Amizade... Ou Não? - É só o começo. escrita por Alessa Beckett Castle


Capítulo 14
Fire Beats Ice


Notas iniciais do capítulo

O nome fará sentido mais pro final do capítulo.

Espero que gostem!



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      Eles haviam ido almoçar no fast food favorito de todo mundo. Johnny queria um lugar mais desconhecido para tirar suas dúvidas.

      - Então... O J.R. ainda existe. Por quê? – Questionou tranquilamente.

      - Como eu disse, ele é promissor. Se oferecêssemos ao Governo, eles pagariam uma nota por isso. Enquanto eles trabalham na proposta, ele está sob nosso controle. Eu posso usar no que for necessário. Como foi esse caso.

      - Você vai vender? Achei que você adorasse ele.

      - E adoro. Mas dormiria melhor à noite sabendo que ele está prendendo os maiores bandidos e assassinos da América.

      - Ele realmente é um excelente projeto. Ainda não acredito que ele perdeu para uma bola de hamster com sensor de movimento. – Resmungou Johnny, com a testa franzida.

      - Era a sétima série. Não podíamos esperar muita coisa. Sem falar tudo que passamos para cria-lo.

      - Ah, os velhos tempos. Mas, que “melhorias” você fez nele?

      - Identifica placas de veículos, codifica mensagens criptografadas, rastreia por GPS e por rede social. Essas coisas.

      - “Essas coisas”, ela diz. – Comentou Johnny, fazendo Anne rir.

      Eles iam seguir a conversa quando receberam uma mensagem de Espo, com a foto e a identificação do sobrevivente: Mark Stevens.

      - Johnny, por acaso não é o rapaz sentado lá no canto? – Indicou Anne a um rapaz sozinho.

      - Ele mesmo. – Respondeu, comparando com a foto. – Vamos lá. Entra no meu jogo.

      Eles se aproximaram devagar, fingindo uma conversa. Quando chegaram bem perto da mesa, Johnny disse, para que ele pudesse ouvir.

      - Viu? Eu disse que não era ele. Mas você insiste em teimar.

      - Tá certo, você ganhou. Não era mesmo. Feliz? Desculpa moço, é que de longe você me lembrou de um jogador de beisebol.

      - Sem problemas, não é a primeira vez.

      - Prazer, Jonathan. – Cumprimentou Johnny. – Esta é Annelise, minha namorada. Não querendo me intrometer, mas qual o seu nome?

      - Mark. Mark Stevens. O prazer é meu. A que devo esta introdução?

      - Bem esperto. Somos da NYPD e gostaríamos que o senhor nos acompanhasse. – Respondeu Anne. – Estamos investigando um caso do qual o senhor é a única testemunha.

      - Somente depor? Minha vida não vai ficar em risco? – Perguntou, nervoso.

      - Exato, somente depor. Vamos garantir que esteja seguro. Acompanhe a gente, por favor. – Pediu Johnny.

       ******

      - Certo, temos a identidade do sobrevivente. Podemos ficar de olho pelas ruas. Vamos verificar os lugares que ele visita com... – Kate foi interrompida pelo som do elevador se abrindo, e Anne e Johnny saindo dele, com a testemunha. – Ou deixar aqueles dois trazerem a testemunha até nós.

      - Onde vocês o encontraram? – Indagou Ryan, surpreso.

      - Numa lancheria. – Responderam, simultaneamente.

      - Assustador. Sr. Stevens, acompanhe-me, por favor. – Disse Espo.

      - Muito bem. Vocês deram a maior sorte. – Comentou Ryan, indo atrás de Espo.

      - Agora quem vai me dizer como o trouxeram até aqui? – Questionou Kate, sabendo que eles tinham ido longe para almoçar.

      - Eu já tenho carteira. – Respondeu Johnny. – E Espo me emprestou o carro dele.

      - Eu ainda acho injusto. Eu quero uma carteira. – Resmungou Anne.

      - Faça 16, e terá. – Devolveu Kate.

      Ela ia comentar algo, mas deixou quieto, substituindo por outro argumento.

      - Vou ver se tem alguma placa para identificar no vídeo.

      - Ok, isso foi estranho. – Declarou Kate. – Pode me explicar o que se passa com ela?

      - Quem sabe? Ela é doida. Ficou assim quando eu questionei do J.R.

      - Do quê?

      - O algoritmo de hackear câmeras. O desenvolvemos juntos na sétima série. A base de muita briga. Aaaah. Agora eu entendi.

      - Johnny? Eu me referia ao lance da carteira e do aniversário.

      - Ah tá. Nem ideia, só sei que é semana que vem e... Aaaah. Ela pensa que esquecemos.

      A única resposta que recebeu foi uma revirada de olhos.

      ******

      - Qual é Anne, você ficou um bom tempo fora, não podia esperar que eles lembrassem. – Dizia para si mesma. – Mas poderia haver a chance... Ah, esquece. Já passou um aniversário em branco mesmo. O que é mais um?

      Ela seguia analisando o vídeo, prestando atenção na moto. Quando ela aparece na imagem, podia-se ver a placa, mas sem distingui-la.

      - E se eu fizer... -  Pensou, escrevendo um novo código no sistema que estava utilizando. – Aha! – Exclamou, vendo que funcionara. Agora tinham uma placa para rastrear. – Vamos ver aonde você está... – Acessou o método de rastreio para a placa detectada.

      - Alguma sorte? – Questionou Kate, na porta.

      - Hã? Ah, sim. Temos uma placa e estou rastreando a moto. – Respondeu, olhando  para a tela. – Huh.

      - O que foi?

      - O sistema diz que a moto está aqui na delegacia. Acabou de estacionar.

      Eles ouviram o barulho do elevador se abrindo e dele saiu... Nada além de uma fumaça de gelo seco. E uma carta amarrada num tijolo.

      - Ok, isso é sinistro. Legal, mas sinistro. Tenho que aprender a fazer um dia. – Comentou Anne.

      Johnny caminhou até o tijolo e pegou a carta. Abriu e leu em voz alta o que dizia.

      “Olá NYPD. Vejo que estão atrás de mim. Eu poderia me revelar e acabar com isso, mas qual seria a graça? Quero ter os policiais mais experientes e habilidosos investigando este caso, descobrindo quem eu sou e sabendo que nunca vão me encontrar. E o jogo continua aonde ele começou. Vejo vocês lá em uma hora. Que os jogos comecem! Opa, fala errada.”

      - Tá certo, isso foi a carta mais bizarra que eu já li. – Respondeu Johnny.

      - Está bem. Quem vai ao Rockfeller? – Questionou Anne. – Eu me voluntario.

      - Eu também. – Seguiu Johnny.

      - Vocês estão loucos. Por que vocês querem ir? – Questionou Ryan, saindo da sala de interrogatório.

      - Eu respondo? – Perguntou Anne. Johnny assentiu. – Esse cara, só pelo assassinato e o jeito de escrever, demonstrou ter um fator Joker. Sabe? O arquinimigo do Batman. Ele só quer ver o circo pegar fogo. Seria bom alguém investigar esse “convite”.

      - Está bem. Vamos. – Disse Kate.

      - Espera... O quê? – Indagou Anne.

      - Está sonhando se acha que vou deixar vocês dois irem até lá sozinhos. Eu dirijo.

      ******

      Eles adentraram o Rockfeller, ainda isolado e manchado com o sangue de vinte e quatro vítimas. Olharam para todos os lados da pista, porém, não tinha nada a ser encontrado.

      - Certo. Ele está nos fazendo perder tempo. – Concluiu Anne. – Apareça. Saia de onde estiver. – Disse, com a arma em mãos.

      Um holofote os iluminou no meio da pista, e uma voz ressoou no local.

      - Bem vindos! Vamos começar mais um Show de Horror no Rockfeller Center. Os nossos convidados especiais já chegaram. Três representantes da NYPD. No entanto, show não é show sem conhecer o apresentador. Com vocês, Jack Napier.

      - Jack Napier? – Indagou Johnny. – Este não é o...

      - O nome do Joker do Batman de 1989. – Respondeu Anne. – Ele mesmo.

      - Vocês querem me dizer que estamos atrás de um psicopata de HQs? – Questionou Kate.

      - Obrigado! Obrigado. Sabem, vocês têm sido uma pedra no meu sapato. – Disse um rapaz usando o melhor cosplay de Joker que você jamais verá. De longe, jura que é o verdadeiro. – Isso não pode continuar. Quando tudo isto começou, eu esperava ganhar um Batman para me combater. Não esperava a Polícia de Gotham. Creio que essa delegacia precise de uma lição. O que acham, pessoal? – Perguntou ele, apertando um botão que fez ressoar aplausos de plateia.

      - Alguém mais acha isso ridículo? – Questionou Kate. Ambos os adolescentes concordaram.

      - O público quer, o público terá. Vamos ao primeiro desafio! – Começou Napier. – Paredes de fogo! Vocês têm cinco minutos para escapar daí, enquanto as paredes se aproximam do centro da pista, o que vai derreter o gelo em volta. – Anunciou, ativando um botão que criou quatro paredes em chamas, uma em cada saída do Rockfeller. – Estão prontos? Que comece o desafio!

      - Agora é oficial. Estamos fritos. – Disse Johnny.

      - Muito cedo, Johnny. – Comentou Anne.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, eu sei. Mereço uns tapas. Condenem a minha pessoa nos comentários!
Bjs, Ale ;*



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