Olhei a mão estendida para mim, fiquei estática, olhos arregalados, respiração presa. De repente tudo pareceu colorido, alguém de meu sangue estava bem ali, na minha frente, eu realmente conheceria alguém da minha família, não que é a vovó não fosse, por que ela é e muito, ohh droga de remorso!! Ele esperava minha reação, sem pensar pulei em seu colo passando meus braços por seu pescoço, vi todos ficarem estáticos, alguns vampiros se aproximou, mas pararam, senti Aro passar a mão em minha cintura e me afastar delicadamente, segurando minha mão, meus olhos estavam marejados, suspirei.

Eu nem sei se ela gostou de mim, eu estava confusa primeiramente ele estava bravo e depois "amoroso", será que existem vampiros bipolares??

"Claro que existe, se uma pessoa quando humana é bipolar quando ele vira vampiros, ele continua sendo e olha que os sentimentos são mais intensos"

Revirei os olhos, e sorri, agora eu teria que contar que ele é meu pai!!

Olhei para ele que estava com os olhos arregalados, apertou minha mão, e bufou apertou mais, me machucando.

– Ai- soltei minha fazendo um carinho nela, ele me olhava estranho, em seus olhos passavam varias coisas, mas não consegui decifrar quais, já que algo tampava, sei lá!!

Ele abriu um enorme sorriso, parecia exagerado! Dei de ombros, sem nem piscar ele me abraçava, todos da sala estava surpreso!! Assim como , ele me abraçou ,ele me soltou. Encarou-me com os olhos brilhando admirado.

–Podemos conversar em uma sala mais privada?- Perguntou, assenti. Será que ela já descobrira!! Não. Não há como, há?

"Depende vai que ele tem um poder!"

"É pode ser"

"Eu sei que sou demais!!"

"Menos bem menos!"

Entramos em uma sala que nem preciso dizer que a porta é enorme, parecia um escritório, simples, acho que foi a coisa mais simples que vi aqui!!

Ele me encarava com certa curiosidade!

–Renée teve uma filha?

"Não!! Eu sou ela só que mais nova!" Irônica nada, né?!

Assenti. Ele me encarou, apontou a cadeira para me sentar, sentei nela enquanto ele se sentava na de frente para mim, me encarou com aquelas orbes vermelhas rubi!!

–Cadê ela? E quem é seu pai?- Perguntou, engoli em seco sentindo uma bola em minha garganta, olhei para minhas mãos, "engoli" as lagrimas, levantei o rosto, dando um sorriso falso!!

–Minha mãe morreu em meu parto- uma mentira! Dei um suspiro triste, olhando para o outro lado, hora de entrar no personagem!

Ele me encarou intensamente, como se pudesse ver minha alma, não gostei.

–Foi complicado, já que, eu nasci de dois meses!!- outras mentiras. Pelo o que eu soube, híbridos demora em torno de um mês a dois meses para nascer, não passa disso! O encarei ele estava com os olhos arregalados, eu riria!!

–Dois meses!!- assenti!! -Como esta viva então?

Suspirei mexendo em minhas mãos "nervosamente", o encarei por um tempo mordendo os lábios.

–Eu sou uma hibrida!!- Ele juntou as sobrancelhas!!- Já ouviu falar?!

–Eu ouvi que havia híbridos no Brasil, mas nunca cheguei a ver um, e o que é?

–Sabe... Minha mãe conheceu um vampiro, enquanto estava passando um tempo aqui- Ele estava confuso, mas parecia reconhecer a historia. Encarei aquelas orbes que parecia um tanto...Fria!!

–Ela disse que assim que bateu os olhos nele era como se estivesse em outra dimensão, ele a atacou, mas ao cair na real, pediu mil e umas desculpas, ambos conversaram, então na outra noite ela se perdeu, no mesmo lugar, como sempre!- revirei os olhos sorrindo, conhecia essa historia de cor- E o mesmo vampiro estava lá, esperando ela, era como se ambos fossem feitos um para o outro- Funguei, me lembrando dela contando a historia com um sorriso no rosto e os olhos brilhando- Depois daquele dia eles sempre se encontravam, ficaram assim por dois meses- o encarei ele parecia com tédio, com tédio? Não era pra ele ficar admirado com a história dos dois? Pelo menos mamãe ficava.

–Dá para parar com rodeio?- Perguntou insensível, e eu assenti, é, realmente existem vampiros bipolares.

–Ela engravidou dele!- O encarei para ver sua reação, e ele continuava com... Tédio?!- Por isso que foi embora, ela se mudou para Lyon, e ficou com umas pessoas que havia lá, depois de dois meses, ele me teve, mas ouve um problema no parto e-e... -suspirei e o encarei nos olhos- Ela morreu!!

Ele ergueu a sobrancelha, seus olhos totalmente frio, mas eu juro que vi tristeza passar por ali. Ele sorriu um modo estranho, por que justo ele tinha que ser Aro Volturi?

–Mas eu posso saber o que eu haver saber com essa linda historia?- Perguntou em modo irônico, o que me deixou com raiva, idiota!!

–Acontece que minha mãe falou que você conhecia meu pai, e eu estou atrás dele!- Falei o encarando, ele semicerrou os olhos, até então não tinha percebido que sua mão estava fechando em punho, o encarei esperando o que ele iria falar, ele abriu a boca fechou, fez isso varias vezes!

–Hum... Seu pai. Acho que estou lembrando dessa historia, realmente bonita!- Falou se levantando com ar sarcástico, que eu ignorei, ele andou até mim- Eu acho que ele deixou uma carta se caso sua mãe voltasse aqui, afinal ele morou aqui- O encarei com a sobrancelha arqueada, ou pelo menos era isso que eu queria. Ele esta querendo dizer que meu querido pai não é ele? Mas se ele quer assim o que posso fazer?!

"Muitas coisas"

Sorri internamente

–Serio e cadê a carta, e ele?- Perguntei fingido estar animada.

– Éramos muito amigos, ele era como irmão para mim, mas...- Soltou um muxoxo sofrido, eu até poderia cair em seu teatro- Ele... Eu sinto muito querida- ele me encarou com expressão sofrida, mas é cara de pau mesmo. Meu sorriso morreu- Ele morreu!!- Arfei, claro que isso era mentira, mas eu precisava acreditar, meus olhos se encheram de lagrimas, ao lembra-me de alguns incidentes, o encarei.

–Não, isso não pode ser verdade, não pode!- Balançava a cabeça enquanto as lagrimas caia livremente pelo o meu rosto, foi preciso! Eu lembro de prometer pra mim mesmo que ninguém merecia minhas lágrimas a ponto dela cair,coloquei as mãos no rosto, o cobrindo, meus ombros balançava, ele passou a mão em minha costa, acho que, tentando reconfortar-me.

–Não chore, querida- Foi impressão minha, ou o querida foi com um certo pesar, balancei a cabeça, devia ser coisa da minha cabeça mesmo- Ainda temos a carta, não é?

Levantei a cabeça o encarando, ele secou minhas lagrimas, ele parecia tão carinhoso, sorriu sem mostrar os dentes, eu suspirei.

–Onde esta a carta?- Perguntei, ele suspirou.

–Eu a guardei em meu quarto, tenho que procurá-la, enquanto isso descanse um pouco, quando a achar eu te aviso- Eu me levantei, ele segurou minha mão e a apertou novamente, fez um careta, fingi não perceber- Pedirei que Jane a hospede em um de nosso quarto! Pode ser?- Assenti, ele sorriu se aproximando e passou as mãos em minha bochecha.

–Vai ficar tudo bem!- Eu queria acreditar naquilo.