P.O.V. Jane.

Ela tocou fogo na catacumba e com um feitiço impediu que ele se alastrasse.

Mas, alguma coisa obviamente deu errado.

P.O.V. Alec.

Ela não tá saindo. Porque ela não tá saindo?

O lugar explodiu. 

—Alec o que vai fazer?!

Eu arrombei a porta e a tirei de lá inconsciente.

—Ela está morta?

—Não. Está viva e incrivelmente, ilesa.

—Ilesa?

—O fogo queimou a barra do vestido dela, queimou os sapatos dela, mas nem a arranhou.

—Como isso é possível?

—Quando se trata da Medusa, tudo é possível.

—E o castelo?

—Que se dane o Castelo.

Eu a carreguei para longe. E ela acordou assustada.

—O que aconteceu?

—Você ficou presa nas chamas.

—E daí?

—Como e dai? Ia morrer!

—Não querido, eu sou um dragão. O fogo não pode matar um dragão.

—Um dragão?

—O fogo em carne e osso. Vamos, temos que voltar.

Ela quase desmaiou.

—Não. Você não vai a lugar nenhum nesse estado.

Levei-a até um hotel e a coloquei na cama.

—Porque está fazendo isso? O que você quer?

—Eu quero que melhore.

—Volturis não são altruístas. Por baixo da pele de porcelana eles são verdadeiros monstros, vocês matam crianças.

—Só Deus sabe os erros que eu cometi, mas desde que te conheci aquele dia venho tentando corrigi-los. Você me inspirou, sua coragem. Se eu tivesse metade da sua coragem já teria saído dessa vida de servidão a muito tempo.

—Mas, você não podia abandonar a sua irmã. Ela é sua família e nunca se desiste da família.

Ela voltou a desfalecer.

—Medusa? Medusa? Medusa!

—Ela morreu?

—Não Dimitre. A gente tem que dar um jeito dela comer, se não ela vai morrer.

—Deixa ela descansar primeiro. Ela está acordada a horas direto e fez magia, imagino que isso consuma uma grande quantidade de energia.

Ela dormiu e só acordou na manhã seguinte. Ela comeu muita coisa, estava com fome.

Depois, Medusa tomou banho se vestiu e disse:

—Se vocês se provarem dignos, se provarem que ainda são capazes de amar e sentir farei anéis pra vocês.

—Você vai voltar a dormir?

—Não é fácil fazer um feitiço de transferência daquela magnitude, eu precisei de uma quantidade massiva de energia, precisei de algo em que me apoiar, a lua não estava cheia, não vai passar mais nenhum cometa descente pelos próximos milhões de anos então eu me apoiei em vocês. Usei muito de uma vez e isso não foi inteligente.

—Porque não?

—Se eu usar muito poder duma vez só... eu pifo, morro. Eu volto, mas eu morro. E hoje eu quase morri, estou esgotada. Preciso de um tempo pra me recuperar.

Os pais dela já tinham ligado dúzias de vezes e mandado toneladas de mensagens.

—Melhor notificar os pais dela antes que eles decidam vir aqui e matar a gente.

Eu liguei no telefone de Renesmee e ela atendeu no primeiro toque.

—Medusa? Querida, onde você está? Você está bem?

—Sou eu. Alec.

—Cadê a minha filha Volturi?

—Ela... usou muita magia duma vez.

—Meu Deus! Cadê ela? Onde vocês estão?

—Ela está viva, mas está se recuperando ainda. Foi um milagre ela ter sobrevivido. Eu notei que ela estava enfraquecendo, perguntei se estava bem e ela respondeu que sim. No último dia seu nariz sangrou, ela ficou presa nas catacumbas em chamas, felizmente consegui tirá-la de lá antes que se machucasse.

—Ave Maria! Em nome de Deus menino, me diz onde vocês estão que eu estou indo ai.

—Estamos em Volterra, num hotel museu dedicado á Volteire.

—Ótimo. Em que quarto estão?

—Estamos no quarto dez.

—Fique onde está. Estamos chegando.

Em segundos eles estavam no quarto.

—Cheguei. Minha filha, minha filhinha linda. 

A mãe tocou o rosto da filha.

—Ela está...

—Está bem Elijah, está dormindo. Deixe que ela descanse. Menina inconsequente, não sei pra quem ela puxou.

—Pra mim.

—Eu imagino.

Quando o dia nasceu voltamos para a América, para Cullen's Port e para a escola.

—Para os veteranos eu desejo um bom retorno e para os novatos boas vindas. Eu sou Josefine Saltzman, sua nova professora de história.

—Você é filha do Rick e da Jo.

—Conheceu os meus pais?

—Não, mas a minha família os conheceu. Eles eram muito amigos da minha mãe e da minha tia.

—Eu acredito. Senhorita... Mikaelson?! Impossível.

—Eu sou filha do Elijah. Meu nome é Medusa.

—Um nome muito incomum.

—A Medusa não é aquele bicho que transforma todo mundo em pedra?

—Um bicho?! Medusa já foi bela, tão bela que tentou Poseidon ele a violou e Atena a culpou por um crime que ela não cometeu! Medusa é a encarnação de todos os medos masculinos, uma mulher forte, independente, com um olhar matador, destemida e hipnotizante.

—Como você.

Ela sorriu pra mim e o resto da turma fez um barulhinho chato.

—Obrigado.

—De nada.