A menina e o Lobo escrita por Beatriz Prior


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

OiOi gentee! Não tem como se desculpar da demora né, pq foi um tempo muito longo mesmo sem postar.. Mas tá ai o capítulo e eu vou começar a postar mais, juro gente! Se quiserem me xingar esperem até lá em baixo em seus comentário pq agora, leiam essa maravilhosa fanfic que está quase acabando!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/540947/chapter/8

O céu estava vermelho e a lua estava invisível no céu, uma lua de sangue. Tris Prior estava em pé no meio da praça, ela não sabia como fora parar ali, mas sabia que suas pernas estavam incapacitadas de mexerem, e sabia que alguma coisa de ruim ia acontecer. Foi quando ouviu o uivo rasgar o céu como um lamento perturbador.

Sabia que tinha que correr, para bem longe, mas ainda não tinha o controle das pernas, outro uivo rasgou o céu, mais perturbador que o outro e mais alto do que qualquer um que já ouvira, sem aguentar mais aquilo, posicionou suas mãos nos ouvidos e forçou-os a abafar o som daquela terrível melodia. Ele estava se aproximando, podia sentir isso tanto quanto podia sentir esse vento gélido perfurando sua pele como adagas. Mas o que fazer? Tentou se libertar deste transe mais uma vez. Nada. Estava presa e ele estava chegando, fechou os olhos tão fortes como se isso fosse espantar algum pesadelo ruim, foi quando o sentiu. Sentiu seu hálito quente de lobisomem no seu rosto, ao abrir os olhos para enfrentar aqueles olhos já reconhecíveis, ele atacou.

Embora estivesse fazendo muito frio, Tris suava, era um pesadelo que nunca mais queria ter. Ela reconheceu aqueles olhos... Eram deles. Mas foi só um sonho, não poderia tirar conclusões precipitadas. Apalpou o chão que agora estava sentada e ficou perturbada ao perceber que era neve. O que... Ao longe, ouviu gritos, era uma mulher. Parou para escutar mais uma vez e reconheceu que: Vinha da aldeia, o que significava que no sono, caminhara muito longe até aqui e os gritos eram de sua mãe.

Tris não esperou para checar, correu o máximo que pôde até a aldeia. O que aconteceu? Será que foi outro ataque? Será que foi... Ela? Não! Balançou a cabeça se recusando a pensar nisso.

Suas pernas já estavam ardendo, mas já percorrera um caminho bem longo, por sorte, corria mais que qualquer um da aldeia, quando avistou a clareira que indicava a proximidade da aldeia, outro grito, e dessa vez, chamando seu nome. Tinha certeza que era ela.

Ao chegar aos portões, ficou surpresa ao ver que Eric não tinha colocado seus comparsas para vigiar as portas, elas estavam abertas, sem proteção alguma. Passou direto sem duvidar e viu que estavam todos fora de suas casas, ah não... Mamãe... Lágrimas ameaçaram brotar de seus olhos, pensou em ir perguntar a alguém sobre o que estava acontecendo, quando ouviu ela a chamando novamente. Vinha da praça. Deu uma rápida olhada para o céu só para se certificar de que não era um sonho, mas não, ele estava nebuloso como sempre.

– Mamãe! – gritou para que ela soubesse que estava bem. Não ouviu nada, uma silhueta apareceu ao longe, era ele, Quatro. Ele veio correndo para mim e seus olhos demonstravam preocupação.

– Onde você estava? Sua mãe está preocupada, eu estou preocupado!

Antes que pudesse responder viu sua mãe correndo até ela. Seus olhos inchados e vermelhos por conta das lágrimas, o cabelo desgrenhado mostrando alguém que não se importou nem de se dar uma olhada no espelho só por preocupação á filha. Aquela imagem destruiu seus sentimentos. Sempre vira sua mãe como uma mulher forte, bonita, mas ali estava ela com uma cara de choro e o cabelo desgrenhado, por causa dela.

– Me desculpe mamãe... Eu não sei como fui parar na floresta.

– Tudo bem meu amor, você está bem e é isso que importa.

Eu a abracei, não poderia ter uma mãe melhor que essa. Alguém me puxou de lado e me envolveu em um grande abraço. Era Al. Eu estava tão feliz por vê-lo, estar em seus braços era como estar deitada em minha cama quentinha novamente. Levantei meus olhos e Quatro estava nos observando, sua expressão quase dolorida, quando encontrou meu olhar, voltou a seu semblante fechado.

– O que estava fazendo lá? – perguntou Al.

– Eu não sei, eu dormi na minha casa e acordei no meio da floresta.

– Mas... – seu rosto mostrava completa confusão. Não podia culpá-lo, eu também estava confusa, como eu fui parar lá? Ela não tinha ideia. – Isso é muito estranho.

– Pois é, será que alguém me carregou até lá?

Ele não teve tempo de responder, todos da aldeia começaram a correr e me derrubaram no chão, Al rapidamente ele me levantou e correu comigo para onde quer que fossem. Chegamos á uma cabana velha onde as pessoas guardavam feno, Father Eric estava no centro com dois de seus soldados, Quatro e Max. Todos olhavam para o teto, Tris reconheceu o garoto imediatamente, Uriah, o que estavam fazendo agora?

O garoto jogava coisas em pequenos intervalos para os soldados, um desses objetos caiu na cabeça de Max.

– Já chega, vou tirar aquele animal de lá agora mesmo. – Tentou subir pelas madeiras que formavam a cabana, mas ele caiu. Uriah estava perturbado com as armas que os soldados usavam, ele nunca foi de violência.

– Desça daí, súdito de satanás! – gritou Eric. Uma movimentação ocorreu pela multidão e Shauna saiu, seu rosto mostrando preocupação, ela olhou em direção ao teto e lágrimas saíram de seus olhos.

– Deixem-no em paz! Ele não adora o satanás, ele é um garoto doente! Shauna era a única pessoa além de Tris que se importava com o garoto. – Por favor.

– Faça-o descer e pensarei no seu caso. – disse Eric sem se importar com a dor que dominava o rosto da garota.

– Ele não é um demoníaco! – gritou Shauna.

– Esse menino, - disse Eric elevando a voz. – é um praticante de magia negra. Ele foi encontrado com isso! - O padre mostrou uma carta com o desenho de um lobo com pelagem preta e dois chifres no alto da cabeça. – Esse garoto, murmura coisas ininteligíveis enquanto está sozinho, ele atacou um de meus homens! Peguem-no!

Uriah agora se encolhia de medo entre as tábuas que o deixavam sentado. Ele não fazia nada de ruim, era só um garoto doente e com medo dessas armas. Mas Tris não podia lutar contra um dos homens de Eric ou com o próprio Eric. Quatro habilmente subiu pelas tábuas colocando o pé no lugar certo, diferente de Max. Logo ele estava lá em cima, Uriah se afastou o possível, mas a tábuas não era grande o bastante, ele caiu.

– Não! – Quatro gritou, mas ele já havia caído, uma queda de 4 metros até o chão. Ele desceu o mais rápido possível e pegou o garoto de cima do feno amontoado, por sorte, aquilo estava ali. Quatro e Max o levaram para dentro daquele elefante ameaçador detrás da igreja, onde ele foi jogado aos gritos. Max bateu a porta que ficava na barriga do elefante bem na hora que Uriah tentava escapar, abafando seus gritos.

***

– Ei! Ei! – gritou Shauna desesperadamente para chamar a atenção de Eric, que agora saía do lugar, assim como muitos aldeões. – O que vão fazer com ele? Não o machuquem! Por favor... – Lágrimas saíam de seus olhos. Eric a lançou um olhar de nojo, e foi em direção á taberna.

A garota não parava de segui-lo, pedindo para soltar o garoto maluco e perguntando o que poderia oferecer. Nada. Ela só poderia sair dali e deixa-lo em paz. A garota, percebendo que era inútil, foi embora. Eric Sentou no balcão com um copo de cerveja na mão, seus amigos o fazendo rir, mas tomando cuidado com as palavras, ás vezes Eric sentia saudade de como as pessoas falavam com ele antes, sem medo de falar alguma coisa errada, sem medo dele... Abanou a cabe

Um vendo gelado entrou pela porta da taberna, de lá entrou a mesma garota, Shauna, agora lembrara seu nome. Ela estava diferente, usava um vestido colado com um decote mostrando metade de seu peito. Eric teve vontade de rir, mas não o fez, sendo cavalheiro como é.

– Em que posso ajuda-la? – perguntou tentando esconder o tédio de sua voz.

– Solte o garoto que você prendeu no elefante de ferro. Ele não é um mostro.

Eric soltou uma risadinha debochada que los outros homens acompanharam.

– E o que você pode me dar? – perguntou ao parar de rir. A garota começou a desamarrar seu decote deixando a mostra seu mais do que alguém deveria ver. Eric riu com gosto, e dessa vez a garota pareceu envergonhada. – Eu não quero nada com você. Se não tem o que me dar, é melhor ir embora.

– Espere! Eu posso te dar uma coisa.

– O que?

– Um nome. De uma bruxa.

Eric levantou a cabeça de sua sopa e sorriu agradavelmente para a menina que agora chorava silenciosamente.

– Diga menina, e eu soltarei seu amiguinho.

A garota respirou fundo e pronunciou as palavras em alto e bom som.

– Beatrice Prior.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaaae? Ok, ok, já podem me xingar OU se preferirem, falar sobre a fic, vcs gostaram?
me digam pq eu realmente amo ler o s comentários de vcs. Bjs! até a próxima