Ooo escrita por Coelho Samurai


Capítulo 1
Festa Para o Menino de Chapéu Engraçado




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Ah, a Terra de Ooo, o que posso eu, dizer sobre essa magnífica ilha, formada a partir de crueldade e deformações geográficas, mas nos dias atuais, Ooo é bem tranquila, com vários reinos e princesas coexistindo, durante seus 996 anos de existência, muitos heróis, muitas lendas, muitos monstros e muito perigos passaram por esse lugar, mas agora, um novo herói deverá enfrentar uma última vez, um antigo vilão, um monstro que há muito foi esquecido, e desejar retomar o que ele acredita ser seu.

O dia está bem ensolarado, clima de festas, diversão e boas companhias, assim começa, a grande festa de vinte e um anos de Finn, o Humano, o maior herói de Ooo, vivo. E nada melhor do que comemorar esse dia tão especial, ao lado de pessoas tão especiais. Em frente à casa da árvore, Jake prepara o evento.

– BMO! Venha aqui, e traz as serpentinas, Neptr, pelo amor de Glob, por que está demorando tanto com essa mesa?

– Neptr pede desculpas ao irmão do criador, objetos planos de madeira são mais pesados do que parece, você, com sua força, poderia me ajudar, Oh irmão do criador.

– Não, obrigado, já estou ocupado. BMO!

– Estou aqui Jake, trouxe o que me pediu, mas só tinha nas cores vermelho e amarelo. Azul e branco estavam em falta.

– O quê? Mas são as cores que o Finn mais gosta, como podemos deixá-las de lado? Ele vai ficar decepcionado.

– Duvido que o Finn se importe com algo tão pequeno, certo Futebol?

– O Que disse BMO?

– Nada, quer dizer... É, nada mesmo.

...

– Nossa, a dupla personalidade do BMO as vezes é mais assustadora do que parece.

No horizonte, andando pelas gramas verdes do campo, e carregando uma pesada caixa de papelão, Martin suavemente trás os pratos e copos e tudo mais que será usado.

– Nossa, Jake, bem que você poderia ter me ajudado com essa caixa, Uhhh, ela demais pra mim e pra minha barba.

– Por que tem que envolver sua barba em tudo?

– Ora, por que a minha barba é incrível, olhe para ela.

Realmente, a barba de Martin é incrível, é longa e cobre quase todo o seu rosto, além de desviar atenção de sua careca constrangedora. Seu uniforme estranho e vermelho e seu único e ondulado fio de cabelo tornam Martin a grande figura que ele é, no começo, ele e Finn não se deram muito bem, mas o tempo ajeitou as coisas.

– Onde está o garoto, Jake?

– Deve estar matando alguma criatura demoníaca por aí, daqui a pouco ele vai voltar, tomara que inteiro. - Não existe preocupação quando se trata de Finn lutando contra monstros, criaturas ou criminosos, era um garoto experiente com os sabres e nas lutas corpo a corpo, Finn sem dúvida era um guerreiro nato.

Longe dali, Finn está perto do Reino do Cachorro Quente, após derrotar uma terrível besta das planícies, que não era tão intimidadora assim.

– Um lobo de fogo filhote, é sério, Princesa? Eles têm o mesmo tamanho que você.

– Mas Finn, eles vieram em grupo e quase metade da guarda foi devorada.

– Admita, seus soldados são mesmo muito burros, ainda lembro de quando atravessamos aquele labirinto sinistro por um desejo pessoal, e um dos seus guardas desejou uma caixa de papelão vazia.

– Foi quando desejaram aquele elefante psíquico de batalha pré-histórico?

– Exato, mas enfim, venha para a minha festa hoje a noite, será muito bem vinda.

– Seria uma honra Finn, e você cresceu, não é mesmo?

–Eu... Tenho que ir agora, para a minha casa, Jake está me chamando.

– Eu não ouvi nada.

– Ele está. Eu... Pude ouvir.

– Certo, até mais tarde.

– Até Princesa Cachorro-Quente... Que maluquice cara.

Já está anoitecendo, Finn chega a casa da árvore, e a festa já está toda armada, os convidados estão chegando e tudo promete estar na mais tranquila paz.

– Finn, o pessoal já está chegando, vá tomar um banho, se arrume e desça aqui.

– Pode deixar Jake, mantenha-os distraídos, conte algumas piadas, faça um recital de viola clássico ou sei lá.

– Certo, vou tocar viola.

– O que quiser amigão, eu já volto.

Subindo as escadarias da casa, escalando o tronco da árvore, ele chega em seu quarto, retira de sua gaveta um pequeno cubo, Finn o posiciona no chão.

– Apresentar mensagem. – Um holograma surge.

– Olá Finn, fico feliz que ainda tenha isso guardado, isso é apenas uma gravação, e significa que estou morto, mas mesmo assim, gravei isso e pedi que vissem somente em seus aniversários, do mesmo jeito que gravei uma para o Jake e para o Jermaine. Enfim, parabéns Finn, e espero que realize todos os seus sonhos, e sempre seja um bom menino, me lembro de quando eu e Margareth o encontramos na floresta, sozinho, chorando, perdido, e não me arrependo de tê-lo trazido comigo pra casa. Você Finn, ao longo dos anos, permaneceu forte e confiante, e tem melhorado cada vez mais, e espero nos vermos outra vez, algum dia. Eu te amo, filho. Até breve.

Uma lágrima escorre no rosto de Finn.

– Eu também te amo, pai.

Alguns minutos depois, Finn desce as escadas, e todos estão maravilhados com o magnífico desempenho de Jake na viola.

– Olha, o Finn chegou.

Finn estava espantado, nunca vira tantos rostos conhecidos em um só lugar, todos os seus grandes amigos estavam lá, inclusive o Rei Gelado, sim os tempos mudaram e Simon não apresenta mais perigo para as princesas, de tempos em tempos ele tem suas recaídas. Praticamente toda Ooo estava na festa, afinal, era Finn que estava fazendo aniversário, e para todos os cidadãos dessa grande e bela ilha, Finn é especial.

– Ei, Deus da Festa – Finn olha e acena para a grande cabeça de lobo flutuante que hoje, apenas comanda a música. – É Hora de Festa!

A música começa, tem tantos convidados que o horizonte quase desaparece de vista, Finn está em frente à casa da árvore, recebendo alguns presentes.

– E esse foi o meu primeiro livro de magia das trevas, espero que goste.

– Uau... Obrigado mesmo Mordomo Menta, vou ler o quanto antes. – Ele se aproxima de Jake e cautelosamente sussurra: Coloca esse aqui na lista de emergências que se Glob quiser, nunca cheguem.

– Certo, mano.

– FINN! – Finn se vira de volta à festa e vê Princesa Jujuba correndo em sua direção, com seu mesmo vestido Rosa, na verdade não é sempre o mesmo vestido, ela deve tem um monte deles.

– Princesa, que bom que v--- Ela o abraça – Aqui está o meu presente. – Finn desembrulha caixa de madeira.

– É... A minha prótese de metal? Mas meu braço se regenerou a tanto tempo.

– Eu sei, mas eu guardei mesmo assim, é uma boa recordação.

– Tem toda razão, obrigado Princesa.

– De nada Finn, aproveite a festa.

– Não vai ficar?

– Não posso, estou trabalhando em algo importantíssimo, mas amanhã eu volto aqui pra gente poder conversar, pode ser?

– Claro... Boa sorte na sua experiência ou sei lá.

Festa animada, todos se divertindo, e pra variar, a Princesa Caroço passando cantadas em todos os príncipes, mas fazer o quê? Tudo parece estar bem, quando ouve-se uma grande explosão ao norte da ilha, uma enorme montanha de fumaça esverdeada subiu ao topo dos ceús, com calafrios na espinha e muito medo do que poderia ser, Jake e Finn conversam.

– O que acha que é? – Jake pergunta, assustado.

Finn sabia exatamente o que era, o que lhe passou pelos olhos naquele instante, era algo quase que inconfundível, ele respira fundo e responde.

– É o Lich.


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