Querida prima Anne escrita por EmilySofia


Capítulo 37
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Eles têm feito isso bastante ultimamente



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/541828/chapter/37

 

Lady Catherine tendo seus próprios hospedes não convidou mais os de Hunsford até o domingo de páscoa, mas seus convidados não pensavam assim. Eles visitavam todos os dias. E a cena tinha algo diferente de Hertfordshire.

Agora Elizabeth não recebia atenção exclusiva de Anne, mas o sr. Darcy também assim como o coronel. Mas a principal mudança era que o sr. Darcy estava muito mais amigável e conversador com a srta. Elizabeth Bennet. A sra. Collins além dos primos do sr. Darcy foi a única que notou, e uma vez que eles sabiam da preferência a observação dela era impressionante.

Porém quando a sra. Collins mencionou isso para Elizabeth ela desviou o assunto dizendo que não era possível e que ele iria se casar com a prima. Mas Charlotte podia ver que a amiga apenas estava tentando se enganar, ela na verdade parecia não ter mais ressentimentos pelo sr. Darcy, ao que parecia era o oposto. Se apenas Elizabeth admitisse.

Agora que a srta. Elizabeth iria vir a Rosings Darcy teria que tomar cuidado para não demonstrar seu sentimentos assim com Anne e Richard. Como ele iria evitar demonstrar seus sentimentos.

Mas a sua sorte era que sua querida tia via apenas o que queria ver, e ela via Anne Stevens como um inimigo. E tentava, da melhor forma possível envergonhar ela sem ofender a jovem que estava acima da sua posição.

Para separar Lady Stevens do grupo a pediu para tocar. E a srta. Elizabeth acompanhou a amiga. Lady Catherine se livrou de dois coelhos.

Pena que duas lebres seguiram os coelhos. O coronel e o sr.Darcy se separaram dos outros apensa para poder ter um tempo a sós com as moças. A conversa foi agradável até que Lady Catherine, depois de orientar o seu pastor, voltou a prestar atenção aos jovens.

“Como está Georgiana? Ela está praticando?”

“Sim, tia ela toca tão bem quanto Sofie.” Ele odiava ter que chamar a prima de Sofie, era muito estranho, mas ele não queria arriscar a raiva da tia resolveu que era o melhor, afinal Anne era a mais nova.

“Ela deve praticar muito mais. Se não nunca será boa o bastante. É o que eu disse a srta. Bennet. Você pratica constantemente, não é Lady Stevens?”

Anne sorriu. Lady Catherine tinha um mente pequena nesse tipo de assunto. “Sempre, Lady Catherine praticar é um dos momentos mais felizes do meu dia.”

“Ainda toca violino?” Lady Catherine falou como se fosse a coisa mais nojenta do mundo.

“É uma das minhas maiores paixões.” Vejamos o que a senhora tem para mim, Lady Catherine.

“Fico impressionada que seus pais, seu tio e Darcy foram capazes de permitir isso. Um violino deve ser tocado por um homem.” Tudo que aquela garota fazia irritava a dona de Rosings muito.

“Não se preocupe Lady Catherine. Minha mãe dizia que se eu gosto não preciso me preocupara com outras coisas.” Lady Catherine então passou a elogiar a habilidade insistente da filha para música. Anne viu a srta. de Bourgh corar de vergonha da mãe.

“...Como eu disse a srta. Bennet ela deve usar o piano no quarto de sra. Jenkins. Lá ela não vai incomodar ninguém.”

“Eu acredito Lady Catherine que a música não tem essa capacidade.”Anne não podia ver Lady Catherine desprezar as artes dessa forma. “Na verdade é justamente o contrário.” O tom de voz era perfeitamente educado, e um pouco arrogante, apenas o brilho no olhar revelava sua raiva. Ela pode ouviu o coronel sussurrando: “Família Darcy sem emoção,” para ela.

“Sim, é logico!” Lady Catherine parecia ofendida. “Mas e o que você acha da música mal tocada Lady Stevens? Não é desagradável?”

“Talvez.” Anne percebeu que não valai a pena continuar a provocar a mulher mais velha entre tantos convidados. “Talvez como a senhora disse a prática é a chave.” E com um brilho inocentemente provocante ela acrescentou. “Até mesmo a forma de tratar as pessoas pode ser melhorada com prática.” Ela parecia falar de algo extraordinário. “Não é mesmo srta. Lucas?”

A pobre moça gaguejou alguma coisa e a srta. Elizabeth assumiu a resposta e a conversa mudou de rumo deixando Anne meio satisfeita e Lady Catherine pensando ter ganho uma discussão contra sua rival. E srta de Bough morta de vergonha pela tolice da mãe.

Para a sorte da srta Lucas e srta de Bough nenhum incidente como esse voltou acontecer naquela reunião.

O sr. Darcy foi capaz de melhorar mais um pouco a opinião da srta.Elizabeth sobre ele, claro que com alguns erros de intepretação da parte ela, mas ele já estava se acostumando.

~/~

Anne da Bourgh não costumava enfrentar as vontades da sua mãe. Não por que era uma pessoa sem vontade ou opiniões, ou uma filha perfeita e obediente. Mas porque com sua mãe era muito mais saudável que ela e para uma vida seria mais pacífica assim.

As únicas vezes que Anne de Bourgh desfiou sua mãe foi depois do contato com Anne Stevens.

A primeira vez que as duas garotas se viram foi quando a srta. de Bourgh tinha nove anos de idade.

“Os Darcy havia trazido um pequena garota de sete anos para Rosings pensando que companhia feminina da sua idade faria bem a sua saúde.

A verdade é que a srta. Stevens gostava mais de ficar ao ar livre e passava pouco tempo com a srta. de Bourgh. Anne de Bourgh tinha um pouco de inveja da outra, afinal a garota mais nova tinha talento para fazer absolutamente tudo que podia e a energia para isso. Porém um dia a srta. Stevens entrou na biblioteca onde Anne tinha um pequeno pássaro de papel na mão. A menina sentou ao lado da outra e observou a menina dobra e dobrar o papel.

“Podê fazer um para mim srta. de Bourgh?” Ela perguntou inocente.

“Você não sabe fazer dobraduras?” Essa era nova.

“Não. Já tentei várias vezes. Mas eu não tenho esse talento.”

“Isso é impressionante. Achei que podia fazer de tudo.”

“Quando eu não consigo fazer tudo o que eu quero… mamãe diz que ninguém é capaz de fazer tudo.” A menina fez um biquinho e bateu os dedos nele tentando pensar. “Ela fala alguma coisa se alguém pudesse fazer isso não seria humano.” Ela balançou a mão. “Eu não sei direito. Pode fazer um para mim? Eu gosto daqueles passarinhos que as mulheres adultas usam com broche como se chamam?.... BEIJA-FLOR!”

Anne de Bourgh então fez diversos animais para a garota mais nova. E todas manhas Anne Stevens iria passar um tempo com a nova amiga, Anne de Bough percebeu que podia fazer mais do que ficar obedientemente em casa tentando recuperar a saúde que nunca teve. Ela passou a acompanhar a outra garota por passeios pelos jardins. A cada dia ela se sentia mais forte podendo ir mais longe. E depois que os Darcy partiram ela manteve esse hábitos, deixando Lady Catherine irritada com a rebeldia da filha, mas depois de alguns meses Anne parou.”

Depois disso todas as três vezes que Anne Stevens visitou incentivaram Anne de Bourgh a tentar. Lady Catherine que já não gostava do fato da garota ter simplesmente nascido passou a gostar menos de Anne Stevens.

Com o passar anos Anne passou a esconder bem seus hábitos e mante -los para o bem da sua saúde. Sua mãe não sabia e não tinha como falar nada. Ela amava caminhar, não andar na carruagem de poneis.

E foi assim que encontrou Anne naquela manhã.

“Sabia que eu estava aqui?”

“Quando eu acordei e vi algo se mexer no jardim…” Anne não precisava terminar.

“Sempre a srta. Perfeita.” Anne de Bourgh sorriu e se sentou em um banco.

“Não sou perfeita, a verdade é que sou observadora.” Anne levantou uma sobrancelha. “Sua sorte é que sua mãe não é.”

“É…” Anne suspirou. “Ela está ficando cada vez mais controladora. É como se ela ainda tem esperança de eu me casar com Darcy.”

“Sério?” Como era possível? Basicamente desde o dia que ela havia nascido todos viram que seu primo tinha uma forte ligação com ela. Por que Lady Catherine continuava mantendo Anne presa em Kent com essa tola esperança de casamento.

“Mas não é comigo que ele quer se casar.”

“Não! Eu não-” A outra Anne interrompeu.

“Eu não estava falando de você, mas da srta. Bennet.”

“Como você?”

“Eu também sou observadora…” Então um raro sorriso provocante passou pelo rosto de Anne de Bourgh. “E o coronel também parece ter um pequeno segredo.” Anne de Bough teve o prazer de ver Lady Stevens ficando vermelha, um pouco, mas era o suficiente. Um pouco de maldade brilhou nos olhos dela. Não era todo dia que ela podia deixar a outra moça desconfortável.

“Todos tem os seus segredos. Como soldado ele deve ter vários.” Anne tentou desviar a conversa.

“É ele deve ter. Provavelmente ele não vai contar as coisas que sabe ou os acordos que faz com as pessoas. Por exemplo para esconder certos segredos.”

“...Talvez…” Anne disse sem jeito. “Espero que ele possa parar de guardar depois que voltar a ativa.”

“Sim.” Srta. de Bourgh resolveu para de perturbar a amiga. “É uma pena que estão indo embora na próxima semana. Vou voltar a ficar solitária.”

“E nós vamos para a temporada. Bailes… Danças… E… noites em claro. Mas eu estou saindo oficialmente do luto devo estar lá.”

“Diz como se fosse triste.” Anne de Bourgh sorriu.

“Não é divertido, só um pouco cansativo. E os jovens que precisam de uma esposa não são poucos.”

“E ele preferem uma que venham com um grande dote.” srta. de Bourgh bateu o indicador nos lábios. “Coisa que você tem bastante.”

“Nem me fale.” Anne suspirou. “Você deveria vir conosco! Seria muito melhor se você viesse também.”

“Eu não sei… Minha mãe pode não concordar.”

“Não precisa da permissão dela. Você já entrou na maioridade. E eu sei que Lorde Fitzwilliam te apoiaria”

“Anne eu gosto de uma vida tranquila. E se eu fosse para ficar com você e Darcy minha mãe teria mais falsas esperanças ainda.”

“Você poderia ficar na minha casa ou na do seu tio.”

“Eu não sei… Vou pensar nisso.”

“Por favor. Você precisa conhecer mais pessoas além dos Collins. Principalmente o sr. Collins.”

Ambas riram.

“Minha mãe poderia morrer. Ou eu mesma. Se uma de nós morresse a outra podia ter a vida que gostaria.”

“Não diga isso!”

Anne de Bourgh queria uma vida melhor. Uma que ela controlasse, mas ela sentia que não tinha saúde ou força de vontade para lutar por isso. Se ao menos possuísse um pouco mais de força podia escolher o caminho mais tranquilo para a vida. Acabando com ela.

Ela sentia tanta inveja dos outros jovens. Tendo tanta força para fazer o que queriam! Se de alguma forma sua saúde debilitada a salvasse desse tormento.




~/~



Fitzwilliam Darcy estava feliz tão feliz que ele poderia abrir um grande sorriso, poderia. O dia anterior tinha sido ótimo. A páscoa esse ano trazia esperança. Esperança para seus amigos e ele.

Elizabeth podia o consideram uma pessoa agradável. Ele tinha certeza. Talvez ela ainda não o visse como um pretendente, mas ela não podia achar impossível mais.

Ele também sabia que ela gostava de um tempo ao ar livre todas as manhãs. Ele não iria em busca dela, mas se a encontrasse não seria um problema. Passado algum tempo ele se deparou com Elizabeth sentada embaixo de uma árvore lendo uma carta.

“Espero que sejam boas notícias.”

“Ah! Sr. Darcy! Bom dia.” Ela sorriu para ele!

“Espero não incomodar com a minha presença.”

“Não se preocupe. O senhor não precisa ficar se desculpando.” Ela se levantou. “O senhor quer dar uma volta comigo?” Depois de notar o que disse ela ficou vermelha.

“Eu ficaria encantado.” Eles andaram um pouco ele sentiu prazer e um pouco mal acostumado com manhãs tão agradáveis. “Espero que a carta traga boas notícias.” Ele repetiu sua pergunta anterior. “Como vai sua família?”

“Todos vão bem. Obrigada.”

“Acredito que o sr. Bingley ainda está em Netherfield?”

“Sim, ele está!” Ela então parou abruptamente. Mas não conseguiu manter o grande sorriso do rosto. “Estou em uma posição difícil sr. Darcy. Uma vez que não sei se devo contar, com medo de não ser a vontade ou que seja esse o desejo das pessoas envolvidas ou que o senhor pense que sou uma mulher tola, cujo o objetivo da vida é a fofoca.”

“Acredite senhorita, eu jamais poderia pensar tal coisa.” Ele sorriu. Ser galante era muito agradável.

“É uma notícia do sr. Bingley também. Talvez o senhor já saiba.”

“Não, eu não recebi quaisquer notícias dele.” Sabia que merecia o silêncio de seu amigo. Só não podia acreditar que o sempre amigável Charles Bingley seria capaz de fazer isso por tanto tempo. Ou Bingley tinha aprendido a guardar mágoa ou o amor o havia mudado. Apesar da última resposta ser absurda de alguma forma era a mais provável, seu amigo sempre foi romântico, mais fato de que isso o mudaria era… estranho. Eventos como o que aconteceu com ele deveriam mudar as pessoas, não um rosto bonito e um sorriso. Essas coisas influenciam a mudança e não a faz.

“Ele realmente é um correspondente tão desatento assim.” Ela se lembrou do pai dela. O sr. Bennet não se importava com várias coisas, apenas seus livros e rir das tolices dos outros.

“Não, eu acredito que ele tem estado muito ocupado ultimamente .” Não era uma mentira. Na verdade era uma meia verdade. “Um Darcy não mente.” A voz do seu pai dizia. “Se você é honesto as pessoas confiam em você, na sua opinião. É simples Fitzwilliam, bem simples.”

“Sim! Ele estava!.” O sorriso de Elizabeth era tão grande que o fez querer sorrir assim também. “Ele pediu Jane em casamento. Ela vai se casar no começo do verão!”

“Parabéns! Vou escrever uma carta para Bingley assim que poder ou receber uma de Bingley.” E ele esperava que realmente a receberia. Bingley não poderia manter o silêncio por mais tempo.

“Sim! Eu estou tão feliz por Jane!’

“Sim, ela deve estar feliz por conseguir se casar com um homem com a riqueza de Bingley.”

“O quê o senhor disse , sr. Darcy?” Um pouco de fúria se formou nos olhos da moça.

“Eu… só disse que Bingley e sua irmã devem ficar feliz com a riqueza de um casamento feliz.” Como ele continuava a fazer isso? Ele não podia deixar de ser cético rapidamente, mas poderia falar menos dessa forma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu ultimamente estou tendo um rotina muito bagunçada, não posso garantir escrever regularmente, mas vou continuar tentando.
Eu já tenho uma noção sobre que quero escrever, mas seria legal se dessem alguma ideia sobre cenas e essa coisas.
Não tenha medo de dizer :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Querida prima Anne" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.