Juntas Pelo Acaso escrita por Lary SwanMills


Capítulo 12
That's a start.


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANO NOVO MEUS AMORES!

antes de qualquer coisa: VOCÊS VIRAM A CAPA NOVA DA FIC? Viram que coisa mais linda e maravilhosa? Foi a Carolina Foresta que fez de presente pra mim. Por ter feito essa surpresa linda, que eu amei, e por ser a melhor amiga do mundo todo, esse capítulo ( e a fic toda) é mega dedicado a ela.

Em segundo lugar, muito obrigada pelos comentarios de vcs. Eu nao tive tempo de responder um por um, mas eu sempre leio todos. É que a correria de final de ano é grande, por isso também demorei a postar. Espero que entendam. :)

Ah, a cena final do capítulo é inspirada nessa aqui: https://www.youtube.com/watch?v=l82BcHqoT6E seria legal se pudessem assistir. ;)

Agora sim, deixo vcs com o capítulo.
Boa leitura :)



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A primeira coisa que Regina notou ao estacionar o carro, foi o fusca amarelo parado na frente do prédio de Snow. Pensou em dar meia volta e sair dali. Não queria ter que encarar Emma na frente da família dela, com aquelas frases sobre amor e esperança que Mary Margaret adorava usar. Aquela tinha tudo para ser uma noite torturante, pensou soltando um suspiro.

– Mãe! - Regina se assustou com a voz de Henry chamando e olhou para ele pelo espelho retrovisor. - Vamos? Minha mãe já chegou. - ele sorriu, apontando para o outro carro estacionado.

– Eu vi, querido. - a morena assentiu e saiu do carro. Ela tirou Elsa da cadeirinha antes de ajudar Henry com a travessa de doce que ele carregava. Regina alisou a frente de seu vestido de forma ansiosa antes de segurar a mão de Elsa e dar um sorriso para a menina. - Vamos, Els. A mamãe Em já está esperando.

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Snow terminava de arrumar a mesa quando a campainha tocou. Ela reparou o nervosismo de Emma ao respirar fundo e ir abrir a porta.

– Hey. - ela disse com um sorriso sem jeito ao ver Regina.

A morena sorriu de volta, mas antes que pudesse responder, Elsa se debruçou em seu colo, esticando os braços na direção de Emma, que a pegou. Ela deu um sorriso sapeca para a xerife antes de falar da forma menos errada possível que uma criança de quase dois anos poderia:

Sorry, I'm late.– Elsa tinha um sorriso orgulhoso ao terminar a frase, o que fez com que todos explodissem em gargalhadas.

– O que foi isso? - Emma perguntou ainda rindo para Regina que ergueu a mão para Elsa completar o high five. A morena pegou o doce da mão de Henry e então se virou para Emma, dando de ombros.

– Estamos ensaiando algumas frases de efeito, não é, querida? - respondeu, piscando um olho para Elsa que riu. Emma sorriu observando as duas, mas disfarçou quando seu olhar cruzou com o de Regina.

– Vou ensinar algumas coisas para ela também. - Snow disse, indo até elas para pegar a travessa da mão de Regina. - Qualquer coisa fica engraçada nessa voz fofa que ela tem. - brincou, dando um beijo na bochecha da menina antes de voltar à cozinha, seguida por Regina.

– Eu juro que se você ensinar Elsa a falar 'I will always find you', a única coisa que você vai encontrar vai ser uma maldição do sono. - a prefeita ameaçou com um sorriso irônico. Mary revirou os olhos.

– Já que todos chegaram, podemos nos sentar? - a morena disse, ignorando Regina que riu. Emma e Henry se juntaram à elas. - E a Elsa? - Snow perguntou ao ver a menina brincando na sala.

– Ela já deve ter jantado. - Emma supôs se sentando à mesa. - Regina é neurótica com horários.

A prefeita revirou os olhos, embora estivesse aliviada por estar tudo normal entre elas. Ela gostava disso: de Emma implicando com ela. Isso era natural, reconfortante. E ela se sentia a vontade para agir naturalmente perto da loira.

– Rotina é importante para uma criança, Swan. Aposto que Mary Margaret sabe disso. - Snow assentiu, rindo da implicância das duas e do jeito como automaticamente elas sentaram lado a lado.

– Ainda falta o Hook. - Snow se virou para a direção da voz do marido que descia as escadas do quarto. - Eu chamei ele.

– Você o quê? - a professora questionou sem acreditar. Aquilo não estava nos planos. - Por quê?

David deu de ombros, sem entender a reação da mulher.

– Achei que Emma ia gostar. - explicou, confuso. Regina revirou os olhos e cruzou os braços ao se afundar um pouco na cadeira. Ele olhou para ela, depois para Emma que também não parecia muito contente. - Qual é o problema?

– Minha mãe não gosta dele. - Henry disse. Regina pensou em negar, mas preferiu nem se dar ao trabalho.

– O que tem para gostar em uma pessoa que tem um gancho no lugar de uma mão? - a morena reclamou num tom frio, fazendo Snow rir. - Me desculpem, mas é verdade.

– O engraçado, Regina, é que qualquer um que te escutasse agora, diria que você está com ciúmes. - Mary Margaret comentou com um sorriso de canto.

Emma arregalou os olhos e deixou cair uma faca com a qual estava brincando, enquanto Regina abriu a boca umas duas vezes antes de conseguir responder.

– Qualquer um que te escutasse agora, Mary Margaret, diria que você tem problemas mentais. -a prefeita respondeu e fingiu pensar um pouco antes de completar com um sorriso debochado:

– Ah, é. Você fala com animais.

David passou o braço em volta da esposa, pedindo silenciosamente que ela não respondesse.

– O que importa é que ele já está convidado. E já deve estar chegando.

Como se Charming tivesse ensaiado a hora exata de falar, a campainha tocou. Snow abriu a porta para um Hook sorridente. Ele caminhou até a mesa, parando em frente de Emma que estava completamente distraída.

– Boa noite, Swan. - Ele cumprimentou com um sorriso sedutor que demorou a captar a atenção da xerife.

– Ah, oi. - A loira sorriu sem jeito, sem sequer se esforçar para ser mais simpática. Hook não se abalou e cumprimentou os outros antes de se sentar à frente de Emma. Ele piscou para ela, que prestou mais atenção na reação de Regina do que na dele: a morena revirou os olhos e fechou as mãos com força embaixo da mesa, parecia pronta para matar alguém. Interessante, a xerife pensou, arqueando uma sobrancelha.

Emma ainda estava refletindo sobre observação que sua mãe fizera. Regina tinha ciúmes. Era óbvio! Isso explicava o comportamento dela com Hook. E com Neal. Talvez até com Graham. Regina morria de ciúmes, concluiu reprimindo um sorriso.

– Ótimo, o pirata chegou. - Emma escutou a rainha ao seu lado falar impaciente. - Podemos comer agora?

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Emma sorriu aliviada ao ver sua mãe servir as sobremesas. Haviam conseguido sobreviver ao jantar, apesar dos olhares de Hook e das insinuações estranhas que Snow lançava para ela e Regina. Agora era só comer os doces e fugir para o refúgio que a Mansão Mills havia se tornado para ela.

Com sorte, ainda ficaria conversando com Regina enquanto esta fingiria estar lendo um livro antes de dormir. Até a hora que a morena reclamaria que seu quarto não é hotel e mandaria a xerife para sua própria cama. Emma sorriu só de imaginar, adorava quando faziam isso. Bem, isso e todas as outras coisas que faziam delas o mais próximo do que chamaria de amigas. Mas ainda teria que esperar um pouco.

– Torta de maçã, Regina? Isso é sério? - Snow reclamou, fazendo Emma despertar de seus devaneios. Ela se virou para o lado e viu Regina dar um sorriso debochado.

– Talvez o Capitão queira um pedaço. - a prefeita disse com veneno na voz e Emma reprimiu a vontade de rir.

– Talvez. - Hook disse, se servindo de um pedaço da torta. - Mas só se você dividir comigo, Swan. - ele riu, estendendo o garfo para Emma.

– Cara, sério? - a xerife reclamou, franzindo a testa. Hook deu de ombros e recolheu o garfo, parecia não se importar. Ao contrário de Regina que revirou os olhos, cansada de aguentar aquilo. A prefeita lançou um olhar rápido para a sala onde Henry e Elsa assistiam tv e sorriu ao ver a menina se levantar e ir até ela.

– Hey, pequena. - Emma disse ao ver Elsa se aninhar no colo de Regina passando os braços ao redor do pescoço dela. - O que foi?

Elsa não respondeu, apenas afundou mais o rosto no pescoço de Regina, enquanto enrolava os dedinhos no cabelo da morena. Sinais claros de que estava com sono.

– Els, sabe o que a mamãe Gi fez? - a xerife tentou de novo. - Torta de maçã! Você quer?

Regina e Snow riram ao ver como Elsa despertou rapidamente ao ouvir Emma.

– Sim, mamãe! - A menina exclamou em um gritinho empolgado, fazendo Emma sorrir. A xerife se levantou para pegar um prato. Ao ver Emma voltando, Elsa bateu palmas empolgada, ao que Snow reagiu com um sonoro 'awn'.

– Você sabe que ela não deveria comer isso, não sabe, senhorita Swan? - Regina advertiu enquanto via Emma cortar um pedaço de torta. A xerife revirou os olhos.

– Você sabe que você é muito chata, não sabe, Regina? - a loira retrucou e deu de ombros antes de completar. - Maçã é saudável.

– Não, Emma. Essa receita tem muito açúcar. - a morena insistiu.

– Você tá precisando de um pouco então. Pra ver se te adoça. - Emma disse em voz baixa mas sorriu com falsa inocência ao ver Regina arquear uma sobrancelha para ela. As duas escutaram a risada de Snow e se viraram para ela ao mesmo tempo. A professora encolheu os ombros e sorriu.

– Não me olhem assim. Vocês são uma graça. - Mary comentou, ignorando o olhar de reprovação que recebeu do marido.

– Eu disse! - Henry gritou da sala, embora não tirasse os olhos da tv.

Emma sentiu seu rosto queimar e se calou, de repente muito concentrada em ajudar Elsa a comer. Regina piscou algumas vezes, sem reação aos comentários. Poucas eram as coisas que deixavam a rainha sem palavras daquele jeito. Antes que pudesse responder, Hook falou.

– Swan, posso falar com você? - ele pediu, já se colocando em pé. Emma olhou para Regina hesitante e Gancho deu um sorriso debochado ao ver aquilo. - Precisa de permissão?

Emma se levantou, dando uma risada sem humor. Estava começando a se perguntar o que via naquele homem até semanas atrás. A loira o seguiu até um canto da cozinha, mas não sem antes olhar para trás e ver que Regina os observava disfarçadamente.

– Espero que seja importante. Eu estava ocupada. - Emma disse tentando não ser grossa. O capitão deu de ombros.

– Só queria saber o que está rolando entre você e a Rainha esquentadinha ali.

Emma franziu a testa, torcendo para ter entendido errado. Qual era o problema de todo mundo, afinal? Provavelmente uma maldição estava deixando todos loucos e ela era imune. Só podia ser isso. Não era possível que ela estivesse sendo tão transparente assim, era?

– O que está rolando entre a gente é o seguinte: temos que criar duas crianças juntas e isso nos obriga a ser amigas. Nada demais. - respondeu de uma vez só e com um sorriso tranquilo no rosto.

Hook estreitou os olhos e esperou, mas quando Emma se manteve numa postura inabalável, ele deu um passo à frente.

– De qualquer forma, estarei aqui quando você cansar, love. - Emma cruzou os braços, sem entender o que ele quis dizer. A xerife escutou Elsa chamando por ela ao longe, mas estava concentrada demais na conversa.

– Me cansar? - perguntou, tentando não se irritar tanto com o tom de voz dele, embora fosse difícil.

– Quando se cansar de brincar de casinha com Regina, eu vou estar esperando. - disse de forma sedutora, passando o Gancho em uma mecha de cabelo dela.

Emma sentiu seu estomago embrulhar, e se perguntou qual foi o momento exato em que começou a ter aversão ao pirata. A loira respirou fundo, resistindo à vontade de responder, e se virou na direção de Elsa que chorava desesperadamente no colo de Regina.

– Não se preocupe, senhorita Swan. - Regina disse séria, sua voz transbordando raiva. - Vou levar as crianças. Assim você pode conversar mais a vontade com esse aí.

– Regina... - Emma chamou, revirando os olhos, mas não teve resposta. Regina chamou Henry e acenou com a cabeça para Snow e Charming, que assistiam em silêncio, antes de sair batendo a porta do apartamento.

– Sério, Killian? Qual é seu problema? - A xerife reclamou irritada, indo atrás da prefeita.

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Regina ainda estava na escadaria do prédio quando escutou os passos atrás de si. Não precisou se virar para saber quem era.

– Não sei porque, mas algo me dizia que você viria atrás de mim. - a morena falou, parando subitamente nos degraus. Ainda de costas para Emma, ela apenas escutou quando a xerife desceu a escada, se aproximando mais dela.

– Porque é o que eu sempre faço. - disse em voz baixa. Regina forçou uma risada alta ao se virar para a loira.

– Sim, você sempre faz isso, Swan. Você estraga tudo e depois me segue, não é? Acha que pode consertar tudo que está errado, mas não pode.

Emma franziu a testa, sem entender ao que ela se referia exatamente. Ela olhou para Henry e Elsa que assistiam a discussão em silêncio, e notou os olhos da menina marejados.

– Hey, garoto. - a xerife chamou, jogando a chave para Henry que pegou o objeto no ar. - Porque você e a pequena não esperam lá no carro? Sua mãe e eu já vamos.

O menino assentiu e saiu, de mãos dadas com Elsa. Regina os acompanhou com o olhar e esperou que chegassem no final da escada antes de se virar para Emma.

– Ótimo. Agora que já se livrou dos meus filhos, o que você quer? - perguntou impaciente, cruzando os braços. Emma suspirou, já estava cansada de discutir antes mesmo de começar.

Nossos filhos. E eu só não quero que eles vejam a gente discutindo assim. A Els tava nervosa. - corrigiu séria. Regina negou com a cabeça e deu um passo para frente.

– Não, Emma. A Elsa estava nervosa desde o momento em que o maldito pirata te chamou pra conversar. Mas é claro que você estava ocupada demais para notar.

– Qual é seu problema com Hook, afinal, Regina? Porque não fala de uma vez? - a loira implicou, aumentando o tom de voz. Regina sorriu debochada.

– Muitos. Mas tenho que admitir que mesmo bêbado, ele tem razão sobre você.

Emma também cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha, de forma desafiadora.

– Como é que é?

– Vamos falar bem claro aqui, senhorita Swan: Você só está nessa, só está brincando de casinha porque ainda se sente culpada. - a ênfase que ela deu na expressão fez Emma revirar os olhos.

– Culpada por..?

Regina bufou irritada. Era incrível como aquela Salvadora conseguia tirá-la do sério.

– Por ter arruinado minha vida, Swan. - ela disse pausadamente. - Você acha que embarcar nessa loucura comigo vai aliviar sua culpa por ter magoado alguém, mas não vai. Esse é o único motivo pelo qual está fazendo isso, não sei como não enxerguei antes. - ela riu, mas Emma viu seus olhos brilharem com algumas lágrimas.

– Você estragou tudo, Emma. Não adianta se livrar da culpa. Não precisa continuar com isso, não vai dar certo.

Regina esperou Emma responder, se defender das acusações, mas ela não o fez. A xerife ficou parada encarando a morena, sem saber o que dizer. Sua esperança era que no fundo, Regina não acreditasse no que estava dizendo.

– Você sabe que isso não é verdade. - a loira disse, por fim, quase num sussurro. Regina sorriu tristemente.

– Não venha atrás de mim dessa vez. - pediu, antes de desaparecer em uma fumaça roxa. ==================================================================================

Depois de passar rapidamente pelo quarto de Henry e ver que ele e Elsa estavam bem, Emma se dirigiu até o quarto de Regina. Tomou um pouco de fôlego antes de entrar e dar de cara com a morena encarando o próprio reflexo no espelho. Seu nervosismo só aumentou ao ver a rainha gemer de frustração e raiva ao perceber sua presença.

– O que eu preciso fazer para você me deixar em paz, Swan? - sua voz era quase suplicante, e então séria ao ordenar: - Vá embora.

– Eu sou uma idiota. - Emma disse de repente, pegando Regina de surpresa.

– Finalmente uma coisa que podemos concordar. - cortou fria, como costumava fazer toda vez que estava nervosa. Emma ignorou e continuou.

– Eu sou uma idiota porque já fiz isso antes.

– Me irritar? Sim, você já fez. - Regina acusou, numa segunda tentativa de evitar qualquer que fosse o assunto. Emma não se abalou. Estava acostumada com o sistema de defesa de Regina e isso não a faria desistir. Não dessa vez.

– Não, quando eu era mais nova, uma pessoa entrou na minha vida por um tempo e eu achei nós seríamos melhores amigas. - Começou, ignorando o fato de Regina não parecer confortável com a conversa. A morena a encarava de braços cruzados.

– Então ela mentiu pra mim e eu me afastei dela por causa dessa mentira. Ela me pediu pra perdoar, mas eu não perdoei. - a loira falava rápido e gesticulava, ansiosa. Estava ali de coração aberto e torcendo para que Regina entendesse. - Levou um tempo e eu percebi que foi um erro, e me arrependi do que fiz, mas aí já era tarde, o mal já estava feito.

Emma baixou a voz para quase um sussurro antes de falar, Regina esperou em silêncio.

– Eu não quero cometer o mesmo erro de novo, Regina. - a prefeita descruzou os braços, e Emma quase sorriu ao perceber como o olhar dela se suavizara. A morena estava confusa, não entendia onde a xerife queria chegar.

– Morando em Storybrooke eu tenho meu filho e tenho meus pais. E eu os amo. Mas eles não podem me entender sempre. - confessou. - Eles não sabem o que é se sentir rejeitada e incompreendida. Não do jeito que eu sei, não do jeito que você sabe. De algum jeito isso nos faz, não sei... Únicas. Talvez até especiais.

Regina baixou o olhar e colocou as mãos no bolso da jaqueta, completamente desarmada. Tentou manter a postura séria, e torceu para seu olhar não a traísse. Emma percebeu como o discurso estava mexendo com ela e isso a incentivou a prosseguir.

– Quando me juntei a você para cuidar da Elsa, eu não estava procurando um jeito de me livrar da culpa. Eu estava procurando um jeito de ser sua amiga.

Regina piscou, absorvendo aquilo. Emma esperou ansiosa, enquanto a morena parecia pensar no que dizer.

– Você pensou que éramos amigas? - A voz da rainha era um misto de surpresa e insegurança. Emma deu de ombros e sorriu sem jeito.

– Loucura, né? - a xerife suspirou. - Eu só... Eu achei que fosse possível. E eu não vou parar de tentar. - disse decidida. Regina sentiu seu coração acelerar. - Mesmo que você continue querendo me matar.

O silêncio que se seguiu foi tão perturbador que Regina podia ouvir seus batimentos cardíacos martelar em seus ouvidos. Viu a loira se virar e ir em direção a porta. Não podia deixá-la ir embora.

– Emma, espera. - chamou. Emma voltou, dando alguns passos à frente. Seu corpo poderia explodir a qualquer momento de tanta ansiedade.

– Eu não quero te matar. - Regina admitiu, revirando os olhos da forma mais teatral possível. Emma deu um sorriso radiante ao ouvir aquilo. Sabia que era o mais próximo de um "também gosto de você, quero ser sua amiga" que conseguiria no momento. E aquilo era o suficiente para ela.

– Viu? - a xerife, disse, encolhendo os ombros. Chegou mais perto de Regina. Perto demais. - Isso já é um começo.

Regina arfou, sentindo o ar faltar. Talvez pela proximidade de Emma, talvez por nunca ter visto a loira sorrir daquele jeito para ela, ou para qualquer pessoa. Repassou as palavras de Emma em sua cabeça e sorriu também. Mesmo com seu jeito irritante, a xerife era a única pessoa que a fazia sentir-se especial.

Emma reparou quando o olhar de Regina se alternou entre o seu próprio e sua boca. A xerife quase perguntou se era possível ouvir seu coração disparado, mas imaginou que a resposta seria um sim.

A voz de Emma ecoou novamente na cabeça de Regina: Isso já é um começo.

Elas estavam perto demais. Um passo, e a pequena distância entre seus lábios acabaria. Regina não precisou pensar duas vezes antes de sorrir brevemente e dar esse passo.


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Notas finais do capítulo

não me matem. XD até o próximo, não deixem de comentar ;)