''Nós poderíamos ter voltado, sim poderíamos. Mas ele não quis. E eu nunca entendi o porque, até hoje não entendo... Pra mim, éramos almas gêmeas, claro, naquela época. Sim, sim, pode me chamar de 'boba apaixonada', porque eu era uma boba apaixonada por ele.

Mas a única coisa que ele fez foi quebrar meu coração.

A frase 'Há males que vem para o bem' nunca fez tanto sentido... Depois de um enorme tempo sozinha - não que eu me importasse -, eu acho que dei a sorte, muita sorte de achar...

- Hinata... - chamou uma voz atrás de si, pousou a caneta na mesa, mas antes que pudesse girar a cadeira na direção de onde seu nome foi chamado, pra ver quem era - na qual já tinha uma leve suspeita -, alguém já se encontrava do seu lado, fuçando seu caderno.

- Itachi! - ralhou Hinata, e o rapaz logo tirou a atenção do caderno e olhou para ela.

- Sim, Hina? - pergunto se fazendo de desentendido, e ela revirou os olhos. Ele logo lhe roubou um beijo. Logo se separaram, e dava pra reparar o leve rubor nas bochechas de Hinata. Ele riu e ela o acompanhou. - Vem, Hina. Vamos comer.

Ela ergueu uma sombrancelha, Itachi não era de cozinhar. Ele não sabia. Queimava até miojo! Não lhe perguntem como, quando chegou em casa a panela já estava preta e tinha fumaça por todo lado.

- Comer oque, Itachi? Você não sabe cozinhar. - ela zombou.

- Minha comida é maravilhosa! - defendeu-se ofendido. Ela o olhou de esguelha, e ele bufou. - Você venceu, pedi pizza, a sua preferida.

Ela sorriu pra ele. E se levantou, e eles foram juntos até a porta, mas ela parou subitamente e ele estranhou.

- Espera! - falou e correu até o caderno, pegou a caneta e continuou.

meu verdadeiro amor.''

Pousou a caneta do lado e fechou o caderno. Quando se virou, Itachi lhe olhava interrogativo.

Ela riu, apenas, e correu até ele.