Urban Blue escrita por Arya Belacqua, Cya Oak


Capítulo 1
It's a dark and shiny place.


Notas iniciais do capítulo

Música: https://soundcloud.com/warner-bros-pictures/karen-o-the-moon-song


Depois de séculos finalmente terminamos õ/ ~fogos de artifício aqui~Ah, Mizuki Takeo [503591], se vc ver isso, a Tay tá avisando que já está na metade da fic ok?



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Os cabelos azulados dançavam com a leve brisa que vinha pela janela do Maroh's Coffe Boutique, seus olhos cansados acompanhavam as palavras rabiscadas no velho caderno. Léa Russeal deu um gole generoso em seu café na tentativa de se manter acordada. As lembranças da noite passada atormentavam-lhe a mente, as dores de Natasha Adams, sua amiga, afetaram-lhe profundamente. Léa tentou abandonar seus pensamentos concentrando-se no rascunho de seu novo livro, mas as palavras escapavam por entre seus dedos, sem se fixarem em lugar algum.

Sua mente voltava os olhos à morte conturbada da Sra. Adams, às lágrimas de Natasha, ou "Sasha" como preferia ser chamada, às drogas ingeridas, às bebidas no chão, ao sentimento de impotência. Cansada de pensar ela deixou sua caneta guiá-la, desenhos sem forma, pedaços de seus sentimentos, tudo exposto no papel. Seus olhos voltaram-se para a janela. A garoa e o clima gélido do outro lado do vidro eram, de certa forma, reconfortantes.

O pequeno sino que se localizava em cima da porta tocou, chamando-lhe a atenção. Um homem de casaco magno, calça jeans escura e coturno preto entrou no recinto, ele tinha compridos cabelos louros escuro e uma longa barba que lhe cobria o rosto. O garçom o encaminhou até a mesa de modo que ele ficasse de costas para a moça de cabelos azuis. Era Dimitri Ziviganóv, primeira paixão, amor de uma noite.

Não era primeira vez que seus caminhos se encontravam. Léa e Dimitri eram “amigos desconhecidos”, viviam a se cruzar por entre as ruas de Noa, trocando olhares e doces sorrisos, mas nunca palavras, seu “amor” não precisava disso. Russeal desenhava com linhas desformes a figura a sua frente, rascunhos, idealizações, vida. A garota perdeu-se em sua mente, mergulhou em sua alma.

Dimitri olhava pessimista para o jornal, o cigarro apaziguava a amargura de sua vida, o chá quente descia suavemente por sua garganta, as memórias de uma paixão o atormentavam e os fios anis coloriam sua mente cinza. O celular em seu bolso vibrou, afastando os seus doces pensamentos. Ao ver o nome estampado na tela do aparelho, uma careta formou-se em seu rosto e palavras desagradáveis saíram de sua boca em um sussurro surdo. A mensagem era de seu chefe e amigo, Carlo Auditore, pedia que ele voltasse a empresa imediatamente. Ziviganóv apenas ignorou-a e continuou a divagar sobre sua ninfa. Novamente o dispositivo interrompeu os devaneios do tempestuoso homem, Dimitri desligou-o e colocou-o em seu casaco levantando-se da mesa, já irritado, já zangado, já impaciente e indo em direção a porta.

Seus olhos cor de terra se encontraram com a imensidão azul do olhar de Léa; hipnotizado Dimitri caminha lentamente até Russeal, fitando-a intensamente, o rubor toma conta da face da garota que desvia as safiras para além da janela. Ziviganóv observa os delicados rascunhos na mesa da mulher, deixando um pequeno riso escapar de seus lábios. A jovem encarou-o preocupada e recebeu um doce sorriso, que logo em seguida foi retribuindo, acordando Dimitri de seu mundo monocromático.


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Notas finais do capítulo

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