Saber escrita por Kinark
Oh se ela soubesse
Sua imagem se repete
Oh se ela soubesse
Sorriso calmo reflete
Por rios negros corre
Sobre os ombros corre
Minha só admiração corre
Submersa, ela corre
Oh se ela soubesse
Minha alma padece
Oh se ela soubesse
Cheiro de cereja aparece
O balançar, o gingar
Bambeia minha existência
Impede meu pensar
O ídolo da decência
Oh se eu soubesse
O que se esconde por debaixo
Oh se eu soubesse
Faria de mim um capacho
Sem querer, sem culpa
A falta, a ausência,
Se esconde, se oculta
A vergonha da decência
Oh se eu soubesse
Do rio, sua conduta
Oh se eu soubesse
Sobre os vermes da fruta
O sorriso, o abraço
O motivo, o destino
O movimento, o laço
A submissão, repentino
Agora eu sei
A imagem se revela
Sim, eu sei
É trancada a cela
O vento some...
O poeta morre...
Só mais um nome
Que no final se consome
Errado era aquele que sabia
A figura negra que aparecia
Sobre a cena que repetir-se-ia
Nunca mais, ele dizia
Mas não morro, mas não morro
Sob o fardo da tristeza
Continuo, sem socorro
Contemplando a incerteza
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