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Passado um bocado, o médico vai ter ao quarto e conta-lhe as notícias.

– Tenho boas e más notícias, mas acho que vou começar pelas más! – Diz o médico mal entra no quarto.

– Sim, é melhor! Diga logo de uma vez! – Diz a Beckett.

– Os vossos filhos nasceram um mês antes do previsto, os pulmões de um dos vossos filhos não se formarão por completo, ele só consegue respirar com uma máquina. – Diz o médico com calma, mal ele acaba de falar a Beckett começa a chorar como tinha chorado quando a sua mãe morreu.

– E as boas? – Pergunta o Castle com uma lágrima a escorrer-lhe pelo seu rosto.

– As boas são que se ele lutar, e com o tempo ele poderá ficar melhor… - O médico faz uma longa pausa.

– PODERÁ FICAR MELHOR! Isso quer dizer que ele pode morrer! – Grita o Castle, ele levanta-se da cadeira e começa a andar de um lado para o outro, a esfregar as suas mãos no meu cabelo.

– Sr. Castle, eu preciso que fique calmo. O vosso ficará numa engomadora…

– Não, diga que vai ficar tudo bem, porque pode não ficar! – Diz ele a chorar.

– Rick, por favor acalma-te! Por favor, já é muito mau ter ouvido essa notícia e fica pior se te vejo assim! – Pede Beckett, com calma, sabendo o quanto Castle ama o termo família e se um dos membros não estiver presente o deixa de rastos.

– Tu ouvis-te Kate! Os pulmões não se formaram por completo, ele ficara numa engomadora e pode morrer, não podes estar assim tão calma! – Responde Castle ficando cada vez mais fraco a cada palavra que diz.

– Eu ouvi, mas não creio que haja mais nada a fazer se não ficar ao lado dele e pensar que tudo vai ficar bem, e que passado uns dias ele ficará bem! Até lá temos outro filho para dar atenção! Portanto recomponde, e por favor não piores a situação, por favor não faças perder o amor que já tens por ele! – Responde Beckett, e cada palavra que ela dizia fazia cair uma lágrima.

– Eu sei, mas não me entra na cabeça poder perder um filho, o nosso filho! – Ele aproximava-se mais dela. – E eu que esperei por este momento o tempo todo que estávamos juntos, ter um filho contigo! – E assim ele chega e dá-lhe um abraço que faz Beckett sentir-se segura outra vez.

– Eu sei que estives-te á espera este tempo todo, mas até lá temos de pensar positivo, pensar no nosso outro filho! – Diz ela dando-lhe a mão.

– Na verdade filha! Vocês tiveram um filho e uma filha. – Diz o médico interrompendo-os.

– Nós tivemos um casalinho! – Diz o Castle deixando-o um bocado mais animado.

– Sim e aparentemente a vossa filha está fora de perigo! – Diz o médico a sorrir.

– Quando é que podemos a vê-la? – Pergunta o Castle e a Beckett ao mesmo tempo, como nos velhos tempos.

– Sr Castle e Sra Beckett eu vou traze-la aqui, já que passaram por muito hoje! – Diz o médico a sair da sala.

– Nós temos de dizer a eles o que aconteceu com o nosso outro filho! – Diz o Castle de rastos.

– Sabes eu estive a pensar, não podemos só chama-lo por o nosso filho. – Diz Beckett calma. – Temos de lhe dar um nome.

– Já sei, Cosmo! – Diz o Castle com muita calma.

– Castle, eu amo-te, mas não vou chamar o nosso filho Cosmo. Eu estava a pensar em Josh ou Erick ?! – Pergunta.

– Está bem, e escolho…- Faz um pausa. – Não faço a mínima.

– Castle! Eu gosto de Josh e tu? – Pergunta ela.

– Sabes, eu sempre gostei desse nome! E agora para a nossa filha, não podemos usar Alexis ou Filipa esses nomes já tem dono na família!

– Eu sei, eu nunca pensei que fosse-mos ter uma filha, se fossem gémeos eu pensava que iam ser os dois rapazes e não um rapaz e uma rapariga. Eu pensai em Chloe! O que achas?

– Por mim Chloe fica! – Diz ele a sorrir.

– Bem tens que lhes contar o que se está a passar, e é melhor ser agora. – Diz ela agarrando a mão de Castle.

– Quem me dera que pudesses vir comigo, não acho que consigo fazer isto sozinho!

– Eu sei, eu também queria poder ir. – Diz ela a forçar um sorriso.

– Bem… Até já… - Diz o Castle ao sair do quarto.

– Ah, o Homem do momento! Como te sentes ao ser pai outra vez! – Diz o Ryan assim que vê Castle a entrar na sala de espera.

– Eu diria óptimo, a não ser que os pulmões de um dos meus filhos não se formou bem e agora tem de ficar numa engomadora! – Responda Castle mal tem oportunidade.

–Meu Deus Richard, mas vai ficar tudo bem, não vai? – Pergunta Martha, mas com a cara do Castle ela percebeu que não se tem a certeza.

– O Josh está agora numa engomadora especial, que o ajuda a respirar enquanto os seus pulmões estarem prontos ou não para funcionarem sozinhos. – Diz o Castle a ficar cada vez mais triste a cada palavra que dizia.

– Papá, passa-se alguma coisa com o meu irmãozinho? – Pergunta a Filipa um bocadinho confusa no colo da Alexis.

– Querida ele só teve um pequeno problema. Ele vai ficar bem! – Diz o Castle pegando ao colo a Filipa.

– Então se vai ficar tudo bem, porque é que estás triste? – A inocente pergunta da Filipa deixou-o ainda mais triste.

– Sabes, não tens só um irmãozinho! Tens um irmãozinho e uma irmãzinha chamada Chloe. O que achas, gostas? – Pergunta o Castle mudando de conversa para não ficar mais triste.

– A sério! Vou ter mais uma irmãzinha, pois a Alexis não é uma irmãzinha, ela é mais velha mas agora eu posso ser a irmã mais velha de dois irmãos. – Diz a Filipa deixando o Castle mais feliz.

– Queres ir ver a Chloe? – Pergunta o Castle á Filipa enquanto ele se levanta do banco e vai em direção ao quarto de Beckett.

– Quero, quero! – Responde ela muito feliz.

– Hey Kate, a Filipa está aqui. Ela queria ver a Chloe! – Diz ele a sorrir.

– Mamã, posso me sentar contigo e agarrar a Chloe contigo? – Pergunta ela com um sorriso de orelha a orelha que a Kate não podia resistir e dizer que sim.

– Claro que sim, senta aqui! – Diz Beckett batendo com a sua mão num canto da cama.

– Ela é tão pequenina! – Diz a Filipa na primeira vez que olha para a Chloe.

– Sim. Sabes, tu já foste assim! – Diz o Castle a dar a mão á Chloe.

– Eu sei papá! – Responde ela a sorrir.

Horas depois…

– O médico disse que já podia sair da cama. Vamos ver como o nosso pequeno Josh está a sair? – Pergunta ela olhando nos olhos de Castle.

– Sim, vamos. – Diz ele com uma voz roca e uns olhos vermelhos de tanto chorar.