Are you afraid of the game, Joker? escrita por ouchlauritta


Capítulo 2
Pills N Potions


Notas iniciais do capítulo

uai, apareceu aqui nas estatísticas que duas pessoas estão acompanhando mas ngm se manifestou :-( ei apareçam!!!!! e eu queria agradecer a bff que me ajuda com as fics e os cacete, te amo miley/mileninha s2
as coisas vão ficar melosas no final ;)



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A bebida na minha mão era muito forte e ao mesmo tempo bem colorida. Eu não me sentia fã número 1 dela, preferindo minhas pílulas. As que eu ganhava em Arkham Asylum eram ótimas, pra falar a verdade. Pílulas acertam as coisas e eu convivo com elas há anos. Pílulas, pílulas, pílulas. Elas conseguem abrir mentes com tanta facilidade. Mas era graças aos goles que eu dera no copo em minhas mãos que a musica muito alta e as luzes psicodélicas já eram “normais” pra mim.

Já fazia boas meias horas em que eu estava naquele mesmo banco, naquele mesmo bar, encarando a mesma pista de dança louca e observando a mesma mulher. Isso soa meio louco, o que por sorte eu sou mesmo. Minha risada soou como um suspiro. Eu queria aquela mulher e eu tinha certeza que a teria, como tudo que eu tinha. Meu método de ter minhas coisas é bem simples: eu quero, eu pego. Mas, francamente, o divertido sempre acaba sendo como pegar, como ter, como possuir o que eu desejava. O que, infelizmente, eu não fazia ideia de como fazer naquele momento. E isso era frustrante e engraçado. Minha louca risada soou como um suspiro novamente.

Talvez eu devesse esquecer aquela mulher, de qualquer jeito. Mesmo que alguma coisa nela me chamasse atenção. Não sei se era a sua cintura que nunca parava ou fato de ela estar angustiantemente triste com algo. Eu podia sentir quando alguém está triste de longe. E ao mesmo tempo, eu sabia que aquela seria mais uma doce atração de uma noite na qual eu nunca me lembraria de depois. Não que eu me lembre de tudo corretamente.

Por sorte, ninguém me reconhecera, não tive nenhum problema com nenhum morcego e até que beber como alguém normal era bem legal. Mas não bastava apenas isso. Só isso não seria divertido, não teria graça. Então todo aquele papo com o eu do espelho teria sido em vão e eu não teria o que contar para ele. Eu queria ter algo pra contar para ele. Uma aventura. Nem que tivesse que causar uma explosão e me desculpar pelos danos depois, huh?

Agora minha risada soava mais divertida que um suspiro confuso. Então era isso: eu teria a mulher da pista de dança.

– Você está ai, observando-a por um tempão, cara. Você realmente deveria ir até ela. – o barman chamou minha atenção e soltou uma risada. Ele pôs uma dose de uma bebida transparente em minha frente, que eu acreditava ser vodka. – Tome uma dose dessas e vá falar com ela, certo? Seu nome é Brenda.

Tomei a dose de uma só vez, tentando não notar o quão patético eu parecia. Eu gostara do barman e se algum dia ele tivesse que morrer em minhas mãos, teria uma morte rápida. “Agradeci” do melhor jeito que pude, acenando com a cabeça e levantando, indo em direção à pista de dança. Quando dei por mim, já estava em frente de Brenda. Seu corpo suado pedindo descanso e os cabelos loiros molhados de suor, seu ritmo similar ao da musica e um rostinho triste. Brenda pareceu me notar e percebeu que eu pretendia falar com ela.

– Oi? Ah, é... Tá perdido? – ela me perguntou, olhando-me dos pés à cabeça.

– Sim, pra ser sincero. Você é muito bonita e dança bem. O barman me disse que seu nome é Brenda também. Eu estou te observando a um tempinho. E eu queria muito te ter, já que você parece tão triste e isso parte meu coraçãozinho. – eu joguei tudo aquilo em Brenda, sem rodeios. Não teria por que, já que eu já sabia que a teria. Minha vontade era rir e muito alto, mas dizem que isso assusta os meros mortais e eu me segurei, escapando apenas um sorriso de lado.

Brenda partiu o contato visual e mordeu os lábios, parecia prender o choro. Eu nunca saberia, já que a luz me atrapalhava um pouco a ver. Ela voltou a me olhar, dessa vez parecendo querer ver dentro dos meus olhos, e eu sabia que ela não encontraria nadinha. Brenda não me disse nada, mas logo que ela me puxou pelas mãos e foi em direção ao banheiro, soube que ela já havia cedido a mim.

Entramos no banheiro de deficientes. Por que diabos havia um banheiro para deficientes em uma boate? Que senso de humor incrível! Mesmo antes de fechar a porta, Brenda se pendurou em meu pescoço e me beijou de modo violento. Violência é divertida, afinal. Prensei Brenda contra a porta, fazendo com que suas costas fizessem um baque contra a madeira barata e seus lábios soltassem um gemido. Minhas mãos agarravam sua cintura com força e ela fincava suas unhas no meu ombro. Será que o eu do espelho gostaria disso?

A luz do banheiro era fraca e eu havia passado bastante maquiagem, achando que nenhuma cicatriz bizarra fosse percebida. Eu estava errado, obviamente. Repentinamente, Brenda separou nossas bocas e me encarou estática, me fazendo perceber como aquela ideia toda fora muita estupida.

– Você tem cicatrizes? Oh, Deus.

– Tenho. – dei de ombros. Não me importava com elas, já que me faziam diferente de toda gente estupida de Gotham. Obvio que aquela mulher não tinha nada haver com isso. – Já podemos voltar a fazer o que estávamos fazendo?

– E eu achando que tinha problemas por ter sido demitida. Como eu sou boba. Parece que existem pessoas em situações piores. – ela riu de sua pequena infame piada. Geralmente eu gostava de piadas e era uma pessoa bem humorada, mas aquilo era humilhante e Coringa não podia ser humilhado. Brenda tentou me beijar novamente, e eu me esquivei, me afastando dela. – O que foi baby?

– Não foi uma piada muito engraçada, Brenda. – mesmo querendo me manter sério, eu ri, mas dessa vez eu foi uma risada um pouco medonha, de acordo com a expressão da mulher. Agilmente, eu tranquei a porta com a chave que até agora não havia sido tocada por nenhum de nós, aguardando-a em meu bolso. Quando Brenda percebeu me olhou aterrorizada. O spray em meu bolso praticamente implorava pra ser tirado de lá. – E não chame de “baby”, docinho. Gosto quando me chamam de Coringa.

Acho que nunca vi os olhos de alguém se arregalar tanto. Era cômico. Bem divertido mesmo. Brenda fechou os olhos rapidamente e quando os abriu, ela chorava. Aparentemente, a piada teve um humor muito passageiro.

– Por favor. Por favor, não... Não me faça mal. Eu... Não quis falar... Isso. Por favor. – Brenda já soluçava.

O spray do riso já estava em minhas mãos. E eu não demorei demais em acionar o spray. Minha risada soou naquele pequeno banheiro em contraste ao grito da mulher. Seus soluços eram substituídos por risadas. Risadas felizes e divertidas. Sua pele parecia bem mais branca e um sorriso assumia o lugar das lágrimas. Oh, eu queria terminar de ver aquilo. Mas não vi. Eu apenas fechei a porta e a deixei feliz no banheiro. Eu tinha algo para contar ao espelho, afinal. Parecia bem divertido. E aquilo fez com que eu quisesse repetir aquilo de novo, e de novo e de novo. Fiz o mais rápido que pude pra sair daquela boate.

***

“Você fez tudo errado.”, o carinha do espelho me olhou atordoado.

– Ei, o que você quer de mim? Eu me diverti porra. – dei de ombros e o encarei, rindo como sempre.

“Você tem vontade de ser insano? Ao extremo?”. Ele me desafiou e me senti levemente ofendido. Que direito ele tinha de dizer aquilo? Oh, todo direito. Aquilo me fazia gargalhar.

– Eu sou insano, seu louco. Eu sou extremamente insano. Eu sou o Coringa, droga.

“Só existe uma coisa extremamente insana nessa vida, seu palhaço. Só uma que poderia mudar todo o rumo da sua loucura.” Eu já estava entediado com aquele discurso do eu do espelho. Era tedioso e me fazia sentir um idiota.

– E o que essa coisa tão insana que você tanto diz? – eu disse com desdém. o sorriso que eu ganhei em resposta foi perverso.

“O amor.”


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Notas finais do capítulo

se manifestem!!!! digam se ta uma merda, se ta legal ou digam deadpool whatever asjfsçlalkd bYe ;)



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