Apaixonada por Acaso escrita por Chocolatra


Capítulo 21
Planos


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meus amores.



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O que falar da minha última desde que tudo aquilo aconteceu? Acho melhor começar a falar como eu estava: chorando; ligando e enviando mensagens para o Stefan e ele nunca respondia; chorando. Sim eu estava em uma depressão tremenda, sei lá, sei que já brigamos uma vez e fiquei muito mal, mas desta vez está pior, a dor foi triplicada, parece que estou sendo corroída por dentro. Ai vocês se perguntam, como ele estava agindo comigo, quer saber como? Friamente! Nem olhar na minha cara ele olhava muito menos dirigir uma palavra, isso dói, dói muito!

Hoje eu decidi que preciso resolver isso, tentando falar com ele pessoalmente, já que pelo o telefone não adianta! Juro que liguei milhões de vezes, mas nada.

Desço as escadas com a bolsa da faculdade no meu ombro, passo pela a cozinha e minha mãe me chama.

–Elena!

Volto para a porta da cozinha.

–Já vai para a faculdade?

–Sim, é que... Eu tenho um trabalho, preciso resolver algumas coisas – minto.

–Ah... Não vai comer nada?

Vou até o balcão e pego uma maçã.

–Vou levar isso – digo mostrando a maçã viro em direção da porta e saio.

Entro em meu carro e caminho até a casa dos Salvatore. Durante o caminho ficava me perguntando se isso é o certo a fazer, chegar lá e dizer: “Precisamos conversar”, nem sei o que dizer para ele, com certeza ele está muito magoado. Mas o meu maior medo é: piorar tudo.

Paro o carro em frente da porta, fico alguns minutos sentada, tentando tomar coragem. Saio do carro e caminho até a porta, respiro e toco a campainha. Espero, espero, espero... Desisto. Viro-me e saio andando, escuto o barulho da chave rodando na tranca da porta, viro-me em direção da porta, sem sair do lugar.

A porta vai abrindo, até ver um homem de olhos verdes, sem camisa e de toalha. Deus porque faz isso comigo?! Já não basta eu estar apaixonada por ele e arrependida, ainda faz isso? Ele encontra meus olhos e ficamos nos olhando por alguns segundos.

–Meu irmão não está – diz quebrando o silencio.

–Não vim falar com seu irmão – estranho.

–Então com quem? Pelo o que eu saiba você e os meus pais não conversam muito.

Encaro-o e ele fica esperando por uma resposta.

–Stefan... – olho de cima a baixo, esse corpo maravilhoso, depois volto para seus olhos e percebo que ele me viu olhando para ele daquele jeito, meu rosto queima de vergonha – vim falar com você.

–Por quê?

–Sabe que temos uma conversa pendente.

–Temos? Não sabia.

–Sim, temos! Não terminamos aquela conversa.

–Elena, não tenho mais nada a falar com você, já conversamos e esclarecemos as coisas, não te devo nada e nem você deve a mim. Então acho que está enganada.

–Não estou.

–Sinto muito – ele vai fechando a porta devagar, corro até ela e a seguro para ele não fechar.

–Stefan... – digo somente.

–Elena, tchau – diz e fecha a porta.

Fico parada em frente a porta, paralisada, meus olhos enchem de lágrimas, tento conte-las, mas não adianta. Volto para o meu carro lentamente. Entro e fico sentada, pensando em cada palavra dele, na sua frieza ao falar comigo. Olho a janela de seu quarto, em esperança dele estar lá, me olhando, mas não. Ele passa em frente à janela e abre o guarda roupa que é ao lado dela, fico admirando-o, até eu ver uma coisa que eu nunca, NUNCA, gostaria de ver. Katherine. Ela enrolada em um lençol, aparece atrás dele, coloca suas mãos nos ombros dele e faz uma massagem, ele se vira para ela, a puxa pela a cintura e se beijam. Desvio meu olhar da janela e agora sim, começo a chorar de verdade, chorar muito.

Não acredito que ele transou com ela! Transou com ela na mesma cama que eu e ele transamos. Isso me machuca tanto! Uma explosão de sentimentos passa pelo o meu corpo, raiva, ódio, ciúmes. Mas os piores são: mágoa, culpa e tristeza.

Ligo o carro e o dirijo até a faculdade, estaciono e vejo Caroline e Bonnie conversando. Saio do carro e vou até elas.

–Oi – digo e cumprimento-as.

–O que aconteceu? – pergunta Bonnie.

–Como assim?

–Lena, seu rosto está machado de maquiagem e parece que você chorou, chorou muito – diz Caroline.

Conto tudo á elas, cada detalhe e elas como sempre, dão os melhores conselhos do mundo.

–Pelo jeito ele quer seguir em frente – diz Bonnie.

–Se fosse pelo menos com outra pessoa – digo.

Escuto o barulho de um motor de carro, olho para trás, carro do Stefan.

Ele sai e abre a porta para Katherine sair, ela sai e dá um selinho nele.

–Como meu namorado é fofo – ela diz.

–Ah não! Não me chama de fofo – ele faz uma careta para ela.

–Por quê?

–Nunca chame um cara de fofo, não é legal – eu e ele dizemos ao mesmo tempo.

Ele olha para mim e olho para ele. Vejo em seus olhos que ele se lembrou daquele dia, do dia em que dormimos juntos, que acordamos um ao lado do outro, que ele me deu o anel, que eu fiquei o chamando de fofo. Percebo que aquelas memórias o machucam, ele volta a olhar para ela.

Ela ri.

–Agora vou te chamar de fofo a todo instante.

–Por favor, não.

–Para de ser chato, deixa vai! – diz com voz manhosa.

–É que esse apelido me lembra de lembranças... Que eu não gostaria de lembrar – ele olha novamente para mim.

Vejo lágrimas em seus olhos, querendo descer. Meu coração aperta.

–Calma, não precisa chorar – ela seca uma lágrima que desce em seu rosto – prometo que não vou ok?

Ele sorri.

Ele dá a mão para ela e eles saem.

Abaixo a cabeça e choro, que acabo cambaleando em cima de Bonnie e Caroline.

–Lena, calma – diz Caroline.

As duas me levam até um banco próximo, me sento e choro mais.

–Ele disse... Que... – digo soluçando – Não gostaria de se... Lembrar!

As duas me abraçam ao mesmo tempo, ficamos as três abraçadas e eu chorando muito.

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Já se passaram longos três meses, os mais terríveis da minha vida. Tive que ver todos os dias, Stefan e Katherine, se beijando, se abraçando, trocando olhares e sorrisos, isso me machucou e me machuca tanto. Ainda mando algumas mensagens para ele, mas não como antes, estou desistindo.

Toca o sinal para a saída.

Levanto-me e saio com as minhas amigas.

–Hoje eu vou jantar com a família do Klaus, eu sei que já jantei algumas vezes, mas estou super nervosa – diz Caroline. Fico tão feliz que ela está se dando bem, todos os dias sorrindo e feliz, principalmente quando ela o encontra, seus olhos brilham.

–Não fique você disse que eles gostam de você – diz Bonnie.

–Pelo menos eu acho – diz ela.

–Aquele irmão dele, ainda dá em cima de você? – pergunto.

–Xiu! – ela me olha – se o Klaus souber ele vai causar uma confusão.

–Então ainda continua – diz Bonnie.

–Sim... Não entendo o Kol, ele é irmão do Klaus! – diz Caroline indignada.

–Talvez eles não tenham uma boa convivência – digo.

–É... O Klaus fala sobre todos os seus irmãos, menos do Kol.

Meu celular recebe uma mensagem, o pego e leio.

“Oi Lena, acabei de chegar em Mystic Falls, estou muito ansioso para te ver, estou com tantas saudades, tenta depois da faculdade vir para casa, estou te esperando, te amo.”

Engulo seco, olho para Bonnie.

–Pergunta para ele – diz Bonnie.

–Eu não! Vai que ele desconfie de algo.

Bonnie vê que estou olhando para ela.

–O que foi? – pergunta ela.

–Recebi uma mensagem – digo.

–Do Stefan? – pergunta Caroline.

–Não, do Jeremy – olho para Bonnie.

Sua cara fica séria.

–O que ele queria? – pergunta Bonnie.

–Ele acabou de chegar em Mystic Falls.

Vejo o desespero em seus olhos, lágrimas escorrem imediatamente pelo o seu rosto.

–Bonn, calma – digo.

Ela continua em choque.

–Ela vai ter um troço! – diz Caroline desesperada.

Ela fecha os olhos.

–Tem certeza? – pergunta.

–Sim, ele não mentiria.

Ela respira.

–Estou bem, é só o meu ex que eu ainda não superei.

Ela já está a mais de cinco meses sem o vê-lo, mas sempre chora e pensa nele.

Suspiro.

–Sinto muito, eu nem sabia...

–Lena, ele é seu irmão, você precisa vê-lo, eu sabia que algum dia isso iria acontecer.

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Saio do carro e entro em casa, olho para a sala e vejo Jeremy, jogado no sofá com um terno assistindo TV.

–Oi – digo.

Ele olha para mim, se levanta rapidamente e dá um sorriso.

Corro até ele e o abraço, um abraço bem apertado e reconfortante.

–Que saudades – digo.

–Também senti.

Me solto dele e olho para seu terno.

–Nem dá para ter reconhecer nesse terno.

Ele ri.

–Fiquei com preguiça de tirá-lo.

Sorrio.

–Que bom que está aqui – abraço-o novamente.

–Faz alguns meses que eu sai de casa e você mudou tanto – diz ele.

–Você também, se tornou mais responsável – digo.

Ele solta um suspiro.

–Não sei se deveria perguntar isso, mas vou perguntar. Como está a Bonnie?

–Bem mal.

Vejo culpa em seus olhos.

–Sinto tanta falta dela.

–Ela também.

–Acho que foi a maior besteira da minha vida foi trai-la, ainda mais com a vagabunda da Katherine.

–É uma grande vagabunda – as cenas vêm em minha mente e meus olhos enchem de lágrimas.

–Ei – ele segura meu rosto – o que está acontecendo?

–Muitas coisas – digo.

Desce uma lágrima e ele seca.

–Então pode me falar.

Sorrio.

Sentamos no sofá e começo a contar toda a história do Stefan. Como nos velhos tempos, nós dois unidos, contando um para o outro seus problemas.

POV Bonnie

São 20h00min horas e já estou no Mystic Grill, não é fim de semana, mas preciso afogar minhas lágrimas depois de receber uma noticia daquela.

Sento-me na cadeira do balcão. Matt se aproxima.

–O que vai querer? – pergunta.

–Whisky.

–Afogando as lágrimas no meio da semana? – ele pergunta enquanto prepara a minha bebida.

–Você não souber da novidade?

–Não – ele me entrega o copo.

–Jeremy está na cidade.

Ele me olha assustado.

–Pois é – digo e dou um gole.

–Quer um ombro amigo?

–Não, acho que hoje a única coisa que eu preciso é beber e ficar sozinha.

Ele concorda com a cabeça.

–Saiba que eu estou aqui, sempre.

Olho para ele e ele me olha profundamente. Desvio o olhar e volto a beber.

–E aqui está Bonnie Bennett – reconheço a voz.

–E aqui está Damon Salvatore – digo olhando para ele.

–Um Whisky – pede e olha para mim – hoje não é fim de semana, o que aconteceu para estar bebendo?

–Jeremy está na cidade.

–O que?! Nossa! Essa foi uma noticia pesada.

–Você acha que eu não sei?

–Outro Whisky, para ela – pede.

–O que?

–Vou te pegar um drink, você precisa – ele dá um sorriso.

Sorrio e bebo.

Passamos algumas horas conversando e bebendo. É difícil admitir, mas Damon é um bom companheiro para conversar e desabafar.

–Eu vou indo, tchau Bon Bon – ele se levanta paga sua conta e a minha.

–O que? Não precisa pagar.

–Talvez eu precise – ele sai.

Sério cada vez mais, Damon Salvatore me impressiona, ele está mudando, não é o cara ridículo de antigamente. Tenho uma ideia.

Corro até a porta, o vejo andando.

–Damon! – grito.

Ele se vira para mim. Aproximo-me.

–Eu tive uma ideia.

–Que ideia?

–Meio idiota, mas acho que vai dar certo.

–Diz logo.

–Seria uma boa ideia eu mostrar para o Jeremy que eu superei ele né?

–Sim.

–E um bom jeito de mostrar isso é eu estar namorando.

–Vai namorar o Matt?

–Não! Queria saber se você topa namorar de mentira comigo.

–O que?!

–É uma boa ideia não?

–Sim, mas porque eu?

–Por que você que sabe de tudo, é para você que eu conto todos os meus sofrimentos por ele, e sei que você é uma pessoa boa Damon.

Ele me olha.

–Mas a Elena vai pensar que eu não a amo mais, sendo que eu a amo.

–Vou contar a verdade para ela.

Ele solta um suspiro.

–Por favor!

–Tá.

Sorrio e abraço-o.

–Obrigada – me solto dele.

–Então como vai ser?

–Tem que ser uma coisa convincente.

Ele dá um sorriso malicioso.

–Odeio quando dá esse sorriso.

–Que sorriso?

–Esse que você está na boca agora! Quer dizer que tem um plano diabólico.

Ele ri.

–Não exagere, só vou ser um namorado convincente.

–Tenho medo do seu convincente.

–Não tenha, prometo que vou me comportar.

–Quando diz isso é porque não vai.

–Como me conhece tanto?

–Te conhecendo.

Ficamos nos olhando.

Vejo Jeremy e Elena se aproximando do Mystic Grill. Congelo vendo-o se aproximar, fico olhando para ele fixamente. Como ele mudou! Está mais bonito, parece mais sério e sexy.

–Bonnie eles está se aproximando – diz Damon, mas ignoro, não consigo tirar os olhos de Jeremy.

–O que fazemos? – ele pergunta, continuo em “transe”.

–Foda-se! – ele me puxa com tudo pela a cintura, fazendo nos corpos ficarem bem próximos um do outro.

–O que... – não consigo terminar de falar, pois ele me prende na parede rapidamente, perco o folego, e me beija.

Beija-me violentamente, e sim eu gosto disso. Sua mão vai descendo das minhas costas para a minha bunda, ele aperta e eu puxo seu cabelo.

–Acho melhor a gente vir ao Mystic Grill depois – escuto a voz de Jeremy, olho rapidamente e o vejo me olhando, assustado.

–Tudo bem – diz Elena. Os dois dão meia volta.

Empurro-o.

–Precisava de tudo isso?! – reclamo.

–Tinha que ser real.

–Mas nem pra tanto.

–Não reclama que eu sei que você gostou.

Encaro-o.

–Tanto faz, mas esse plano vai continuar.

–Tudo bem.

–Boa noite – digo, dou as costas para ele e saio andando.

–Bonnie! – ele me chama.

Olho para ele.

–Estou conseguindo esquecer a Elena.

–Que ótimo – digo.

–Alguém está me ajudando nisso – ele me olha profundamente.

Arrepio-me só com o seu olhar.

Dou um sorriso e saio.


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Notas finais do capítulo

Eai?! O que acharam? Acham que o Stefan está pegando muito pesado com a Elena? Jeremy na cidade, gostaram dessa noticia? E o plano maravilhoso da Bonnie, o que acham no que vai dar? Contem-me beijos!