Vento no Litoral - Fred & Jorge escrita por Andie Black Salvatore


Capítulo 1
Capítulo 1




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Vento no Litoral - Fred & Jorge

Jorge caminhava pela praia sem rumo. Os cabelos ruivos voando contra o vento, os pés descalços, as mãos nos bolsos. Era uma bela tarde de domingo e já passava das duas.
Andou por um bom tempo até não ver mais a casa de praia da família. Sentou-se em uma pedra e admirou a imensidão do mar. Fechou seus olhos e as lembranças veio a sua mente.

De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento já está forte, vai.
Se é bom subir nas pedras...

Não podia lembrar. Não queria lembrar. Porque se ele o fizesse, se lembraria de todos os risos e de todas as brincadeiras que ele fizera. Mas também voltaria a dor, o choro e desespero que sentira quando ele o deixara.
Ele o deixara. Seu cumplíce, seu amigo, companheiro de crime, seu irmão, seu gêmeo nem tão bonito. O seu Fred.

Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar.
E o vento vai levando tudo embora.

A última vez que esteve ali com Fred, foi quando tinha 8 anos de idade. Lembrou-se de aprontar todas com Percy. Lembrou-se de caminhar na praia e encontrar uma caverna.

A caverna.

Jorge se levantou e correu, correu. Não queria, não podia chegar até aquela caverna. Mas lá estava ela. Do mesmo jeito em que eles a deixaram.

Ele não iria entrar. Entrou. Precisava entrar. Aquilo era mais uma gruta do que uma caverna, se bem que não fazia muita diferença. Na parede ele viu risco que formava letras, que formavam palavras, que formavam uma frase que eles escreveram.

Essa caverna pertence a aos Gêmeos Weasley.
Os Gêmeos mais lindos, simpáticos e inteligente de todos os tempos.
Ass.
GW e FW.

As lágrimas vieram. Ela não podia chorar. Chorou. Ele não podia se lembrar. Lembrou. E as memórias lhe atacaram mais uma vez.

Agora está tão longe ver
A linha do horizonte me distrai.
Dos nossos planos é que tenho mais saudades.

Flashback on:

- Ei Jorge, já sei o que nós vamos ser quando crescer! - disse Fred animado.
- Adultos? - perguntou Jorge.
- Não seu bobo - o pequeno Fred revirou os olhos. - Vamos ser donos de uma grande loja de logros e brincadeiras!
Jorge sorriu animado e começou a imaginar como seria a sua grande loja de logros.
Flashback off.

E a partir daquele dia, naquela caverna, eles começaram a planejar o futuro. E estava dando certo. Estavam conseguindo.

Quando olhávamos juntos,
Na mesma direção.

Foi então que tudo mudou.

A guerra os tornava cada vez mais sérios, cada vez mais preocupado, mesmo que tentasse não demonstrar. Até que chegou o dia da batalha de Hogwarts.
Não podia, não queria, mas ele se lembrou.

Flashback on:

Estavam na Torre de Astronomia. Ambos observavam o céu calados, observavam o feitiço de proteção se espalhar ao redor do castelo, protegendo-os temporariamente.
Ate que ele quebrar o silêncio.
- Você está bem, Fred? - ele perguntou.
- Sim - Fred respondeu.
Jorge sorriu e o cutucou de leve com cotovelo.
- É, eu também
E voltaram a observar as estrelas.

Flashback off.

Aonde está você agora além de aqui,
Dentro de mim?

Aquela foi a última vez em que eles se falaram. Depois a guerra o separou de sua outra metade gêmea. Se pudesse, se soubesse o que aconteceria, teria dito palavras bonitas, teria se despedido, teria dito que o amava e que sentia muito. Se ele pudesse teria feito diferente.

Agimos certo sem querer

Os dois, apesar das brincadeiras, agiram certo. Agiram certo em apoiar Harry na sua jornada, agiram certo de ir contra sua mãe e abrir a loja de logros, agiram certo em lutar na guerra. O que não foi certo, foi seu irmão ser morto. Ele morreu como um herói. Mas isso não importa. Isso não faz a dor desaparecer.

Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você,
Porque você está comigo o tempo todo.

Dezoito anos havia se passado desde a Batalha de Hogwarts. Jorge estava casado, tinha dois filhos maravilhosos. A mais nova era a sua princesinha, sua Roxanne. O mais velho, bom, o mais velho era cara do pai, consequentemente ela tinha a cara do seu falecido tio. Não era só fisicamente parecidos. Ele era bricalhão, maroto e divertido que nem o Fred, inclusive, tinha até o mesmo nome. Fred.

E quando vejo o mar
Existe algo que diz.
Que a vida continua e
se entregar é uma bobagem.

Jorge deu continuidade a sua tão sonhada loja de Logros e Brincadeiras que fez um sucesso tremendo que a Zonkons acabou indo a falência. Rony o ajuda a cuidar da loja, mas não é a mesma coisa. Rony não tinha a esperteza, a malandragem e a cumplicidade de Fred.

Já que você não está aqui
O que posso fazer
é cuidar de mim.
Quero ser feliz ao menos.

Jorge aparatou até o cemitério. Conjurou flores e colocou na lápide que dizia:

Fred Weasley.
*01/04/1978 +02/05/1998
Filho. Irmão. Amigo.
"O que seria da vida se elas não tivesse regras lá para serem quebradas?"


Jorge sentou ao lado da lápide e fitou a foto do seu irmão que havia ali.

- Você sempre esteve do me lado, Fred, em todos os momentos da minha vida. E você sempre estará comigo, eu nunca te esquecerei - ele falou olhando a foto, as lágrimas escorriam livremente pelo seu rosto. - Mas, eu sinto a sua falta, mas do que todos. Mas isso não importa. Porque no fim, quando você perde alguém, cada vela, cada oração, não vai mudar o fato de que a única coisa que sobrou é um buraco na sua vida, onde alguém que você se importou costumava estar.

Lembra que o plano era era ficarmos bem.

O que ele não sabia, era que o fantasma de Fred estava do seu lado, escutando seus lamentos. Fred queria consolá-lo, mas isso era impossivel. Então, ele só ficava escutando.

- Eu segui em frente, irmão - Jorge fungou. - Me casei com a Angelina, tive dois filhos, o Fred 2 que tem 16 anos e a minha princesinha, a Roxanne, ela já tem 15. Eu te amo, irmão e sinto sua falta.

E desaparatou.

- Eu também sinto sua falta, Jorge. Te amo, meu irmão - Isso foi tudo que Fred dissera antes de desaparecer.

Já na praia, Jorge caiu de joelhos nas areias brancas e chorou. Um choro de saudade, desespero e, de certa forma, alivio.

Tinha começado a chover, mas Jorge não se importou. Estava tirando um enorme peso de seus ombros. Até ele sentir alguém segurando seu rosto.

Era Angelina, que, quando viu o estado do marido, somente o abraçou, o deixando chorar em seu colo no meio da chuva.

Depois de um tempo, Angelina achou que era hora de voltar para casa.

- Vamos, Jorge. Ou pegaremos uma pneumonia e sua mãe me mata por não ter cuidado de você direito - Jorge conseguiu soltar uma pequena risada o que fez Angelina sorri.

Jorge levantou a cabeça e a olhou. Os cabelos castanhos, os olhos da mesma cor que o encarava com carinho e amor. Ele a amava muito. Não se imaginava mais sem Angelina do seu lado, assim como Fred 2 e Roxanne. Ela o ajudou a superar a perda de Fred.

- E as crianças? - ele perguntou se levantando e ajudando sua esposa a se levantar.

- Estão na Toca. Só falta a gente. Precisamos ir pra casa e nos arrumar RÁPIDO.

Como um sorriso malicioso no rosto, Jorge aparatou sendo seguido por Angelina.
[...]

Já n'A Toca, Jorge se divertia e fazia palhaçada com todo mundo. Era incrivel como aquela família crescera tanto. Percy havia se casado com um mulher chamada Audrey e tiveram duas filhas, Molly e Lucy. Um ano depois da guerra Fleur descobriu que estava gravida, ela e Gui tiveram três filhos, A Victorie (que conversava com o Ted Lupin, seu namorado). Rony e Hermione se casaram e tiveram dois filhos, Rose e Hugo

Gina se casou com o Harry fazendo todos os seus irmãos morrerem de ciumes. Tinha três filhos: O mais velho, James Sirius (Melhor amigo de Fred 2), o Alvo Severo (que por incrivel que pareça era um sonserino e melhor amigo de Scorpios Malfoy) e a caçulinha Lily Luna, ou Lilu.

A bagunça reinava naquela casa. Molly e Arthur estava sentados na sala observando todos como um sorriso. Carlinhos já estava para chegar, disse que tinha uma surpresa. Mas aquela festa estava incompleta. Faltava Fred por ali. Mas eles deixaram esses pensamentos de lado. Era dia de felicidade, não de tristeza.

Ouviu uma batida na porta e Gina correu para atender. Era Carlinhos. Mas ele não estava sozinho. Ao seu lado, havia uma linda mulher. Tinha uns 24 anos. tinha cabelos lisos e castanhos e olhos castanhos e rosto de boneca.

Gina abraçou o irmão. A ruiva notou que se fez um silêncio assombroso na casa. Ela deixou o irmão entrar e notou que a mulher estava de mãos dadas ao ruivo. Jorge não pode deixar de sorrir. Depois de Cumprimentar todo mundo e ficou novamente ao lado da morena.

- Gente, essa é a Nina, minha noiva - o queixo de todos foi no chão. Rapidamente, Molly se levantou e a abraçou, feliz de que seu menino finalmente encontrara alguém.

- Seja bem vinda a família, querida - ela falou e um por um foram parabenizar o novo casal.

- Você está bem? - perguntou Angelina a Jorge e segurando sua mão.

Jorge a olhou. Sua pele macia cheirava a morangos assim como seu sedoso cabelo. Seus olhos castanhos e cheios de vidas agora estava preocupados e amorosos. Jorge a amava. Como a amava.

- Estou - ele sussurrou a abraçando. Ela se aconchegou a ele e ele beijou seus cabelos. - Agora estou.

Aquele vazio nunca iria embora do peito dele. A dor da perda de seu irmão nuca será apagada. Mas ele fez o que prometeu a Fred uma vez: ele seguiu em frente.

Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?????????????????????


Não me matem. Eu já tenho um cap. quase pronto de ''Isabella... Swan ou Mikaelson?'' Assim que eu terminar eu posto, OK?



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