It might seem crazy what Im about to say
Sunshine shes here, you can take a break
Im a hot air balloon that could go to space
With the air, like I dont care baby by the way

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Talvez seja estranho começar contando dessa forma, ou mesmo a tamanha alegria que um rapaz chamado Ryan sentia naquele momento.
Em todos os seus 16 anos de vida nesse planeta, ele nunca tinha se deparado com uma situação tão favorável e tão agradável aos seus olhos. Na realidade, antes daquele acontecimento, sua vida estava uma verdadeira decepção...
Seu trabalho era um dos piores que se podia imaginar, sendo estoquista de uma loja de ROUPAS FEMININAS. Sim, era um trabalho que lhe trazia vergonha e desafiava toda sua masculinidade. Tinha de manter segredo de seus colegas, pois certamente viraria motivo de chacota.
Mas nada abalaria seu humor naquele momento, nem mesmo lembrar que no dia seguinte teria que ouvir mais fofocas femininas a tarde inteira. Não, por que naquele exato instante... A garota que mais gostava acabara de aceitar um encontro.

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Because Im happy
Clap along if you feel like happiness is the truth

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Ok, um encontro... Junto de outros amigos. Não era o que imaginava, mas era melhor que nada! Para alguém que não trocava nenhuma palavra com aquele belo ser a sua frente de cabelos ruivos e olhos de um sedutor escarlate, era um avanço.
― Então, até sexta. Vou estar com o Sieghart e o Jin na frente do Mc donalds. A garota quebrou o silêncio ao se dar conta da estranha pausa que o rapaz dera. Falando nele, era também ruivo, mas seu ruivo era definitivamente mais claro, lembrando algo como uma tonalidade laranja. Os olhos verdes dele brilhavam estranhamente, despertando a curiosidade de Elesis.
― Até lá! Respondeu, todo bobo. Ryan não conseguiu conter um sorriso que considerava estúpido.
― Tá certo. Riu a outra, ao se dar conta disso. Mas para Elesis, aquilo só confirmava os rumores. Todos diziam que aquele garoto era estranho mesmo.
Então a ruiva deixou o rapaz só, perdido em suas próprias esperanças. Ryan deu um longo suspiro de satisfação, voltando-se para a realidade. Ainda estava em meio ao corredor do colégio e o sinal do retorno das aulas fazia-se soar.
Pegando o fichário para a próxima aula, o rapaz caminhava pelo extenso corredor alheio a tudo. Por vezes, esbarrava em colegas seus, mas pouco se importava. Pouco se importava também com os garotos maiores que lhe xingavam até a quarta geração. Aquele era seu dia!
― Ô. Ryan. Ryaaan. Na sala de aula, um rapaz de cabelos longos e de brilho azulado já abanava a mão na frente do rosto do outro, se perguntando o que diabos passava na mente dele.
― Ah, oi! Disse, como se não tivesse entrado em transe anteriormente. O amigo, de olhos azul-marinho, levantou uma sobrancelha.
― Que houve, cara? Daqui a pouco a professora vem aqui e reclama que você nem tá prestando atenção na aula. E vai me meter nisso também.
― Caaara. Hoje é dia! Vou a um encontro com a Elesis, aquela lá da turma C! Exclamou o ruivo, abrindo um largo sorriso. O amigo balançou a cabeça negativamente, não crendo naquilo.
― Ainda nessa? Não sabe como vão te zoar por pegar a machona da turma C. Qual é! Tantas outras mais bonitas e você aí querendo namorar ela? O amigo, que se chamava Ronan, se encostou mais a cadeira e se virou para Ryan. Porém o conselho pareceu não surtir efeito nele.

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Because Im happy
Clap along if you feel like thats what you wanna do

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― Nem acredito nisso! Será que ela vai se interessar por mim?! Indagava-se para o amigo, mostrando algumas de suas inseguranças. Sua ansiosidade parecia não ter limites. Ronan apenas suspirou e riu de leve daquela situação. Não que exatamente Elesis fosse a garota mais popular do colégio.
Mais tarde, no trabalho de meio período. O ruivo cantarolava uma música enquanto movia caixas no segundo andar da loja, dedicado a esses fins. Sinceramente, o que ele menos fazia era trabalhar naquele momento, preferia muito mais sentar em cima da pilha de caixas e planejar mil planos mirabolantes para chamar a atenção da garota que gostava no tal dia do encontro.
― RYAN! CADÊ O RESTO DOS VESTIDOS? É PRA HOJE! Reclamava a gerente, que conseguia gritar mais do que mulher em filme de terror. A mulher batia freneticamente na portinha que dava para o segundo andar.
― Já vou! Disse, como se não estivesse prestes a receber um belo de um esporro. Com uma das caixas cheia de vestidos na mão, ele abriu a porta.
― Que sorriso idiota é esse? A gerente reparou, não gostando muito daquilo.
― Nada, gerente! Respondeu com uma simplicidade invejável, passando direto pela mulher e deixando o estoque no primeiro andar.
― Que há com esse garoto? Pensou alto, observando o rapaz descer as escadas cantarolando uma música velha bem como ele gostava.
Enquanto deixava as caixas para as vendedoras organizarem no lugar, uma delas se aproximou do rapaz.
― Até que enfim, viu. Passei mó constrangimento hoje porque você demorou pra trazer o resto do estoque. As clientes ficaram me pertubando com a falta de opção de calças. Sério, você tem sorte da sua prima ser a sub-gerente. Reclamou uma das vendedoras. Ela era bem conhecida de Ryan. Se chamava Amy e tudo que fazia era reclamar e infernizar a vida dele. Desde o dia em que ele passara a trabalhar lá. As outras vendedoras até cogitavam a possibilidade da menina de cabelos rosados e olhos castanhos ter uma paixonite por ele.

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Here come bad news talking this and that
Yeah, well, gimme all you got and dont hold back
Yeah, well I should probably warn you Ill be just fine

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― Foi mal aí, chefia. Retrucou, rindo após. A vendedora fechou a cara, se irritando com aquilo.
― O que houve com você pra estar com essas brincadeirinhas idiotas agora? Humpf. A garota preferiu ignorar aquele fato, até porque tinha serviço a fazer.

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Yeah, no offense to you dont waste your time
Heres why

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Assim o ruivo continuou seu serviço, tranquilamente, até que veio novamente a gerente reclamar de seu trabalho.
― RYAN! Porque a porcaria dessa calça estava na seção de camisetas? Você é cego por acaso? A mulher que prendia os cabelos negros em um coque estendeu a calça para Ryan, enfurecida.
― Gerente, quem tava organizando isso era a Amy. Disse, tranquilamente, sem qualquer sinal de nervosismo. Geralmente a superior o culparia por tudo aquilo, mas, ao invés disso, ela se mostrou curiosa com a reação dele e pensou na possibilidade de não ser desculpa.
― Certo... E foi tirar satisfações com a vendedora.
Ryan fechou os olhos por um instante, não tendo se livrado, de modo algum, de seu sorriso ainda. Nada naquele dia tinha tirado sua felicidade. Ao abrir os olhos de novo e se ver livre da gerente, não deixou de admirar um pouco as roupas daquele lugar.
Pra mim era um tédio trabalhar aqui, mas, olhando bem... Não consigo deixar de imaginar em como a Elesis vai estar quando nos encontrarmos.
Pensava, reparando nos vestidos daquela seção. Sua imaginação ia alto e colocava a ruiva em cada uma das peças de roupa ali presentes.
Não, espera, ela é mais simples que isso. É. A Elesis nunca foi de vestidos tão chamativos. Provável que ela use calça.
Se mostrou um pouco desapontado com aquele fato. Mesmo assim, era tão apaixonado que continuava a ver a garota que gostava com a mesma beleza para todas as roupas ali. Não importasse se vestisse uma calça jeans ou uma saia.
Horas se passaram e terminara o serviço. O céu, antes alaranjado, começava a escurecer. Ryan retornava para sua moradia. O mundo parecia agora diferente aos olhos dele, mesmo uma simples loja de presentes se tornava mais interessante.
Hm. Talvez um presente?
Cogitou, colocando a mão no queixo e analisando a vitrine. A loja já estava fechando, só que alguns objetos ainda permaneciam a mostra.
Balançou a cabeça, tentando conter a ansiosidade.
Espera, isso é coisa de gente velha, Ryan. E você nem é íntimo dela. Além disso, só vai servir pro pessoal lá do colégio continuar me chamando de estranho. Já não basta me chamarem de menino-lobo só porque gosto de animais.
Talvez lembrar daquele último fato fosse um pouco triste e desanimador e o foi. Mas a imagem de Elesis vestindo sua roupa casual, bem próxima dele e o tratando como se fosse amigo dela... O fazia esquecer completamente daquilo.
Assim foi seu dia. Ao retornar para casa, foi alvo de muitos questionamentos, principalmente por voltar SORRINDO do seu trabalho. Pouco lhe importava e se limitou a só dizer que aquele era o melhor dia da vida dele, antes de ir para o quarto e fazer toda sua lição de casa com gosto pela primeira vez.