Coração de Onyx: As sirenes do apocalipse escrita por StigmaDiabolicum


Capítulo 2
Hadesh, Lune e Elaxia




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Era impossível não notar aquele casal. Era uma pena que ela fosse dos Iluminados e ele dos Obscuros. Era triste mesmo, mas por outro lado era lindo o amor dos dois. E ele fazia questão de aloprar as regras sobre o grupo ficar separado. Eu mesmo cansei de ver os dois trepando ou simplesmente juntos conversando. Hadesh virou um grande amigo meu e olhem.... O sujeito batia. Sabem aquele cara que desmaia o oponente de tanto bater e ainda bate depois que vence? Então... O Hadesh humilhava os oponentes. A Elaxia era mais na dela. Ela era a única muçulmana viva, mas aquela ali quando entrava no ringue, ALÉM DELA SE LIVRAR DO HIJAB, ela corria pra cima do sujeito e simplesmente a luta terminava pelo fato dela saber onde atingir o rival e ela geralmente ia de cotovelo na testa. Ela dizia que tinha um estilo beirando o full contact. E ela era igual o Hadesh.

Numa dessas eu conheci o Lune. Esse sim era 100% full contact. O Lune num é bem um sujeito equilibrado, sabe? O cara pra começar queria ser mulher, e de fato ele parecia. 170 cm, uma pele branca, um cabelão loiro platinado, nem abria a boca pra nada e no início ele andava com uma máscara de ferro, ombreiras de ferro e uma roupa negra. O cara só ia pra direita, esquerda, desviava e quando batia, era só um golpe. Acabou, nocaute. A presença dele era brutal, mas quando ele tirou aquela indumentária e eu vi o seu rosto, fiquei meio pasmo.

Os traços, as mãos, os pés... ERAM FEMININOS! Sabe o que é um homem babando em outro? Pois é... E o nome real dele? Lukastolis Alunerakalistoulos, um puta gregão que fazia as mulheres e homens da plateia gozarem só com a presença. E quando ele falava, ele só levantava o dedo indicador, respirava e falava. A voz dele já era um quase "cale a boca!".E pra melhorar a parada, juntou Elaxia, Ades e ele. Na prova de eliminação, Ades e Elaxia assustaram com a velocidade com que mataram os oponentes. O Lune já chocou pq na primeira luta ele partiu o pescoço do sujeito num único movimento. O cara foi pra cima, ele ergueu o pé e num movimento giratório com o indicador rasgou a jugular e o cara simplesmente caiu de joelhos esguichando sangue enquanto ele simplesmente deixava os pés molharem com o líquido e fazia questão de andar pelo ringue para deixar as pegadas no chão. O cara tinha classe e sabia excitar até na hora da crueldade. Logo foi o primeiro a cair nas graças do público. Eu não sabia se achava ele fenomenalmente violento e rápido ou se eu devia temer seus pés, afinal aquelas unhas eram cortantes o suficiente pra decapitar alguém. Monstruoso, não?

A segunda noite de lutas foi pior ainda... O cara simplesmente meteu a porrada em 12 duma vez... Nessa noite ele estava incrivelmente imponente e imóvel no meio do ringue. O primeiro que foi lhe dar uma machadada simplesmente caiu imóvel no chão. Lune lhe perfurou o peito e deu uma sequência chocante de socos. O resto foi pra cima e ele simplesmente devolvia com agarrões, cotoveladas, chutes.

Dessa vez ele tava com uma bota pesada, sabe? Aquilo só intensificou a potência dos golpes. Sobrou só um em pé... Esse cara apenas se ajoelhou e pediu clemência pela vida. Lune era gente boa e poupou o cara... Depois de praticamente esmurrar ele e obrigar ele a beijar-lhe os pés e eu acho que o sujeito gostou pelo jeito que agradou ele. Lune só saiu do ringue e olhou pra mim. A voz dele me gelou a alma

– Amanhã você é o próximo, queridinho...

O tal dia chegou. Ele tava com um top, uma legging e duas tornozeleiras pretas no pé e na mão. O físico do cara era invejável e pela primeira vez ele estava sem máscara com os cabelos loiros na face. Um analisou o outro por um tempo e quando o juiz autorizou a luta, eu só senti algo me pegar pelas pernas numa rasteira e pude sentir uns dedos leves e macios na minha canela. O filho da puta efetuou uma rasteira e se eu não ajo a tempo, teria tomado um chute martelo nas ventas. Agora não me perguntem como ele agaichou e levantou rápido que eu não sei. DSó sei que a luta durou quase 45 minutos e só acabou porque ele me acertou um chute crítico na costela, as eu dei minha lição também. Mesmo que eu tivesse botando sangue aos borbotões pela boca devido aos chutes, socos, cotoveladas. Ele podia parecer mulher, mas batia mais forte que o Heno. Quando ele efetuou o último chute, eu tive forças pra segurar o pé dele e rodar. Nesse giro eu acho que sem querer quebrei o pé do sujeito, foi um "crec!" assustador e até ele arregalou os olhos azuis. Ele ficou ali me encarando quando me estendeu a mão e eu o ajudei a levantar e num ato de nobreza o carreguei até a enfermaria. Não, eu não sei como Jvstine sendo quem é resolveu colocar uma enfermaria SIMPLESMENTE "TOP DE LINHA" SE NO FINAL SÓ IA RESTAR UM VIVO. Eu sem querer havia "inutilizado" o cara no ringue, além dumas cotoveladas no maxilar, cabeçadas e uma canelada entre as pernas. Pois é... Acidentalmente descobri que o mano tinha um pênis e duas bolas, pois ele caiu urrando de dor na hora. Descobri naquele dia que as pernas dele eram fracas apesar de ageis e pesadas. Meio que nos tornamos bons amigos fora do ringue.

– Um cara que consegue me derrubar em menos de uma hora? Vale a pena ser amigo. Prazer, Lune

– Odran.

Tava um clima legal entre os Obscuros e os Iluminados, ninguém odiava ninguém e simplesmente ninguém sabia qual seria o destino do outro. Porém, uma certa noite ouvi uns gritos a noite. no dia seguinte, um membro de cada equipe havia sido assassinado. Nos seus lugares entraram uma garota de cabelos cacheados e pele morena. Uma tal de Sea Rah. Pra nossa equipe veio uma mulher meio misteriosa, atendia por Kelin ou seu nome de guerra... Jvstice. O rosto dela me era famíliar, o cabelo... Ela era a típica cara fechada e antissocial. Sempre que passava por mim era uma ombrada ou uma encarada no fundo dos olhos. Se eu não estivesse sóbrio o suficiente, eu jurava que aquela mulher era a Jvstine... Mas não... Não podia ser... Eu saberia que era a Jvstne pelos pés, pelo jeito de lutar e pela imponência. Jvstice não tinha isso... Porém o meu coração bateu relativamente forte quando ela simplesmente se engraçou comigo e me desferiu um chute do nada coma desculpa de "testar meus reflexos".

– É muito moleque pra estar aqui. Vai embora pro teu cantinho lamentar tua esposinha que te chifrou. Eu conheci Japh e ele tinha orgulho de te chifrar.

Naquele dia eu não sei o que foi que me deu. Senão fosse o grupo me segurar, eu teria dado a ela o tratamento que dei a Jvstine: Estupro e porrada. Ela simplesmente me olhou e saiu gargalhando. Desde então, a presença dela me deu contantes, desconfortante e assustadoras dúvidas... E essas dúvidas eram bem críticas...


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