First Date escrita por Uma Morsa


Capítulo 8
Mudanças de Planos




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Arrumo-me sem mais delongas, e desço. Esperando que Sebastian estraria me esperando na escada como em filmes de contos de fada. Mas n­a verdade não havia ninguém na escada. Quando as desci, ouço um barulho de talheres, olho para meu lado e vejo que estão servindo o café-da-manha. Vejo um casal, bem mais velho que Sebastian e Aline, deveriam ser os pais deles, penso. O homem, Sr. Tunner, é um homem grande, e com braços grossos, olhos azuis iguais aos de Sebastian, tem poucos cabelos, mas oque tem são pretos juntamente com seu bigode. A mulher, a Sra. Tunner, é muito bem arrumada, com cabelos castanho-escuros puxando para um tom de ruivo, e sua pele esta muito bem cuidada para idade que apresenta ter, seus olhos eram de cor de mel, e são gentis. Ela percebe minha presença e fica um pouco supressa comigo.

– Deve ser Clary. Sente-se com agente. A casa é sua. – diz mostrando-me um lugar ao lado de Sebastian, sento-me sem recusas. Vejo a ela se curvando para o Sr. Tunner – Ela é realmente parecida com a Kelsey. – cochicha e retoma sua posição com uma cara um pouco chocada.

Olho para o prato, e vejo que não são apenas um, mas três, fico confusa. E tem muitos talheres do que eu costumaria usar em casa. E mais três copos e uma xicara para acompanhar. Fico nervosa, com certeza eu iria passar vergonha na frente deles, nunca tive nada disso, não tive aulas de etiqueta, mas tenho um básico, que minha mãe ensinou-me.

– Imagino que Clary seja apenas um apelido. – pergunta Sr. Tunner, interrompendo meus pensamentos.

– Sim, é um apelido, Sr. Tunner, meu nome é Clarissa Swan. – digo de maneira mais dócil e educada possível.

– Swan... – diz pensativo – não me soa muito bem...

– Nathan! – chama Sebastian, e pede para que não faça confusão.

– Por favor, querida, pode se servir. – fala a Sra. Tunner, após todos já estavam servidos.

– Desculpe. Eu não sei usar isso tudo aqui, Sra. Tunner. – digo envergonhada.

– Eu ajudo. – se prontifica Sebastian.

– Que cavalheirismo. – Bufa Aline.

Sebastian a ignora. Ele me serve e deixa algumas louças no lado, é evidente que nem ele usa todos ele.

Durante o café-da-manha os pais de Sebastian e Aline faziam uma serie de perguntas, cujas respostas eram sim ou não. E depois Aline começou contar a festa, e só ela falava. Aline parecia não apenas gostar de atenção, mas como era obcecada por ser o centro das atenções.

Olho para Sebastian pelo canto do olho, tentando pegar sua imagem. É difícil olhar nos olhos dele, não que eu me sinta traída, é que eu o vi beijando uma garota numa festa que ele me convidara, eu estava sob sua responsabilidade. Em quanto eu estava procurando-o e quase enlouquecendo, ele estava se divertindo beijando outra, não me sinto bem com isso.

– Clary? – chama-me a Sra. Tunner. Levanto os olhos ate achar os delas e ela prossegue. – Eu gostaria que uma hora dessas você fosse visitar a tia de Sebastian, minha irmã.

– Claro, Sra. Tunner. Sem problemas. Mas posso saber o motivo? – pergunto, cautelosamente.

– Não há motivos. É que apenas acho você parecida com ela, gostaria que ela conhecesse sua quase-alma-gêmea. – explica

– Lease por favor, não. – implora Sebastian.

Lease ignora-o e volta ao seu café. E faz-se um silencio constrangedor. Olho novamente pelo canto do olho para Sebastian, ele esta quase suando, e seus olhos estavam fixos em minha mão, enquanto a sua esta tremendo, e tenta se arrastar ate a minha. Deslizo minha mão ate meu colo e ele parece relaxar. Tento terminar meu café depressa, não estou me sentindo a vontade aqui.

Quando termino, levanto-me.

– Obrigada pelo café Sra. Tunner, estava maravilhoso. – digo, quase atropelando as palavras.

– Não foi nada. Por favor, me chame de Lease.

Lease. – repito.

Saio da mesa e Sebastian, obviamente, veio atrás de mim. Para me levar para casa, é claro. Ao montarmos na moto ele pergunta-me esperançoso.

– Onde você mora?

– Você não vai me levar ate em casa. – faço uma pausa e prossigo – Ate a escola.

Ele coroa, e parece relaxar, parecendo triste. Mas não estou vendo seu rosto para confirmar se ele entristeceu ou não.

Ao chegar no Pedro II, Sebastian deliga a motocicleta e segura meus braços em torno de sua cintura. Seu perfume de jasmim entra em minhas narinas fazendo-me quase estremecer.

– Oque você esta fazendo? – pergunto um pouco confusa por ele estar forçando eu continuar agarrada em seu cinto.

– Não quero me esquecer disso. – explica-me, deixando-me sem palavras. – Sobre o que aconteceu ontem à noite...

– Não fale. Eu vi oque aconteceu. A partir de agora cada um retoma sua vida, apagando os dois últimos dias. – e tentando não pensar no que nisso poderia dar. As ultimas palavras não saíram, por mais que queira falar isso a ele.

– Não quero esquecer... O beijo, eu quero esquecer, afinal ela se jogou em cima de mim... Mas você... Não quero. – fico em silencio, sabendo que qualquer palavra que falasse acabaria me auto-machucando. – Quando você saiu para falar com Bob, confesso que não gostei disso. Você estava demorando a voltar, então decidi ir atrás de você. Foi ai que Monique me encontrou, e começou a inventar coisas sobre você e Bob. Por alguns segundos eu não acreditei, mas ela acabou me convencendo.

– Sebastian, - é a primeira vez que pronunciara seu nome. – como você mesmo disse, era uma festa, isso acontece. E como eu disse antes de aceitar o convite, que seria só uma vez, foi uma vez, não precisa ficar neurótico com isso. Nem amigos somos.

Sebastian me solta, saio da moto devagar, ele parecia magoado com oque falei. Viro-me de costas e começo a andar.

− Quando você viu agente se beijando – ele estremece. – você pareceu incomodada. Depois quando você desmaiou, que a culpa fosse minha, por não ter cuidado de você.

− Eu sei cuidar de mim.

− Por isso que desmaiou. – diz de má vontade. Respiro fundo e me aproximo dele.

− Sebastian... – ele levanta os olhos para mim, cuidadosamente. – Eu... Obrigada... Esquece.

Viro-me e ando ate o meio-fio e sento-me confusa. Queria poder me jogar em seus braços, mas ao mesmo tempo isso é tão errado. Sebastian senta ao meu lado e pousa a mão em meu ombro, tentando me envolver com eles, porem acaba relembrando quando pedi que não queria abraços. Arrependo-me disso.

− Que tal irmos a algum lugar legal? – propôs.

− Que lugar? – digo um pouco frustrada.

− Supressa, mas tenho quase certeza que você vai gostar.

− Pode ser à tarde?

− Sem problemas. – ao dizer isso, meu celular toca, atendo-o. É a minha mãe.

Clary, nos decidimos ir para a praia hoje, você vai querer ir com nos? Que ai agente pode ir à tarde... – Sarah parece animada.

− Não gosto de praia, você sabe disso Sarah. Se divirtam.

Esta bem então. − sua voz entristece – Voltamos segunda bem cedo. Vou deixar algumas marmitas na geladeira...

− Não precisa... – mas já era tarde, ela já havia desligado. E volto-me para Sebastian. – Mudanças de planos. Vou para minha casa, trocar essas roupas, volto em 15 minutos. Esta bem? – ele assente. – Então aonde nos vamos?

Seu rosto se ilumina e solta um sorriso enorme, maliciosamente.

− Segredo.


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Notas finais do capítulo

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