Stay, stay, stay escrita por Analu


Capítulo 2
Finding Lily


Notas iniciais do capítulo

ALELUIA SAIU!

Eu peço mil desculpas por demorar tanto. Foi um ano muito difícil pra mim e ainda somou pas e recuperação então não tive nem omo postar. O que vocês acharam da capa? ficou um amorzinho (créditos a quem fez porque ficou ótima). Agradeço a Maga Clari que ficou meses me forçando a continuar escrevendo esse cap, eu tenho certeza que eu cogitar abandonar essa fic ela vem até a minha cidade me amarrar na cadeira e escrever hahahaha

Eu foquei esse cap na relação que a Lily tem com a Roxy e com o Lorcan porque eu imagino a amizade dos quatro (Hugo, Lily, Roxy e Lorcan) linda. O flashback Roly (Roxy e Lily) e os momentos Loxy (Lorcan e Roxy) eu foram em homenagem a Mari, porque além de ela ser a Roxy da minha Lily ela me converteu a Roly e Loxy shipper então eu dedico esse capítulo a ela.

Aproveitem! :) xx



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Roxy estava sentada no telhado da Toca assistindo o nascer do sol. Sua garrafa de vodka estava pela metade e, embora não costumasse beber, não hesitou em roubar uma garrafa do estoque de James.

– Oi

A morena estava tão absorta em seus pensamentos que nem ouviu sua melhor amiga, Lily, sentar ao seu lado. Roxy havia esperado ela dormir para subir no telhado. Ela sabia que Lily ficaria preocupada e não a deixaria sozinha até que ela se sentisse melhor.

– Me dá um pouco? – Lily falou com sua voz doce e um pouco sonolenta, apontando para a garrafa de vodka. Lily nunca tinha bebido na vida e Roxy duvidava que o fizesse agora, mas mesmo assim passou a garrafa para ela.

Lily encarou a garrafa por alguns segundos e tomou um gole longo. Depois tossiu um pouco e fez uma careta.

– Que troço horrível!

– Desce queimando, não é? – A morena sorriu. – Eu sei.

– Eu acho que é que nem sushi, você precisa provar muita vezes pra acabar gostando. – Lily tomou outro gole e dessa vez não fez careta.

– Talvez – Roxy olhou para o horizonte com o olhar vazio.

– É o resultado dos NOM’S, não é? Você ta preocupada.

– Eu fui muito mal, Lily. – Roxy mordeu o lábio. – Você e o Lorcan são os mais inteligentes do 5° ano, o Hugo tem olheiros do Cannons encima dele desde que entramos no time de quadribol... Mas e eu? O que eu vou fazer depois de Hogwarts?

– Ei, não diz mais nada. – Lily fez sua cara de brava habitual e colocou o dedo indicador nos lábios da morena – Você estuda quando quer, é uma ótima artilheira e qualquer coisa que você querer você vaai ser brilhante. Então não se preocupa com isso, ainda temos dois anos para pensar. – Lily segurou a mão da melhor amiga e apoiou a cabeça e seu ombro.

– Não importa o que você seja depois de Hogwarts, você sempre vai me ter. Estamos juntas nessa. – a ruiva completou.

Elas ficaram ali, vendo o sol nascer e os pássaros cantarem. Lily tinha razão, afinal. Não havia por que se preocupar se ela tinha Lily para segurá-la caso ameaçasse cair.

Hugo sentiu que ia desmaiar. Só de imaginar que não sabia quando tempo demoraria até ver Lily sorrir de novo, ele sentia vontade de vomitar.

A mãe de Lily, Gina começou a chorar. Harry tentou acalmá-la mas Hugo entendia que não tinha como permanecer calmo naquela situação. Roxy estava com a mão na maçaneta da porta, completamente em choque. Hugo passou por Scorpius e tirou a mão da melhor amiga gentilmente da porta.

– Eu preciso vê-la.

– Hugo, eu acho que não.. - Scorpius tocou o ombro do futuro cunhado, mas este se desvencilhou e abriu a porta.

Lily estava deitada na cama com um monte de aparelhos ligados a ela. Os cortes em seu rosto tinham pontos e seu corpo estava cheio de hematomas. Seus olhos verdes estavam fechados. Hugo tocou o rosto da garota lentamente e sentou em uma cadeira ao lado da cama, como se esperasse um milagre.

As horas seguintes passaram devagar. Toda a família de Hugo estavam amontoada no quarto, olhando a mais nova da família na cama, como se ela estivesse apenas dormindo e acordaria rápido.

– Eu e Victoire podemos ficar aqui com ela essa noite. - Teddy disse quebrando o silêncio. - Vocês tiveram uma noite muito longa, precisam descansar.

– Tudo bem pra você, Vic? - Gina perguntou.

– Claro, nós ligamos se ago acontecer. - Falou Victoire.

– Eu fico. - Hugo olhou para sua namorada. - Eu não vou conseguir dormir hoje mesmo, eu tomo conta dela.

– Filho, em Hogwarts você vai ficar mais tranquilo… a Lily já está sendo tratada, só nos resta esperar. - Hermione colocou a mão no ombro do filho.

– Deixa ele Hermione, acho que a Lily vai estar mais vigiada do que nunca - Rony piscou para o filho, que sussurrou um “obrigado”.

Os avós, tios, primos e pais deixaram o quarto restando apenas Roxy, Lorcan, Hugo e Lysander. Quando Lysander foi pegar café para todos na lanchonete do hospital, Roxy sussurrou:

– Eu não acho que tenha sido um acidente.

– O que? - Perguntou Lorcan, olhando para a namorada.

– Lily ter despencado. Não foi um acidente.

– Roxy, todos estávamos lá. Não tem nem como alguém ter feito algo. - Hugo falou coçando uns fiapos de barba que cresciam no queixo.

– Eu não sei, gente. A Sonserina parecia disposta a tudo pra ganhar. Pensem nisso. - Roxy levantou do sofá e saiu, encostando a porta.

– Não faz sentido, Loiro. Quem faria isso com a Lily? Quer dizer, é impossível não gostar dela. é ela engraçada, linda, inteligente…

– Eu sei de tudo isso, cara. Mas pensa um pouco, alguém pode ter inveja dela. Ser a filha do escolhido e ganhar bastante atenção, mesmo indesejada, já é um bom motivo.

– Talvez eu não queira aceitar que alguém fez mal a ela. - Hugo foi até a namorada e fez cafuné em sua cabeça, sentindo seus fios ruivos entre os dedos.

– Ei, ela vai ficar bem. - Lorcan colocou a mão no ombro do melhor amigo. - Não vamos nos livrar dela tão fácil.

– Espero que esteja certo. - Hugo deu um sorriso triste.

– Bem, eu tenho que levar a Roxy e o Lys de volta. - Lorcan fez o cumprimento de mão com Hugo que inventaram aos 10 anos. - Não esqueça de comer todos seus vegetais, se agasalhar antes de dormir e…

– Vai embora Lorcan - Hugo conseguiu rir.

– Tchau, ruivo - Lorcan saiu e fechou a porta.

A madrugada passou lentamente. De vez enquanto, uma enfermeira entrava no quarto para ver como Lily estava. Hugo não conseguia ficar quieto sentado do lado de Lily e ajeitando seu cobertor de cinco em cinco minutos, como se ela estivesse inquieta também. O ruivo decidiu então deitar um pouco. Devia ser 6 da manhã quando ouviu a porta ranger, indicando que alguém havia entrado.

– Bom dia, Potter - Scorpius falou com o tom que ele usava para falar com a Lily, arrogante e sarcástico. - Como vai nessa linda manhã de sábado?

Scorpius ajeitou seu crachá e pegou uma prancheta que estava ao lado da cama de Lily.

– Não tem nada de errado com você. Seus batimentos cardíacos estão normais, nenhum órgão foi perfurado e seu traumatismo foi resolvido. E sabe por que você não acorda, Lils? - Hugo nunca tinha ouvido Scorpius chamar Lily por um apelido carinhoso. - Porque a escolha é sua. Não sei se você se lembra, mas uma vez eu fiquei sem ir a escola um mês. Minha avó caiu da escada e entrou em coma. Ela me disse que quando você está nesse estado, você pode ouvir tudo que acontece ao seu redor. E é por isso que eu estou falando com você, porque eu sei que mesmo que você não queira me ouvir, você pode. Então Lily, você escolhe se quer ficar ou não. Eu entendo se você quiser ir, mas você tem motivos pra ficar. Sua família te ama muito, tivemos que colocar dois seguranças na porta do quarto pra nos certificarmos que só uma pessoa dormiria com você. - Scorpius olhou para Hugo, e por um momento tinha certeza que o quase cunhado tinha descoberto que ele estava acordado. - Tem pessoas que querem você aqui e eu sou uma delas. Ah, qual é fósforo ambulante, você não vai me ter no céu pra discutir com você - Ele riu e deu um tapinha no ombro da ruiva. - Aguenta firme, filha da cicatriz. Você vai ver que se deixar esse mundo vai perder muita coisa - Scorpius levantou-se e caminhou em direção a porta. - Não pense que eu gosto de você, eu só não aguento ver a Rose sofrer. E mais, se contar para alguém que um dia eu fui legal com você, vou deixar uma cicatriz na sua testa que nem a do seu pai - Scorpius sorriu e saiu do quarto.

Nada do que Scorpius disse fazia sentido para Hugo. Se Lily podia ouvir e tinha o poder de acordar, por que já não acordou? Se ela ouviu o choro de Hugo durante a madrugada… por que não acordou para dizer que está tudo bem?

Ele queria descartar a ideia que ele não era o motivo para Lily acordar. Parecia egoísta de sua parte, ele sabia, mas ele amava Lily mais do que qualquer coisa no mundo e ele tinha certeza que ele a amava também. Eles tinham planos de comprar um apartamento no centro de Londres, viajar pelo mundo e passarem a vida toda juntos. Como que depois disso tudo, depois de todos os planos ela ia querer morrer?

Talvez ela só quisesse dar um susto na família toda, talvez ela esperasse que com isso tudo seus pais iam aceitar o namoro dos dois. Hugo só queria que ela acordasse logo, mesmo que sua família nunca aceitasse os dois juntos. Hugo sentia falta de Lily.

Teddy chegou alguns minutos depois. Estava com o cabelo desgrenhado e com cara de sono, como se não tivesse dormido nada durante a noite. Victoire provavelmente estava na ala de medicamentos, já que estava em horário de serviço.

– Você veio ficar comigo? - Hugo tentou esconder o cansaço, mesmo que aparente.

– Vim ficar no seu lugar, sua mãe disse que se você não voltar para Hogwarts e tomar um banho ela vai te arrastar para lá e dar um banho ela mesma. Eu não desobedeceria.

– Mas eu não posso deixar a Lily…

– Pode sim, porque eu vou estar aqui. Eu te prometo que se acontecer alguma coisa você vai ser o primeiro a saber, mas você não pode parar sua vida pra vigiar a Lily.

– Eu volto pra dormir, combinado?

– Combinado.

Hugo saiu do quarto depois de beijar a testa da namorada. Doía ter que deixar Lily sozinha mas Teddy estava certo. Ele seguiu para o elevador, onde desceu para a recepção e usou a rede de flú para entrar na sala da Minerva. A sala estava vazia e embora Hugo achasse loucura falar com quadros, acenou para o quadro de Alvo Dumbledore, que retribuiu o gesto e depois saiu da sala.

Enquanto andava pelos corredores, o ruivo sentiu os olhares dos alunos sobre ele. Provavelmente mentiras sobre o estado de Lily, mas Hugo estava tão entretido em seus pensamentos que nem ligou. Hugo se arrastou até passar pelo quadro da Mulher Gorda e sorriu de lado quando viu Roxy e Lorcan se agarrando no sofá.

– Caham - Hugo pigarreou, mas eles continuaram grudados. - Ei! Amigo desolado aqui! - Hugo revirou os olhos e se jogou entre eles no sofá.

– Ai Hugo! - Roxy reclamou, massageando os lábios. - Você deu uma cotovelada na minha boca

– E eu acho que engoli seu cabelo - Lorcan tossiu. - Sou alérgico a laranja, sabia?

– Cara não dá pra levar você a sério com esse batom na boca - Hugo soltou uma gargalhada.

Roxy riu e limpou a boca do namorado. Roxy e Lorcan namoravam desde o 3° ano, quando Lorcan admitiu não estar apaixonado por Bea Chang - que virou lésbica, mas isso é outra história. - mas sim por ela. Lorcan sempre foi muito fechado em relação aos seus sentimentos mas Hugo sempre soube o que ele sentia pela prima, ele olhava para ela do mesmo jeito que ele olhava para Lily.

– Como está a Lily? – Lorcan mudou de assunto.

– A mesma coisa de ontem – Hugo deu um suspiro derrotado.

– Eu estava conversando com o Lorcan... a Lily tinha total controle da vassoura e ela sabia fazer aquela manobra muito bem. Hugo, não tem como ter sido falha dela – Roxy disse.

– Talvez tenha sido da vassoura... – Hugo retrucou.

– Uma vassoura novinha? - Roxy arqueou a sobrancelha – Eu tenho certeza que foi o time da Sonserina eu vou...

– Amor, calma aí – Lorcan segurou sua mão – Se o acidente foi proposital, precisamos de provas.

– Você quer provas? Eu te dou provas – Roxy marchou decidida até a porta do salão comunal.

Lorcan balançou a cabeça e deu um sorriso.

– Ela ainda vai me deixar louco.

– Vai cara, com certeza ela vai.

Hugo subiu para seu dormitório, que estava vazio. Seus colegas de quarto deveriam estar aproveitando o dia de sol. Hugo deitou na cama e tentou dormir, mas só conseguia se mexer na cama. Será que Lily conseguia ver tudo o que acontecia no quarto, como acontece nos filmes quando alguém fica em coma? Será que aquilo que Scorpius falou está acontecendo mesmo?

Bem que ele queria que tudo fosse só um filme e que ela acordasse no final.

Hugo pegou sua mochila, tirou os livros de lá e colocou uma roupa limpa. Pegou o ursinho preferido de Lily, o que a namorada deixou com ele quando ele teve catapora no primeiro ano. Talvez ele pudesse fazer ela se sentir melhor como vez ele se sentir.

– Roxy? - Hugo entrou no quarto e viu Roxy debruçada sobre Lily, pasando, ou plo menos tentando passar, um batom nela.

– Oi Hugo – Roxy saiu de cima de Lily e sentou na cadeira ao lado – Eu lembrei que ela gosta tanto de se maquiar e ai eu tentei... Acho que não deu muito certo.

Lily estava com sombras nos olhos de cores diferentes, um blush vermelho gritante em suas bochechas que fez com que ela parecesse que tinha levado dois tapas no rosto e um batom vermelho borrado.

– Eu acho que ela adorou o gesto – Hugo abraçou os ombros da melhor amiga e riu.

– Ei! Não é minha culpa, era ela que fazia minha maquiagem – A morena suspirou. – Eu sinto tanto a falta dela.

– Eu também, Rox. Eu espero que ela acorde logo.

– Por falar nela – Roxy arregalou os olhos, coisa que Ela fazia quando tinha aprontado uma pegadinha. – Eu descobri algumas coisas.

– O que? – Hugo sentou no sofá.

– Eu fui no armário onde guardávamos as vassouras e chequei a vassoura da Lily. O Fred abriu e...

– E...? – Hugo estava começando a ter um acesso de ansiedade. Respirou fundo e fez sinal para Roxy continuar.

– E o sistema interno da vassoura estava completamente danificado. Por isso. – Roxy tirou um grampo vermelho do bolso.

Hugo examinou o grampo em seus dedos e parou de respirar.

Havia só uma garota em toda Hogwarts que usava esses grampos no cabelo.

E essa garota era a última pessoa que Hugo imaginava causar algum mal a alguém.


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Notas finais do capítulo

e agora? quem vocês acham que é a garota que estragou a vassoura da Lily? deem palpites, eu quero saber. xx Cait



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