O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 55
Capítulo 50 - Arco Gaia: O Arquipélago da Vida


Notas iniciais do capítulo

~LEIAM AS NOTAS FINAIS~
Ooooulá, pessoas do meu kokoro. ♥ Como vão? Eu estou bem, melhor agora, postando para vocês! ^^
Aí está mais um capítulo. Espero que gostem!
Boa leitura! ;)



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Antigo Calm Belt, Amazon Lily

O dia estava ensolarado e os raios de Sol que adentravam as grandes janelas do quarto faziam o negro do cabelo que pertencia ao sonho de qualquer homem brilhar enquanto estavam sendo cuidadosamente penteados.

Hancock estava sentada em frente à sua penteadeira e apesar de tantos anos terem se passado, a pirata continuava esbelta como sempre fora. A morena já estava nos seus 55 anos, mas seus cabelos continuavam tão negros e sedosos como 20 anos antes e suas feições, embora modificadas pelo tempo, permaneciam perfeitamente desenhadas. Por mais que a idade estivesse chegando para a soberana de Amazon Lily, os homens ainda derretiam-se com a beleza da Imperatriz em todos os cantos que ela decidisse ir. Isso era inquestionável.

A governante da Ilha das Mulheres devaneava sobre banalidades cotidianas quando o silêncio do quarto fora interrompido pela voz eufórica de Margaret.

― Hebihime-sama! Hebihime-sama! Temos notícias! Notícias! – a loira entrou espalhafatosa no cômodo, para logo em seguida ajoelhar-se no meio desse, reverenciando a mais velha.

― Eu não sou surda, Margaret. Pode usar seu tom de voz normal, por favor. – cortou de forma calma, embora obviamente superior.

― Perdão, Hebihime-sama. – pediu acanhada, enquanto permanecia prostrada no meio do quarto da Imperatriz. ― Mas é que trago notícias que, acredito eu, irão deixá-la muito satisfeita e feliz. – completou sorrindo, voltando ao seu estado inicial de animação. O que fez Hancock virar-se de frente para a companheira, prestando atenção em suas palavras.

― E o que seria tão interessante assim que me deixaria num estado de euforia tão grande quanto o seu? – questionou curiosa, embora mantivesse o tom indiferente em sua voz.

Margaret então levantou-se, caminhando até sua Majestade com alguns envelopes já abertos em mãos. Era ordem da própria pirata que todos os envelopes, cartas e outras entregas fossem, antes de chegar a suas mãos, revistadas cautelosamente.

― Cartas? – levantou a sobrancelha em surpresa. ― De quem são? – tomou os papeis em suas mãos.

― Uma é do Governo. Parece que a Reverie que seria daqui a três meses, foi adiantada para daqui a três semanas. – informou, eficientemente.

― Adiantada? – repetiu, surpresa pela notícia inesperada. ― Por que fariam isso? As datas são sempre muito bem definidas no encontro anterior.

― Bem, acredito que os detalhes estejam descritos na carta, Hebihime-sama. – comentou educadamente.

― Claro, claro. – ignorou, abandonando o envelope sobre a penteadeira. ― E estes outros? O que são? – questionou novamente, fazendo o sorriso da loira florescer mais uma vez.

― São notícias dos companheiros do Luffy-san! E do Sabo-sama também! – revelou com os olhos brilhando.

― Os companheiros do Luffy? E o irmão dele? – perguntou surpresa ― e muito mais interessada, diga-se de passagem.

― Sim! Acho que são sobre o Seion-kun. – confirmou ainda no tom anterior.

― Sobre o Seion?! – levantou-se em um pulo, encantada com a possibilidade de ter notícias do filho de seu eterno amado.

Assim que soube que a navegadora dos Chapéus de Palha estava grávida de Luffy, Hancock imediatamente se encontrou com a ruiva, que na época morava somente com Zoro, exigindo ― sim, exigindo ― que toda novidade relevante com relação à criança que a garota gerava devesse chegar a ela de qualquer forma. Sem exceções. Como argumento para tal exigência, a morena deixara bem claro que era seu direito saber de tudo relacionado àquele bebê, já que ela fora a primeira a se apaixonar pelo Monkey e a que deveria ter se casado com esse caso Nami não tivesse dado uma de intrometida e se colocado entre o amor dos dois.

A vontade da ruiva naquele dia era, obviamente, de voar em cima daquela maníaca apaixonada e tacar-lhe uma toalha na cara, pra ver se isso funcionava para enxugar aquela cara lavada dela – detalhe, enquanto isso Zoro ria horrores bem ao lado das duas. No entanto, não foi isso que ela fez. Contando até dez e parando para pensar melhor, imaginava como a Imperatriz se sentia. Ora, ela realmente havia se apaixonado pelo, na época, futuro Rei dos Piratas muito antes dela e, na cara dura, aos olhos da outra, ela simplesmente tomara o que já pertencia antes à Hancock. Ainda assim, quando soube sobre o relacionamento de Luffy e Nami, a morena – após ter feito um enorme escarcéu, é claro – aceitou o namoro dos dois e ainda desejou que realmente fossem felizes. Era natural que uma mulher quisesse acompanhar o crescimento do filho do homem a quem amava, certo? Se estivesse no lugar dela, provavelmente iria pedir o mesmo, embora com muito mais educação, com certeza.

Desse modo, Nami aceitou enviar cartas de tempos em tempos, contando como estava Seion e, por que não, também o bando. Hancock fazia questão de responder a todas elas e várias vezes, nos últimos 17 anos, esteve na presença daqueles que eram tão estimados por seu amado e daquele que herdou tanto do que a fez se apaixonar por Luffy mais de vinte anos antes. No final das contas, Nami e Hancock se tornaram grandes amigas com dois pontos maravilhosos em comum: o imenso amor por aquele que um dia as fez conhecer a verdadeira beleza de um verdadeiro sorriso encantador, Monkey D. Luffy; assim como pelo ser que devolvia todos os sentimentos mais lindos e grandiosos que a vida lhes tirara com a morte dele, Monkey D. Seion.

― Hebihime-sama? – chamou pela quarta vez, finalmente surtindo algum efeito.

― Sim? – levantou seu olhar para encarar à subordinada, ainda recuperando-se do devaneio.

― E então? O que a carta diz? – perguntou, ansiosa.

― Ah. – sorriu lindamente. ― Apenas que finalmente o filho começou a seguir os passos do pai. – contou, não se esforçando em nada para disfarçar a emoção em sua voz. ― Seion foi para mar com seus companheiros.

(...)

Os raios de Sol ofuscavam a visão de Seion, mas nem por isso ele deixou de observar a beleza do lugar no qual acabara de desembarcar.

As águas azuis piscina e cristalinas do mar banhavam a areia branquinha e fina da praia, que refletia a luz solar, iluminando a orla da ilha divinamente. O verde se espalhava por toda parte e as árvores pareciam dançar de acordo com a brisa fresca vinda do oceano. A vegetação era irregular e, pelo som que retumbava das florestas, habitada por uma variedade gigante de outros seres-vivos.

A definição perfeita para aquele lugar seria a de um paraíso desconhecido pela humanidade, onde somente a Natureza reinava. A aparência da ilha era de um lugar inabitado, constituído de imensas florestas que pareciam existir há milhares de anos.

― Esse lugar é lindo... – Hana se aproximou do primo, admirada pela beleza natural do local, assim como o resto do bando.

― Tenho que admitir. Nada mal. – concordou Hiasuki ao lado de Mabelly, que observava com curiosidade os arredores.

― Mas como diabos uma ilha desse tamanho surgiu no meio do oceano? – questionou Ayssa, enquanto não sabia se se admirava com a beleza ou se intrigava com a forma peculiar que encontraram o lugar.

― Não é uma ilha que surgiu no meio do oceano. – informou Nara, se aproximando do grupo, que a olhou confuso. ― É um arquipélago. – apontou para o leste da praia, onde ao longe se encontravam outras pequenas ilhas.

― Isso não muda nada! – exaltou-se o cozinheiro, com uma veia saltando na testa, fazendo com que a morena desse de ombros.

― Será que é mesmo deserta? – Issa finalmente pronunciou-se.

― É o que parece. – a princesa concordou.

― Só o que parece. – a voz de Seion finalmente fora ouvida, embora mais baixa que o normal.

Sem dar mais explicações, o moreninho passou a caminhar e seguiu em frente, em direção às primeiras árvores da praia, de onde começava a densa mata.

― Parece que ele não é tão idiota quanto imaginei que fosse. – Hiasuki ironizou, sorrindo de forma sarcástica.

― O único idiota aqui é você. – a voz de Mabelly ecoou pela primeira vez desde que aportaram, enquanto colocava-se a caminhar na mesma direção que os piratas e a princesa foram, seguindo ao Monkey.

― Isso não foi elegante de sua parte, Mabelly. – sorriu irônico ao mesmo tempo em que acompanhava os passos da mulher. ― Embora eu realmente não vá me importar se você me xingar assim enquanto estiver gemendo sob meu corpo. – banhou seu sorriso em pura malícia.

― Você é hediondamente asqueroso, Hiasuki. – respondeu no mesmo tom que usara anteriormente, fazendo o parceiro rir gostosamente.

(...)

― Né, Seion. O que você quis com “só o que parece”? – Hana questionara depois de já estarem há alguns minutos adentrando a vegetação.

― Eu sinto que estamos sendo observados, mas não consigo saber da onde. – esclareceu olhando em todas as direções, tentando compreender o que se passava por ali.

― Também sinto o mesmo. – confirmou a espadachim, o acompanhando de perto.

― Eu não sinto nada. – Ayssa comentou despreocupadamente, observando à sua volta.

― Eu também não, mas se eles estão dizendo é melhor nos preocuparmos. – Ken atentou a amiga.

― O kenbunshoku deles é muito melhor desenvolvido que o nosso. – Issa sorriu para a atiradora, explicando a situação.

― Nós deveríamos voltar ao navio e retomar nossa rota até Bardires, pirralhos. O Primeiro Conselheiro detesta atrasos sem bons motivos para isso. – Hiasuki tentou contestar o fato de estarem perdendo tempo ali.

― Nem se quiséssemos iríamos para lá agora. – Seion respondeu à frente do grupo, enquanto levantava seu braço para mostrar o Log Pose preso ao seu pulso.

― O que isso quer dizer? – Issa questionou enquanto observava as três agulhas apontando para o centro do instrumento de navegação.

― Que os campos malucos do arquipélago se anularam.

― Oe, Oe. Isso não me parece boa coisa. – o loirinho do bando reparou em alerta.

― Bem, só não vamos conseguir sair daqui por auxílio do Log Pose. – o capitão deu de ombros, não dando muita importância a suas próprias palavras.

― O quê?! – gritaram em uníssono Issa, Ayssa e Ken.

― Você está dizendo que estamos presos nessa ilha, garoto? – irritou-se o espião do Governo.

― Se formos pelo Log Pose, sim. – afirmou ainda em tom despreocupado.

― E como pode estar tão calmo com isso, idiota?! – Ayssa enfureceu-se com o companheiro. ― Isso significa que teremos que ficar aqui pelo resto das nossas vidas! Nós vamos morrer aqui! Vamos virar velhos imprestáveis, comendo bananas a vida toda! – continuou, apontando para as bananeiras que cercavam a trilha por onde caminhavam.

― Oe, seja menos dramática, Ayssa. – pediu a jovem médica, com uma gota de suor escorrendo pela testa.

― Depois eu é que sou a psicótica. – desdenhou Nara.

― Do que está me chamando, sua psicopata?!

― De psicótica.

― Você é a única assassina psicótica aqui, Nara. – retrucou o loirinho, ajudando a atiradora com a implicância.

― Você é que é o estranho maníaco por limpeza. – respondeu sem se alterar.

― O que está dizendo, espadachim de merda?! Quer que eu acabe com você?! – o garoto gritou irado.

― Do que me chamou?!

― De espadachim de merda! – repetiu. ― E limpeza é importante! Bactérias podem nos matar!

― A única coisa que irá nos matar é vocês dois se continuarem gritando como dois gorilas em lutas territoriais pela fêmea! – Hiasuki cortou a discussão dos dois, embora agora tenha iniciado uma pior entre os três.

― Hum... Seion. – chamou a princesa de Sakura. ― Você não se importa de seus amigos estarem brigando assim?

― Ah, não esquenta não. Eles são assim mesmo. – virou-se para trás e sorriu tranquilizando-a.

― Seion, é verdade mesmo que não vamos conseguir sair da ilha? – Issa questionou de forma preocupada, ignorando os gritos que vinham de trás dos três.

― Se as agulhas continuarem assim, o que provavelmente vai acontecer, sim. Não tem jeito de deixarmos o arquipélago guiados por elas.

― Ou seja, não tem jeito nenhum. – concluiu a loirinha.

― Talvez elas apontem para algum lugar se chegarmos a última ilha do arquipélago, não? – sugeriu a espiã, que os seguia de perto. Sabia muito pouco sobre navegação, mas não demonstrava estar preocupada com isso, já que o Monkey parecia ter herdado os talentos da mãe.

A sugestão deixou o garoto pensativo por alguns instantes.

― Acho que não. – informou para desânimo das mulheres que ouviam. ― Os campos deste arquipélago são muito fortes. Nunca ouvi falar de nada parecido. Ou encaramos o mar sem saber para onde estamos indo ou podemos tentar pedir ajuda aos habitantes dessa ilha.

― Você está certo de que vivem pessoas aqui? – questionou mais uma vez a médica.

― Me diga você. – sorriu grande, parando em frente a grande clareira aberta em meio à floresta.

O rio largo e abundante corria por entre as pedras que cercavam sua margem. Do outro lado dele uma plantação de milho de tamanho considerável crescia saudável e bela. Pequenas casas de palha e estuque haviam sido construídas por toda a clareira e crianças corriam brincando por toda parte, enquanto mulheres vestidas em roupas curiosamente delicadas e bonitas, embora fosse feitas de couro natural, debulhavam espigas sobre uma extensa lona de mesmo material da cor marrom. Os homens, por sua vez, capinavam e executavam outras tarefas rurais no milharal e o Sol quente não era motivo para o sorriso no rosto de cada habitante da aldeia desaparecer. O ar ambiente era alegre e gostoso, embora fosse muito simples e de árduo trabalho.

Seion e Cia observavam sorrindo cada um desses aspectos, admirados e envolvidos pelo ar aconchegante do lugar. Uma voz gentil, masculina e anciã atrás deles, porém, chamou-os a atenção.

― Sejam bem-vindos ao Arquipélago da Vida, meus jovens.


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Notas finais do capítulo

Tenho três comentários a fazer aqui:
—Bem, achei que já estava na hora de introduzir a diva das cobras na fic. E não se preocupem aqueles que a amam tanto quanto eu. Vou explicar muito melhor, mais a frente, tudo o que aconteceu na época em que ela descobriu sobre Luffy e Nami. :p
—Quem gosta de ter uma noção das teorias e tudo o mais que uso na fic, saiba que utilizarei muito da Teoria de Gaia nesse pequeno (acho que vai ser pequeno kkkkk) arco. Sou estudante de Biologia, então nem esquentem com esse tipo de coisa parecer por aqui. jkfgkdsjfgdsjkg'
—Quanto aos Flash Backs: realmente não sei quando será o próximo. Tenho muita coisa para colocar neles, mas estou com dificuldades em escolher o que apresentar primeiro a vocês. kkkkk' Então acho (acho) que a partir de agora, os Flash Backs serão colocados de acordo com a necessidade da presença deles para explicar algo da hist atual. :)
Acho que é só isso. :) Espero que tenham gostado e até mais! ^^



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