It's you! escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 10
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

Bom, apenas duas pessoas comentaram o capitulo anterior. Estou postando porque não aguento mais esperar, vou pedir só dois comentários para o próximo capítulo. Espero que comentem!

Um obrigada especial para a Scarlett Black, que sempre esteve comentando todos os capítulos. É gratificante ter você acompanhando a minha história, você deve ter muita paciência! ^^
Obrigada também para a Ana de Cassia! Obrigada pelo comentário no capítulo anterior.

Bom, todos tenham uma excelente leitura. Eu espero que gostem e não demorem a comentar ^^



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John Smith

John sentiu quando sua cabeça bateu contra a grama, sentiu também o gosto metálico do sangue, passou a língua pelo lábio inferior e sentiu mais gosto de sangue. Ao abrir os olhos Clara estava inutilmente tentando manter o namorado longe dele, John se sentiu culpado ao o ver erguendo a mão e batendo nela a fazendo cair.

— Ei, não bata nela! — John gritou.

Ele deixou Clara de lado e seguiu até onde John estava. Ele agora estava com medo, não podia brigar, isso o levaria a ficar sem ar e ele voltaria novamente para o hospital. Ele não queria aquilo.

O namorado de Clara chegou ao um ponto com luz, John arregalou os olhos.

— Robb? — ele deixou o nome dele escapar.

— Meu nome! — ele falou.

John se lembrava dele. Na época em que eles faziam o ensino médio, Robb Green era o garoto popular. Todos faziam o que ele queria, ele usava drogas desde aquele tempo e John se perguntava como ele ainda não havia morrido de uma overdose. Robb continuava o mesmo de sempre, cabelos bagunçados, roupas sujas e folgadas e continuava o mesmo covarde de sempre.

— Não se lembra de mim? Sou eu! John Smith.

Robb parou no meio do caminho. Ele estava com um corte na sobrancelha, John não se lembrava de ter batido nele. Os olhos castanhos do garoto brilharam, provavelmente havia lembrado quem John era no ensino médio.

— Vejo que lembrou! Você não mudou muita coisa.

— Nem você. Continua o mesmo magrelo ridículo de sempre!

— Não continuo. Eu sei socar a sua cara agora, seu filho da mãe.

John partiu pra cima do gordo, caindo por cima dele enquanto socava o rosto dele. Ele não ligava se aquele comportamento iria fazer ele passar mais algum tempo naquela cidade, ele havia descoberto que viver ali com Clara Oswald era melhor do que todo dinheiro que ele conseguia ganhar em propagandas ridículas em Los Angeles.

John ouviu um movimento e logo sentiu mãos o tirando de cima de Robb. As luzes das casas próximas estavam acessas. John viu Peter segurando Robb, olhou de lado e viu um homem de farda o segurando. Quando a policia havia chegado? Ele olhou para Clara, viu que uma listra de sangue escorria da testa, ela segurava o celular chorando.

John viu sua mãe correndo em direção a garota. Ela a levou para dentro, John seguiu Clara com o olhar, mas ela não o olhou de volta.

— Você vem comigo! — o policial falou para Robb.

— E ele?

— Ele estava apenas defendendo a garota. Eu vi você batendo nela! Sr. Green, você está preso!

O policial soltou John, que não esperou para ver o glorioso momento da prisão do velho amigo. Ele virou rapidamente e correu para dentro da casa, ao chegar lá encontrou Clara sentada no sofá tremendo enquanto tentava tomar um chá.

John sentou ao lado da garota, ela ainda chorava.

— Desculpe! — John sussurrou.

— Obrigada! — Clara sussurrou de volta.

John ergueu o olhar para a garota que apenas a abraçou. Ele passou os braços em volta da garota, sentindo-se pela primeira vez em muito tempo necessário. Cassandra retornou e arqueou as sobrancelhas ao ver aquela cena.

— Estou incomodando?

Clara se assustou, largando os braços do moreno rapidamente.

— Deixe isso comigo!

John pegou a caixa de primeiros socorros e apoiou-a em suas pernas. Clara deixou a xícara na mesinha de centro e enxugou as lágrimas, John deu um pequeno sorriso.

Ele pegou um pouco de algodão e delicadamente limpou o sangue quase seco que tinha na testa da garota. Clara apenas o olhava e John estava um pouco incomodado com aquilo, por mais que as garotas ficassem o encarando por horas em alguma entrevista, está ali, como Clara Oswald o olhando diretamente nos olhos era algo incrivelmente vergonhoso.

John fez o curativo e guardou as coisas, o sangue em sua boca já estava seco.

— Eu acho melhor você ir dormir! — John disse.

Clara apenas levantou e subiu as escadas devagar. John ficou observando tudo, cada passo que ela dava. Era complicado tudo o que estava acontecendo, fazia somente três dias que ele a conhecia e John sentia como se Clara fosse a coisa mais importante da vida dele. Amor a primeira vista não existia, essa coisa só existia em filmes, livros, em um mundo totalmente diferente, onde a fantasia era prioridade.

.~.~.

Clara Oswald

Clara não se lembrava de quase nada da noite anterior, tudo não passava de um flash. Ela se lembrava de Robb ter batido nela, mas tirando isso tudo era um vulto na escuridão de pensamentos.

Ela virou na cama e abriu os olhos. O teto lilás a trouxe de volta a realidade, ela estava no quarto de Lucy. Tocou a sobrancelha e sentiu o curativo que John havia feito.

John, ela pensou.

Ela pegou o celular que estava no bolso, certificou-se que ele ainda funcionava e discou o número da melhor amiga. Mandy Lancaster. A amiga atendeu no primeiro toque.

— Clara Oswald?

— Eu mesma! — Clara tentou sorrir, mas não conseguiu.

— Qual a honra da ligação?

— Preciso de ajuda! Pode voltar? Por favor!

— Seu desejo é uma ordem!

A porta foi aberta e Clara desligou. John entrou, ele usava a mesma calça preta de sempre, uma camisa branca e um casaco de couro, havia uma ferida na boca dele mas mesmo assim ele sorriu.

— Tudo bem?

Clara sentou na cama e John sentou ao lado dela. Ela se lembrava que eles estavam naquela mesma posição no dia anterior, Clara se perguntava se tudo aquilo poderia ter sido evitado se eles tivessem se beijado.

— Tudo. — Clara sussurrou.

John ergueu seus olhos verdes em direção a ela. Clara sentiu seu corpo estremecer, ela não podia estar se apaixonando. Era completamente impossível, John era totalmente diferente do que ela queria como o homem da sua vida. E somente em imaginar ter algo com um ator famoso cercado de fãs loucas e paparazzi, Clara já queria se esconder.

— Sei que não é uma boa hora — John disse. — Mas preciso que venha comigo a delegacia.

— Pra?

— Robb te bateu, eu o vi batendo. Mas você precisa ir lá e fazer o B.O.

— Eu não quero.

Aquilo foi o suficiente para John se irritar. Clara já havia percebido que ele ficava estressado com facilidade, ela não sabia se era o comportamento natural dele ou se aquilo era uma forma desajeitada de se preocupar com ela. Ela sorriu ao imaginar se realmente fosse a segunda opção.

— Qual o seu problema? — John perguntou a trazendo de volta a realidade. — Como você consegue conviver com isso? Em nome da sanidade! Ele te bateu, você tá com um corte na sobrancelha. Se você não for ele vai sair, vai voltar para a sua vida e vai voltar para bater em você. Você o ama a esse ponto?

Ela viu quando o desespero passou pelo rosto do ator. Ela não sabia se ele estava fingindo, afinal ele já havia feito aquele tipo de coisa em vários filmes diferentes. Ela se apegou a ideia de que ele não estava fingindo, que ele realmente se importava com ela e que a queria proteger.

— Como o conhece? — Clara perguntou. Sua memória claramente lembrando da madrugada que teve.

— Estudávamos na mesma sala. Robb era o garoto popular, ele me batia às vezes. Namorou com a minha irmã por algumas semanas, eles terminaram porque o meu pai descobriu que ele havia batido nela.

Clara não ficou surpresa.

— Eles brigaram e Robb ficou descontando toda a raiva em mim. Quando terminamos o ensino médio eu perdi totalmente o nosso maravilhoso contato.

John sentou novamente na cama, porém dessa vez mais perto da morena.

— Clara, por favor. Vamos comigo! Eu imploro.

— Por que se importa tanto comigo?

John ergueu o olhar e Clara viu um sorriso surgi nos lábios dele.

— Porque sim.

Clara ficou de pé e se deixou ser levada pelo ator. Eles desceram as escadas, Clara falou algo com Cassandra e saiu, John abriu a porta do carro e ela entrou. A “viagem” foi tranquila e logo Clara viu o nome “delegacia” pintado em branco na parede.


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