Querida prima Anne escrita por EmilySofia


Capítulo 15
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Como você pode ter notado os capitulos anteriores fazem referências ao livro. O capitulo ao dez faz referencia três e seis. O onze ao capitulo sete ao doze, mas em ordem não é a mesma, eu imagino que algumas coisas aconteceram como no filme de 2005. E por ultimo o capitulo doze é baseado no capitulo quinze. Agora eu eu criei um tempo maior entre quando Elizabeth conhece o sr. Wickham e o baile em Netherfield, já que eu quero que Anne desenvolva uma amizade com as meninas Bennet.
Então boa leitura.
Ps: Se ainda não leu leia o livro :)



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Capitulo 13

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No dia seguinte logo após o almoço, a carruagem de Anne chegou. A moça desceu com um sorriso no rosto e seu primo fez o mesmo ao vê- la.

“Anne! Senti sua falta.”

“Não pode ser verdade Fitz. Passamos anos separados por um oceano e você não sentiu tanto assim.”

“É o que você pensa.” Seu rosto já não sorria mais, mas Anne sabia que ele estava feliz mesmo assim. “Você não pode seguir meu conselho não é? Tinha que vir mesmo com os riscos.” Ele a reprendeu fraternalmente.

“Puxa, já vou levar bronca do meu priminho querido?” Ela sorriu provocando.

“Venha vamos entrar, estão te esperando.” Então caminharam até a porta de entrada.

“Principalmente a srta. Bingley eu imagino.” Ela levantou um sobrancelha sorrindo.

“Ela principalmente. Mas o sr. Bingley também está ansioso para te ver novamente.”

“E eu também. Ele ainda está apaixonado por aquela moça?” Nesse comentário Fitz soltou um leve suspiro antes de responder.

“Sim, continua.” E baixou os ombros.

“Qual é o problema com ela? Você me disse que ela era uma boa moça!”

“Ela é, mas… a família… Quando você a conhecer vai saber.”

“Vamos conhecer eles em brave?”

“Hoje não. Vamos passar o dia no propriedade de Bingley.”

“Com as irmãs dele?” Quando o primo confirmou ela acrescentou: “Vai muuito agradável.”

“Certamente.” Sua voz não parecia mostrar emoção, mas Anne sabia melhor.

Eles então chegaram a sala onde a família Bingley estava reunida. Caroline e Louisa estavam setadas de forma muito elegante, o sr. Hurst estava espalhado em uma cadeira e Bingley parecia a ponto de quicar do sofá. Apesar do pouco tempo em que se conheciam, ele considerava a srta. Stevens uma boa amiga já e a moça pensava o mesmo do rapaz.

“Srta. Anne que prazer em te ver. Já está se vestindo de roupas coloridas novamente.”

“Sim, desde o começo dessa semana.” Ela não pode evitar sorrir a presença de alguém com a felicidade tão borbulhante.

“Permita- me dizer que esse vestido é lindo.”

“Eu não sabia que o senhor se interessava em vestido sr. Bingley.”

“Não, só estou tentando te elogiar senhorita.” Ele sorriu para sua intenção de provocar, mas tinha um leve rubor no rosto.

“Obrigada, então.” Ela sorriu de volta.

Nesse momento a srta. Bingley, que estava quieta invejando como o vestido verde que Anne estava usando ficava bem nela, resolveu falar.

“Srta. Stevens como é bom ter sua companhia aqui. Mas seu primo tinha dito que você não vinha mais.” Ela disse com um olhar de confusão, que não passou despercebido que queria dizer que ela preferia não ter a Anne em sua casa.

“Ele se confundiu, quem não pode vir foi Georgiana. Eu na verdade estou muito animada para conhecer este lugar, parece ser muito agradável!”

“Acredito que você vai se decepcionar. As pessoas aqui não são capazes de fornecer companhia adequada! Todos são tão vulgares!” Caroline disse com desdém.

“Mas eu gostaria de conhece- los mesmo assim.” Ela disse um pouco irritada, e continuou a comprimentar os outros ocupantes da sala..

Naquela tarde, depois do chá Fitzwilliam estava sentado na biblioteca lendo, quando a porta se abriu e Anne entrou. Ela se encostou na porta, depois que a fechou e respirou fundo.

“Viu um fantasma?” Ele provocou com um pequeno sorriso no rosto.

“Pior. Foi Caroline Bingley… Para de rir!” Ela franziu o cenho.

“Desculpa. Mas você está muito engraçada.” Ele continuou rindo.

“Fitzwilliam!” Ele largou o livro e riu mais ainda. “Por que você não me disse que ela era tão intrometida!?”

“Você também é.” Ela ficou visivelmente mais zangada.

“Não, eu sou não! E eu não saio por ai perguntando onde os pais dos outro foram enterrados!”

“Por que ela perguntou isso?”

“E eu vou saber!? Ela é pior que a sua tia!” Ela estava exasperada.

“Não, ela ao menos tenta ser educada.” Ele voltou a pegar o livro que lia.

“É isso é verdade. Como você aguentou ela um mês inteiro!?”

“Prática. E ficando na biblioteca. Ela parece evitar esse lugar.” Ele voltou a ficar sério.

“O tempo todo aqui?” Não é possível!

“E cavalgando também.” Disse com indiferença.

“Podemos cavalgar? Quero fugir desse lugar.” Era a melhor ideia, como sentia falta de cavalgar de verdade! Na cidade só podia andar em um galope lento, mas ela queria correr, sem se preocupar em ver algum conhecido que iria reprovar- la.

“Amanhã, hoje já dei meu passeio.”

“Certo.” Ela não estava satisfeita com a resposta, depois de passar um dia sentada na carruagem ela precisava de ar puro. “ Agora, o que você está lendo?” Ele mostrou o livro. “Tem outro desse por ai?”

“Acho que não. Você não trouxe algum dos seus?”

“Estão no meu quarto.” Ela ficou parada no lugar em que estava.

“Não vai buscar?” Ele olhou por cima do livro levantando um sobrancelha.

“E encontrar Caroline no corredor!? Vou ler um daqueles.” Ela foi até a pilha que de livros do sr. Bingley. “Só tem esses? Puxa vida. Já li... já li…”

“Bingley provavelmente não leu.” Ela olhou com descrença. “Ele não é grande leitor.”

“Hum…” Ela continuou procurando até que encontrou um do seu interesse. “A finalmente! Esse eu não li.”

“Ótimo. Agora me deixe ler o meu.”

“Mal educado.”

“Eu? Você é a única que não para de falar!”

“E você o único que está respondendo.”

“Certo, chega vamos ler.” As vezes Anne parece uma criança mimada.

“Tudo bem!” Ela fez uma caretinha pra ele.

Continuaram a ler até que foram encontrados, felizmente por um lacaio avisando que o jantar iria ser servido em uma hora. Anne saiu do quarto com tanto cuidado que Darcy quase começou a rir de novo, mas ele também tinha que sair.

Mais tarde quando os dois primos chegaram na sala de jantar Bingley o primeiro a falar

“Então srta. Stevens, o que achou de Netherfield?”

“É muito agradável, meu quarto é realmente muito bonito. Mas eu não vejo a hora de poder estar ao ar livre amanhã.”

“Ah sim. Me lembro que você gosta muito da natureza.”

“Sim, amo muito estar ao ar livre. Meu primo vai me levar amanhã para cavalgar.”

“Ótimo. Eu acho que você vai gostar dos bosques daqui. Darcy eu sei que costuma passar as manhãs montado em seu cavalo. Ele sempre acorda cedo. A senhorita pode acompanhar isso?”

“Sr. Bingley, eu acho que é uma tendência da família Darcy ser madrugador. Eu me lembro do meu tio acordar sempre muito cedo. E… minha própria mãe… Acordava quando o sol começava a nascer.”

“Eu me lembro disso. Nós tentando fugir da casa para brincar e de repente tia Cassidy aparece na nossa frente.” Embora ele falou isso sério Anne podia ver um pequeno quase invisível sorriso nos seus lábios por causa da memória.”

“Sim, minha mãe chegava e dizia: “Anne sofia e Fitzwilliam Robert aonde vocês pensam que vão?” Todos na mesa riram da imitação, não Anne, mas isso passou despercebido pelo outros, menos Fitz ele sabia que a memória trazia dor a sua prima ao mesmo tempo que era uma boa recordação.

Logo depois todos passaram a comer e conversar sobre assuntos variados. Em um determinado momento a conversa voltou a montaria e a caça. E Anne é claro tinha sua parte a contribuir na conversa.

“Quando eu tinha uns doze anos, meus primos e seus amigos saiam para casar com meus tios e meu pai. Eu sempre brinquei com os garotos e não costumava ser deixada de fora da brincadeira, então não queria que isso acontecesse.”

“Isso não é um pouco impróprio srta. Stevens?” Disse Caroline disse com desdém.

“Na verdade, Anne não conseguiu ter muita companhia feminina antes que completou quinze anos.” Darcy veio em defesa da prima como sempre tinha feito desde seu nascimento.

“Sim, eu talvez deveria sentir falta de amigas, mas eu agradeço por ter tido a chance de ter toda a liberdade que eu tive na infância. Sei muitas coisa que moças não sabem sobre as árvores e os animais, não só os desenhar.”

“Sim, srta. Anne. E eu acredito que quem te conhecer não pode duvidar que você é uma verdadeira dama.”

“Obrigada sr. Bingley. O ponto é que quando eu soube o que era caça, eu tinha que tentar.” Quando viu os olhares pasmos dos ocupantes da sala, menos Darcy que já conhecia a história, ela deu um largo sorriso. “Sim, eu realmente queria aprender a caçar. Então o coronel Fitzwilliam, Darcy e... o filho do administrador de Pemberly,” ela estremeceu levemente quando mencionou Wickham, “Me deram uma arma e me montaram em um cavalo. Me ensinaram o esporte como se eu fosse um rapaz.”

“Não acredito!” O sr. Bingley disse surpreso, mas com um sorriso no rosto. “Seus pais deixaram você fazer isso?”

“No começo eles não sabiam. Mas quando minha mãe descobriu, posso dizer que eu tive minha punição e uma lição sobre como uma dama nunca deve caçar como uma mulher selvagem.”

“E seu pai?” Ele perguntou com interesse.

“Ele sorriu quando descobriu. E eu achei que ele me apoiava. Logo descobri que não era verdade. Ele até me disse que a próxima vez que eu experimentasse pegar em uma arma e caçar, minha punição não seria tão leve.”

“E agora senhorita. Voltaria a fazer isso?”

“A não esse esporte eu deixo para vocês homens! É realmente muito rude uma mulher empunhar uma arma. Sem contar que eu não quero ter aquela punição se concretizando. Não duvido que eu acabe tomando ela, mesmo que não do meu pai.” Todos riram novamente, e novamente Anne não riu, só sorriu. Mas tudo bem ela podia aguentar a dor. Tinha ao menos um pouca de família e era grata por isso.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler.
O Resto você já sabe! :D



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