A aposta escrita por Camila


Capítulo 1
A aposta


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura babys, aproveitem ♥



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Scorpius Malfoy é um chato, aliás, chato é um adjetivo pouco ofensivo em relação a esse ser insuportável. Como ele consegue me irritar tanto é uma resposta que não tenho. Mas ele me irrita de uma forma inacreditável. Tudo bem que não sou a pessoa mais calma do mundo, na verdade, estou longe de ser. Sou a prova viva de que ruivas costumam se irritar facilmente, e o pior de tudo é que não consigo me controlar de modo algum. Já que fico parecendo um tomate... Maldita genética Weasley!

Por que tanto ódio? Simples, Rose Weasley não se mistura com Scorpius Malfoy assim como Scorpius Malfoy não se mistura com Rose Weasley. É quase uma lei da vida, é o que chamamos de destino ou o que preferir.

– Rose, você está bem? - Lily me encarava com um olhar atordoado.

– Ah, estou - sorri sem graça.

– Você está resmungando sobre como o Malfoy é insuportável há um tempão - riu, debochada - acho que esse papo todo de “odeio o Malfoy” é uma grande mentira.

Me irritei, quem essa ruiva intrometida pensa que é? Insinuar que sinto algo além de pura antipatia por aquele garoto asqueroso é no mínimo uma tentativa de suicídio. Lily Luna Potter é minha prima e melhor amiga, mas mesmo assim não a pouparia de uma azaração caso insinuasse isso mais uma vez.

– Não vou falar nada a você, Potter - resmunguei.

Lily sorriu amarelo e em seguida gargalhou alto me dando um banho de saliva e, como se não bastasse, gritou para Deus e o mundo ouvir que seria minha madrinha quando eu casar com Malfoy. Proferi algumas palavras de baixo calão, enquanto a ruiva Potter saia correndo escada abaixo.

Bufei.

Não sei por que Lily tem essa mania demasiadamente desagradável de insinuar que possa haver algo entre minha pessoa e aquele projeto de gente. Ainda atordoada, me joguei em minha cama. Dormir não foi o problema, mas sim aquele sonho anormal com Scorpius Malfoy... Sonho não, pesadelo... Isso!

Pesadelo.

Nunca seria um sonho bom quando tem aquele trasgo envolvido no meio.

Apesar de acordada, permaneci com os olhos fechados tentando assimilar e entender o por que daquele sonho. Porém um barulho me irritava há algum tempo, uma espécie de piadas e batidas na janela. Irritada, levantei da cama e arreganhei a janela a tempo de me chocar com um animal descontrolado e sair bolando pelo chão enroscada a ele.

– Mas que merda - murmurei ao ver uma grande coruja marrom com traços brancos, que aparentava ser dos tempos de minha avó.

Passei a mão por meus cabelos que agora mais se assemelhavam a ninhos de pássaros enquanto a coruja piava descontroladamente. Fui me acalmar para em seguida acalmar a coruja desenfreada que agora destruía minha estante de livros. Depois de umas boas bicadas, a coloquei em meu braço e sentei em minha cama enquanto tirava e desenrolava o pergaminho entre os pés do animal.

A cada palavra lida daquele pergaminho eu me sentia mais confusa e irritada.

“Rose, poderia lhe mandar rosas, mas sei que apesar de sua beleza se assemelhar a elas suas flores preferidas são peônias. Espero que a coruja tenha conseguido lhe entregar, caso contrário leve em consideração que ela foi emprestada para mim por um amigo já que pretendo manter minha identidade em sigilo. Aliás, cuidado para que ela não destrua seus livros... Longa história!
Enfim, você provavelmente não sabe quem sou e não tem a mínima idéia dos meus sentimentos por você. Mas, sua beleza e sua forma de ser me encantou de uma maneira inacreditável. Sou apaixonado por você.
Mas não me leve a mal, um dia saberá quem sou e quem sabe você sinta algo por mim também.
Com amor, seu admirador”
Não é preciso dizer o tamanho do meu choque.

–x-

Naquele mesmo dia, pela manhã.

– Cara, eu tenho todas meninas de Hogwarts aos meu pés - Scorpius Malfoy gabou-se, o que afinal não era uma mentira já que todas estavam mesmo aos seus pés.

– Você sabe que não - Tony Zabine, seu amigo de infância, sorria debochando. Sabia que existia uma garota que nunca cederia aos encantos e charme de Scorp. – Esqueceu-se de uma.

O loiro bufou.

A Weasley. A criatura mais impertinente que existe no mundo mágico, se acha a mais inteligente das criaturas e o que mais o irrita é o fato de ela sempre querer competir com ele em tudo, até mesmo no quadribol.

Deplorável.

– Vamos esquecer essa ai - bradou irritado.

– Então meu caro - sorriu maleficamente - quase todas as garotas querem você.

Para Scorpius aquilo era uma ofensa, uma questão de honra. Mesmo que não considerasse Rose o seu “tipo”, já que a garota estava sempre fazendo questão de se esconder dentro de moletons dois números maiores, até que a considerava bonitinha. Pensando nisso, falou a maior cagada de sua vida.

– Quer apostar que fico com a Weasley até as férias de natal? - após pronunciar essa frase que mudaria toda sua vida, se arrependeu imediatamente. Rezando para que Zabine não houvesse escutado. Porém a audição do amigo era boa até demais.

– Se você quer... Apostado.

Agora o garoto estava escrevendo uma espécie de declaração ridícula e surpreendeu-se ao perceber que sabia muito mais do que deveria sobre a Weasley, inclusive seu gosto sobre flores. Jogou os pensamentos estranhos para longe e enviou a coruja que pegara emprestada de um amigo de Zabine.
Já que seu objetivo era ficar com Rose Weasley, Malfoy como um bom sonserino faria de tudo para colimar seus objetivos... Até mesmo passar-se por um admirador ridículo.

Scorpius sorriu pensativo e enfim enviou a coruja até a casa de Rose, afinal, não tinha nada a perder.

Ao menos era o que o garoto pensava, porém ele se esqueceu que existia algo chamado destino e que este adorava brincar. Especialmente com o amor.


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Notas finais do capítulo

Comentem, até o próximo que postarei ou terça ou segunda, não sei ao certo (:



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