Querida prima Anne escrita por EmilySofia


Capítulo 4
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

O capitulo 3 original era muito grande. Um monstro de capitulo. Então eu dividi em dois. Esse menor com duas mil e poucas palavra e o outro com 4 mil tresentas e algum coisa. Ele ainda dava pra dividi mais. Uma parte seria "Lembranças" e a outra "Anne vs Caroline", mas como eu sou boazinha e tenho capitulos adiantados vai ser só um. :P
Ps: eu queria o talento de JANE!



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Capitulo 3

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Ele olhava impaciente para a rampa do navio, procurando pro ela. Por ela ainda não desceu? ele pensava. Será que ficou doente na cabine e ninguém viu? Ela está de luto! Pelo amor de Deus, eles tem que cuidar dela direito! Em meio a pensamentos como essa Anne finalmente desceu pela plataforma. Ela estava diferente, havia mudado nestes anos todos, era mais alta do que a última vez que a vira, mas mesmo assim não poderia ser considerada uma mulher grande, seu cabelo castanho avermelhado tinha se tornado mais logo, ela ficou mais magra, mas não muito a ponto de assustar, seus olhos verdes eram tristes por causa de toda dor que havia sofrido. Ela não parecia particularmente desanimada, só que também não era animada como antes; segundo o que ele pode observar até agora, ela parecia reservada com ele. Não importava ela estava aqui e bem. Levantou um braço e a chamou. Ela caminhou até ele com uma postura rígida. Quando chegou ao seu lado ambos se curvaram e se cumprimentaram ao mesmo tempo.

“Senhor Darcy"

“AnnSrta. Stevens.” Se atrapalhou com a formalidade da moça, limpou a garganta e tentou de novo.

“Fez uma boa viagem?”

“Sim, minha cabine era muito confortável.”

“Fico feliz em saber. Fiquei preocupado com o que podia acontecer, essa viagem é perigosa.”

“Não precisava se preocupar. Esse navio é bem seguro.” Ela respondeu olhando em volta.

“O que está procurando Anne?”

“Srta. Stevens.”

“Como?”

“Me chame de srta. Stevens.”

“Mas eu nunca te chamei assim” Respondeu confuso.

“Em público eu prefiro que me chame assim. As pessoas podem pensar que.”

“Ora eu sou sei primo eles não vão pensar nada!”

“Por favor...” Seus olhos grandes ficaram ainda maiores.

“Tudo bem. Agora o que você tanto procura?”

“Uma dama de companhia.”
Ele não estava acreditando, sua prima não se parecia com o que ela era a cinco
anos ou a Anne das cartas! Essa agora era séria e cheia de noções de decoro!
Ele, Fitzwilliam, era sempre o mais sério, aquele que tentava seguir todas etiquetas, não Anne! Essa mulher séria na sua frente não era Anne, era só a casca dela.

“Então?”

“O quê?”

“Tem uma dama de companhia?”

“Claro. Ela ficou na carruagem.”

“Ah.”

“Vamos?” Ele ofereceu gentilmente o braço que ela aceitou relutante.

A dama como havia dito os esperava dentro da carruagem. Uma senhora de quase quarenta anos, seu nome era sra. Annesly. A tinha escolhido não só por causa das recomendações, mas também porque a mulher sabia falar bem e era muito inteligente. O tipo de acompanhante que imaginava para sua prima. Agora já não podia ter certeza. Torceu para que a mulher a agradasse.

Depois que chegaram a carruagem entraram, bagagem havia sido guardada e as apresentações feitas os três caíram na numa conversa tranquila mas cheia de pausa até chegar a estalagem. Onde a sra. Annesly se retirou para se arrumar para o jantar deixando os dois primos a sós na sala.

“Oh. Anne! Como senti sua falta esses anos.”

“Também senti a sua Fitz. Principalmente nos últimos meses.” Falou quase susurrando.

“Me chamou de Fitz achei que ia ser só sr. Darcy.” Falou aliviado.

“Não.....Eu só.... Queria manter a etiqueta. Entende?”

“Não quando você se torna outra pessoa!”

“Eu sei mas... Eu estive longe tanto tempo tenho medo de ter esquecido, essas coisas. Você sabe as pessoas vão me julgar se eu me comportar mal.” Ela lhe deu um sorriso triste.

“Você nunca se comportou mal. Talvez quando éramos crianças. Mas você sabe que fizesse tal coisa eu te diria afinal, sou eu o certinho, como você mesma dizia.”Tentou fazer uma piada.

“Acho que você está certo.” Disse insegura, mantendo o olhar triste. Então ele percebeu, ela não se entregou a tristeza e tentou fugir de tudo ou chorar a todos momentos. Ela tentava se manter normal para dar aos outros e a si mesma um pouco de conforto mas, de certa forma essa atitude levou uma parte significativa da sua autoconfiança.
Ele determinou naquele momento que a ajudaria a recuperar.

Na manhã seguinte, partiram para Londres foi uma viagem mais tranquila do que a outra, Darcy sentiu que Anne estava voltando a ser ela mesma ela mesma.

“Quando chegarmos em na Darcy’s house, você quer ir a Stevens's house?”

“Se você acha que eu devo... Como a casa está?”

“Ela ficou fechada muitos anos, mas não está em mal estado, exceto um pouco de pó, e algumas manchas na parede, tudo está bem.”

“Que bom.” Ela olhou melancolicamente pela janela.

“E eu também tomei a liberdade de contratar uma equipe de empregados.”

“Por quê!?”

“Para você. Afinal vai precisar deles para manter a casa.”

“Eu pensei... Eu achei que... Eu podia ficar com você e a Giorgi.”

“Mas você pode. Eu só achei que era o que você queria."

“Não acho que seria bom ir pra lá, pelo menos por enquanto.”

“Tudo bem então. Não se esqueça que vamos precisar reunir com o advogado para você assinar os papeia para receber a sua herança.”

“Claro.”

No dia seguinte quando chegaram a Londres, Anne entrou procurando em vários quartos como uma criança curiosa, depois de um tempo percebeu sua posição corou e pediu perdão.

“Não,tudo bem.” Ele sorriu com um pouco de humor. “Eu sei que você não faz isso em outras casas. Você basicamente cresceu aqui, é diferente.”

“Bom eu não ia fazer isso mas... Onde está Giorgi?”

“Está em Ramisgate, até nós resolvermos as coisas na sua propriedade em Derbyshire. Vamos buscar ela no fim do verão.”

“Nós não precisamos resolver as coisas em Derbyshire tão cedo. Quer dizer... Eu queria muito ver ela.”

“Entendi... afinal última vez que você a viu ela tinha dez anos. Hum... Acho que terminamos a coisas aqui no em um mês, nós podermos ir mais cedo.”

“Obrigada Fitz!”

“Disponha. Vou mandar uma carta avisando que vamos chegar um mês mais cedo.”

“Não posso esperar! Vou me vestir para o jantar.”

Com o passar dos dias Fitzwilliam percebeu que a insegurança de Anne era só medo de desagrada-lo. Quando ela percebeu que isso não aconteceria foi voltando ao seu antigo eu brincalhão. O brilho triste no seu olhar nunca saia, mas ela voltou a provocar o primo.

Três dias depois que chegaram a Londres, quando Anne subiu para seu quarto se arrumar para a próxima refeição. E quando ela desceu as escadas, junto com seu primo ela viu um rapaz ruivo, era alto, mas não tanto quanto Fitz, e tinha um rosto sorridente.

“Bingley, eu posso te apresentar a minha prima srta. Stevens.” O rapaz se curvou sorrindo. “Anne este é o sr. Bingley.” Ela também se curvou.

“Muito prazer em te conhecer senhorita, Darcy fala muito de você.”

“Ele também me falou muito a seu respeito.” Ela conseguiu dar um leve sorriso.

“Ah! Perdão eu me esqueci por um minuto! Eu sinto muito por sua família. Sei como é perder os pais.” Disse amavelmente com sinceridade.

“Obrigada senhor.”

“Anne, você não se importa que eu o convidei para o jantar? Eu tinha alguns assuntos com Charles.”

“Tudo bem Fitz, essa é sua casa afinal.”

“Mas eu não quero que você se sinta incomodada com nada.” Ele olhou preocupado e ela negou com a cabeça.

“Não se preocupe, eu já disse está tudo bem.”

A sra. Annesly chegou e dentro de poucos minutos todos estavam na sala da jantar. A noite foi muito agradável e terminou muito bem.

Bingley voltou pra casa muito animado. Sua irmã estava sentada esperando por ele, mas ele não a viu.

“Como foi Charles?”

“Ah! Caroline? Eu pensei que… Você não está dormindo?” Ele saltou levemente com o susto.

“Não Charles eu estou dormindo sim! Aqui é só sua imaginação!”

“Calma, Carol!” Desde que Luisa saiu para lua- de- mel sua irmã tinha se tornado muito irritadiça. Tanto que ele tentava a evitar todo momento. Mas desde ontem como se fosse possível ela estava ainda mais intolerável.

“Então, diga logo como foi?”

“Como qualquer outro jantar com Darcy Caroline, muito agradável.”

Ela bufou exasperada com o jeito que seu irmão estava evitando responder.

“Não é isso que eu quero dizer, Charles! Você deve ter tomado muito vinho.” Ela fez um biquinho, Levou toda sua força de vontade para ele não rir dela agora. “Ela estava lá?”

No dia anterior enquanto na costureira, ela havia ouvido uma conversa entre outras duas clientes, que a deixou de boca aberta. Aquilo não sai da sua mente:

“Char, você ouviu que está voltando para Inglaterra?”

“Quem Amélia?” A conversa não parecia importante, mas para Caroline conhecimento era sempre bom.

“ A senhorita Stevens!” Onde ela já tinha ouvido esse nome antes?

“ Mesmo? Será que ela está vindo para casar?” Ela era noiva então…

“Céus não! ela não vai poder se casar antes do fim do luto.”

“ Ela está de luto por quem?”

“Toda família.” Pobre moça, mas por que ela devia se importar? Compaixão era para pessoas fracas.

“Como?”

“É parece que os tios e o primo morreram em um acidente, a carruagem deles caiu de uma montanha.”

“Nossa. Mas o que aconteceu com os pais?”

“Morreram de uma doença que pegaram dos índios. Só ela não ficou doente.”

“Isso sim é uma história trágica Amélia.”

“Eu sei, Charlote, mas ela vem morar com os primo até que eles possam se casar, ela tem sorte até na tristeza.”

“Não é meio… sabe suspeito ela morar com ele? Afinal eles vão se casar!”

“Seria, se eles já tivessem anunciado. Sem contar que a irmã dele vai estar junto, então…”

“Ainda assim. Eu não viveria de caridade, mesmo que por alguns meses.” Ela concordava com essa afirmação, era humilhante.

“Caridade? A ultima coisa que ela precisa é caridade! Lembra do rendimento anual da família dela antes de partirem para América?”

“Acho que sim. Sete mil por ano?” A outro concordou.

“E esse valor só aumentou desde então, hoje é algo próximo a dez mil.” Essa srta. Stevens devia ter um dote e tanto com esse dinheiro.

“De que adianta todo esse dinheiro? A não ser…”

“Ela herdou tudo; propriedades, dinheiro e a casa em Londres…”

“Mas então... por que morar com ele?”

“Ora! Ela não quer ficar só, ele e a irmã dele são toda a família que restou pra ela.”

“Entendi. Bem agora o sr. Darcy pode se casar com ela. E ainda vai dobrar sua fortuna.” Ela quase engasgou. O senhor Darcy era o primo misterioso da garota, e como se não bastasse, o noivo! Era seu pior pesadelo. Foi ele que falou de srta. Stevens. Ele falava dela só elogiando. A se ninguém tivesse ninguém pra ver, ela estaria puxando os cabelos agora. Espera, a conversa ainda não tinha acabado. Amélia continuava falando.

“Mas e aquela moça Char?”

“Quem?”

“Aquela, filha de um comerciante. Ela estava tentando agarrar o sr. Darcy.” Ela teve que segurar para as lágrimas de frustração e raiva não transbordarem.

“Eu sinto pena da coitada, só por que o irmão é amigo do sr. Darcy. Imagine ele não ia casar com a filha de um comerciante!”

“É verdade que eles ainda não anunciaram o noivado, então…” Isso uma esperança pra ela!

“Não acho que muda nada Amélia, todo mundo que os viu juntos diz que são muito apaixonados. E você precisa ouvir o carinho dele quando fala dela! Segundo meu marido ele não fala assim de ninguém, só da irmã.”

“É acho que você tem razão. Coitada, nunca teve chance com ele.”

Não coitada não ela ia conquistar ele, tinha até o final do luto dessa garota pra isso, ela não ia desistir.

Quando Charles disse nessa tarde que ira jantar com o sr. Darcy ela queria ir junto, mas o convite era só pra ele, então ela ficou na sala a espera dele chagar para reunir informações sobre essa srta. Stufa!

“ Estava sim, ele havia nos dito que estava trazendo a prima quando partiu não se lembra?” Ela foi obrigada a abandonar seu pensamento para ouvir o irmão.

“Só se ele falou pra você pra mim não disse nada!” Ela estava um pouco confusa.

“Sei...Ou você não quis ouvir.” Ela nunca ouvia quando o senhor Darcy falava de outra mulher exceto Georgiana

“Esse não é caso. O que eu quero saber é se eles estão noivos.”

“Parece que sim.”

“Com assim, parece que sim!?”

“Caroline pele amor de Deus! Eu não vou chegar lá e perguntar: Hey
Darcy essa é a sua prima? É muito bonita. É dela que você está noivo? Não é
certo, assim como não é certo você escutar a conversa de outra pessoa!”

“A Charles qual é a importância disso?”

“Educação.”

“Você está exagerando! E depois se eu não tivesse escutado eu não iria saber que essa menina selvagem quer roubar o meu sr. Darcy.”

“Ele não é o seu sr. Darcy! Eu já te disse um milhão de vezes você não vai conseguir se casar com ele! Não importa o Louisa tenha dito!” Ele começou a ficar vermelho.

“Espere e verá!”

“E se ele realmente está noivo dela? Darcy é um homem de honra não vai quebrar a sua promessa.”

“Ele não te disse se está noivo, dessa selvagem.”

“Não fale assim da moça, a pobrezinha está sofrendo com a morte da família! E se você visse o carinho com que eles se tratam, desistiria dessas sua ideias!”

“Bobagem.”

“Que saber Caroline, você acabou de estragar uma noite agradável! Até amanhã, boa noite.” E Com isso ele saiu do quarto tão vermelho quanto o próprio cabelo, com raiva do egoísmo da irmã.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler e por favor, por favor, por favor comente! Ou pelo menos começa acompanhar, ai eu sei que você está lendo e vou ficar super feliz. Bjs :*



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