vergonha, não?

Bem, ela resolveu deixar aquilo de lado, não queria que isso estragasse uma manhã tão calma e nem que algum escândalo seu o acordasse. A sua expressão enquanto dormia era tão serena com seus lábios se movendo devagar para expirar o ar que entrava em seus pulmões.

Porém, de uma forma ou de outra, a ruiva viu os olhos dele tremerem, antes de abrirem para revelar seus penetrantes orbes azuis.

–Bom dia, majestade. – Ela riu um pouco.

Livius esfregou seus olhos antes de arrumar sua posição na cama e encará-la.

–Bom dia. – E bocejou. – Estava me vendo dormir? Que esquisita.

–Com uma língua afiada logo de manhã? Tinha que ser você. – A ruiva soltou uma pequena bufada, mas sorriu em seguida. – De qualquer forma, tá na hora de levantar.

E assim que ela começou a levantar, o garoto rapidamente segurou seu pulso.

–Espera.

–Hm? – Nike o olhou, confusa, mas sentiu um leve arrepio ao vê-lo dar um de seus sorrisos presunçosos porém divertidos.

–Se você me beijar, eu levanto.

Ah, mas claro.

–Q- Quê?! – Ela corou. – S– Seu..! Eu fiz isso ontem!

–Ontem foi ontem, hoje é hoje.

–Hah?!

–Me beija e eu levanto, senão nada feito. – Ele aumentou o sorriso ao vê-la corar mais e comprimir os lábios.

–D- Droga... – Como ele conseguia tê-la na palma da mão daquele jeito? Parecia que ela não tinha outra escolha e não era como se não quisesse beijá-lo também...

Nike suspirou e se aproximou do garoto, com uma mão tocando levemente sua bochecha, encostou seus lábios aos dele. Sentiu-o brincar com uma de suas mechas, enrolando-a em seus dedos, durante o beijo e isso fez suas bochechas esquentarem ainda mais.

Alguns segundos depois, o soltou. Seus olhos verdes encararam seus azuis e amaldiçoou aquele maldito sorriso lindo. Como ele fazia aquilo?!

–Quero outro. – Pediu, enrolando a mecha mais uma vez em seus dedos.

–E- Eh?! Ah, deixa de ser mimado!

7. Chuva

–Livi.

–Hm?

–Posso te fazer uma pergunta?

–Isso foi uma pergunta.

–Idiota. – Ele abriu um dos olhos para vê-la fazendo bico e soltou um sorriso.

–Fala logo.

As gotas de chuva caíam incessantes e faziam um barulho contínuo no teto do gazebo. Era uma situação rara, já que a chuva que caia tinha vindo naturalmente, sem a ajuda do canto de Nike e pegou os dois de surpresa enquanto passeavam pelos fundos do palácio.

–O que você acha da chuva? Digo, depois de tudo?

Livius abriu completamente os olhos e a encarou, a mão da ruiva parara de acariciar a cabeça do garoto que descansava em seu colo. Ele cruzou os braços e suspirou.

–Eu ainda não sei.

–Ah..

–Digo, a chuva ainda me traz memórias que eu preferia esquecer. – Comentou, desviando seu olhar para os pingos. – Mas eu gosto de como o ar fica mais agradável por causa dela e desse cheiro que sempre fica antes dela começar a cair.

–Entendi. – Ela olhou para os pingos também.

–Além disso... – E voltou sua atenção para Livius. – A chuva me lembra você.

Nike piscou algumas vezes, antes de sorrir.

–Entendi. – Repetiu. – Fico feliz em ouvir isso.

–Hm. – Ele assentiu, suas bochechas já vermelhas por causa do comentário.

Era uma chuva agradável a que caía, mas não se comparava as que a sua Nike chamava. Ainda o lembrava dela, no entanto. Era isso que importava.


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Notas finais do capítulo

CARACOLES DE CHESSUS (?) EU JURO QUE NÃO QUERIA RIMAR NESSE FINAL, MASOQ!?!?
... Oh bem *esconde a cara e se dá um tapa* 7 drabbles recheadas de fluff pq eu tava muito em um MANIAC LIVINIKE MODE quando escrevi owo

Obrigada por ler!!! ♥♥♥