Nightingale escrita por Riviafonseca


Capítulo 4
Capitulo 4- Vida ou Morte


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, estou sem net faz um tempão !!! tô na lan :p



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Capitulo 4- Vida ou Morte

Eu estava assustada, nunca havia passado por aquilo e tudo era maluco, uma hora eu estava passeando, na outra, encontro um maluco pedindo ajuda e agora estou escondida e em seus braços, fugindo da policia e sei lá mais quem.

Quando os policiais entraram, eu percebi que eram mais ou menos uns três, eu estava temerosa no local em que estava, mas Marcos me passava uma sensação de que tudo iria ficar bem, não sei como.

–Encontraram algo?- Um gritou, parecia ser o mais importante

–Não senhor, apenas escombros e mais nada. –Respondeu outro

–Mas tenho certeza que eles vieram para cá, continuem procurando!

–Sim senhor. – Todos os outros responderam

–Fique calma, nada vai te acontecer. – Marcos sussurrava em meus ouvidos e a sensação do calor de seu hálito em minha pele era aterrorizante, era aconchegante.

Não durou muito para um dos policias colocar a lanterna em minha cara e com um susto que tomara, deixara a lanterna cair, e eu fiquei paralisada, estava que nem uma estátua e se não fosse por Marcos eu ainda estaria ali, só me dei conta de que estava subindo as escadas do galpão quando me desequilibrei e arranhei a minha perna, a dor era demais e a adrenalina em meu corpo me deixava elétrica, pronta para mais.

–Vamos Liz, corra!- Marcos gritava para mim, eu estava ofegante, estava ficando cansada e quando mais eu corria minha visão ficava turva. Chegamos ao telhado, era tudo aberto e não tínhamos como nos esconder, só ouvia os policiais gritando e o barulho de seus sapatos batendo no atrito do chão e parando em frente a nós.

–Então, vão se entregar logo ou preferem do jeito difícil?- Um deles perguntava.

Marcos estava atrás de mim e pude perceber que ele olhava para baixo, para o chão no primeiro andar, ele queria pular. Estava já atônita e sua mão apertava mais ainda a minha, ele então sussurrou só para mim: ”confie em mim”, não tive dúvidas e balancei a cabeça ligeiramente, mas quando o policial ia pegando as algemas, ele gritou:

–Agora! – Então eu peguei uma pedra, que parecia mais um tijolo e joguei nos policias, acertando em cheio um que segurava uma arma, foi tudo muito rápido, uma hora fiz isso, na outra, Marcos jogava um pedaço de ferro nos policiais e na outra estava pulando do prédio, era loucura...

Pensei que iria morrer, um flash passou pela minha cabeça, todos os momentos bons que passara com a minha família, pensei que esse era o meu fim, não estava pronta para morrer.

Mas não morri, era um milagre. Cai em algo macio, não sabia o que era até ouvi um gemido e gritos, olhei para baixo de mim e era Marcos, havia caído em cima de sua barriga, poderia tê-lo matado, graças a Deus nós caímos em uma caçamba de lixo, mas a nossa felicidade durou pouco. Policiais gritavam e atiravam feito loucos, olhei para cima e vi a chuva e tiros, Marcos me pegou e corri junto com ele, minha adrenalina subia a cada segundo.

O beco onde estávamos era escuro, mas consegui ver uma saída, vi a luz no fim do túnel e ouvi muito barulho, eram carros. Fiquei muito feliz de fugir daquela situação, infelizmente foi um pensamento rápido, já que viaturas rondavam a região, pude ver minhas fotos espalhadas pelos telões de lede, eu era uma foragida.

–Ma-mas o quê?- Eu me perguntava

–Isso é um problema, vamos, vou te levar para um lugar seguro. Okay?

–Okay.- Sorri para ele, que sorriu de volta.

********************************

Não sabia que lugar era aquele, nunca havia ido naquela parte de Solenia, só havia destruição, prédios em ruínas, pessoas com roupas rasgadas e sujas pedindo comida, com rostos sem esperança, aquilo era triste.

Marcos apertava a minha mão e pude ver que o seu braço enfaixado sangrava, a bala passou mais perto do que imagina. Pude perceber a sua determinação e a sua beleza, ele não parecia ser arrogante ou fútil, ele era intrigante, e pessoas assim me fascinam.

–Você está bem?- Ele me perguntou.

–Hã? Ah, estou bem sim...

–Não parece.

–É que... Eu não sei para onde você está me levando e estou com medo, meus pais devem estar loucos, já devem saber que sou uma foragida, que ajudei você a fugir e nem sei se fiz o certo, por que fiz isso?

–Eu é que lhe pergunto, por que você me ajudou?

–Porque você me pediu.

–Hahah então pronto, mas prometo que vou lhe compensar, venha.

Entramos em um beco escuro e fedido, parecia mais um lixão e pude notar que havia ratos e baratas, aquilo era uma podridão só, como alguém poderia viver ali?

–Aqui, está vendo esta porta?- Marcos me apontava um porta de ferro toda enferrujada e nojenta, ela estava meio escondida pelo lixo, mas acenei com a cabeça.

–Então, já que você me salvou e te contei certas coisas, você é digna de minha confiança, além dessa enrascada que te coloquei, vou lhe mostrar nossa base, ela é uma dentre várias nesse continente.

–Uhum.

Tudo era estranho, Marcos bateu três vezes na porta e depois mais duas, uma tela apareceu do nada e nela havia um teclado de lede, ele então apertou os números 31570 e colocou seu polegar em outro lugar, onde imagino ser o local das digitais, foi então que a porta se abriu e um túnel escuro com poucas luzes se seguia.

–Vamos, temos que ser rápidos.

A porta se fechou atrás de mim e me senti presa, como um pássaro em uma gaiola. Seguimos o túnel com a pouca iluminação, e como sempre eu estava nervosa, como seria essa tal base? Chegamos a uma sala com duas portas e um homem estava sentado entre elas, ele parecia carrancudo e era velho.

–E ai Joe, como vai?

–Não é da sua conta, mas já que perguntou eu respondo, o comitê está cortando as despesas, possa ser que não me veja daqui a uma semana, esses filhos da mãe que se acham... – O tal do Joe ia continuar falando, mas Marcos o interrompeu.

– Não fale assim deles, eles devem ter um bom motivo, além de que estamos formando uma revolução. – Aquelas palavras me assustaram e acabei soltando um gritinho. – Ah, essa aqui é a Eliza, ela salvou a minha vida.

–Hum... Olá, ele precisa ser salvo praticamente todos os dias heheh.- Joe disse com um risinho, acabei sorrindo de volta.- Cuide bem dele.

–É... Então vamos?- Marcos disse ficando vermelho.

–Uhum, foi um prazer conhecer o senhor, Joe.

–O prazer é meu.

Entramos pela porta da direita, fiquei me perguntando o que havia na outra porta, eu e minha curiosidade, entramos em um elevador onde Marcos digitou outro número, o 35, descemos sei lá quantos andares e não parecia ter fim, até que o elevador parou. A sala em que entramos era enorme e cheia de pessoas indo e vindo, havia telões e computadores por toda a parte, pude distinguir nas imagens vários locais do país e de outros, toda Fanalha estava ali.

–Nossa como vocês conseguiram tudo isso?

–Ajuda de pessoas importantes, além de que invadimos o sistema de segurança do país e de todo o continente, assim podemos monitorar e rastrear as pessoas que fazem parte do governo, descobrindo os seus planos e ajudando nos nossos.

–Bem vinda à sala 35, senhorita...?- Uma mulher morena e bonita, com cabelos cacheados e olhos castanhos me cumprimentou.

–Ah, só me chame de Liz ou “U”, por favor.

–Okay. Sou a Brenda- Ela sorriu para mim e depois para Marcos, achei aquilo estranho. - Já vi que conhece o meu namorado e estou sabendo que você o salvou... - Aquilo foi um soco no meu estômago, como assim ele tinha namorada? Eu fui uma iludida, e aquilo tudo?

Fiquei paralisada e forcei o meu melhor sorriso, por que eu deveria ficar assim? Não tínhamos nada e tinha acabado de conhecê-lo, eu deveria deixar de ser idiota, claro que um garoto bonito daquele deveria ter uma namorada, mas não esperava por essa.

Namorada, Namorada, Namorada


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :D



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