Querida prima Anne escrita por EmilySofia


Capítulo 39
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais voltei :)



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Srta. Elizabeth corou, ficou surpresa. E tentou falar.

“Eu… eu…” Ela parecia angustiada e Darcy tentou chegar mais perto dela para ampara- la, mas ela o impediu com um gesto. “Eu não posso trair minha amiga de tal forma.”

“Como?” O que ela queria dizer?

“Eu não posso aceita- lo sr. Darcy. Por mais que o senhor seja inconstante eu não não vou fazer tal coisa.”

“Eu não sou inconstante.”

“Sim o senhor é.” Ela parecia desesperada.

“Se a senhorita acha que não pode me aceitar, talvez eu possa corteja- la!” Ele estava ficando sem idéias.

“Sr. Darcy, por favor!” A voz dela era dura. “Não insista.

“O senhor acredita que eu possa aceita- lo dessa forma?

“Logo o senhor chegou em Netherfield, me insultou e com a sua atitude arrogante a todos. O senhor mesmo disse que eu era intolerável!”

“Eu não disse isso.” Ele realmente não havia dito. Mesmo que não se lembrasse exatamente das suas palavras certamente Darcy não teria dito algo tão desagradável em voz alta. “E se uma vez eu disse peço perdão. Eu pensei que tinha conseguido desfazer sua má opinião de mim.”

“E eu pensei que o senhor era um homem honrado!”

“Eu sou honrado!”

“Eu sou honrado senhorita!” Como tudo tinha ficado dessa forma?

“Como o senhor quer que eu credite nisso? Como? Quando está noivo de outra pessoa!”

“Eu não…” Anne.

“E sua prima senhor? Será que não tem consideração pelos sentimentos dela? Se ela ao menos não possuísse qualquer afeto pelo senhor! Mas perfeitamente visível o quanto ela o ama.” Lógico que Anne o amava. Ela era como sua irmã, eles passaram a infância juntos. Nunca Darcy faria nada para magoa- la.

A mente dele estava vazia, na verdade não estava vazia e sim muito cheia. Se a srta. Elizabeth não confiava nele não havia como mudar esse fato em um momento.

Então recolhendo os pedaços que sobraram dos seu coração, com uma tentativa de não mostrar emoções que até para seus ouvidos era amargurada ele falou:

“Perdão senhora por a fazer perder seu tempo e transformar, o que é claramente, uma bela manhã em algo desagradável.” E conseguindo falar em um tom mais frio ele acrescentou. “Espero que esse evento não interfira em seu planos de ficar com minha prima durante a temporada.”

E antes que perdesse mais da sua dignidade ele montou em seu cavalo e partiu.



~/~




O dia estava lindo, as flores começando a desbrochar. O chão um pouco enlameado, mas ela não se importava. Era a beleza da natureza que fascinava.

O fato de tudo murchar no inverno e, num passe de mágica, na primavera tudo brilhar novamente.

Nesse transe ela ouviu passos vindo em sua direção. Ao levantar os olhos ela sofreu uma leve decepção em ver o coronel e não seu primo.

O coronel Fitzwilliam certamente era um companheiro muito agradável, inteligente e engraçado. O problema era que ele sorria demais.

Elizabeth nunca pensou que isso passaria em sua mente, mas ela sentia que homens mais sérios lhe chamavam mais a atenção, como se fosse uma camada e que por baixo da seriedade também havia o humor, animação, felicidade, tristeza, ódio, curiosidade. Tantas coisas podiam estar debaixo de uma mascara como essa. Talvez até o amor.

“Srta. Bennet! Bom dia.” O coronel disse abrindo um sorriso.

“Bom dia coronel. Como está senhor?” Depois dele ter respondido ela voltou a falar: “Que surpresa ver o senhor caminhando por esses caminhos.”

“Não gosta da minha companhia senhorita?” Ele riu, talvez ela preferisse a de seu primo taciturno.

“Não senhor, me agrada sua presença o senhor é um bom amigo. Eu estava apenas observando que não costumo ver o senhor andar pelo bosques.”

“Eu estou fazendo a minha caminhada anual, por assim dizer. A senhorita deve saber que eu visito essa propriedade desde que era criança, gosto muito de caminhar pela mata. Porém em um ponto a senhorita está certa, caminhar desta forma não é a minha preferência, gosto de andar a cavalo. E a senhorita andar?”

“Não senhor, por mais que eu ache que eles são belos animais a ideia de estar em cima de uma não me agrada.”

“Entendo.”

“Mas se o senhor gosta tanto de cavalos por que fazer o que não gosta.”

“Talvez eu esteja buscando uma companhia agradável.” Ele viu a srta. Elizabeth ficar desconfortável. “Não se preocupe srta. Bennet, está a salvo de mim.”

Elizabeth pensou ter ouvido ele falar baixinho: meus olhos estão voltados a outro lado.

“É uma pena que eu não possa acompanhar o senhor da forma que prefere.”

“Não se preocupe srta. Bennet. Ambos sabemos que esse seria um passeio estranho. Quando Sofie e Darcy voltarem eu vou cavalgar com eles.”

“Anne e o sr. Darcy?” O coronel podia jurar que os olhos dela brilharam com um pouco de decepção. Se não houvesse prometido segredo…

“Sim, os dois parecem ter nascido em cima de um cavalo. E acordar com o nascer do sou também é uma qualidade de nascença.” Ele olhou para os raios fracos da manhã recém começada. “Mesmo sendo um militar quando não estou em um acampamento gosto de levantar um pouco mais tarde”

“Sim.Conheci Anne enquanto ela cavalgava com o senhor Darcy.” Ela mantinha esse dia em um lugar especial do seu coração por várias razões. Primeiro ela conheceu a prima do sr. Darcy e mesmo que ela era tão prendado, também podia ser considerada uma das mulheres mais agradáveis que ela conhecia. Segundo porque foi a primeira vez que ela viu o sr. Darcy demonstrar alguma emoção. Terceiro porque foi divertido descobrir o sorriso peculiar dele.

“Exatamente como eu disse. E hoje eles estavam com mais vontade de cavalgar do que nunca.” O coronel sorriu suspeito. “É um dia especial para Darcy.”

Dia especial? Dia especial? O que isso significava? Será que?... A meu Deus! Como eu pude ser tão tola?

O coronel não percebeu a perturbação da srta. Elizabeth. E continuou falando com o bom humor de sempre.

Depois de um tempo ele se despediu dela, uma vez que ela Elizabeth queria continuar a caminhar e ele voltar a Rosings.

Com tantos pensamentos em mente, Elizabeth andou, andou e andou se saber exatamente a onde ia. Depois de muito andar ela olhou em volta e percebeu que estava perdida.

Foi então que viu e decerta forma, seu coração parou. Ela não podia ouvir qualquer coisa, mas dada a posição do cavalheiro e da dama. Não havia como duvidar da cena. Depois de ver a mulher gritar de felicidade e abraçar o rapaz não restavam mais duvidas.

Ela estava perdida? Não importava, só queria estar bem longe dali, a direção oposta.

Por que doía tanto? Ela sabia o tempo todo que ele não era dela.

Como em tão pouco tempo ela foi se apaixonar por um homem que não podeira ter?

Novamente andando as cegas, ela voltou a se encontrar no caminho. Percebeu que nunca havia caminhado tão rápido em sua vida então resolveu diminuir o ritmo.

Logo que fez isso ela ouviu ser chamada. E a pessoa era a última que queria ver nesse momento, mas a boa educação a fez ficar.

Minutos depois enquanto ela ouvia ele, não sabia o que pensar. Mas certamente, aceitar não podia, não magoaria Anne dessa forma. Demorou para ele aceitar e quando o fez sua voz saiu de tal forma que a cortou fundo. Depois que ele foi embora tudo que ela podia fazer era chorar, antes de voltar para a casa da amiga e fingir que tudo estava bem.



~/~



Fitzwilliam Darcy chegou em Rosings tentou buscar um pouco de privacidade, mas não poderia ficar em seu quarto, lá ele guardava um esboço que Anne tinha pintado da sala de Netherfield com todas irmãs Bennet nele, ela tinha outro então não notaria que ele pegou.

Foi para biblioteca. Porém, lá estavam seus dois primos Richard com um olhar de expectativa e Anne parecendo uma criança esperançosa.

“Então?” Os dois falaram junto.

“Nada.” Ele fechou o semblante o máximo que pode.

“Fale Fitz, eu preciso saber!”

“Não tenho nada para falar.”

“Isso é injusto. Eu te ajudei!” Não que sua ajuda serviu para nada.

“Não Anne.”

“Por favor Fitz. Por favor!” Aquele olhar no rosto dela podia convencer qualquer pessoa a fazer o que ela quisesse, mas não hoje.”

“Anne, chega.”

“Fitz… eu só que saber o que ela disse.” Ela estava com as mãos juntas como uma menina pequena que usava trancinhas.

“Não Anne. Chega dessa atitude infantil. Para de ser assim. Cresça Anne!” Assim que as palavras saíram da sua boca ele se arrependeu amargamente. Havia feito a única coisa que poderia magoar sua prima profundamente.

Assim que Anne ouviu as palavras correu para fora do quarto.

“Idiota.” O coronel falou com uma voz fria. “E te daria uma verdadeira surra se eu não precisasse tentar concerta o que você fez.” E então Richard foi atrás de Anne.

Darcy ficou e se sentou em um um sofá.

O que havia acontecido co o dia de hoje? Amanheceu tão cheio de esperança… e agora...


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Notas finais do capítulo

Eu sei cruel não é? E clichê.
Prometo que não vou mais deixar as coisas tão ruins
Brigado por ler
bjs



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