A Seleção de Bella Miller escrita por DarlingMamacita


Capítulo 8
Borboletas no estomago


Notas iniciais do capítulo

Oii suas lindas(os)! Infelizmente esse não será o capitulo do encontro, vamos dizer que tivemos uma revira volta ^^ eu particularmente gostei. Boa Leitura e me perdoem os erros eu corrigi apenas uma vez, porque ainda vou estudar.
Boa Leitura!



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P.O.V AUSTIN

Depois da entrevista, decidi que eliminaria apenas 7 selecionadas. Na verdade todas eram muito bonitas e tinham um bom desempenho, mas apenas uma seria escolhida, então resolvi eliminar aquelas que de cara não teriam chance. As minhas favoritas eram Thayla, Annabelle, Maria, Paloma, May, Theodore, Katrina e Bella. Oh, sim. Bella, eu lhe daria aulas de violoncelo. Meus sentidos estavam soltos, realmente não sabia se meu convite foi um encontro ou não, de todo jeito estava realmente ansioso por isso. Nem toquei na comida, estava muito nervoso para me concentrar em comer.

Então me despedi e pedi perdão as selecionadas. Foi aí que meu olhar deparou-se com Bella, ela me encarava atentamente, tentando de alguma formar ler meus pensamentos. Ofereci-lhe um sorriso tímido e sai.

Fui para o único lugar que realmente conseguia pensar. Onde conseguia respirar, sem pressão ou sem ter medo das minhas próprias decisões. Fui para o Jardim.

Deitei-me na grama, e fiquei lá tentando absorver tudo aquilo. Tentando achar uma luz na escuridão. Realmente, eu não sei porque estava agindo dessa forma. Será a seleção? As selecionadas? Meu reinado? Bem acho que um pouco de tudo, minha vida sempre foi tão confusa. Abriria mão de tudo só para ter 5 minutos de uma vida normal.

―Filho? ―Ouvi aquela melodia de voz.

Sempre calma, sempre terna, sempre tão sensível...Mamãe...

―Mãe.

―Eu posso? ―ela indicou para se sentar ao meu lado, e eu afirmei― Austin, eu sei sobre o que você está passando. Sobre o que você está sentindo, mas por favor desabafe comigo―ela pediu e um silencio contagiante se arrastou sobre nós.

―Austin, desabafe comigo, eu sou sua mãe, por favor―sua voz estava embargada e pude ver pequenas lagrimas derramarem sobre seu rosto. America era assim, sensível, mas achava forças quando todos se encolheriam e desistiriam.

―Mãe, está tudo bem―disse num longo e profundo suspiro.

―Não filho, não está. Nunca esteve bem, você, você... ―ela derramava-se em rios de lagrimas―Você sempre concordou com tudo que dizíamos, você é tão perfeito, só que ninguém pode ser perfeito. Meu filho, me perdoe, eu sinto tanto. Eu quero que você tenha uma vida normal, uma vida feliz―ela terminou, secando as lagrimas com as costas da mão.

―Mãe, você não me entende? Eu não posso ser normal, porque eu tenho essa droga de vida...eu tenho que governar um reino, e eu não faço a mínima ideia de como fazer isso. E minha felicidade pode ser minha destruição, aquelas garotas...uma delas vai ser minha esposa e eu não sei... e se eu não me apaixonar por elas? Eu nem sequer conheço qualquer uma delas. Por favor, não me peça para ser uma pessoa normal, porque isso foi tudo o que pedi para ser ―nessa hora eu já estava em pé. Olhei para os olhos piedosos e caridosos de mamãe, ela chorava profundamente. Ela me pediu isso, ela pediu que eu falasse todas essas coisas.


Virei-me para o lado a tempo de sair correndo. Ouvi os gritos abafados dela, mas não me importei em olhar para trás, não fiz questão de ao menos reparar em todos aqueles olhares repugnados a mim.

Bati a porta do meu quarto, furioso. Eu realmente era um idiota. Apunhalei as duas mãos na cabeça, profundamente perdido. A raiva te faz dizer e fazer coisas que você não quer fazer. Peguei uma mochila de costas, e dentro enfiei várias coisas, comida, roupas, dinheiro... Estaria realmente disposto a fazer isso? A mudar meu futuro? ―perguntei a mim mesmo e resposta estava clara. Sim eu faria isso.

Tirei a roupa elegante que estava vestindo e coloquei uma calça jeans e camiseta preta, chamei uma criada e pedi para que ela preparasse tudo. Esperei até que o turno de guardas fossem trocado e sai.

O castelo estava bastante movimentado, haviam criadas e guardas por todos os lados, tive que me esconder e esquivar várias vezes, foi aí que me esbarei em alguém, que logo foi para trás. Merda, era só o que me faltava. Me abaixei e estendi a mão para a pessoa pegar, foi ai que seus olhos azuis se abriram. Bella.



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P.O.V BELLA

Depois da entrevista, Marlee nos levou para o salão de refeições, pude perceber que Austin havia eliminado 7 selecionadas. E alguma coisa dentro de mim ficou feliz por saber que eu não era uma delas. Repassei várias vezes nossa conversa, ele havia me convidado para dar-me aulas de violoncelo. Tinha um pressentimento que talvez a música nos unisse.

Não conseguia tirar o sorriso bobo do meu rosto. Pode ser que eu me engane, pode ser que eu me arrependa, pode ser que eu me machuque... mas não custava nada tentar.

Eu nunca me apaixonei, nunca senti as famosas Borboletas no estomago, e ...com Austin era tão diferente. Lembro-me dá primeira vez em que nos vimos, e aquela corrente elétrica se aprofundou entre nós, nossos olhares secretos. A Coca-Cola e tudo aquilo... Uau, eu não sabia o que estava acontecendo comigo, como eu poderia nutrir sentimentos por alguém que eu acabei de conhecer? Patético! Eu apenas estava surpreendida e admirada com a sua beleza.

Estava tão distraída que nem percebi quando Austin se levantou da mesa e nos pediu perdão. Encare-o confusa, será que ela estava bem? Será alguma coisa que alguma de nós fizemos? Senti logo uma dor emundar meu coração. Será que fiz algo de errado?

Seus olhos distraidamente se colidiram com os meus, ele apenas sorriu, um sorriso tímido que não chegou até seus olhos. Realmente ele estava mal. Ele nos deu as costas e quase correu para fora do salão, pude ver os olhos da família real sobre sua partida. Celeste fez questão de tirar o sorriso do rosto e voltar a comer, tristemente. Stefan pareceu não se importar, mas já a rainha e o rei estavam preocupados. A rainha sussurrava silenciosamente para o rei que apenas concordava.

Olhei para Maria e as outras selecionadas, nenhuma delas pareceu reparar que alguma coisa estava errada. Até que prudentemente a Rainha levantou e saiu, ela parecia magoada o Rei tinha uma carranca de desaprovação. Celeste vendo o que viria a seguir, empurrou o prato cheio de tortas para o lado e saiu correndo. O rei olhou nervosamente para a pequena, que saia em lagrimas pelo salão, então olhou de forma interrogativa para Stefan que devolveu-lhe o olhar, ele cochichou algo para o pai e saiu derrotado dando um longo suspiro. Acredito que o rei mandou-lhe para amparar a princesa. Agora todas as selecionadas tinham a atenção para o rei, apesar da idade, ele era bonito. Seus olhos castanhos agora tinham um brilho extra, e seus cabelos encarados loiros se degradavam com um branco brilhoso, sua pele era bronzeada e havia pequenas rugas abaixo dos olhos. Com certeza o rei era alguém que sorria muito, alguém feliz. Mais infelizmente hoje não era seu dia.

―Senhoras, peço as minhas sinceras desculpas―ele fez gestos graciosos ao redor da mesa―Creio que ao terminarem Marlee lhes levara para seus alojamentos, sintam-se a vontade e a próxima refeição será levada aos seus quartos. Isso é só, tenham um ótimo dia―ele nos dirigiu um sorriso tímido e logo partiu.

A mesa estava um alvoroço só, as selecionadas piraram e logo virou uma confusão.

―Garotas―Marlee pronunciou-se e todas ficaram quietas. ―Acredito que todas já tenham se servido, então poderão ir para a sala de estudos, vocês terão aulas até as uma hora da tarde e depois vocês estarão livres―ela disse terna, mais pude perceber que também estava preocupada.

Assim, uma por uma se dirigiu para fora do salão. Minha cabeça dava voltas, ainda tentando assimilar tudo aquilo.

Nos levaram para um cômodo gigantesco, fileiras de cadeiras estavam espalhadas por ele em formato oval, pude ver prateleiras de livros embutidas a parede. Sentamo-nos na cadeira, Maria segurava minha mão e me olhava com uma certa dor também.

―Meninas, essa é a Srta. Doger, ela ensinara a vocês os ensinamentos básicos sobre como ser uma princesa, espero que vocês se saem definitivamente bem, boa sorte―Marlee se pronunciou e saiu, deixando-nos com a mais nova professora, Doger. Ela deveria estar por voltas dos 60, acredito. Ela tinha uma carranca e suas costas estavam curvadas por conta da idade, acho que seria interessante tê-la como professora de Princesa, isso realmente saía ridículo.

―Olá, garotas, meu nome é Silvia Doger, não tenham o costume de me chamar de Doger, igual àquela loira rabugenta faz ―ela falou num tom de sarcasmo ―me chamem de Silvia, eu ensinarei a vocês apenas os ensinamentos básicos; como se comportar, como comer, como falar, como agir... Vocês serão avaliadas a cada semana que estiverem aqui. Criamos novas táticas e leis. Não queremos um rostinho bonito, queremos uma princesa, uma futura rainha. Vocês me entregaram trabalhos democráticos, estudantis, culturais e financeiros. Vocês aprenderão cada detalhe de seu país, e países vizinhos. Toda as notas que eu tomar sobre vocês serão lealmente informadas ao príncipe e para entrar para a Elite vocês terão que estar com media 8 em todas as avaliações e deputações, repetindo: Não queremos um rostinho bonito, queremos uma futura rainha.

E assim a sala vira uma desordem novamente, gemidos de frustrações, gritos de surpresa e carrancas realmente reveladoras emundaram as selecionas. Quem diria que a seleção fosse ser assim? Eu realmente esperava algo totalmente diferente e olha o que encontro aqui.

―Bem, se alguma de vocês quiserem desistir que faça agora mesmo, pois não haverá voltas―Silvia continuou.

Todas se calaram, encarando uma a outra. Minha cabeça estava explodindo, senti a náusea me invadir novamente e para a surpresa de todos instantaneamente levantei a mão.

―Oh―Silvia soltou―vejamos o que temos aqui, me diga quem é a senhorita?

―Oh, não, eu...eu só preciso de um ar, eu não estou me sentindo muito bem―assimilo que minha mão levantada e sua exclamação a poucos minutos atrás tenha levado à pensar que eu estaria desistindo, mais ao me avaliar novamente ela afirmou com a cabeça.

―Ok, senhorita, se precisar vá a ala hospitalar―ela disse, com certeza eu estava realmente mal.


Me levantei, ainda com os olhos das outras sobre mim e sai.


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Perambulava pelos corredores do palácio, tentando achar algum banheiro ou a ala hospitalar. Estava tão distraída que nem percebi quando alguém forte esbarrou em mim, jogando-me no chão.

Minha cabeça latejou-se e uma dor me invadiu, soltei um gemido de frustração. Porque tinha que ser tão desastrada?

Vi uma mão estendida e logo a peguei. Senti uma corrente elétrica inundar meu corpo com aquele toque. Abri os olhos em busca daquela eletricidade.

―Austin? ―Seu nome era como música para meus ouvidos




P.O.V AUSTIN

―Austin?

―Bella? O-o que você está fazendo aqui? ―pergunto seco. Ótimo, ela tinha que aparecer justo agora.

―Bem, digo o mesmo―ela soltou, puxando rapidamente sua mão da minha e cambaleando para trás.

Seu rosto estava pálido e um hematoma se formava entre sua testa.

―Merda, eu te machuquei. ―levo as duas mãos no rosto, frustrado.


―Não, você não me machucou ―ela disse rápido demais.

Olhei a minha volta e ouvi vozes por perto. Tinha que ser rápido. Sem pensar duas vezes levantei-a e sai correndo. Ela soltava gritos surpresa e eu de uma forma nada gentil tampei sua boca com a mão que me sobrava e a coloquei no chão novamente.

―Olhe só Bella, não grite e não faça barulho, ninguém pode nos ver―antes que ela pudesse contradizer eu continuei―por favor, Bella. Você confia em mim? ―ela afirmou com a cabeça―Eu não lhe farei mal, eu só preciso sair daqui e bem, eu não posso te deixar nesse estado, você está realmente mal. Vamos, venha, precisamos ir rápido, antes que alguém nos veja. ―peguei-a novamente em meus braços e agora ela não gritou ou recuou, ao contrário embalou-se em mim lançando seus braços ao redor da minha nuca. E novamente pude sentir o doce perfume, por um momento me dei ao prazer de observa-la. Ela estava linda, apesar de estar mais pálida que o normal. Seus olhos se encontraram com o meus e uma corrente elétrica nos atingiu. Pisquei várias vezes, tentando me concentrar.

Viramos vários corredores e salas, até finalmente entrarmos na garagem. Como pedido minha moto estava à minha espera, a chave estava na engatação.

―Você consegue ficar de pé? ―perguntei a Bella, colocando-a no chão.

―Bem, eu estava andando até você se esbarrar em mim―ela disse fazendo uma careta.

Rapidamente, deixei-a perto da moto e me dirigi para dentro de uma salinha de bugigangas a procura de outro capacete. Por sorte, achei um meio desbotado e velhinho. Voltei para lá e Bella estava escorada na moto, analisando ao redor do castelo. Aquela imagem era uma tentação, suas pernas estavam expostas através da saia, não tão curta. Seus ombros também estavam exposto...UHGR. Se concentra.

Ao me aproximar a lancei novamente em meus braços, por incrível que pareça acredito que nunca me cansarei disso. Ela soltou um grito de surpresa e velozmente coloquei-a na moto, peguei o capacete mais novo e amarei em sua cabeça, dei minha mochila a ela e montei na moto.

Fazia tempo que eu não á dirigia, ms nunca me esqueceria de fazer aquilo. Puxei o pé no acelerador e a moto ganhou vida, rangendo os motores velozes. Sai rapidamente pelo portão dos fundos, que estava aberto e recebendo cargas alimentícias, como previ. Ao me verem, os guardas ficaram loucos e já se despuseram a me seguir. Eu já estava bem longe e vamos dizer que não tinha previsão para voltar.

Continua...


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