Amizade... Ou Não? - É só o começo. escrita por Alessa Beckett Castle


Capítulo 19
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas voltei. ANTES de começarem a ler este capítulo, eu peço que releiam o capítulo "Trauma", vulgo o anterior a este. Eu cometi um deslize entre as temporadas e no capítulo está o conserto. Depois, podem apreciar sem moderação este aqui.

Leiam as notas finais! :D



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      - Mas como isso é possível? – Anne questionava para si.

      - Simples. O assassino de Carl pode ser o mesmo de Johanna. – Johnny explicou como se fosse óbvio.

      - Isso eu sei, pateta. – Ela replicou, revirando os olhos. – Eu quero entender os flashbacks.

      - Aaah. Certo. – Ele assentiu em compreensão. – Então, eu na verdade não sei como funciona. Mas, como aconteceu comigo, eu decidi tentar a sorte e ver se você tinha isso também.

      - Ok. E agora? – Ela perguntou, começando a andar de um lado a outro. – Como vamos levantar a hipótese de interligar os casos se a Kate não pode saber?

      - Primeiro: você vai parar de andar. – Johnny pediu. – Segundo: não sabemos se ela não pode saber. Podemos perguntar a Espo, ou Ryan, ou Lanie, até mesmo para Castle.

      - Verdade. – Ela ponderou sobre o argumento. – Você fica adorável quando raciocina assim. Agora vamos. – Ela concluiu, o puxando pela mão.

      ----- // -----

      Lanie estava analisando algumas amostras que Pearlmutter havia extraído de Carl Lewis, em busca de alguma pista, quando ouviu alguém entrando no local.

      - Eu ainda não descobri nada. – Ela avisou, acreditando ser um dos detetives.

      - Não se preocupe, eu não pretendo apressar você. – Castle replicou, prendendo a atenção da legista.

      - Olá Richard. – Lanie cumprimentou, brincando. – E oi para você pequenino. – Ela direcionou para Jamie, que bateu palmas. – Em que posso ajudar?

      - Quem disse que eu vim buscar ajuda? – Rick interrogou. – Eu não posso simplesmente ter decidido trazer James para visitar a madrinha?

      - Você geralmente convida a mim e Esposito para jantar no loft. – Lanie observou.

      - Touché. – Castle retrucou. – Anne veio me perguntar sobre o caso Johanna.

      - E por que ela fez isso? – Lanie inquiriu preocupada.

      - Aparentemente Johnny acabou visualizando a foto de Johanna no beco onde eles encontraram a vítima. – Rick relatou. – Isso é possível?

      - Na verdade é. – Lanie assegurou. – O cérebro humano possui uma espécie de “gatilho” que é acionado quando voltamos ao local de um evento traumatizante. Ou de algo que lembre o ocorrido.

      - Você diz que, por exemplo, se eu levar Johnny ao Rockfeller, ele vai rever na mente dele tudo o que aconteceu? – Castle exemplificou.

      - Exato. – Lanie assentiu. – Não, Jamie, isto não é brinquedo. – Ela afastou uma mesa de cirurgia que, surpreendentemente, ele puxou com os pés.

      - Eu preciso saber por que ele contou isto a ela. – Richard ponderou.

      - Quem contou o quê? – Kate interrogou, entrando no necrotério. – Por que ele está aqui embaixo? – Ela questionou à Castle sobre James.

      - Não se preocupe. – Lanie garantiu. – Não há corpos à vista e eu não pretendo lidar com nenhum até o pequenino sair.

      - Certo. – Beckett assentiu. – Agora, de volta a primeira pergunta.

      - Eu imaginei que isso ia acontecer. – Castle suspirou antes de relatar tudo à Kate.

      - Bom... – Ela respirou fundo após ouvir toda a história. – Eu torço o pescoço dele ou peço para o Espo?

      - Vocês podem desconversar esta ideia até comprovar que é verdade. – Lanie sugeriu.

      - Desconversar Annelise? – Castle interpelou. – É mais fácil criar um labrador no loft.

      - Lanie, se você me acha teimosa, você não aguentaria dois minutos tentando tirar uma ideia da cabeça daquela garota. – Kate afirmou.

      - Então eu só posso desejar boa sorte. – Lanie alegou, voltando para suas amostras. – E eu não consegui nada ainda Beckett.

      ----- // -----

      - Yo, Johnny. – Espo chamou o rapaz que fitava o quadro branco. – Preciso trocar uma ideia com você.

      - Beckett conversou com você, não é? – Johnny deduziu, surpreendendo o detetive. – Eu já esperava por isso. Mas eu juro que não foi de propósito.

      - Nós sabemos. – Ryan se aproximou. – Só que agora precisamos tirar essa ideia da cabeça dela. E Kate já nos avisou do nível de teimosia.

      - Hah. Vocês não sabem da metade. – Johnny atestou.

      - Descobriram algo novo? – Beckett indagou.

      - Nada. – Espo negou. – Temos somente Carl Lewis, 28 anos, solteiro e trabalhava como arquivista. Foi o mais longe que chegamos.

      - O que não ajuda muito. – Ryan comentou, ouvindo o telefone tocar e se prontificando a atender. – Det. Ryan. Mesmo? Ok. Obrigado Pearlmutter. – Ele concluiu, desligando o aparelho. – Pearlmutter disse que concluiu a autópsia de Carl. O assassino foi extremamente cauteloso, pois não há um vestígio. Sem marcas de digitais, ou fios de cabelo.

      - Se isso é o que estamos pensando... – Johnny pensou. – Mas alguma coisa não faz sentido nisso. Nós não havíamos mostrado todo o caso Johanna para Anne E revelado a ligação?

      - Jonathan. Amnésia. – Espo reforçou.

      - Verdade. – O garoto assentiu. – Mas não podemos esconder isto para sempre.

      - Talvez não seja necessário. – Ryan refletiu. – E se fizéssemos parecer que a conexão se deu a partir deste caso? – Ele questionou, indicando o quadro.

      - Vai dar uma de Castle? – Espo brincou. – E como faremos isto?

      - Primeiro precisaríamos descobrir se o assassinato de Carl é pelo mesmo motivo dos outros. – Kate pontuou.

      - Se é relacionado ou não, eu não sei. – Anne comentou, vindo da sala de descanso. – Mas eu tenho algo interessante. – Ela alegou, indicando uma pasta de documentos em sua mão.

      - Onde você se enfiou? – Beckett demandou. – Você sumiu a tarde inteira.

      - Eu estava atrás do local de trabalho de Carl. – Ane constatou, largando o arquivo na mesa de Kate. – Ele não era um simples arquivista. Ele lidava com o arquivo de uma delegacia da NYPD.

      - E você descobriu isso como? – Ryan indagou, espantado.

      - De um modo tão ridículo que, se tivéssemos pensado em fazer, não faríamos. – Anne declarou. – Eu pesquisei pelas descrições dele no Google. Ele apareceu em uma lista de aprovados em um concurso para arquivista oficial da NYPD. Então eu contatei a central e pedi tudo que eles tinham referente a Carl, justificando a retirada dos documentos.

      - E eles simplesmente entregaram? – Espo questionou.

      - Não até eu exibir isto. – Anne mostrou o distintivo em sua cintura. – Não é roubado, não peguei nas coisas do meu pai, eu o recebi da capitã há alguns meses. Ela disse que era um presente de aniversário. – Ela afirmou, sorrindo de canto. – Estão esperando o quê? Investiguem os documentos.

      - E você vai fazer o que? – Johnny interpelou.

      - Eu vou incomodar Lanie um pouco. – Anne atestou. – Ver se ela encontrou algo ou precisa de ajuda.

      ----- // -----

      No final das contas, o arquivo que Anne deixou com Kate foi extremamente útil. No entanto, revelou algumas peças a mais que não agradaram muito. Como por exemplo, o fato de que Carl trabalhava para a 74th delegacia da NYPD. A mesma delegacia de Jack Henson e Derek Jones. Infelizmente, isso sugeria uma possível conexão dos casos. Kate refletia sobre isso dentro do carro, enquanto pensava sobre o súbito sumiço de Anne após ir ao necrotério. Quando acabou o expediente, ela ia atrás da garota para poderem ir embora, quando recebeu uma mensagem dela, dizendo que ia mais tarde, pois estava ajudando Lanie. Quando chegou ao prédio, ela decidiu ligar para a legista do elevador.

      - Oi Lanie. – Kate cumprimentou. – Como vai a minha legista favorita?

      — Nananinanão. Não vem com essa para cima de mim garota. — Lanie determinou, fazendo a detetive rir. – Do que você precisa?

      - Eu só queria saber se você já dispensou a minha pestinha. – Kate brincou.

      - Anne? – Lanie perguntou. – E por que eu precisaria dispensá-la? Eu não a vi o dia inteiro.

      - Como assim? – Kate demandou. – Ela disse que ia ver se você precisava de ajuda e depois disso eu não soube mais dela. Até ela me mandar uma mensagem dizendo que ia chegar mais tarde, pois ainda estava ajudando você. – Ela relatou, procurando as chaves do loft.

      - Olha Kate. Aqui ela não esteve.— Lanie assegurou. – Eu me lembrei de uma coisa. Na direção que ela deve ter seguido para ir ao necrotério, fica outro lugar que poderia interessa-la.

      - Que ou... – Kate se interrompeu quando se recordou do local. O Arquivo da delegacia. – Eu vou tentar falar com ela. Qualquer coisa me liga. – Ela se despediu, desligando o celular e olhando ao redor do loft. – Anne?

      - Ela não chegou ainda. – Castle avisou, saindo do escritório. – Eu achei que vocês vinham juntas.

      - Eu também. – Kate afirmou, alcançando o celular com a mensagem para Rick. – Eu vou ver como Jamie está.

      Castle acenou com a cabeça, lendo o texto. Ele precisou interromper sua leitura quando o nome de Anne apareceu na tela. Ela estava ligando.

      - Telefone de Kate Beckett. – Castle respondeu receoso.

      - Oi Rick. — Castle suspirou aliviado. Era Anne do outro lado.

      Anne. Onde você está? – Castle interrogou preocupado.

      - Eu precisei dar uma volta para pensar um pouco. — Anne alegou, e Rick notou algo diferente na voz dela.

      - Certo. – Ele afirmou, vendo Kate retornar à sala com James. Ele colocou o aparelho no viva-voz e o repousou sobre a mesa. – É a Anne. – Ele murmurou para Kate. – E você está bem?

      — Estou.— Anne garantiu, ainda com o tom estranho. – Eu só tinha uma dúvida que eu precisava pensar sobre.

      - E qual seria essa dúvida que você não podia perguntar para nós? – Kate investiu, no fundo já sabendo a resposta.

      - Quando vocês iam me contar sobre o assassino do meu pai?— Anne lançou a pergunta em um tom ácido.


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Notas finais do capítulo

Ok, agora eu fui cruel. Como vocês acham que o casal Caskett vai fazer para explicar a nossa pestinha favorita o que ela já sabia? Comentem suas opiniões, críticas, elogios, ameaças de prisão... O que vocês quiserem para eu saber o que acharam. Bjs, Ale ;*



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