O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 6
Capítulo 5 - "Espere por mim! Isso é uma promessa!"


Notas iniciais do capítulo

Yoooooooo, pessoas. De boa? O/
Desculpem a demora, eu iria postar no sábado, mas estava na casa da minha mãe e o capítulo estava aqui no PC. :p
Cheguei em ksa agorinha e já vim postar pra vcs. ^^
FlaschBack cuti nesse capítulo. :3
Ps: Só avisando de início. Em alguns momentos da fic, Luffy vai agir "estranho". Mas isso é pq ele já tem seus vinte e tantos anos e mesmo permanecendo um idiota, ainda assim tem que amadurecer alguma coisa. Por mais mínimas que sejam as diferenças. ahueahueahueahue'
Boa leitura! ;)



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18 anos e nove meses antes...

― Seu idiota! Eu disse apenas uma! Não 10! – uma veia saltava na testa da ruiva.

― Mas, Nami... elas estavam tão gostosas! E tem um monte! Por que não posso pegar mais?

Ela não sabia se aquela voz infantil junto daquele olhar pidão do capitão a irritavam ainda mais ou amolecia seu coração. Ou talvez a irritava mais por amolecer seu coração.

― Não me vem com essa, Luffy! Na próxima vez não deixo você pegar nenhuma! Guloso!

― Você é muito malvada, Nami! – zangado, virou o rosto para o lado contrário, de braços cruzados.

― Cale a boca! – a navegadora explodiu, virando as costas e caminhando em direção à escada com intenção de ir para a biblioteca. Não antes, é claro, de deixar um belo galo na cabeça do capitão, que agora tinha sua mão na mesma reclamando da dor.

Ela não entendia como o Rei dos Piratas podia ser tão idiota. Não que não estivesse acostumada com o modo de agir de Luffy, mas ela acreditava que aquilo mudaria ao menos um pouco depois que ele tomasse idade e alcançasse seu sonho.

Estava redondamente enganada.

Fazia quatro anos que haviam conseguido chegar ao final da Grand Line e encontrado Laftel e o One Piece. Naquele tempo todo, Luffy nunca deixara de ser Luffy. Ela não sabia se agradecia ou pedia socorro aos céus por isso.

 (...)

Horas haviam se passado e a noite chegado enquanto ela lia um dos livros do acervo. Foi retirada de sua concentração, entretanto, quando escutou Brook a gritando. Seus olhos levantaram-se do objeto em suas mãos em direção à porta do local, encontrando o esqueleto.

― O que houve, Brook? –  perguntou curiosa enquanto fechava o livro, deixando marcado onde parara, e se levantou.

― Parece que vamos encarar uma tempestade. E não parece ser coisa pequena! Yohohohoho! – riu assustado.

Nami, por sua vez, logo caminhou em direção ao deque, onde viu todos observando o oeste negro que vinha em direção a eles. O vento estava ficando forte e a pressão havia diminuído consideravelmente. No mesmo instante a navegadora começou a dar as coordenadas e todos começaram a se mover no navio. Cada um exercendo uma função, se preparando para a tempestade forte que chegava cada vez mais rápida.

(...)

Foram cerca de uma hora e meia de turbulência no Thousand Sunny. A chuva continuava a cair, mas os ventos haviam diminuído e mesmo que os mares permanecessem um pouco turbulentos, o que eles enfrentavam agora era apenas uma chuva de intensidade média.

A maioria dos Mugwiaras estava dentro dos cômodos, se refugiando da chuva. Os únicos que  não seguiram os passos de seus companheiros foram Nami, que se encontrava na porta de seu quarto observando o clima, e Luffy, que por algum motivo desconhecido resolvera sair para o deque principal.

A ruiva olhava curiosa se perguntando o que diabos seu capitão estava fazendo na chuva, sentado sobre a grama, encarando o chão e sussurrando. Depois de muito observar tentando encontrar a resposta, suspirou entediada e resolveu ir até ele perguntar.

― Oe, Luffy. O que você está fazendo aqui? – se aproximou dele, ficando de pé ao lado do rapaz. Podia sentir as gotas de chuvas batendo contra sua pele, mesmo que vestisse uma capa para chuva amarela.

O moreno a encarou.

― Eu queria jogar cartas com o Usopp e o Brook, porque tava muito chato ficar lá dentro sem fazer nada. Aí ele disse que eu só podia jogar quando eu contasse 5000 gotas de chuva que caísse em alguma poça de água daqui do deque. E eu ‘tô contando. Já contei 500. – explicou abrindo um grande sorriso, como se aquilo não fosse nada de mais.

Nami, em contrapartida, o olhou surpresa.

Como podia ser tão inocente? E como Usopp podia ser tão malvado? Tudo bem que ela não podia falar nada. Todos os Mugwiaras arranjavam situações maldosas para se livrar do hiperativismo do capitão. Os únicos que nunca fizeram isso foram Robin, que sempre fora muito paciente com o moreno, e Chopper que era tão inocente quanto ele.

A constatação a fazia parar pra pensar em como eram péssimos amigos.

― Luffy... o Usopp mentiu pra você... – o alertou, fazendo-o a encarar realmente surpreso e agora zangado.

― Oe, Usopp! Eu vou acabar com você, seu mentiroso! – levantou-se apressado, prestes a ir para o quarto masculino reclamar com o atirador. Nami riu baixinho pela reação de seu capitão quando então percebeu o mesmo escorregando na grama e caindo com tudo no chão.

― Luffy! Cuidado! Está tudo molhado. – se preocupou com a queda. Só não sabia o porquê, ele nunca se machucava mesmo.

Ao dar, contudo, um passo em direção ao moreno para ajudá-lo a levantar, também escorregou, caindo ao lado de Luffy. A resposta dele à situação foi uma risada alta e divertida. Ria do próprio descuido e do descuido de sua navegadora.

Com aquela risada contagiante, não deu tempo da raiva tomar conta da garota. Tudo o que ela podia fazer era rir junto dele pelo desastre duplo.

O mais curioso era que nem se lembravam mais da discussão à tarde.

As risadas foram tão constantes que ambos agora se encontravam deitados, observando a chuva cair sobre seus rostos. Depois de gargalharem muito o silêncio tomou conta, sendo quebrado apenas alguns minutos depois pela voz da ruiva.

― A sensação da chuva molhando nossa pele nos faz lembrar que estamos vivos... – divagou sozinha, distraída com inúmeras lembranças de tudo o quê já havia vivido durante toda a sua vida.

― Humhum. Isso é bom, não é? – respondeu ainda olhando para o céu, sorrindo. Nami apenas acenou concordando e voltou a olhar a chuva também.  ― Oe, Nami... você sabe... eu só tenho um ano... então...

― Baka! Não fale assim. Nós todos já dissemos que vamos encontrar um jeito! – o interrompeu antes dele continuar.

Não gostava daquele assunto. Não gostava de lembrar que perderia seu amigo pra sempre. Porém, tudo o que ela viu ao olhar de esguelha para ele fora um sorriso aberto; como todos os outros que assistira surgir nos lábios do borrachudo no decorrer daqueles anos.

― Eu sei. Eu confio em vocês e na promessa de vocês, mas caso isso acontecer antes de vocês puderem cumpri-la, eu quero ter a certeza de que disse isso pra você.

Nami agora se atentava às palavras do capitão, tentando compreender aonde ele queria chegar com tudo aquilo.

― Já que eu talvez não tenha muito tempo... o que você acha de ser a Rainha dos Piratas enquanto isso? – ele permanecia olhando para o céu, observando a chuva e esperando sua resposta.

Esta tinha uma expressão de total surpresa e espanto. Demorara alguns segundos para seu cérebro processar o questionamento e quando finalmente compreendera o sentido daquilo ficou completamente sem reação. Somente depois de alguns bons minutos respondera.

― Eu vou ser Rainha dos Piratas por muito mais que um ano. – sua fala era convicta, embora gentil.

O que ela pôde perceber da reação do capitão, entretanto, fora apenas mais um sorriso aberto e os olhos fechados, continuando a sentir as gotas de chuva batendo contra sua pele.

Ela não fazia ideia do que aquilo mudaria em sua vida dali pra frente. Mas estava curiosa para saber o resultado.

(...)

― Nami-swaaaaan! Eu preparei uma torta de maçã especial para você e para a Robin-chwan! – chegava o loiro no jardim da casa de Nami, onde todos estavam reunidos conversando.

Sua eficiência quando se tratava de madames era surpreendente.

― Obrigada, Sanji-Kun. – agradeceu com um sorriso gentil, pegando seu pedaço, sendo seguida por Robin, que também agradecera da mesma forma.

― Tudo por vocês, my mellorines! – corações surgiam nos olhos do cozinheiro, alegre por reencontrar suas deusas.

― Oe! Tio Sanji! Eu também quero um pedaço! – logo Seion se pronunciou animado.

― Baka! Você é tão esfomeado quanto seu pai era! – brigou se aproximando do garoto, que já tinha um pedaço de carne na mão. ― Sinta-se com sorte por hoje ser seu aniversário! Tome. – entregou o pedaço nas mãos de Seion, que logo começou a devorá-lo.

― Yohohohohohoho! Seion-san me traz boas lembranças. Yohohohohohoho! – Brook exclamou também animado, enquanto comia um pedaço da torta que agora Sanji servia para todos.

― Eu não tenho essas lembranças, mas ter todos vocês aqui me traz uma sensação muito boa! – sorriu feliz.

― Tsc. Isso só me faz lembrar que não existiu um Mugwiara normal sequer. – Zoro comentou divertido, bebendo seu costumeiro sakê.

― Você é o mais anormal, marimo! – Sanji implicou enquanto pegava as bandejas vazias da mesa.

― Como é, Ero-cook?! Repete o que você disse, maldito! – o espadachim já se levantava, colocando a mão sobre as bainhas de suas espadas.

― Você é o mais anormal de todos os Mugwiaras! – o ouro repetiu, o encarando.

― Quer brigar, cozinheiro de merda?! – já ia partir pra cima do loiro. Foi interrompido pelo grito da filha, porém.

― Vocês são idiotas ou o quê?! Sempre começam com essas brigas e nunca terminam! Partam pra porrada e vejam quem vence, oras! – sugeriu, também com uma garrafa em mãos quase vazia. Tudo o que ela pode ouvir como resposta, contudo, foi o nome dela sendo gritado em uníssono por todos os presentes. ― Que foi?! Só estou tentando acabar com isso de uma vez por todas. – fingiu-se de inocente.

― Acho melhor não falar mais nada, Nara. Fica quieta que é mais saudável para todos. – Robin a repreendeu de forma calma, tomando seu suco e fazendo a jovem bufar em resposta, escorregando seu corpo pela cadeira na qual estava sentada, visivelmente desgostosa com aquilo.

Acabou que a briga entre os dois foi encerrada com Nami pedindo mais um pedaço da torta para Sanji, que é claro atendeu satisfeito.

Foi um dia inteiro de muita festa e animação por parte dos presentes. Por vezes pararam de fazer o que estavam fazendo e cantavam todos juntos as melodias compostas por Brook. Chopper e Usopp dançavam com palitos enfiados na boca e no nariz, relembrando os velhos tempos e Seion, claro, não ficara de fora. Franky fazia sua dança SUPER característica, enquanto os outros apreciavam a companhia dos velhos amigos e a comida de Sanji, que nunca deixara de ser a melhor do mundo. Mais tarde, Issa e Ken mais os pais de ambos também se juntaram à festa. Até mesmo alguns moradores das redondezas que conheciam Seion e sua família também se uniram, fazendo com que, ao final da tarde, o jardim de Nami estivesse cheio de pessoas se divertindo com as loucuras e formas de agir estranhas dos antigos Mugwiaras.

Tudo o que Seion podia fazer era agradecer por nascer e crescer em meio a pessoas tão incríveis e que ele amava tanto. Aquilo valia mais que qualquer tesouro material.

(...)

Seion observava seus tios, tias e prima espalhados pela casa. Uns bêbados, outros apenas cansados, mas todos estavam dormindo no primeiro canto que encontraram e acharam aconchegante.

O garoto pegou o chapéu de palha surrado em suas mãos e o encarou com um sorriso grandioso.

― Eu também vou encontrar mais nakamas tão incríveis quanto os seus são pai. E vou explorar os cinco mares! Espere por mim! Isso é uma promessa!


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Notas finais do capítulo

E aí? Eu simplesmente amei criar a cena do Luffy "pedindo" a Nami em namoro. Foi tão... awont :3