Uma Estrela Para Cada Um escrita por Hey MOOn A


Capítulo 4
Creep - Karen Souza


Notas iniciais do capítulo

Olaaa!! Falando um pouco sobre o titulo desse capítulo, eu escolhi essa musica, não só pelo refrão dela, que super combina com o que a Mel ta sentindo, mas também por que essa COM CERTEZA é o tipo de musica que eu gostaria de escutar caso eu entrasse na lanchonete que a Mel ia com as amigas, apesar da lanchonete ter aparecido no capítulo passado... Espero que gostem da musica e do capitulo tanto quanto eu gosto!!!



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Caminhei pela minha cidade, procurando pelo endereço no papel. Descobri que se tratava do Pronto Socorro. Eu não tinha a menor ideia do que eu deveria fazer até então. Entrei no hospital e caminhei por lá. Ninguém me parou para me perguntar o que eu estava fazendo ou se eu tinha alguém importante que estava doente. Algumas pessoas atravessavam meu corpo e toda vez que isso acontecia, eu sentia um calafrio. Me perguntei se as pessoas sentiam a mesma coisa que eu sentia quando passavam dentro de mim. Reparei que, para cada pessoa, havia uma outra pessoa, que olhava para mim e sorria, enquanto a pessoa que ela seguia, não reparava a minha presença. Todos as pessoas que olhavam para mim tinham olhos violetas. Os tons variavam de pessoa, mas todos eram violetas.

Andei por mais alguns minutos e encontrei Gabi sentada em um banco, no final de um corredor, com a perna engessada. Ela estava olhando para o chão e estava segurando um livro na mão. O mesmo livro que eu estava lendo na viagem. Sua mãe estava sentada do seu lado, passando a mão na sua cabeça, e do lado oposto do corredor, um menino de cabelos pretos as encarava. Elas não pareciam ter me notado, mas ele me notou. E veio andando na minha direção. Seus olhos também eram violetas.

– Até que enfim. - disse ele, pegando no meu braço e me levando para perto de Gabi. - Eu só vou te falar uma vez, então presta a atenção, ok?

Eu concordei. O menino não parecia ser simpático.

– Ok! Você é uma Guardiã. Ela é o seu Legado. Voce tem que ficar com ela o tempo todo, e a proteger também. Eu não posso sempre ficar tirando suas duvidas, por que eu também sou um Guardião, mas ao meio dia, podemos conversar para que possa tirar suas duvidas, e a noite também. Não se preocupe, ok? Não é um trabalho tão difícil, quando se acostuma! - ele saiu andando pelo corredor, sem nem mesmo olhar para mim.

Eu o segui, pois não sabia o que eu deveria fazer. Ele virou o corredor e quando eu virei no mesmo corredor que ele, ele havia desaparecido. No chão, próximo aos meus pés, apareceu um medalhão, daqueles que se abre e tem uma foto. Ele era prata e na frente estava escrito: "Guardiã" com letras enfeitadas. Eu o abri e havia uma foto da Gabi nela. Ao lado havia uma frase, no mesmo tipo de letra decorada da frente.

"Devo Proteger Acima de Tudo. Devo amar Acima de Todos. Devo Lutar por Cima de Qualquer Um Proteger o Meu Legado, Pois Ele Também Sou Eu."

Eu o coloquei no meu pescoço e foi quando notei o estado da minha aparência. Eu estava com as mesmas roupas do momento do acidente. Elas estavam ensanguentadas e rasgadas. Senti uma dor na nuca e coloquei a mão sobre algumas vertebras da coluna que estavam tortas.

Tentei pegar um casaco que estava em um banco, abandonado, no corredor, mas minha mão simplesmente o atravessou. Senti algo em mim dizendo que eu podia só imaginar. Imaginei. Imaginei que eu estava usando minha roupa de reveión deste ano e quando olhei para baixo, estava com as minhas botinas com tacinhas pretas, shorts preto de lantejoulas, regata preta e uma camiseta branca toda rasgada nas costas com uma frase brilhante em preto, com um pedaço de uma música. Estava escrito: "You're Just Like an Angel".

Também vi que estava usando meu chapéu preto e lembrei que meu tio havia me dado aquele chapéu, dizendo que eu estava igualzinha ao Michael Jackson. Eu sempre usara aquele chapéu.

Caminhei de volta para Gabi, que agora estava se levantando e caminhando na minha direção. Pensei que finalmente ela havia me visto, mas seu olhar trazia aquele brilho opaco, de quem esta morrendo. Em vez de parar na minha frente, ela simplesmente me atravessou. Ela tremeu um pouco ao fazer isso e olhou para trás, na minha direção, tentando procurar o que lhe causara essa sensação. Infelizmente, ela não me viu.

Eu estava começando a me acostumar a ser invisível.


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Notas finais do capítulo

Comentem! Me ajuda demais da conta!!!!!