Arcanjo das Trevas escrita por Sticky


Capítulo 1
Capitulo Único


Notas iniciais do capítulo

O Cebola que narra a Fic, ok? E Feliz Natal!!



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É natal. Um dia de placidez, talvez.

 Se ao menos eu tivesse ouvido Mônica, eu não estaria aqui. Eu estaria festejando alegremente com minha família e meus amigos.

Eu sou um idiota.

Ao contrario disso, resolvi passar o natal sozinho, sem nem mesmo com a companhia meu cachorro.

Agora isso lateja em minha cabeça, como se fosse meu ultimo pensamento racional.

 

 - Arrependido? – Ouvi uma voz um tanto familiar.

Ergui a cabeça e consegui olhar uma silhueta, mais não pude definir entre masculino ou feminino, pois minha vista estava muito embaraçada.

Abri a boca para responder mais logo desisti. Apenas assenti.

 Um riso suave e doce cortou a tenção do local.

 - Menino tolo. – Disse a voz. – Não percebe que jogou

tudo para o alto? Que poderia estar com sua família agora? Que poderia estar com Mônica?

O nome invadiu minha mente de tal forma que não agüentei.

 Lembranças, Memórias.

 Dei um grito em plenos pulmões. Um grito forte, como de alguém está tendo Paranóia.

- Não ouse falar de Mônica! – Disse, sem pensar.

Outro riso.

Eu poderia avançar para cima dessa pessoa, mais estava fraco demais para tentar algo.

 Eu não me lembrava de nada, por mais que tentasse.

- Mais... Que lugar é esse? Como vim parar aqui? – Indaguei.

Minha voz saiu rouca e bastante fraca.

A tenção voltou.

Uma mão delicada, mais forte, apertou meu pescoço.

 - Ninguém sabe como veio para cá, mais um dia todos virão. – Foi a resposta.

Sabia que era a única coisa que essa pessoa ia dizer sobre esse local.

Mais insisti.

- Me diga, pelo menos, porque estou aqui! – Falei.

A pessoa suspirou.

 - Você é muito ingênuo! – Disse a voz. – Você foi um completo imbecil, sabia?

A indignidade invadiu o local, como o doce riso desta pessoa, que apertou ainda mais a mão delicada em meu pescoço.

Eu senti falta de ar, confesso. Não conseguia respirar direito.

- Você fez coisas horríveis à vida inteira! E eu tive que ficar quieta! – Disse a voz.

Então essa pessoa, em especial, é uma garota... Como pode? Quero dizer, uma garota não tem tanta força assim.

- Eu não podia fazer nada... – Continuou ela. – Então jurei a mim mesma que lhe daria um prazo, um prazo de vida. Se até o natal de 2009, hoje, você não mudasse... Eu ia matá-lo.

Ela apertou ainda mais meu pescoço.

Eu só pude dizer uma curta frase:

 - Quem é você?

Ela largou meu pescoço e eu não agüentei. Deixei-me cair no chão quente, porem, frio.

Eu a ouvi chorar.

 - Pela Mônica... Por tudo o que você fez a ela. – Disse ela.

Ela suspirou.

 - Eu não conseguia me decidir. – Continuou. – Entre a vida e a morte. Você tinha que ficar com a pior.

“Por um momento eu ia escolher a vida, mais na vida você tinha Mônica e seus outros amigos. Mais você não tinha a mim”.

“Então escolhi a morte. Pois você com certeza ia apodrecer no Labirinto das Trevas e sua alma chorará lagrimas de sangue ao se ver no fogo do inferno...”.

“E ele ia te encontrar e faria de você o seu mais novo servo. Mais Deus não ia permitir, então você ficaria no purgatório por toda a eternidade...”.

“Que nem a mim”. Disse ela.

Ela estava ficando maluca.

 - Você não respondeu minha pergunta. Quem é você? – Indaguei. – E pensa que vou acreditar em uma coisa dessas? Céu e Inferno?

Pude ver os olhos dela. Vermelhos vivos.

Uma luz branca pairou sobre ela e pude ver que era sua Auréola, mais ela tinha asas negras e sombrias, dava-me medo.

Seus olhos me fitavam com desprezo, seus olhos tinham um tom de vermelho inexplicável.

Ela trajava uma “capa” preta que escondia seu rosto e cabelo, só deixando-me ver teus olhos.

Sons estranhos e irritantes invadiram meus ouvidos e por um momento achei que fiquei surdo, mais ouvi sua voz.

 - Magali. – Disse ela. – Magali Elizabett Morgan.

 - Não lhe conheço. – Disse, ainda deslumbrado com a luz.

Ela tirou a “capa” e pude ver seu rosto e seu lindo corpo.

 - Magali? Magali Souza? – Disse.

Ela assentiu.

 - Pelo menos me chamam assim. – Sua voz ficou doce, de repente. – Sou um Arcanjo das Trevas, e você também será em breve.

Engoli a seco.

Por um nano segundo minha vida passou diante dos meus olhos.

Tive vontade de chorar.

Tantas coisas ruins que fiz, Magali tinha razão.

O mundo não importava mais. Depois de tudo que aconteceu em minha vida, eu não queria mais viver.

 - Como irá me matar? – Tive coragem de perguntar.

 - Será do modo mais simples, um tiro na cabeça. Você já está na escuridão eterna, quero dizer, lhe tirei da terra para lhe matar. Está dormindo agora, sua morte vai ser “súbita”.

 - E depois? – Continuei.

 - Irá para o Labirinto das Trevas e depois se tornará um Arcanjo das Trevas, como eu, e será obrigado a vagar sem rumo pela terra, matando tudo e todos.

Esse era o meu destino, não tinha como evitar – eu sabia disso.

Deixei-lhe atirar em minha cabeça. E desejei que a bala atravessasse meu celebro e eu morresse como alguém que morre subitamente.

Depois não vi mais nada.

Só senti-me queimando e flashes de coisas que fiz de ruim.

Minha alma pedia socorro.

Sabia onde estava.

 

 Desculpe, Mônica. Pensei.

 

 Pude ouvir barulhos estranhos. Era ele.


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Notas finais do capítulo

Essa Fic é dedicada a Cebola Teen, como presente de Amigo Secreto - Comunidade TMJ FanWorks.



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