Luther Baker

A noite havia chegado rapidamente. Clara se arrumava rapidamente em seu quarto, havia adorado dormir com John e passar o dia ao lado dele, eles novamente haviam saído juntos, tinham ido a uma loja comprar seu vestido para a festa de aniversário.

No outro quarto, John e Luther discutiam sobre o que John iria fazer na festa, como iria se comportar, o que deveria conversar com a garota, quantas vezes deveria aparecer juntamente com ela, o quão próximo deveria ficar de Clara durante toda a noite.

Após algumas horas, todos eles se encontraram na sala de estar. John estava terminando de arrumar o cabelo no espelho quando viu Clara refletida atrás de si. Ele virou-se rapidamente e encarou a namorada. Será que já havia visto ela mais bonita do que naquela noite?

Clara sorriu envergonhada. Mandy desceu as escadas correndo, Luther foi o primeiro a olhar. Riu ao ver que ela usava, riu mais um pouco só de pensar que ela iria encontrar-se com o noivo usando aquelas roupas.

Mandy usava uma calça jeans e all star que antes provavelmente eram brancos, mas agora estava rabiscado com canetas coloridas. Usava uma camisa azul com um desenho de um dragão no meio. Os cachos rebeldes estavam soltos, fazendo ela ficar radiante. Mandy com certeza era uma mulher linda!

Luther se mexeu desconfortavelmente e voltou sua atenção para o celular. Eles chegariam atrasados se não saíssem naquele momento.

— Temos que ir! — Luther avisou.

Clara arrumou seu cabelo pela milionésima vez e saiu. Mandy entrou no carro juntamente com Luther e o casal ternura e colocou os fones de ouvido. Aumentou o volume, fazendo com que Luther escutasse a pesada batida da bateria. Ele gostou da música, portanto não se incomodou em fazê-la baixar o som.

O carro parou de frente para uma casa, havia dois carros na entrada da casa. Mandy desconfiou daquilo, assim como Clara.

— Tem certeza disso? — Clara perguntou já sentindo que aquilo não iria sair bem. Claro que Mandy podia ser dois anos mais velha que ela, porém ela acreditava demais nas pessoas.

— É a casa do Phil. Deve ser pessoas do trabalho! Ligue quando chegarem em casa. Se passarem dos limites — Mandy disse olhando para John e Clara — arrumem um quarto, ok?

Ela pulou para fora do carro.

Eles saíram dali rapidamente, indo para fora da cidade onde seria o aniversario da garota de 15 anos. Durante todo o caminho Luther foi prestando atenção a paisagem, morava em Los Angeles a bastante tempo, mas nunca havia parado para analisar realmente a paisagem do local e as enormes casas.

Enquanto seguiam viagem, Clara e John cochichavam algo distante dele e incrivelmente baixo. Luther não se incomodou com aquilo, vê-los dormindo juntos na noite anterior e ver o estranho brilho no olhar de John ao ver Clara naquela noite, Luther confirmou que ele realmente estava apaixonado e conclui que se a mídia conseguisse separa-los John ficaria arrasado. Ele só esperava que tudo desse certo!

Em menos de uma hora eles chegaram ao aniversário. Rodearam o beffet, John arrumou o cabelo novamente e foi recebido pelo pai da garota. Eles falaram alguma coisa rapidamente e Luther passou as informações necessárias para Clara, quase as mesmas que havia passado para John enquanto ela se arrumava.

O pai da garota falou com ambos e eles entraram. A aniversariante, uma garota de cabelos loiros e olhos verdes, alta e pálida apareceu correndo em um vestido longo e rosa, ela pulou sobre o pescoço de John, apertando-o e girando juntamente com ele. Ela sussurrava alguma coisa pra ele, com um leve sinal de mãos, John passou seus braços ao redor da cintura da garota, fazendo-a soltar um gritinho histérico.

Quando a garota soltou John ela correu civilizadamente até Luther, abraçando-o também. Apertando seus braços ao redor do pescoço do ruivo e soltando baixo gritinhos. Ao soltar Luther ela encarou Clara.

— Quem é você? — ela perguntou com seu incrível sotaque irlandês.

— Essa é Clara Oswald — Luther apresentou-a. — Clara, essa é a Diana Miller!

Diana arqueou as sobrancelhas e voltou sua atenção para John que estava parado atrás dela olhando assustado para Clara. Quando a garota se virou Clara respirou aliviada.

A mãe da garota, uma mulher de cabelos grisalhos e baixa levou Luther e Clara para uma mesa. Luther analisou o local, estava cheio de fotos da garota em diversas posições e fazendo caretas que Luther não acreditava que um rosto humano conseguisse fazer com tanta facilidade.

O aniversário finalmente começou.

Após cinco taças de vinho, John apareceu chateado na mesa. Clara estava mexendo no celular, provavelmente lendo alguma coisa ou um livro. John sentou e tirou a gravata e colocou-a sobre a mesa.

— O que eu tenho que fazer mais? — John perguntou cutucando o braço de Clara que continuava concentrada no celular.

Luther colocou a mão no bolso da calça e retirou sem nenhum celular. Procurou em todos os bolsos possíveis da roupa que usava e nada. Ele xingou ao conclui que havia deixado o celular na casa do amigo.

— Volto em alguns minutos — ele anunciou. — Só fique parado, a festa está quase acabando. Ok?

John assentiu e ficou de pé olhando para a tela do celular da namorada, arqueando as sobrancelhas.

— Quer dançar comigo? — Luther escutou antes de sair correndo em direção ao carro. O motorista estava do lado de fora comendo um pedaço de bolo do aniversário.

O ruivo parou respirando rapidamente.

— Preciso das chaves. Agora! — Luther exigiu, o motorista jogou as chaves para o ruivo que entrou já ligando o carro.

Mandy Lancaster

Mandy respirou fundo enquanto o carro ia embora, ela colocou um sorriso no rosto e desligou o celular, não queria ser incomodada enquanto conversava sério com Phil, ele havia lhe prometido uma surpresa naquela noite, ela realmente esperava que ele confirmasse o pedido de casamento.

Ela tocou a caminha, já respirando com dificuldade. Ela suava frio e seus cabelos haviam começado a grudar em sua nuca assim como a blusa grudava de leve em suas costas. Mandy realmente amava o Phil.

Mandy ouviu passos e a porta foi aberta. Uma mulher de longos e lisos cabelos negros abriu a porta, ela trazia consigo uma taça com vinho e usava uma lingeri preta de rendas. Mandy arqueou uma das sobrancelhas.

A garota deu uma olhada geral em Mandy, fazendo a garota abraçar o próprio corpo envergonhada.

— Phil! — a garota gritou colocando a cabeça para dentro da casa. — Tem uma garota aqui fora, quem é ela?

Outra garota apareceu. Dessa vez ela era loira e usava uma lingeri rosa enfeitadas por rendas com pedrinhas brilhantes. Mandy sentiu seus olhos se encherem de lágrimas ao perceber o que aquilo se tratava.

E então Phil apareceu.

O coração de Mandy bateu mais forte que o necessário. Mandy enxugou uma lágrima rapidamente enquanto Phil beijava o rosto de cada uma das garotas, elas saíram da porta e Phil fechou a porta atrás de si.

Os belos cabelos loiros estavam bagunçados, algumas partes do pescoço dele estava vermelho e ele estava somente de cueca e trazia uma taça de vinho também. Ele sorria como um idiota.

— O que faz aqui? — Phil perguntou como se fosse comum aquelas garotas abrirem a porta para ela.

— Você disse que queria conversar comigo — Mandy disse fazendo um enorme esforço para falar normalmente, como se as garotas não tivessem feito nada com ela, Mandy queria falar com a indiferença que Phil falava.

— Sei que disso. Mas não era pra vir agora, você está algumas horas atrasada. Estragou a minha noite! — ele fez um barulho de reprovação com a língua e Mandy sentiu vontade de soca-lo.

— Como consegue?

— Aquelas garotas? Mandy, não seja estúpida, elas são prostitutas. Sério, esperava mais de você! — um sorriso apareceu no rosto do homem.

— Como consegue ser um canalha! — Mandy disse, dando um sorriso estilo Damon Salvatore.

Pela primeira vez desde que o conhecera, Phil finalmente tinha uma expressão de horror pelo que Mandy havia dito sobre ele.

— Espere aí... — Phil disse bebendo outro gole de vinho. — Você realmente achou que eu queria algo com você? Mandy, por favor, não seja estúpida, eu já sou casado!

Mandy deu um passo para trás assustada. Casado? O mundo da garota caiu sobre a cabeça dela, as lágrimas vinheram rapidamente e Mandy não as impediu, deixou que elas vinhesse.

— Durante todo esse tempo?

— É. Eu não acredito que você realmente acreditou! — Phil riu.

Mandy reuniu toda a força que aquele momento estava lhe proporcionando e socou o nariz do antigo namorado. Phil deu dois passos para trás assustado, enquanto Mandy novamente o socava, dessa vez no estômago. Isso fez com que Phil caísse no chão.

— Você é um bastardo! Seu idiota desgraçado! — Mandy gritou enquanto corria escada abaixo.

Ainda chorando e com uma dor insuportável no coração, Mandy chamou um táxi, ao chegar em frente a casa de John ela jogou algumas notas para o motorista e abriu os portões rapidamente, pegou a chave extra que John havia lhe dado alguns dias atrás e entrou correndo. Jogou-se no sofá e chorou, os soluços da garota ecoava por toda a casa. Mandy chorou até sua garganta ficar seca.

Ela passou a mão pelo cabelo, reunindo todas as forças necessárias ela ficou de pé. Mandy abraçou o próprio corpo e indo em direção a cozinha, todo o corpo da garota tremia.

Mandy abriu a geladeira e encontrou uma garrafa de vinho aberta. Ela a pegou, abrindo e voltando para sala. Ela se encolheu tomando um gole do vinho e abraçando uma almofada. Ela tinha o cheiro da melhor amiga e de John, Mandy permitiu-se sorrir por um pequeno momento, pelo menos alguém estava sendo feliz naquela cidade.

A porta foi aberta rapidamente, fazendo Mandy se assustar e soltar a garrafa sobre o sofá, derramando vinho por todo o sofá. Ela xingou-se e começou a planejar seu pedido de desculpas, não iria contar de cara o tipo de canalha que o Phil era.

A luz foi acessa, fazendo Mandy piscar repetidas vezes.

— O que faz aqui?

Mandy piscou mais algumas vezes e encarou a pessoa na porta. O cabelo ruivo foi a primeira coisa que ela conseguiu ver. Luther estava parado, uma das sobrancelhas arqueadas e os olhos azuis fixo nela.

— Bebendo! — ela respondeu.

Luther fechou a porta atrás de si e seguiu em direção a ela, puxando a garrafa de vinho da mão da garota e colocando-a sobre a mesinha de centro.

— Você está completamente bêbada.

— Não me diga! — Mandy resmungou.

— O que aconteceu?

Mandy encarou os olhos azuis do homem, ele era bonito. A puberdade havia lhe feito um bem quase inacreditável. Mandy afastou os pensamentos da cabeça, ela estava bêbada, não podia pensar esse tipo de coisa, não por ele.

Mandy ficou de pé e deu um passo, indo em direção ao chão rapidamente. Luther soltou uma risada abafada e a colocou de pé novamente.

— Vou te levar para o seu quarto. Vem!

Luther segurou a garota pelos braços e subiu com ela. Mandy segurou os ombros do homem e apreciou o cheiro que vinha dele. Reparou que por baixo de todo aquele terno existia um homem incrivelmente forte, um vegetariano forte!

Luther abriu a porta do quarto da garota e colocou-a na cama.

— Durma. O John e a Clara logo estarão aqui, tenho que ir.

Mandy arregalou os olhos e segurou a mão de Luther em um impulso. Ela não poderia ficar sozinha, se ficasse acabaria fazendo alguma besteira. Uma grande merda que ela iria se arrepender para sempre.

— Por favor, não vá.

Luther arregalou os olhos e sentou na cama. Mandy ficou sentada de frente para ele. O silencio se estabeleceu entre eles.

Depois de um longo tempo em silencio, Mandy se surpreendeu com a própria atitude. Ela “pulou” sobre Luther, puxando-a para si enquanto deitava-se na cama. Por um leve momento Mandy acreditou que ele iria se afastar, porém ele permaneceu, abraçando a cintura de Mandy e a imprensando contra o próprio corpo, a mão da garota rapidamente foi em direção a gravata e aos botões da camisa do ruivo.

O ruivo deu um sorrisinho de leve enquanto beijava a garota. Mandy havia confirmado a sua teoria, por baixo do terno realmente havia um homem malhado. Luther terminou de tirar a própria roupa e retirou todas as peças de roupa que a garota usava rapidamente, analisou o corpo dela com um sorriso malicioso no rosto.

Mandy abraçou a cintura do ruivo com as pernas, arranhando as costas do ruivo quando ele a penetrou rapidamente. Ela esperava não se arrepender depois!