Behind some smiles escrita por Sinceramente silenciosamente


Capítulo 5
Questionamentos á mim mesma.


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu estou puxando meio que pra um lado não religioso, mas estou levantando essa questão, minha personagem e alguém que não crê até um certo momento, mas isso vai mudar, quando tudo começar a piorar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/541554/chapter/5

Chegamos à porta do hospital, desci do carro desesperada, e entrei, vi Pierre sentado no banquinho, quando ele me viu correu e me abraçou, fui até a recepção e contei à moça o que havia acontecida, e se de alguma forma tinha como eu ver minha mãe, ela se comoveu e me liberou. Não pude entrar no quarto, apenas olhar ela de longe, através de um vidro, ela estava toda encubada, eu respirei fundo e me controlei para não chorar, apesar de todo mal que ela me causou, de todas as palavras que ela falou que me magoaram, eu ainda a amava, e eu não podia perder a pessoa mais importante da minha vida, então eu deixei o lugar e fui para a sala de espera, peguei Pierre pela mão, e disse: - Pai, hoje nós passaremos á noite na casa da mamãe, queira você ou não! – Ele percebeu o quanto eu estava abalada e concordou com a cabeça, então deixamos o hospital e partimos para casa, chegando lá, estava tudo do mesmo modo que deixei então eu fiz um sanduíche para Pierre comer e fui por ele na cama, e enquanto eu lia a página de um dos meus livros prediletos para ele, ele me olhou e disse: - Jô, a mamãe vai morrer? – Percebi um pingo de falta de esperança em sua voz, e eu sorri e disse baixinho: - Não, ela vai se recuperar e vai voltar pra casa. –Ele sorriu, mas logo o sorriso desapareceu e ele disse: - Quando ela melhorar, cê vai ir embora de novo? – Eu olhei com um olhar triste para ele e disse: - Veremos, agora vai dormir que ta na hora! – Falei cobrindo ele com o edredom, então levantei da cama dele, dei um beijo na testa, e caminhei até a escada e disse ao meu pai que estava sentado de frente pra lareira com um olhar triste: - Ele acabou de dormir, agora eu vou tomar um banho e descansar, acho que você deveria fazer o mesmo! – Ele me olhou e disse: - Quando dê sono eu farei beijos filha, boa noite! – Eu sorri e fui para meu quarto, como disse, tomei um banho demorado, me vesti, sentei na cama com meu celular em mãos e tinha uma mensagem de Gregory, fiquei pensando em como ele tinha conseguido meu número, então abri a mensagem e ele dizia: ‘’Olá aqui é o Gregory, vi que você não estava muito bem hoje quando nós vimos então o que houve?’’ – Eu li a mensagem, e por um momento até pensei em deixar de lado, mas eu respondi: - Está tudo bem sim, apenas um pequeno imprevisto, agradeço á sua preocupação, porém ficarei um tempo afastada da escola! –Desliguei meu celular, o coloquei no armarinho que tem ao lado da minha cama, me cobri e dormir, aquela noite eu quase não dormi, toda hora eu acordava assustada, noite mais agitada eu acho que eu nunca tive, quando deu 5:30 da matina eu acordei e não consegui mais dormir, rolei de um lado para o outro até 7:30 quando eu resolvi levantar, levantei escovei meus dentes, e desci para a cozinha, meu pai estava sentado com um copo de bebida na mão, olhando para lareira que já havia apagado, eu desci sem falar nada e fui para a cozinha, abri a geladeira peguei um copo de água, bebi o mesmo, e fui para a sala, me sentei ao lado de meu pai e disse: -Bebendo tão cedo? – Ele me olhou e disse meio emocionado: - Eu ainda amo sua mãe, não suporto o fato de que um dia eu não possa mais falar isso para ela! – Eu fiquei meio surpresa, então eu passei minha mal sobre seu rosto sorrindo e disse: - Pai, não se preocupe ela vai sair dessa! – Ele sorriu e respondeu: - Sua confiança me fascina!- Eu fiquei feliz em ouvir aquilo, então me ajeitei no sofá deitando minha cabeça em seu ombro, em quanto ele acariciava minha cabeça, eu ia admirando a lareira apagada.

Eram quase 10 horas já, quando levantamos do sofá, fui até o quarto de Pierre, o acordei, ele abriu os olhos sorrindo, e eu disse: - Vamos que você tem aula daqui a pouco! –Ele levantou e foi caminhando pro banheiro, eu desci e fui preparar o lanche dele, pus um biscoito e um suco em sua mochila, arrumei a mesa pondo frutas, pão, leite e suco, ele desceu, sentou a mesa, pegou uma maça, e comeu, e eu perguntei: - Quer que eu te leve na escola? – Ele sorriu e disse que sim, balançando a cabeça, eu me levantei da mesa, fui ao quarto mudei de roupa rapidamente, pondo uma calça jeans clara, e uma blusa azul de manga cumprida, coloquei meu chinelo, e desci, peguei a mochila de Pierre, peguei a chave de casa, dei a mão á ele, e nós fomos caminhando. Chegamos na porta da escola ele me deu um abraço, e entrou, eu sorri, e fui caminhando lentamente para a casa, em quanto eu andava eu ia reparando em tudo, eu estava olhando o chão em quanto andava, quando levantei me deparei com o Alex sentado em um banco de cimento, em uma pracinha, eu respirei fundo e comecei a andar em passos largos, quando passei por ele, me segurei para não olhar, e não olhei, percebi ele vir atrás de mim, e ele disse: -Oi? – Eu fingi que não ouvi e continuei andando, senti sua mão segurar meu braço, fiquei diante para ele, ele sorriu, e disse: - Sua mãe ta bem? – Eu não disse nada, me soltei de sua mão, e fui andando sem dar explicações, acho que ele desistiu, cheguei a casa, subi para meu quarto, me deitei na cama, até meu pai me gritar, desci correndo e ele disse: - Vamos sua mãe acordou! – Então pegamos o carro e fomos rapidamente para o hospital, quando chegou lá, a moça permitiu que eu entrasse no quarto, e ela estava olhando para um médico, e eu fiquei emocionada e meus olhos se encheram de lágrimas, e ela disse em voz baixa: - O que essa vadia está fazendo aqui? Tira ela daqui agora! – Eu fiquei chateada e sai correndo sem falar nada, abracei meu pai forte, em quanto chorava, pedi para que fossemos para a casa, e ele sem entender atendeu meu pedido, chegamos em casa era umas duas e meia da tarde, eu subi para meu quarto, tomei um banho, coloquei uma roupa de dormir, e me deitei, fiquei deitada com meu computador sobre minha barriga, percebi que havia uma mensagem em meu e-mail, eu apertei para ver, era o Gregory, dizendo: ‘’Olá, está tudo bem por ai? Por aqui está tudo lindo rs’, acabei de ler ‘’Uma curva na estrada’’ e eu estou supostamente encantado, achei que seria um livro clichê, e não era, você me impressionou, ta de Parabéns, risos’ Mas e ai ta dando pra você ler o que eu te dei? Assim que dê me responda, beijos.’’ – Eu fiquei contente em saber que ele gostou do livro, então eu respondi dizendo: - Olá, não está nada bem, porém eu vou seguindo, fiquei feliz por saber que você gostou do livro :D, não está dando pra eu ler, minha mãe está internada, porém já está acordada, eu tenho que cuidar de meu irmão, fazer coisas em casa, e minha vida ta uma completa bola de neve kkk’, assim que der eu começarei a ler! – E enviei, fechei o laptop, suspirei fundo, e fechei meus olhos, permaneci de olhos fechados até o laptop sinalizar com um barulho que há uma mensagem, eu o abri novamente, e Gregory dizia: ‘’Aah, poxa, :/, olha eu sou cristão, me conte o que sua mãe tem, eu orarei por ela todas as noites, e eu tenho fé que ela vai sair dessa!’’ – Eu li e sem pensar duas vezes respondi: Pra que você vai perder seu tempo orando, falando com quem não existe com quem não está presente, com quem te ignora? Desculpa-me, mas eu não creio que Deus exista!- E enviei, acho que ali morreu o assunto, fechei meu laptop, coloquei o mesmo no chão, e fiquei pensando se Deus existisse, ele iria mesmo permitir aquilo tudo acontecer comigo? Fiquei pensando e cai no sono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem, e se não gostarem, eu agradeço a todos :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Behind some smiles" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.