Eu e minha foice escrita por KAWAII Chase


Capítulo 4
Não exatamente um beijo


Notas iniciais do capítulo

Antes de qualquer coisa peço um bilhão de desculpas dela demora de quase um mês para postar esse capítulo... agora vamos as explicações!
Fiquei doente três semanas atrás, e quando me recuperei escrevi três capítulos de uma vez para compensar a demora, mas com uma p*** queda de energia de teve no meu bairro acabei perdendo todos, pois não tinha exatamente salvo eles. Sendo assim, fiquei bastante deprimida e quase sem vontade de continuar a fic.
.
..
...
Quero agradecer os cometários que me inspiraram a continuar, especialmente o comentário da "Mina dos Yaoi" *--* Arigatou! E ARIGATOU pelos favoritos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/541221/chapter/4

Soul e eu andávamos sem um pingo de pressa. Não queria me concentrar em nada se não no trabalho que estávamos a efetuar, mas era difícil... não conseguia, por mais que tentasse – e muito! – parar de reparar no lindo albino que estava ao meu lado. Ele usava seu habitual casaco de couro preto com o prendedor que segurava os cabelos grisalhos e o deixava ainda mais belo. O ambiente também não ajudava muito... como disse eu queria mesmo me concentrar no objetivo do trabalho, mas era bem difícil, afinal Paris é a cidade do amor, não é?

Estava anoitecendo, e já estávamos deveras cansados, pois desde cedo estamos coletando informações sobre o alvo. Passávamos a margem de um rio que cortava o centro enquanto o sol se resguardava, – arfando daquele jeito engraçado para não cair no sono e deixar que a lua tome seu lugar no céu – andávamos em direção a uma ponte para cruzar o rio e aguardar em um local estratégico a chegar daquele que seria cortado.

Mesmo que naquele momento eu estivesse tentando pensar apenas na melhor maneira de efetuar o trabalho com segurança, algo me incomodava um pouco naquele ambiente e acho que Soul também se incomodava com aquilo: muitos casais... haviam pares apaixonados por todos lados; de mãos dadas a apreciar o pôr-do-sol e trocar caricias discretas e românticas. O albino que andava comigo ganhou uma pigmentação bem mais vermelha nas bochechas, olhava para todo aquele amor da mesma maneira envergonhada que eu, afinal minhas bochechas também deviam estar queimando a essa altura.

Soul: Err... Maka. – chamou-me sem gaguejar mas ainda assim eu sentia uma pontada de nervosismo em sua voz. Será que...?

Maka: H- Hai. – odiei a forma quebrada que saiu minha voz, isso fez esse clima estranho que se formo pesar ainda mais, alem de que eu evitei ao máximo olhar no fundo dos olhos avermelhados.

Meu coração batia forte, mas por que? Afinal ele não diria nada demais, mesmo porque ele nem percebe meus sentimentos. Soul segurou minha mão e começou andar quase me arrastando, olhava para frente, mas sua face corada dizia algo que eu não conseguia entender. O que significa esse ato? Por que mesmo de luvas sinto tanto desse calor?

Maka: O q- que está fazendo Soul? – perguntei baixo próximo ao garoto para apenas ele ouvir.

Soul: T- Temos que d- disfarçar não é? N- Nós misturar para pa- passarmos mais despercebidos! – ele gaguejou e estava bastante corado, segurava minha mão sem um pingo de força, mas ainda assim eu sentia o toque másculo e quente que vinha dele.

Maka: C- C- Certo! – confirmei ainda mais corada que ele, deixando transparecer o quão estranha – estranha no bom sentido – era a situação. “Soul... depois daqui será apenas uma alma.” – pensei um pouco tristemente.

Não! Não vou ficar pra baixo! Vou mostrar meus sentimentos para ele, mesmo que não sejam correspondidos, lembra? Prometi a Blair!

Chegamos em um banco oculto por algumas sombras que ficava logo depois da ponte e lá ficamos a esperar que nosso alvo desse as caras. Não trocamos uma única palavra apenas sentamos e nos perdemos em nossos pensamentos, e assim ficamos algum tempo até que tentei proferir alguma palavra, qualquer que fosse para quebrar o silencio torturante que se formou. Quando tomei fôlego para falar, senti a alma que viemos coletar.

Me levantei bruscamente, provavelmente assustando Soul que pelo visto havia cochilado no banco. Ele sentiu minha tensão e também ficou em alerta, se levantou e ficou ao meu lado apurando os sentidos a espera do Ovo de Kishin em questão. Meu parceiro não sente ou vê almas, por isso só pode se por em alerta e se preparar para desviar do possível golpe que receberiam devido a proximidade da alma para com eles.

Maka: SOUL. – gritei olhando para cima, e logo em seguida desviando daquilo que caiu por cima do lugar que estávamos um segundo atrás. Olhei, agoniada para fumaça e poeira que se fez no local, procurando um sinal de que o albino de olhos vermelhos conseguiu desviar do golpe. – SOUL.

Soul: MAKA. – gritou saindo da nuvem de fumaça e correndo em minha direção. – Você esta bem? – perguntou me deixando aliviada em ver que ele estava bem. Acenei confirmando.

Ouvimos uma movimentação em meio a fumaça, que já se dissipava, e nos preparamos para começar.

Maka: Peter, não é? – perguntei ouvindo um pequeno rosnado, e entendi como um sim. Sorri de canto. – Nós tomaremos sua alma! – pronunciei, apertando a mão quente de minha foice, que havia entendido e se transformou. Depois de alguns giros ponho-o em posição de ataque e espero que ele comece a se mover. – VAMOS.

Soul: HAI. – começamos.

Diferimos ataques velozes e acertamos vários sem muita dificuldade, afinal, comparado a Mike, de Veneza, esse tal Peter é bem fraco. Mas ainda assim não baixava a guarda em nenhum momento. Seu ataque era fraco em comparação a outros que derrotamos, mas ele sabia muito bem compensar isso com uma excelente defesa, o que fez a luta se prolongar demais. Já chega disso! Executei uma seqüência incrível de golpes cortantes velozes e, bem no ultimo, acertei em cheio o peito dele, mas sua pele chegava a ser bem dura.

Maka: ESSA SERÁ NOSSA NONAGÉSIMA NONA ALMA! – gritei enquanto forçava a foice contra o peito de Peter, assim partido-o horizontalmente.

Sua alma rubra ficou ao chão próximo a ponte e foi apanhada por Soul que sorriu satisfeito, um sorriso meigo que dizia algo com “parabéns” ou “bom trabalho”, mas também dizia uma coisa que, por uns instantes, no calor da luta, eu havia esquecido... “só mais uma!” Entristeci simplesmente... em breve teremos que pegar a ultima alma, a alma de uma bruxa. Fazê-lo será perigoso, mas assim que conseguirmos isso... minha foice já não será mais minha.

Soul: Maka? – sacudiu uma mão em frente a minha cabeça, até então rebaixada. – Esta ferida ou algo assim?

Maka: “Só por dentro... lá no peito!” – pensei cerrando o punho olhando para o nada, tinha que falar, tinha ser corajosa... lidar com garotos é mais difícil que lidar com o Kishin. Mordi o lábio inferior tendo um pensamento insano, mas muito desejado. Se eu o fizer pode ser que ele nunca mais olhe para mim. Mas prefiro ter tentado e ser rejeitada, do ser uma covarde.

Ergui a cabeça.

Soul: N- Nan...? – interrompi o questionamento com um beijo.

Não exatamente um beijo, mas um selinho carinho. De qualquer forma, tomei aqueles lábios pálidos e bem macios que, de alguma forma não mostraram resistência. Eu mantinha meus braços cruzados nas costas evitando parecer atirada demais. Pressionava os lábios nos dele e tentava ir mais fundo, mas não tive coragem de aprofundar o beijo, separei-me delicadamente e virei as costas para ele completamente corada como uma pimenta.

Soul: Ma- Maka... – ele falou, com a voz quebrada e arrastada, e eu não entendi o que isso significou.

Droga... fui imprudente?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo, mesmo que o shoujo e a ação não tenham sido tão fortes... ah, PROMETO tentar postar o mais rápido que eu conseguir... se possível no sábado ^^ Promessa é divida, então podem cobrar de mim, hein?
Arigatou e JA NE!