Ser jovem é viver contradições externas, internas, neurológicas, em todo lugar.

É não se importar com o que os outros vão pensar, mas se importar com o que eles vão dizer.

É dizer que ama quando odeia e que odeia quando ama.

É ser impulsivo sem deixar de medir suas ações.

É ir bem na prova e ouvir a mãe dizer: “não fez mais do que a tua obrigação”.

Ser jovem é esquecer a hora, aproveitar a vida, não ter paciência...

É querer conhecer o mundo e não sair de casa.

É pedir dinheiro emprestado.

É implorar que a prô dê uma nota extra.

É não ser todo mundo, né, mãe?

É provar várias roupas da loja e não comprar nenhuma.

Ser jovem é imaginar um mundo do seu jeito e querer torná-lo real, é querer inovar.

É, às vezes, preferir animais que pessoas.

É querer morar sozinho, mas sentir falta dos pais.

É discutir sem ter razão.

É viver a realidade da fantasia.

É se arrumar para ficar em casa.

É não cansar de ler o mesmo livro.

Ser jovem é ouvir uma música e, de repente, entender tudo o que ela diz.

É ser Maria-vai-com-as-outras sem deixar de ser você.

É comprar um sorvete só pela casquinha.

É não querer ser esquecido.

É ir ao cinema só para comer pipoca.

É amar os amigos e ser viciado em chocolate.

É viver sem preocupações.

É pensar em tudo e em nada ao mesmo tempo.

Ser jovem é viver o presente sabendo que ele um dia será passado.

É abrir a geladeira sem motivo.

É comprar mais do que precisa.

É questionar o sistema.

É criar lembranças memoráveis para não ter do que se arrepender depois.

É viver cada segundo sabendo que ele é único.

É ver as pessoas partindo e não entender por quê.

É mudar de opinião várias vezes.

Principalmente: é ser adolescente sem ser adolescente e ser adulto sem ser adulto.

Ser jovem é imaginar o futuro, indo da pior à melhor das hipóteses, e mesmo assim não se importar com o amanhã.

É procurar algo em que possa crer.

É tempo de errar, esquecer, recomeçar...

É não simplesmente existir, mas também viver.