Apaixonada por Acaso escrita por Chocolatra


Capítulo 32
A Carta


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Agora estou demorando um pouco para postar, porque não estou tendo tempo, me perdoem!
Boa leitura.



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6 meses depois

–Então gente essa é a minha amiga Caroline – digo apresentando Caroline aos meus amigos de Nova York. Estamos em um restaurante.

Todos se apresentam.

–Sou Peter.

–Eu sei – diz ela.

Encaro-a, ela balança os ombros como “o que é que tem?!”.

–Então o que vocês faziam em Mystic Falls? – pergunta uma amiga minha.

–Muitas coisas – diz Caroline.

–Mas conta algo bem marcante.

Caroline pensa.

–Ah não sei...

–Tá então conte sobre os garotos.

Fico desconfortada. Caroline percebe e segura minha mão.

–Bom, meu namorado conheci na minha viagem de formatura – diz Caroline.

–Sério? Nossa!

–Sim, e estamos juntos até hoje.

–Hum... E você Lena? Nunca nos contou sobre seus ex-namorados.

Flashback

Ele me puxa pela a cintura que me faz perder o ar, quando ficamos bem próximos um do outro.

Começamos a dançar novamente, um olhando para o outro, mas encosto meu rosto em seu ombro, para evitar beijos. Mas ele se aproxima do meu ouvido e diz:

–Hoje você está mais linda do que os outros dias, como consegue?

Dou uma risada e olho para ele.

–Não sei, talvez seja meu natural – digo ironicamente.

Nós dois rimos.

–Você é meio convencida não acha?

–Talvez – sorrio.

Rodopiamos pelo o salão, um olhando fixamente para o outro, com uma cara de “quero te beijar!”.

Passam-se horas, e continuamos a dançar, sem contar que eu estava rindo muito com o que ele dizia.

–Nossa! Já passa das 3 horas da manhã – digo.

–Verdade – diz ele surpreso.

–Acho que vou subir, estou exausta.

–Tudo bem, te acompanho – subimos os lances de escadas, até chegar á porta do meu quarto.

–Bom chegamos – digo virando para ele.

–É...

–Obrigada pela a noite de hoje, foi inesquecível.

–Que ótimo que gostou, porque eu também gostei.

–Vou entrar boa noite – seguro a maçaneta para abri-la, mas ele segura minha cintura e me puxa contra si.

–Não posso ir embora sem isso – ele encosta seus lábios nos meus, nos beijamos apaixonadamente, ele toca minha costas levemente e sobe e desce sua mão nela.

Olho para ele, mordo o lábio.

–Boa noite – diz ele sorrindo e indo em direção do seu quarto.

–Elena? – chama Vanessa.

–Que?

–Vai nos contar?

–É... Hã...

–Vem comigo – diz Peter segurando minha mão e levantando.

Levanto junto.

Ele me leva para a uma pista de dança que tem no restaurante.

–O que está fazendo? – pergunto indo atrás dele.

–Te tirando de lá – ele chega no meio da pista, me puxa, fazendo meu corpo grudar no dele.

Ele começa a dançar e eu o acompanho.

–Para me tirar de lá precisava de tudo isso?

–Também quero te distrair... Porque pela a cara que você fez, você lembrou de alguém né?

Suspiro.

–É...

–Então esqueça – ele sorri.

Fico encantada com o jeito que ele lida comigo, mesmo gostando de mim, entende que estou apaixonada por outro cara e ainda me ajuda com isso. Ele é incrível!

Rodopiamos pelo o salão.

–Como consegue ter tanta paciência comigo? – digo sorrindo.

–Porque eu te... – diz olhando para mim.

Por favor, não diga essas palavras.

–Por que eu me importo com você – ele acaricia meu rosto – e faria tudo por você.

Fico quieta, só olhando para ele.

Ele solta um sorriso bobo.

–O que foi?

–É que você me olhando assim... Voce é tão linda.

Sorrio. Encosto minha cabeça em seu ombro e fecho os olhos, tento me concentrar nesse momento. Ele me deixa tão feliz e tão bem... Ele é como uma ancora, sem ele meu mundo desabaria tudo de novo.

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–Voce deveria ficar mais tempo – digo deixando Caroline no aeroporto.

–Queria tanto... Mas preciso ir.

Sorrio e abraço. Começo a chorar, ela também.

Ela se afasta.

–Quero que me prometa que não voltará para Mystic Falls – diz ela.

Não entendo.

–Como assim?

–Eu vi o quanto você está feliz aqui... Lá eu só a via chorando e sofrendo, mas aqui eu vi você sorrir e se divertir... E aquele cara o Peter, fica com ele, ele gosta de você e sei que fará você feliz... Afinal eu vi vocês dois na pista de dança – ela faz uma cara de malicia.

Começo a rir, e dou um tapa nela.

–Não faz essa cara!

Sorrio.

–Obrigada, Car.

Ela sorri.

–Se cuida... Eu te amo.

–Também te amo.

Ela dá um sorriso e anda para embarcar, olha para trás e faz um tchau com a mão, faço o mesmo.

7 meses depois

Chego no apartamento e vejo uma caixa em cima da mesa.

–Chegou isso para você, veio de Mystic Falls – diz Jeremy sentado no sofá.

Pego a caixa e a levo para o meu quarto.

Abro-a e vejo uma carta, a pego e a abro.

Elena, queria ter te enviado isto no natal, mas eu não sabia o seu endereço, então estou enviando agora, no mês de fevereiro. Já faz 7 meses que você foi embora e a falta que eu sinto de você é grande. Todos os dias choro lembrando os nossos momentos, lembrando do seu lindo sorriso, da sua risada engraçada e do seu jeito de me olhar.

A última vez que nos vimos foi o melhor momento da minha vida e quando acordei... Tudo desabou! Vi você dentro de um carro, indo embora. Naquele momento eu pensei: eu a perdi para sempre. E eu desabei. Te liguei milhares de vezes, mas nunca me atendia, me embebedava e acordava no outro dia com uma forte dor de cabeça, e sem você. Me isolei te todos que eu amo, do meu irmão, da Caroline, dos meus amigos... Porque a única pessoa que eu queria ver e falar era com você. Acabei transando com mais de 20 mulheres, pensando que elas poderiam me fazer esquecer de voce, ou até mesmo amenizar a dor de voce partir, mas eu estava errado.

Voce pode ter falado que você ir morar ai seria melhor para nós dois, mas não é! Pode ter sido para você, mas para mim foi uma destruição total! Elena, você não sabe o que eu fiz quando você foi embora, me destruí até não poder mais... Mas eu tinha as pessoas que me amava e então me ajudaram. Hoje estou bem melhor, não estou fazendo as babaquices que eu fazia, mas ainda sofro por você, porque EU TE AMO, e se você não sente o mesmo me diga, me responda e diga que não sente o mesmo, que eu irei tentar seguir minha vida... Mas se você ainda sente o mesmo volte para mim, estou te esperando desde que você se foi... Quero pelo menos uma resposta, você me deve isso!

Eu te amo e não importa o que aconteça, eu sempre irei te amar.

Stefan.

Encharco a carta inteira, por eu ter chorado desde a primeira palavra, até a ultima. Meus sentimentos estão em pedaços, meu coração dói de tanta tristeza e não consigo parar de chorar e soluçar. Essa carta derrubou tudo o que eu tinha construído até hoje, tudo foi embora e meu passado voltou à tona.

Solto a carta na cama e olho dentro da caixa. Retiro várias fotos minha e do Stefan, e cada uma delas me faz chorar mais, e mais... E no final da caixa eu vejo... O colar.

O pego e fico observando-o, enquanto minhas lágrimas o molham. Deito na cama, abraço o colar e choro, até cair no sono.

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–Elena! – grita Jeremy entrando no quarto.

Abro os olhos lentamente.

–Voce está atrasad... – ele olha em volta – o que é tudo isso?

Sento-me na cama, ainda preguiçosa, olho em volta.

Ele se aproxima da cama e vê as fotos.

–Não me diga que ele enviou tudo isso.

Concordo com a cabeça. Meus olhos enchem de lágrimas.

–Não, não chora – ele senta ao meu lado e me abraça – que desgraçado.

–Eu sei.

–Precisa superar isso... Se não vai acabar ferrando com a sua vida de novo.

–Eu sei... Estava dando tudo certo, até noite passada... Recebi tudo isso, é como se eu voltasse ao meu passado.

Ele suspira. Me solta e se levanta.

–Quer que eu jogue tudo no lixo?

Penso.

–Não... Vou guardar e quando eu souber o que fazer com tudo isso, eu faço.

–Se quer desse jeito.

Concordo com a cabeça.

–Vou indo para o trabalho... Não quer carona?

–Não vou para a faculdade.

–Tudo bem – ele fecha a porta.

Recolho todas as fotos, a carta e o colar. Guardo em uma das gavetas da minha cômoda, deito na minha cama e tento relaxar.

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Meu celular toca.

–Alô?

–Lena? – escuto a voz de Peter.

–Oi – um sorriso instantaneamente aparece no meu rosto.

–Aconteceu alguma coisa? Você não foi para a faculdade.

Contar a verdade ou não? É melhor não contar, eu e ele estamos indo tão bem, e não estragar tudo.

–Eu passei mal... Mas estou bem.

–Quer que eu vá ai?

–Não... – penso bem – quero.

–Ótimo, já estou indo – vejo um animo em sua voz.

–Estou te esperando.

Desligo.

Tomo um banho, me arrumo e sento no sofá. Sim eu me arrumei para ficar em casa! Sei lá, ele meche comigo, me sinto muito bem quando estou com ele... Talvez eu sinta algo por ele.

Toca a campainha, atendo e o vejo com seu lindo sorriso.

Abraço-o. Fecho os olhos e conforto-me em seus braços.

–Está tudo bem? – pergunta.

–Está tudo ótimo.

Afasto-me, abro espaço para ele entrar.

Fecho a porta.

Sentamos no sofá da sala.

–Então você passou mal?

–Fiquei bem enjoada, então achei melhor não ir.

–Sim, vai que piorasse.

–É... Teve algo bem difícil?

–Mais ou menos – ele faz uma careta.

Reviro os olhos.

–Sério?

Ele concorda com a cabeça.

–Mas posso te ajudar.

–Ah... Então ótimo!

Ele sorri.

Sorrio. Ficamos nos olhando.

Preciso apagar tudo, preciso esquecer o Stefan de vez, e talvez isso me ajude.

Começo a me aproximar dele e ele faz o mesmo.

Toco minha mão em sua bochecha...

–Cheguei – diz Jeremy entrando.

Afasto-me rapidamente dele.

–Oi – digo.

–Oi – ele olha para o Peter – temos visita?

–É – digo.

–Comeu alguma coisa? – pergunta ele.

–Não...

–Querem pizza?

–Não... Peter vai me passar o que teve hoje na faculdade – digo.

–Ah então não vou atrapalhar – ele vai para o seu quarto.

–Então por onde começamos? – pergunto.

8 meses depois

–O que acha? – pergunto a Peter.

–Esse apartamento é perfeito para você – diz ele.

Estou tão feliz, consegui comprar meu próprio apartamento e já consegui decora-lo.

–Então como pretende estrear? – pergunta ele.

–Um bom filme e conversa com o meu melhor amigo – digo.

Ele sorri.

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–... E eu escondia tudo, ai meu irmão tomava a culpa e ficava de castigo – digo para Peter.

Rimos.

–Voce era uma criança bem levada.

Estamos sentados no sofá do apartamento, Peter com o braço em volta de mim, acabamos de assistir um filme e já estamos conversando a um bom tempo. Desde aquele dia que quase rolou um beijo, nunca mais tentamos e nem falamos sobre isso.

–Sim, eu adorava ver ele se ferrar – digo rindo.

Ele ri e fica sério.

–O que foi? – pergunto.

–É que eu venho escondendo uma coisa de você... E acho que eu deveria te contar.

–O que é?

–Lembra daquele dia que você se embebedou, e eu te levei para casa...

–Sei.

–Eu disse que não rolou nada, mas eu menti.

–O que?! – como assim rolou alguma coisa? Não acredito que ele fez algo comigo, enquanto eu estava bêbeda e inconsciente.

–Voce me disse que me amava... E eu já sentia algo por você...

–E?

–Nos beijamos.

–Como é que é?! – levanto-me do sofá – você acreditou no que eu disse? Peter, eu estava bêbeda!

–Só não rolou nada a mais, porque você ficou com dor de cabeça.

–Não acredito nisso!

Ele se levanta e me segura.

–Me desculpa...

Dou um tapa na cara dele.

–Eu estava bêbada e mesmo assim ia transar comigo?! Como pode fazer isso comigo?!

–Elena...

–Não tenta se explicar! Voce é nojento, Peter! Tentou se aproveitar de mim! – empurro-o.

–Por favor, não...

–Pensei que você era o cara que eu sempre procurei, mas agora percebi que é igual aos outros! – começo a chorar.

–Por favor, Elena tenta... – ele se aproxima, eu me afasto.

–Sai daqui! Sai daqui!

–Não faz isso... – lágrimas escorrem pelo o seu rosto.

–Sai! – empurro-o.

Ele me dá as costas e vai embora.

–Não acredito nisso! – grito, caio de joelhos no chão e choro mais.

E novamente um cara me machucou.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam? Será que Elena pode voltar para Mystic Falls por causa da carta? É o fim do casal Elena e Peter? Contem o que acharam, beijos!



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