That a small world. escrita por Sook


Capítulo 2
Capítulo 1: Príncipe Solitário




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***

Debruçado sobre a mesa, fico a fitar o céu nublado.

O tédio vem aos poucos e a aula parece uma eternidade. Até que, alguém me acerta uma bolinha de papel, avisando que alguém mandou–o para mim.

E aí, seu palerma. Pare de sonhar a cordado, não se esqueça do nosso treino de vôlei. By: Yukio.

Esse imbecil não tem mais o que fazer, não?

[...]

Assim que o sinal tocou para irmos embora, Yukio veio em minha direção mais animado que o costume.

– Então, preparado para perder? – Pergunta dando leves tapas na minha costa.

– Nem sei por quê leva isso tão a sério… nem sequer participamos de torneios desta escola, já que nem há! – Pego minha mochila e saímos em direção a quadra.

– Ahh… Naoto, você resmunga demais, o que houve para ficar assim? – Pergunta mostrando sua expressão de preocupado.

Reviro os olhos, perguntando o por quê do meu mal-humor. Dou um longo suspiro e digo:

– Não há um motivo em especial, na verdade… nem sei… caham… – Limpo a garganta e continuo a falar: – Então, onde as garotas estão?

– Ina está de castigo na sala dos professores, já que acabou tirando outra nova ruim. Megumi foi para casa, acompanhada de algumas colegas de classe, vão fazer trabalho da escola…

– Coitada da Megumi, acabará fazendo o trabalho sozinha… – Digo em tom de pena.

– Que nada, Mii irá conseguir fazer o trabalho junto com aquelas gurias… ou esqueceu–se da habilidade de atuar?

Ele está incrivelmente animado com isso…

– Você é idiota? Ela já disse milhares de vezes, que não gosta de atuar fora do palco para seus próprios benefícios. – Lhe acerto um cascudo e o mesmo choraminga.

– Como esperado da Garota Pura…

Chegamos na quadra e nossos membros vieram no receber.

– Hey! E aí, prontos?

[...]

Não demorou muito para que a quadra fosse tomada por berros de garotas.

– Nao!! Yukiii!

Gritam as garotas.

Não gosto disso, – praticamente – todas elas gritam apenas para chamar atenção, pois nos acham bonitos… é frustrante. Apesar de ser considerado o Príncipe, já que sou gentil com qualquer garota, não faço isso por querer… é o que me ensinaram, ser gentil e educado não importa quem seja, no entanto, parece surtir mais efeito com as garotas e boa parte dos garotos desta escola me odeiam.

No fim da partida, acabei recebendo muitos presentes dessas garotas. Eu gosto dos presentes… mesmo que a maioria seja comida – eu dou pro Yukio e ele come tudo em um soco só –, de vez em quando me emprestam livros e cd’s.

– Obrigado, agora terei de ir para casa. – Digo, curvando–me e pegando minhas coisas.

Yukio vem logo atrás, carregando sacolas e mais sacolas de comida.

Na saída da escola, encontramos Ina arrastando–se para pegar seus sapatos.

– Ah, oi rapazes… acabou o treino de vôlei? – Pergunta encarando os presentes. – Céus, se mandassem essa garotas se jogarem de um precipício, com certeza iriam sem nenhum problema…

– Está desacompanhada hoje? O que houve com seus subordinados? – Pergunto colocando meus sapatos.

– Aqueles paspalhos saíram correndo assim que souberam do meu castigo… – Resmunga ela, esmurrando seu armário.

– Ei, ei… relaxa… quer um doce? – Diz Yukio, oferecendo um tablete de chocolate.

Ina aceita de imediato.

– Querem ir para minha casa para se aprontarem pra festa? – Pergunta com a boca cheia, já no final do tablete.

– Uah! Quase esqueci… – Exclamo. – Vamos, eu deixei um par de roupas na sua casa, né?

– Sim… e você Yukio?

– Sei lá cara… não gosto muito de ir nas festas do Kazumi, geralmente tem algumas pessoas estranhas… – O loiro dá um longo suspiro. – Eu vou ver, qualquer coisa eu ligo para vocês avisando que irei.

[...]

Paramos na metade do caminho, Yukio morava no caminho oposto ao nosso, então demos uma breve despedida e segui Ina até sua casa.

– Valeu Ina.

– ‘Valeu’ nada, você deve conversar com os seus pais sobre o tempo que você passa sozinho em casa… um dos seus primos não está em uma situação parecida? Deveria perguntar para seus pais para ver se ele pode vir morar com você.

– Meu primo nem sequer mora aqui, ele mora em Berlim e você sabe disso, seria trabalhoso para ele deixar sua escola já na metade do ano e obviamente ele tem amigos por lá, não seria tão simples se despedir… quem sabe até não tenha uma namorada?

– Naoto!! – A garota berra meu nome. – Pare de ser tão covarde! Oras… se ele não puder vir, então esqueça, mas nem sequer tentou!

Ah, é um saco… mesmo sendo minha melhor amiga e sempre quer o meu bem, é irritante quando dá uma daquelas irmãs corujas.

– Ok, ok… irei falar com os meus pais nesse fim de semana, já que estão chegando da última viagem. – Digo com descaso.

– E nem adianta fazer essa cara feia, no fim, você irá me agradecer.

[...]

Chegou a hora de ir pra festa, no fim… Yukio acabou indo também, mesmo contra sua vontade. – Kazumi o levou a força.

– Não acredito! É você mesmo Naoto?! Oh, que bom vê–lo!

Kristine Eucliffe, uma velha amiga, estudei com ela na sétima e oitava série, ao se formar, mudou–se para a escola Saberthoot somente para garotas.

– Oi Kris! O que faz aqui? Conhece o “rei” da festa?

– Ah não, vim acompanhar uma amiga… mas ela acabou me deixando na mão para ir em outra, mas Kazumi me ofereceu para vir.

– Kazumi sendo sempre atencioso.

E rimos.

Ela é uma garota agradável, bonita e gentil. Mesmo querendo recusar algum convite, sempre aceita no final.

– Ainda é o Príncipe daquela escola?

– Bom, sim… não gosto muito desse título, parece mais algo forçado. – Digo num muxoxo.

– Bom, se fosse por mim, seria mais como o Príncipe Solitário, não me leve a mal… mas tenho meus motivos. – Diz ela com um sorriso provocativo, como se quisesse me irritar.

– Ah, sei quais são seus motivos… adora tirar sarro de mim, não é? – Digo em um tom irônico. – Você deve continuar a mesma raposa de sempre…

– O que?! Não… – Ela solta uma risada, mostrando seu sarcasmo. – Bom, é difícil manter um relacionamento, ainda mais quando o garoto não preenche todos seus requisitos, até posso ser exigente, mas quero o cara perfeito.

– Que tenha tatuagem, toque numa banda, ame gatos, use óculos e outras coisas que não lembro?

– Sim! Hoje em dia, fica cada vez mais difícil… – Diz ela tristemente. – Apesar de que, também quero aproveitar minha juventude, porquê quando você menos espera… estará tão ocupado com o trabalho, que mal terá tempo para se divertir, a não se que tenha o emprego da sua vida.

Fomos interrompidos por Yukio, dando uma de bar–man.

– O casal apaixonado vai querer alguma coisa? – Pergunta educadamente.

Pegamos sanduíches naturais e o mesmo foi para outro grupo.

– Ele parece estar se divertindo…

– Huh? Que nada, ele foi obrigado a fazer isso. Yukio está se remoendo por dentro, certamente foi enganado. – Digo com ar de superioridade.

– Gamando–se pra mim? Eeh…

– O–O que?! Claro que não, não faço isso com minhas amigas. – Tento explicar, mas ela já estava pensando besteiras. – Bom, eu vou me sentar, parece que aquele cara está de olho em você… – Aponto para o rapaz com os olhos e parece que é o homem perfeito para Kris, pois seus olhos se iluminaram.

Sentei no sofá ao lado de Megumi, que estava concentrada em seu livro.

Por que ela vem para esses tipos de lugares? Acho que não irei encontrar uma boa resposta…

– Sozinho? – Pergunta ainda lendo o livro.

– É, por aí… e você?

– Também, mas não ligo… quer ler algum livro? Eu trouxe vários, pois sei que isso vai longe ainda…

E aceitei.

Não há o que se fazer por aqui, então… vamos ler.

– Uah! Ele parece tão absorto no livro… parece um Príncipe de verdade! – Ouço um comentário de uma garota e sua amiga concorda com gritinhos…


Que droga de festa...


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